Capítulo 8 – Pupilos

Anteriormente..
Na hora da saída Rafaela corria pelos cantos da escola afim de encontrar Ramon, alguém se atravessou na frente bloqueando sua pressa:
– Não olha por onde anda?! James gritou.
– Tinha que ser você né ?! O enrolado da escola! Rafaela implicava.
– Quando você abrir a boca pra falar de mim, tenha certeza primeiro! Pagou o maior vexame sendo contrariada pela aluna nova!James lembrava o dia que Agatha defendeu.
-Cala boca! Não pense que não estou de olho em você! Rafaela alterava a voz.
– Não importa o que você faça não vai conseguir provas do que não existe!
Tenho uma família que me ama e amigos! Dizia James confrontante.
– Vamos ver até quando! Desafiava Rafaela.
– Continua pagando de otária! Para as pessoas! James virou as costas e foi embora.
Rafaela ficou muito irritada e em pensamento:
– Você não sabe com quem esta se metendo! Me aguarde!
Se passaram alguns dias e estava cada vez mais preocupado com Pedrão que ainda não acordava do coma.Em casa James desabafava com o pai adotivo Paulo:
– Minha cabeça Ta a mil! Dizia James.
– Filho sei que está sofrendo com o rapaz no hospital.. Consolava Paulo.
– Ele não tem ninguém! Lembrava James.
– Sinceramente eu não sei o que é pior, se é alguém sofrendo berando a morte ou alguém que você nem sabe o paradeiro! Pensava senhor Paulo, lembrando novamente do sumiço da filha.
– São duas situações difíceis! Mas eu To com vocês sempre, devo muito a vocês! Agradecia James.
– Agente vai precisar de todo o apoio! Respirava fundo o senhor Paulo.
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Na escola Paula encontra Agatha no pátio:
– Ei como foi sua folga? Perguntava Paula.
– Fiquei um tempo no hospital.. To muito triste com o ocorrido! Lamentava Agatha.
– Aonde você foi se meter né! Dizia Paula.
– Falando nisso eu que te pergunto, como assim saindo com o Jorge nosso chefe ? Agatha não havia esquecido da declaração de Paula.
– Ai Agatha! Ele é uns 15 anos mais velho que eu, mas é charmoso! Dizia Paula.
– Não acredito nisso! E eu preocupada com você! Porque não me disse antes? Contestou Agatha.
-Desculpe eu fiquei com vergonha! Foi acontecendo.. Dizia Paula envergonhada.
– Mas não deixou de ser um assédio inicialmente, pois foi por vontade sua é isso?! Agatha falava curiosa.
– Esquece tudo! Ta tudo certo amiga!
– Tudo bem! Cada coisa que acontece. Dizia Agatha.
Agatha não concordava, mas apoiaria a amiga se fosse necessário.
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Na biblioteca Beto folhava um livro. Cíntia percebeu sua concentração e decidiu interromper a leitura:
– Oi Beto! Dizia ela com uma voz doce forçada.
– Oi Cíntia!
– Sabe o que é…minha família não deixa eu ir ao cinema sozinha, tenho um filme muito legal no cinema, você não quer me levar? Pedia ela descaradamente.
– Seus pais não deixam você ir ao cinema? Beto perguntou espantado.
– Sim eu sou proibida de fazer tudo, quem sabe com você eles não me liberam! Disse Cíntia.
– Sinto muito pela pressão que eles exercem sobre você! Talvez por isso você seja tão acatada né.. Concluía Beto inocentemente.
– Na verdade eu sofro muito.. falava Cíntia.
– Vou quebrar essa pra você te pego as 8hs me da o endereço!
– Claro!! Cíntia sorria como se tivesse dado o primeiro passo para seu “ataque”
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No hospital o médico ligou para James e Agatha, os dois foram imediatamente para o local. Ao se encontrarem se abraçavam, pois acreditavam que a recuperação era difícil e noticiais ruins poderiam vir a qualquer momento:
– O paciente Pedro esta em coma sem previsão para sua lucidez. Além do mais fraturou várias partes do corpo. O médico afirmava.
– Então você Ta querendo dizer o que doutor? Perguntava Agatha.
– A situação é muito grave..
O médico se retirava e Agatha comentava com James:
– E agora ? Dizia ela nervosa.
– Eu lamento Agatha mas não temos o que fazer! James se sentia novamente impotente.
– Eu vou me culpar para o resto da vida! Dizia ela.
– Não diz isso! Você ta aqui demostrando mesmo sem vínculo com ele, que é humana e generosa! Lembrava James.
– Eu não sei..
Alguém observava os dois de longe. Atento a tudo o que se passava.

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Na casa de Lari Rafaela surgia para a janta sem ser convidada.
– Rafaela? Se espantou Lari.
– Oi Lari, posso entrar ? Rafaela invadia a casa.
– Claro, meus pais já foram dormir.. O Ramon está terminando a janta, eu vou até o quarto me trocar! Fica a vontade! Lari subia as escadas.
Rafaela caminhava em direção a sala de jantar e observava Ramon:
– Oi Ramon! Cumprimentava ela.
– o que faz aqui !? Estranhou Ramon olhando para o relógio.
– Eu pensei na nossa discussão..dizia ela.
– E ? Ramon perguntou.
– Percebi que agente briga, pois no fundo agente se sente atraído um pelo outro! Constava ela.
– Porque isso agora Rafaela? Ramon se surpreendeu com o assunto.
– Agente esta passando pela mesma dor, porque não superamos juntos!
Rafaela beijava Ramon suavemente..

Continua..

Luan Ribeiro