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Filho Amado

Capítulo 78 – Filho Amado

Filho Amado.

 

Capítulo 78.

 


 

Sítio de Benê e Josélia/ Manhã.

 

Jurema estaciona o veículo em frente a propriedade, ela e Betânia descem com as pás.

 

Jurema: Eu trato de distrair o Benê e a esposa dele, você vai até o local indicado e cava até achar alguma coisa, EU fico com a chave do meu carro pra não correr o risco de ser traída.

 

Betânia, séria: Depois de tudo o que passamos juntas, você acha que eu teria coragem de roubar todo o dinheiro pra mim e depois sumir no mundo e te deixar a deriva e depois de anos te enviar um postal com um coqueiro e vista oceânica na capa perguntando como anda a vida? Nossa, Jurema, eu não sou dessas! Primeiramente porque não mando postal…

 

Jurema guarda a chave: Não confio nem na minha sombra, querida.- Ela coloca os óculos escuros- Fique aí e quando eu te der o sinal, você pode começar a caça ao NOSSO tesouro.

 

Dentro da casa…

 

Benê está prestes a matar uma galinha: Solineusa, me perdoa! Nós vivemos bons momentos juntos mas…É hora de dizer ADEUS, mas não se preocupe, gosto tanto de você que te guardarei no meu estômago…- Ele pega o facão- Um…Dois…Três… E…- A campainha toca- SALVA PELO GONGO!

 

Josélia faz uma salada: Salva nada, mate logo essa galinha que eu irei abrir a porta!- Ela sai.

 

Logo depois Jurema entra.

 

Jurema, alegre: SOU EU DE NOVO, PRA ALEGRIA DE VOCÊS!

 

Benê solta a galinha para beija-la: Como vai…

 

Jurema se afasta: Eu vou ótima, mas nem venha me cumprimentar porque eu passei tanto protetor solar que é capaz de você engolir…- Disfarça.

 

Josélia, desconfiada: E a que devemos a honra dessa “ ilustre” visita?

 

Jurema se senta: Vocês não devem nada…Ah, vão fazer galinha pro almoço? É uma pena que não como mais isso desde que os médicos proibiram por conta da minha hipertensão.

 

Josélia estranha: Desde quando pressão alta tem relação com comer frango?

 

Jurema inventa: Foi meu médico que falou, por acaso vocês tem pressão alta?

 

Os dois afirmam que sim.

 

Jurema se levanta: Mas tem um jeito de comer galinha sem que afete a pressão, só é necessário tirar as tripas do animal, se quiserem eu faço isso…

 

Benê, feliz: Jurema você sempre aparece na hora certa! Claro que queremos, até porque não tenho coragem nem de matar a Solineusa, quanto mais de tirar suas tripas…Pra isso precisa ter sangue frio!

 

Jurema pega o facão: Eu faço isso, mas pra que nada saia errado, tranquem todas as janelas e portas da casa, porque quando se mexe com uma galinha, não é bom deixar nada aberto! Só ela mesmo…

 

Benê fecha as janelas: Claro, claro…

 

Josélia, sem entender: Mas o que isso tem com relação a pressão alta, pra principio de conversa?! Essa história está sem pé e nem cabeça!

 

Jurema: Quem vai ficar sem pé e nem cabeça é a galinha, Josélia, deixe eu realizar meu trabalho…Claro, primeiramente preciso lavar minhas mãos na pia lá de fora…

 

Josélia mostra a pia: Mas tem uma aqui dentro!

 

Jurema dispensa: Não, eu prefiro a lá de fora que sai mais água- Ela sai correndo.

 

Josélia desconfia: Tem alguma coisa muito errada nessa história!

 

Lá fora…

 

Jurema dá o sinal pra Betânia ir até o local e começar a cavar. Depois entra de novo.

 

Jurema: Bom, de mãos lavadas, já posso iniciar o processo de retirada das tripas. Se não quiserem olhar, podem ir pra qualquer outro comodo. As janelas estão fechadas mesmo…

 

Josélia: Eu vou lá pra fora porque não quero testemunhar isso…

 

Jurema a impede: LÁ FORA NÃO! Qualquer outro lugar, menos lá, ou então as outras galinhas vão sentir a energia dessa…E podem querer vingança…

 

Josélia: E desde quando galinha se vinga?

 

Jurema inventa: Foi o Belarmino que me falou, não duvidem dos sentimentos dos animais…

 

Perto do chiqueiro…

 

Betânia cava: Ah, odeio trabalho pesado, mas se é pra ficar rica, eu faço tudo! Rica! Rica! Vou ficar rica!- Cantarola.

 

Hospital São Cristóvão…

 

Noronha, triste: Isso não podia ter acontecido…Eu devia ter queimado aqueles documentos, agora por minha culpa o Éssio está preso!

 

Aurora o consola: Mas ele foi com plena consciência do que fez, Éssio finalmente virou uma pessoa correta, assim como você agora também é! 

 

Noronha fica muito decepcionado.

 

Cadeia Municipal/ Dia.

 

Éssio chega na recepção, onde o delegado conversa com outros policiais.

 

Godofredo: O que ele está fazendo aqui?

 

Mafalda explica: Cometeu um crime e acabei descobrindo meio que sem querer quando investigava o assassinato da Anna Maria Dávila.

 

Adams, animado: Inclusive eu achei uma pista, um ane…

 

Mafalda, irritada: Agora não é hora pra isso, Adams!- Ela se vira pro delegado- Enfim, nós descobrimos que esse homem cometeu um crime e é suspeito de mais quatro! Resta investigar- Conta.

 

Godofredo entende: Então leve ele pra cela. Vai ser o primeiro a integrar a cadeia depois do que aconteceu.

 

Wagner empurra a cadeira de rodas de Éssio, que está cabisbaixo.

 

Hospital São Cristovão/Quarto de Rodrigo/ Dia.

 

Rodrigo conversa com Jasmine.

 

Rodrigo fala: Eu preciso falar urgentemente contigo e com o Noronha, foi pra isso que voei por léguas até chegar nessa cidade catastrófica…E como sou recebido? Com uma mesada de uma assassina!

 

Jasmine ameniza: Assassina que já foi assassinada!

 

Rodrigo a encara por um tempo: Sobre essa morte da tal Anna…Foi você, né?

 

Jasmine, chocada: Eu não te dou o direito de me acusar, Rodrigo!

 

Rodrigo dá risada: Foi apenas uma brincadeira, calma! É que…Uma pessoa que teve coragem de enganar e matar um senador é capaz do imprevisível pra atingir seus objetivos, e aquela tal Anna andava te incomodando que eu percebi nos poucos minutos de lucidez que pude ter!

 

Jasmine, nervosa: Para de falar isso em um ambiente público, por favor…Não me orgulho nada de ter feito parte dessa sujeirada toda, só que naquela época eu era outra pessoa, e bem pode ver que mudei bastante…Até hoje somente eu, o Noronha e você sabemos disso.

 

Rodrigo: E é esse o assunto da conversa que vim ter…Eu preciso contar uma coisa…

 

Jasmine, apavorada: Não me diga que…Alguém descobriu?!

 

Sítio de Benê e Josélia/ Dia.

 

Jurema está com o facão em mãos: Mas antes de retirar as tripas, precisamos fazer um procedimento especial…

 

Josélia, irritada: Mas que enrolação, deixa que eu mato essa galinha, desse jeito o almoço vai virar janta! 

 

Jurema nega: Nada disso, eu vim aqui e me propus a mata-la, então farei isso…Só preciso de um pouco de sal que fará o animal morrer mais rápido!

 

Josélia: Desde quando galinha morre mais rápido com sal? É galinha ou lesma?

 

Benê: Você questiona demais as atitudes da Jurema, deixa que eu pego o sal- Ele vai até o armário.

 

Josélia se aproxima de Jurema: Por acaso você está querendo manter a gente distraído? É isso?

 

Jurema se engasga: Claro que não…Pra quê eu faria isso? Só porque mandei vocês fecharem as janelas?

 

Josélia a encara.

 

Lá fora, Betânia continua a cavar mas até agora não havia achado nada.

 

Betânia, cansada: Não aguento mais, aqui tem tanta terra que dá pra fazer um castelo- Ela para afim de descansar- Ah, bem que a linguaruda poderia estar me ajudando…- Ela olha pros porcos no chiqueiro da frente- Animais nojentos…

 

Ela recomeça a cavar até que a pá trava em um momento.

 

Betânia, animada: Ah.., Só pode ser!- E cava até ver a mala- Finalmente achei minha preciosa!- Betty cava mais até conseguir desenterra-la, depois de muito esforço, consegue pega-la.

 

Betânia limpa a mala e a abre: Estava cheia de fileiras com notas de 100 reais. Era o paraíso. Ela fica namorando o dinheiro por um longo tempo até que percebe alguém a observando, e se vira.

 

Belarmino está sorrindo: Finalmente achou a minha maletinha, nem eu sabia mais onde estava!

 

Betânia fica impressionada com a imagem, parece não crer no que via diante de seus olhos: B-B-Belarmino? SOCORROOOOOOOOOOO! É UMA ALMA PENADA! SÓ PODE SER! SAI DE MIM, SEU ENCOSTO! SAI!

 

Belarmino acha graça: BÚ!

 

Betânia acaba escorregando e cai dentro do buraco, mas deixa a mala na terra.

 

Dentro do sítio…

 

Josélia, de olhos arregalados: Eu ouvi alguém pedindo socorro e não era na vizinhança, inclusive parecia a voz de alguém que conheço…- Ela abre a porta e sai correndo. Benê faz o mesmo.

 

Jurema, com a galinha em mãos: Esperem…E a Marineusa, Solineusa…EI!- Ela esquece o animal e sai correndo.

 

Josélia e Benê ficam paralisados ao ver Belarmino com sua maleta.

 

Jurema chega correndo: Gente, a galin…- Ela vê o irmão em sua frente- Ai, minha labirintite deve ter atacado, desculpem…Estou vendo o Belarmino aqui…Preciso me recompor.

 

Josélia, boquiaberta: Não é só você que está vendo ele…Eu também…

 

Belarmino ri para todos: Sou eu mesmo!

 

Jurema cai no chão: Ai, quer dizer que somos medium? Mas eu não quero ser isso, eu não quero ver gente morta, sai daqui Belarmino…Volta pro céu…

 

Belarmino se aproxima dela.

 

Jurema se afasta: Não…Você não vai me levar…SAI DE PERTO DE MIM!

 

Belarmino resolve falar: Conta pra elas do meu plano, Benê!

 

Josélia olha pro marido: Você sabia disso?

 

Benê tosse um pouco.

 

Belarmino, rancoroso: Vocês nem devem ter percebido que eu sumi, já que nos últimos dias antes de minha “ morte” apenas o carteiro veio me visitar! Um homem esquecido…Velho amargurado…Ninguém queria saber de uma pessoa assim, não é? Foi por isso que conversei com meu advogado Jequinha e paguei uma quantia grande pra ele me ajudar com meu plano. Queria fazer as duas mulheres que me abandonaram, voltar a se lembrar de mim, só que na base do sofrimento!

 

Jurema, furiosa: Como é que é, Belarmino Prestes?!

 

Belarmino ri: Isso mesmo, irmã amada. A parte do testamento foi a mais divertida de fazer…Imaginei a briga de vocês pelo sítio. E a Betânia querendo o direito dela de esposa, sendo que ela jamais foi companheira, jamais me amou de verdade…Engraçado como as pessoas são falsas, né? E minha irmã que tanto me amava e nunca veio ao menos me fazer uma breve visita?! E ainda queria parte do meu sítio! Com essa história percebi o quão egoístas e interesseiras são as pessoas que me rondam!

 

Jurema contesta: Não é isso, eu te amava muito, chorei e tudo quando soube da sua morte, seu mentiroso! Me arrependo de ter derramado sequer uma lágrima para você, Belarmino, que está se mostrando um verdadeiro ingrato!

 

Josélia: Você provocou essa guerra toda? Fez aquilo no testamento de propósito?

 

Belarmino, sério: Sim, com o propósito de reconhecer se me amavam mesmo ou apenas fingiam por interesse nos meus bens, e a constatação que tive foi triste. Quando o Jequinha me contou o que havia ocorrido na leitura do testamento, me desapontei! Inclui você Josélia apenas pra provocar ainda mais, pra acharem que tinhamos tido algum caso…Era o plano perfeito, e deu certo! 

 

Jurema, arrepiada: Eu não consigo acreditar, canalha, infeliz!

 

Belarmino: Infeliz é você, e a Betânia também! Ambiciosas, nojentas! A história da mala era proposital também, fiz uma caça ao tesouro porque imaginei que iriam tentar rouba-la do Benê, e bem que acertei…Vocês caíram direitinho, e cada vez que tinha notícias da dupla se ferrando eu me divertia ainda mais! Foram na Mabel, depois no barco Pig Pig, na livraria até chegarem aqui…Só que o dinheiro da mala é meu, o Benê já sabia.

 

Jurema, furiosa: NADA DISSO, eu batalhei e sofri por essa mala, me dá ela agora!

 

Belarmino se afasta: Tá vendo o tamanho da sua ambição?! Desde quando havia amor por mim? Já suspeitava disso, mas agora a brincadeira acabou! Vim pegar o que é meu porque também mereço ser feliz, e finalmente achei uma mulher que me ama pelo que sou, e não pelo que tenho, ao contrário daquela que agora está presa no buraco!- Ele vai até Benê- Muito obrigado por ter colaborado nisso tudo e pelos telefonemas que me deu, foi através deles que me mantive informado e atualizado sobre tudo, também telefonei pra Mabel, pra um pescador e pro vendedor da livraria pra saber se tinham ido lá atrás da mala…Foi divertido pra mim, mas acabou- Ele abraça Benê e Josélia- Sejam felizes os dois, qualquer dia volto pra visita-los com minha esposa!

 

Jurema o agarra: Espera aí…Tem muita coisa que precisa ser esclarecida, por exemplo, onde você estava esse tempo todo? Eu liguei pro Tio Manequinho e ele me confirmou sua morte!

 

Belarmino ri: Você é ingenua, Jurema? FOI TUDO COMBINADO, eu paguei pro tio Manequinho dizer que eu tinha me jogado do Rio…Tudo foi um plano. E você caiu direitinho, agora com licença- Ele vai em direção ao carro- Mais uma vez obrigado por me manter atualizado de tudo Benê, se não fossem seus telefonemas eu jamais saberia que elas estariam perto de achar o tesouro…Fiquei o tempo todo num hotel em São Cristóvão, lá conheci meu novo amor, e refiz minha vida.

 

Jurema o impede de ir: E o sítio? Vai ficar com quem?

 

Belarmino alisa a mala: O Benê me ajudou a compra-lo na época, merece ficar com ele, agora licença que a Suelídia tá me esperando pra gente ir almoçar…

 

Jurema pega a mala: Já que você está rico o suficiente, mereço uma parte desse dinheiro, pelo que percebi você não precisa dele mesmo, vá viver seu amor de uma vez!

 

Belarmino tenta pegar a mala de volta: Esse dinheiro vou dar todo pra minha mulher, ela me ama mas está meio doente e necessita de grana pro tratamento…Agora larga a mala, sua interesseira, não me orgulho de ser seu irmão, e nem de ter sido casado com a Betânia. As duas, com essa caça-a-mala, só provaram que não prestam mesmo, pelo menos consegui unifica-las!

 

Jurema: Não me importo que pense isso de mim, só quero o meu dinheiro! Ralei por ele!

 

Belarmino tenta pega-la a todo custo: Me dá a minha mala, quem ralou por ela mais do que tudo fui eu!- Ele consegue arrancar e vai embora.

 

Jurema, desolada: Não é possível…INFELIZ! BELARMINO, EU TE ODEIO, EU TE ODEIO!

 

Belarmino acena pra ela e entra no carro, que estava estacionado em frente ao sítio.

 

Josélia se aproxima de Jurema: Calma…Entra e espera pelo almoço…É galinha…- Ela ri com deboche.

 

Betânia grita do buraco: Alguém me tira daqui!

 

Jurema, tremula: Não posso deixar que ele vá embora com meu dinheiro, não…- Ela corre até o carro, que arranca e quase a atropela.

 

Benê olha pra esposa: Desculpe ter mentido esse tempo todo, mas eu e Belarmino somos amigos há tanto tempo, fora que ele me deu o sítio…

 

Josélia o abraça: Não se preocupe, eu entendo tudo, achei uma loucura mas…No final ele estava certo com relação a Betânia e a Jurema. São duas ambiciosas. Agora vamos tirar elas daqui e voltar a nossa rotina- Os dois sorriem.

 


 

Hospital São Cristovão/ Tarde.
Rodrigo está conversando com Noronha e Jasmine.

 

Rodrigo respira fundo: Tive alta então tá na hora de eu ter minha conversa com vocês e ir embora dessa cidade antes que outra mesa me atinja!

 

Noronha fala: Eu até agora tô tentando entender o motivo de você estar aqui…Saiu fugido do Rio?

 

Rodrigo ri: Ah até no hospital você tem bom humor, eu não consigo…Enfim, a Jasmine sabe porque eu vim fazer essa “ visita peculiar”.

 

Noronha, curioso: Então fala logo, eu tenho assuntos importantes pra resolver, meu irmão foi preso e…Esquece, fala de uma vez!

 

Rodrigo: O inquérito da morte do senador foi finalmente arquivado pra alegria de vocês… Eu, como bom advogado do Buarque, tinha que avisar pra os que mataram ele!

 

Noronha: Fala baixo!

 

Rodrigo, debochando: Calminha! Eu tenho uma outra coisa pra falar pra vocês…Os dois foram espertos, a Jasmine era mulher dele mas só queria dar o golpe, você era um mero empregado mas logo conquistou a confiança do Senador Buarque! Depois que conseguiram o que queriam, mataram ele…

 

Noronha, sem paciência: Tem alguém lendo a nossa história por acaso? Eu já sei disso tudo, pra que repetir?

 

Rodrigo não para de rir: Acontece que não foram os dois que mataram o senador…Fui eu!

 

Noronha e Jasmine se entreolham, impressionados.

 

Delegacia de Vila Varzeônica/ Tarde.

 

Mafalda conversa com os dois policias.

 

Mafalda, apressada: Precisamos investigar muitos casos e isso está nos sobrecarregando, portanto iremos nos separar…Adams, você vai até o salão onde aconteceu a festa de bodas do Fígaro e da Josélia e irá procurar por câmeras lá, alguma prova do crime que ocorreu. Wagner continue investigando a morte do Chico aqui na delegacia, que tentarei saber mais sobre a morte da Anna. Ah, e um dos dois coloca esse caso aqui da morte de Bento Dávila como arquivado, a principal suspeita morreu mesmo. Tem um caso do incêndio da orquestra mas a Anna era a culpada, então…

 

Wagner analisa: Espera aí, tem um outro homem aqui nessa foto com ela, eles foram registrados no exato momento em que fugiram depois de tacar fogo na orquestra! Quem sabe ele esteja vivo ainda…

 

Mafalda olha pra foto encontrada na pasta de Noronha: Dá um jeito de digitalizar essa foto, sei lá, mas coloca ela no computador e depois amplia pra ver se reconhecemos a face do sujeito. Agora, cada um vai investigar seu crime- Ela sai.

 

Casa de Taléfica/ Tarde.

 

Taléfica abre uma carta: Ah meu Deus, notificação da companhia elétrica, eu não tenho dinheiro pra pagar a luz e não arranjo emprego…Pior, a aposentadoria do pai do Clécio só vai chegar no mês que vem e gastei todo o dinheiro!

 

Alguém bate na porta.

 

Taléfica se levanta: Devem ser eles, se bem que os tiranos cortam o fio sem avisar- Ela abre e dois homens entram.

 

Taléfica estranha: EPA! Se retirem por favor, não permiti a entrada de ninguém, aposto que são vendedores…

 

Um deles se apresenta: Somos conhecidos do seu filho Clécio, a senhora deve ter ouvido falar sobre a fuga na cadeia…

 

Taléfica se assusta: Não quero mais saber de nada relacionado ao Clécio, se retirem daqui, ou chamo a polic…- Um deles tapa sua boca com um pano, e ela logo desmaia.

 

Os dois carregam a mulher até o carro e partem.

 

Termina o capítulo 78.

Victor Morais

Escrevi as webs novelas Beira-Mar e Filho Amado que foram publicadas no portal. Atualmente escrevo " Ser Humano", que se passa nos anos 80 e trata da relação complicada entre mãe e filha. Drama, emoções, cotidiano, conflitos familiares...Esse é o meu estilo.

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