Séries de Web
Realeza

Capítulo 75 – Realeza (Último capítulo)

SEPTUAGÉSIMO QUINTO CAPÍTULO

Cena 1- Clube Realeza- Noite.
Maria José salva Daniele.

Maria José: Não. – Ela grita e se joga na frente de Daniele. O tiro acerta o peito de Maria José em cheio.
Daniele: Não, tia. – Ela se aproxima da tia, e ajoelha tenta estancar a ferida da bala. – Alguém? Por favor.
Maria José: Não tem mais para onde correr meu amor. – Ela fala olhando no fundo dos olhos de Daniele. – Acabou.
Daniele: Não fala isso nem de brincadeira tia. Você é forte, sempre foi, não vai ser agora que irá fraquejar. – Ela fala aos prantos.
Maria Letícia: Já vai tarde, travesti nojenta. – Ela sai correndo, antes que alguém a pegue ali.
Maria José: Eu te amo minha sobrinha, te amo como uma filha.
Daniele: Eu também te amo tia… você foi como uma mãe para mim. – Ao escutar isso, finalmente lágrimas começam a escorrer os olhos de Maria José.
Maria José: Não vejo final mais coerente para mim do que este. – Ela fala com dificuldade. – Pois eu entrei nesta história para te salvar das garras de Maria Letícia, nada mais justo que eu morra… te salvando mais uma vez.
Daniele: A senhora não vai morrer tia, me escuta. – Ela chora. – Isso tudo vai passar, pode ter certeza.
Maria José: Não, Dani. Estou sentindo que chegou a minha hora. – Gaby, Maria Luiza, Marisa, Michele e Melissa entram na sala.
Gaby: José. – Ela grita e corre ao vê-la no chão. – O que foi que aconteceu, gente? – Ela pergunta com os olhos já cheios de lágrimas.
Daniele: A Maria Letícia, aquela vagabunda queria matar a tia José. Eu tentei impedir, mas foi inevitável. – Ela chora tanto que fica vermelha.
Michele: Calma, gente. A Maria é forte, e vai superar mais essa. – Lágrimas escorrem o seu rosto.
Maria Luiza: Como é que você está se sentindo, Maria José? – Ela pergunta preocupada. – Será que tem algo que possamos fazer por você?
Melissa: Você vai conseguir superar mais esta. – Ela fala lhe transmitindo força.
Marisa: Seja forte amiga, você é uma guerreira, e vai conseguir escapar desta. – Ela segura a mão de Maria José.
Maria José: Não há para onde correr, pessoal. É o fim da linha para mim. Eu só quero que você me prometa que ficará bem, minha sobrinha.
Daniele: Não se preocupe comigo, tia. É a sua vida que está em jogo.
Maria José: Que vida? Eu já estou sentindo a morte me puxando, não tenho mais para onde correr.
Daniele: Você não pode fazer isso comigo. Eu nunca irei me perdoar ter perdido tanto tempo querendo me vingar do meu pai, ao invés de ter ficado contigo.
Maria José: Não se culpe, minha querida. Querendo ou não, nós somos de carne e osso, nós somos seres humanos, seres falhos.
Daniele: Tia, por favor, não me deixa, não me deixa. Eu não sei se vou conseguir viver sem ti.
Maria José: Mas é claro que você vai conseguir vive sem mim. Só não vai ter mais ninguém que esteja disposto a te defender a qualquer custo, o que me preocupa. Se você ao menos conseguisse perdoar o seu pai, ele parece ter mudado, e com certeza de defenderá de todo o mal.
Daniele: Estou pouco me importando se vai ter ou não alguém para me defender. Eu quero só que a senhora… resista a isso.
Maria José: Já te falei Dani. É o fim da linha para a sua tia. – Ela dá um sorriso dolorido.
Daniele: Desculpa tia, desculpa por não ter feito nada para te salvar daquela louca, desculpa. – Ela chora incessantemente.
Maria José: Adeus minha linda. Adeus, meninas.
Daniele: Eu não posso admitir que você morra. Você é minha mãe, e sem você não sou nada.
Maria José: Que bom saber que você me considera como sua mãe… assim eu partirei mais feliz. – A última lágrima salta do olho de Maria José, que não esboça mais nenhuma reação.
Daniele: Tia. Pelo amor de Deus, não faz assim comigo. Tia. – Ela grita, beijando o rosto de Maria José. – Não me deixa, não me deixa. – A cena se escurece.

O tempo passa…

Cena 2- Cemitério- Dia.
Algumas pessoas comparecem ao enterro de Maria José.

Michele: Me dói tanto te ver assim. – Ela fala com olhos cheios de lágrimas, ao ver Maria José no caixão. – Você foi como uma mãe que eu nunca tive. – Ela coloca uma flor entre as mãos da defunta. – Vá com Deus. – Ela caminha entre a multidão e vai se sentar em um banco.
Gaby: Guerreira, você sempre foi uma guerreira. Me ajudou como pôde. Me deu casa, comida… – Ela se emociona. – Como eu queria que você ainda estivesse entre nós, José! É tão triste te ver assim… Sem poder me dizer um “a”. Ao menos você deve estar em um lugar melhor, bem melhor que este mundo cruel.
Daniele: É tia, parece que a senhora conquistou muitas pessoas durante o seu tempo aqui na Terra. – Ela chora. – Mas saiba que… mesmo estando morta, você é única… ninguém nunca te substituirá em minha vida. Eu te amo, não te trocaria por nenhuma outra pessoa neste mundo. Espero que você me escute daí de onde você está. – Ela beija a testa de Maria José. – Minha eterna rainha.
Maria Luiza: Eu sei que não vai adiantar de nada pedir para que você seja forte num momento como estes, mas… eu sei pelo que você está passando, sei o quão é difícil perder um ente bem mais que querido. – Ela fala emocionada, abraçando Daniele.
Daniele: Por que a vida tem que ser tão cruel, Maria Luiza? Por que a vida tem que ser tão traiçoeira?
Maria Luiza: Não sei, também já tentei entender, mas foi tudo em vão.
Marisa: E pensar que na festa estava tudo indo tão bem, ela estava tão feliz pela surpresa. – Ela lamenta diante do caixão. – Mas sempre há alguém disponível para estragar a felicidade alheia.
Daniele: Enquanto aquela mulher não morrer, ela nunca vai parar, tenham certeza disto. A Maria Letícia é a pessoa mais perversa e cruel que eu conheço, que eu já tenha conhecido.
Maria Luiza: Até me envergonho de ter saído do ventre de um monstro daqueles. – Ela chora. – Coitada da José, não merecia um fim tão trágico como este.
Daniele: Uma coisa é certa: é tudo culpa minha. – Ela fala com os olhos cheios de lágrimas. – Pois se eu não tivesse namorado com o seu irmão, se eu tivesse escutado a sua mãe… talvez a minha tia não teria este fim.
Marisa: Não se culpe, querida. A José gostava de te proteger, e pode ter certeza que ela partiu feliz, pois morreu salvando a sobrinha que tanto amava, que tinha como uma filha.
Daniele: O que será de mim agora? Sem a minha tia, a minha defensora, o meu porto seguro.
Marisa: Você terá que tirar forças, não sei de onde, mas procure ser forte o bastante. Se inspire em sua tia, seja uma leoa como ela também foi.
Daniele: Seria bom se as coisas fossem fáceis assim. Porém, não são. E confesso que estou completamente perdida.
Melissa: Você é a única família da Maria José, digo, de sangue. Então pode ter certeza que tudo o que era dela, será seu agora.
Daniele: Estou pouco me lixando para dinheiro. Foi a minha vida quem perdeu o sentido, e isso dinheiro nenhum irá recuperar.
Melissa: Eu sei disso, mas ele pode te ajudar bastante. Não que dinheiro seja a coisa mais importante do mundo, porém, tem lá a sua importância.
Daniele: Não sei nem o que farei com tanto dinheiro. Sem dizer que agora ficarei responsável pelo clube, junto com você, Marisa.
Marisa: Tenho certeza que você se sairá bem. Até porque você já tem uma vantagem com relação a mim: entende de administração. – Ela tenta descontrair, mas Daniele ainda está muito abalada.
Daniele: Pois que a Maria Letícia fique bem ciente de que enquanto eu não ver ela morta… não estarei satisfeita. – Ela fala com ódio.
Melissa: Ódio e vingança não te levarão a lugar algum, Daniele. Por isso, tente esquecer esta história, mesmo que seja difícil, impossível. Esqueça porque tudo pode ficar pior.
Daniele: Chegou a hora. – Ela fala ao ver o carro funerário se aproximando. – Chegou a hora da dor aumentar ainda mais. – Ela volta a chorar.

Cena 3- Apartamento de César- Dia.
César reclama pela zona que predomina a casa. Simone arruma tudo como se fosse faxineira, já Célia e Tiago se irritam quando ela os acorda.

César: Nossa senhora! Será que alguém pode me dizer aonde fica a mesa desta casa? – Ele anda por entre a bagunça que está espalhada por todo o local. – Simone, cadê você?
Simone: Eu estou aqui, amor. – Ela acena. – Não falei para você manter a empregada? Eu disse que não sei fazer nada.
César: Quem não sabe aprende, ué. Mas que isto daqui está em um verdadeiro caos… quanto a isso não tem nem como negar.
Simone: Você e a sua mania em querer que eu me torne uma dona de casa. – Ela fala revoltada. – Pois saiba que esta bagunça vai perdurar por muitos dias, eu não moverei uma palha para arrumar isto.
César: Para você sentir na pele o que as empregadas passam. Nós sabemos apenas fazer bagunças e deixar para as coitadas arrumarem, agora você está vendo isso na prática.
Simone: Pois bem, eu já vi e não gostei. Será que agora estou liberada? – Ela pergunta de braços cruzadas. – Contrata uma empregada nova.
César: Não. Estou tentando ser econômico, poupar dinheiro é sempre bom. Assim poderemos fazer várias viagens no final do ano. O que acha?
Simone: Acho ótimo, só não aprovo ter que me tornar uma dona de casa para que isto aconteça.
César: Toda mulher precisa saber fazer alguma coisa, Simone. Sua mãe nunca te ensinou a cozinhar, lavar, essas coisas?
Simone: Não. E também eu nunca me interessei em saber. Até porque o meu ex-marido me dava uma vida de rainha.
César: Ah, que pena que eu não sou igual a ele. E já que você não quer pensar em trabalhar, ao menos faça os deveres de casa. Já que somos um casal, devemos nos ajudar. Enquanto eu trabalho para suprir as nossas necessidades financeiras, você rala para satisfazer as nossas necessidades domésticas. – Ele sorri. – E como a mesa está escondida… terei que tomar café fora. Espero que isto não se repita mais. – Ele beija a boca de Simone e vai embora.
Simone: Ah, minha nada mole vida. Pensei que ele iria considerar contratar uma empregada depois de ver esta balburdia, mas parece que sobrou para mim mesmo. Vou ter que arrumar tudo isso daqui, e deixar esta casa um brinco. Pois corro o risco até de ficar sem meu cartão de crédito sem limites. – Ela começa a arrumar as coisas. – Quer saber de uma coisa? Eu não vou livrar a mamãe desta não. Ela também mora aqui, e tem de me ajudar. – Ela vai até o quarto de Célia e entra. Simone chega fazendo barulho, e abrindo as cortinas.
Célia: Mas que barulheira é esta? Será que ninguém pode dormir mais nesta casa? – Ela continua de conchinha com Tiago.
Simone: Olha que eu estou começando a concordar com a Antonella: este namoro de vocês não está dando certo. – Ela fala, tirando o lençol de cima deles.
Tiago: Ai, Célia. Apaga essa luz ai. – Ele fala com os olhos ainda fechados, tentando voltar a dormir.
Célia: Você também está ficando paranoica com o meu relacionamento, Simone?
Simone: É que a senhora está agindo como uma adolescente, mamãe. Agora dorme até tarde, não move uma palha para me ajudar nos serviços domésticos… assim não dá.
Célia: Simone, me poupe. A mãe aqui sou eu. Agora apaga essa luz que o Tiago não está conseguindo dormir com ela acesa.
Simone: Ah, mais é muito cinismo da parte de vocês. Se eu não posso dormir até tarde, vocês também não podem. Anda, levantem daí. – Ela começa a chacoalhar a mãe e Tiago.
Tiago: Assim não dá, meu amorzinho. – Ele fala para Célia. – Você me chama para dormir aqui, e olha só como sou acordado… nem bem começou o dia ainda, e já está toda essa agitação aqui.
Célia: Calma, amor. É a Simone que não se manca que está nos atrapalhando. – Eles se beijam, e Simone revira os olhos bufando.

Cena 4- Padaria- Dia.
Pierre está muito contente por ter voltado a ser o velho Antônio de sempre. Lilla o incentiva.

Pierre: Eu estou muito feliz por ter voltado a minha velha vida de sempre, e ninguém irá abalar esta minha felicidade. – Ele fala contente.
Lilla: E quem disse que eu quero abalar a sua felicidade? Quero mais é que você se dê muito bem nesta sua nova caminhada.
Pierre: Lilla, sobre aquele beijo que você me deu… saiba que não quero nada contigo. A minha relação com você é somente de favor. Estou lhe ajudando neste momento difícil, pelo qual está passando.
Lilla: Pode ficar tranquilo, Pi… Antônio. Eu só te beijei porque queria que você me desse um bom emprego aqui na sua padaria, porém, acho que terei de voltar a me prostituir mesmo.
Pierre: É, infelizmente eu não posso fazer isso por você. Não tem como eu lhe dar um emprego aqui, e deixar que você arruíne o meu negócio.
Lilla: Credo. Parece até que não confia em mim. Mas é isso, eu vou mesmo voltar para a calada da noite. – Ela se faz de vítima.
Pierre: Ah, Lilla. Encenação para cima de mim? Eu te conheço bem, garota. Sei do que é capaz para ter um dinheirinho no bolso. O pior é que gosta tanto de dinheiro, mas não sabe administrar. Pois se soubesse, teria triplicado o que Maria Letícia te deu.
Lilla: Tá, eu já sei que fui uma burra. Não precisa ficar esfregando na minha cara.
Pierre: Eu não estou esfregando na sua cara, apenas estou falando a verdade. Não é?
Lilla: Ah, me deixa em paz. – Ela fica com raiva. – Vai atender os seus clientes que você ganha mais.
Pierre: Pode deixar que eu farei isto com o maior gosto. É tão bom está de volta. – Ele fala indo para o balcão.
Lilla: Você ainda vai morrer pedindo, Pierre. Só porque está se negando a me ajudar.
Pierre: Como é que é? Está me amaldiçoando? Sendo que estou lhe ajudando neste exato momento, pois se não fosse por mim… você estaria debaixo duma ponte qualquer.
Lilla: Claro que não, querido. Se você não me ajudasse, eu iria atrás do Celso.
Pierre: E quem te garante que ele iria te ajudar? Se bem conheço aquele canalha, pode ter certeza que ele nem olharia na sua cara direito.
Lilla: Isto é o que você pensa.

Cena 5- Quartinho de Carlos Henrique- Dia.
Carlos Henrique diz para Maria Letícia que ela terá que ralar até que eles se reergam.

Carlos Henrique: Nada nesta vida é fácil, Maria Letícia. Nós precisamos de dinheiro, e precisamos fazer algo urgentemente para conseguir esta grana.
Maria Letícia: Eu sei que nós precisamos de dinheiro, mas por que só é eu quem tenho que ralar para conseguir a verba?
Carlos Henrique: Ué, porque você é uma mulher de mil e uma utilidades. Tenho certeza que continua sendo uma ótima prostituta.
Maria Letícia: O que? – Ela se espanta. – Você quer que eu volte a me prostituir para conseguir dinheiro?
Carlos Henrique: Se você está mesmo empenhada em ver nós nos reerguermos… tenho certeza que não irá titubear.
Maria Letícia: Ai, não sei não, Carlos. Eu não me vejo mais como uma prostituta.
Carlos Henrique: Pensa só na quantidade de homens que devem desejar transar com você. Depois que você passou a ser influente na sociedade, pode ter certeza que a sua clientela só aumentou.
Maria Letícia: Fora que isso é muito arriscado. Posso ser entregue à polícia por um desses tais clientes.
Carlos Henrique: Não grila com isso. Você acha que eles terão coragem de entregar a mulher que eles tão comendo para a polícia? É claro que não, Maria Letícia. Eu sou macho, e sei como funciona a mente masculina.
Maria Letícia: Espero que saiba mesmo. Pois se eu cair, você cai junto. Pode ter certeza que irei te entregar para os homens.
Carlos Henrique: Estamos juntos nesta, poxa, confia em mim. – Ele beija ela.
Maria Letícia: Tá, tá. Quando eu começo? – Ela pergunta a contragosto.
Carlos Henrique: Em breve. Só precisamos arranjar umas roupas justas para você. Ah, e nada de fazer programas baratos. – Ele recomenda. – Veja pelo lado bom: você será uma prostituta de luxo. – Maria Letícia o olha com raiva. – Nada é fácil nesta vida, minha rainha. Você não quer ter uma realeza para chamar de sua? Então vai ter que batalhar por isso, já que passaram a perna na gente.

Os dias passam…

Cena 6- Cartório- Tarde.
Cléber e Leonardo se casam. Luciana e Rogério passam a cerimônia inteirinha se beijando.

Cléber: Finalmente casados. Será que não rola um beijinho agora? – Eles se beijam. – O meu sonho está se concretizando.
Leonardo: Enquanto ficamos aqui esperando esse tempo todo para que a cerimônia acabasse, e enfim pudéssemos nos beijar… aqueles dois estão quase se engolindo desde quando podemos pé aqui. – Eles olham Luciana e Rogério rindo.
Cléber: Pois é, o amor está no ar. – Eles se aproximam de Luciana e Rogério. – E ai, casal? Não vão parar de se beijar?
Rogério: O que como? O casamento já acabou? Nossa. Parece até que eu estava dormindo, pois não vi absolutamente nada.
Leonardo: Sério? Pensei que vocês não tivessem desgrudado os olhos de nós. – Ele fala ironicamente. – É uma pena que não acompanharam o nosso casamento, pois foi lindo.
Luciana: O Rogério está brincando. – Ela dá um tapa de leve nele. – É claro que nós vimos tudo, não perdemos um só detalhe. – Ela mente.
Cléber: Não sabia que era possível enxergar de olhos fechados. – Ele sorri. – Só vocês mesmo.
Leonardo: Não precisam se preocuparem. O que importa é que vocês estão aqui, mesmo que tenham passado a cerimônia com a cabeça bem longe daqui.
Luciana: Você sabe, não é filho? O que importa é o amor. – Ela dá um belo sorriso. – Quero que vocês sejam muito felizes, assim como estou sendo com o Rô. – Ela o dá um selinho.
Leonardo: É, mãe. O amor é a única coisa que importa. Agora venham aqui, vamos tirar fotos. – Eles se levantam.
Cléber: Vamos registrar este momento inesquecível. – Ele fala fazendo pose para o fotógrafo.
Leonardo: No três, todos dizem “x”. Vamos lá. Um, dois, três… “x”. – Eles tiram uma bela foto.

Cena 7- Clube Realeza- Tarde.
Gaby, Rafael e Michele comemoram.

Gaby: Finalmente a dona Regina aceitou o nosso namoro. – Ela comenta feliz. – Agora nada mais irá abalar o nosso relacionamento.
Rafael: Já estava na hora da minha mãe aceitar que eu te amo, que é você a mulher da minha vida.
Gaby: Outra coisa que ainda não consigo acreditar é que consegui um emprego descente. Tudo bem que não é lá essas coisas, mas ao menos não vou precisar me prostituir mais.
Rafael: O emprego que conseguiu já está ótimo, meu amor. Muitas pessoas gostariam de ser camareira, pois como se conquistar emprego tá difícil… qualquer coisa serve.
Michele: Ai, amiga, estou muito feliz por você. Tomara que tudo passe a dar certo em nossas vidas a partir de agora. Também estou adorando trabalhar aqui no clube.
Gaby: E o Roberto? Teve notícias dele? Sabe quando ele pode sair da cadeia?
Michele: Os advogados estão fazendo de um tudo para diminuírem o tempo que ele permanecerá preso.
Gaby: E a Daniele? Já foi visita-lo?
Michele: Enrolou, enrolou, enrolou, mas acabou indo. Espero que ela consiga perdoá-lo.
Gaby: A Dani tem um coração bom, e tenho certeza que ela seguirá o que a José queria.
Michele: É, a José queria muito que ela se reconciliasse com o pai para que não ficasse sem ninguém para defende-la.
Rafael: O bom disso tudo é saber que esse cara mudou, não é? Pelo que vocês me disseram, ele mudou bastante.
Michele: É, ainda bem que isso aconteceu, Rafa. Pois não sei se conseguiria perdoá-lo, caso ele continuasse a ser a mesma pessoa de sempre.
Rafael: Agora vocês podem ser felizes juntos. – Ele brinca. – Vai mesmo aguentar ficar sem ele durante tanto tempo?
Michele: Claro que vou aguentar, ele é o homem da minha vida. E mais, não será tanto tempo assim, pois se depender do advogado… dentro de um ano eu terei o meu Roberto de volta.
Gaby: Gente, vamos deixar a conversa para depois porque as coisas não são fáceis. – Ela pega uma taça de champanhe. – Peguem as suas taças para brindarmos e voltarmos aos nossos respectivos trabalhos.
Michele: Eba, brinde é comigo mesmo. – Dia ela, já com a taça na mão.
Rafael: Um brinde à nossa felicidade. – Ele ergue a taça dele.
Gaby: Um brinde aos nossos relacionamentos amorosos. – Ela ergue a taça dela.
Michele: E um brinde à vida, pois sem ela não seremos felizes e muito menos teremos relacionamentos amorosos. – Ela sorri e ergue a sua taça. Eles brindam felizes.

Cena 8- Casa de Severino e Marillu- Tarde.
Marillu e Severino ficam felizes na nova casa deles.

Marillu: Ai, como é bom estar de volta. Eu saí de Ourinhos, mas Ourinhos nunca saiu de mim. – Ela ergue os braços para o alto.
Severino: Finalmente. Já não era sem tempo, agora podemos aproveitar tudo o que nos for proporcionado.
Marillu: Como é que o Frederico deve estar se saindo morando sozinho, hein? A única coisa que me preocupa nesta mudança, é a situação dos nossos filhos.
Severino: Ah, eles já são crescidinhos, e se sairão bem nessa. Sem falar que o Ivan continua internado, mas tem a Melissa para apoiá-lo.
Marillu: Aquela menina é mesmo de ouro. Faço gosto do namoro deles, pois se não fosse por ela… acho que o Ivan nunca iria me perdoar.
Severino: Ela é mesmo gente boa. Agora só falta o Frederico achar sua outra metade, se bem que ele faz um belo casal com a Antonella.
Marillu: Antonella é uma golpista, isto sim. Prefiro que o meu filho morra sozinho. Sem falar que ele não quer ver aquela desgraça nem pintada de ouro, pois ela queria enganá-lo com aquela história de gravidez.
Severino: Quem colocou caraminholas na cabeça do menino foi você. Ele estava certo de que era mesmo o pai da criança, até você supor uma outra hipótese.
Marillu: Venhamos e convenhamos, Severino. A Antonella não é flor que se cheire, e pode ser sim que a criança não seja do Frederico.
Severino: Tá, tudo bem, pode ser. Mas nunca se sabe.
Marillu: Mas isto não é o que mais me amola. O que me deixa doidinha dos neurônios é saber que o Fred está próximo do Carlos Henrique, vai saber o que ele pode fazer com o nosso filho.
Severino: O Carlos Henrique está preso, não pode fazer nada contra o Fred. Tenha certeza disso.
Marillu: Aquele lá é trambiqueiro, pode sair da cadeia num piscar de olhos.
Severino: Não vamos pensar em coisas ruins, meu amor. O que importa é que agora estamos juntos, depois de tanto tempo separados… por nada. – Ele diz beijando o pescoço dela.
Marillu: Separados por uma burrice minha, isto sim. – Ela o beija na boca. – Chegou a hora de recomeçarmos, e prometo que nunca mais irei te abandonar.
Severino: Assim espero. – Eles voltam a se beijar.

Cena 9- Cobertura de Marisa- Tarde.
Marisa se dá bem com o rapaz que conheceu na festa de Maria José.

Marisa: Claro que você foi importante. Mesmo com a Maria José já morta, você ligou para a emergência, tentou ajudar à sua forma.
Jean: Isto é verdade, tentei fazer o que pude, mas infelizmente… ela já tava morta. – Ele fala triste.
Marisa: Que bom saber que você foi um dos raros sócios que não romperam contrato só porque a José era travesti.
Jean: Eu achei aquela atitude do pessoal tão pífia. Estamos em pleno século vinte e um, e ainda querem praticar o preconceito… pelo amor, né?
Marisa: Também achei aquela atitude super nojenta. A vontade que eu tive era a de dizer que não precisávamos deles, e que se quisessem sair… que saíssem.
Jean: Ah, assim o clube iria a falência. – Ele brinca. – O pior foi saber que quando a Maria Letícia retornou, mesmo depois de todos os escândalos que ela havia enfrentado, o número de sócios até triplicou. – Ele fala abismado.
Marisa: Para você ver como o ser humano é preconceituoso. – Ela fala indignada. – Eu espero que um dia ninguém da família deles passem por preconceito, pois eles verão como esta coisa é ruim, não só para quem sofre como também para quem pratica.
Jean: Sei lá. Por isso é que eu queria ter o poder de mudar as pessoas.
Marisa: Pena que isto não passa do fruto de sua imaginação. – Ela o olha atentamente. – Agora, se tem uma coisa que eu não me esqueci… foi o modo como você me tratou quando me viu desesperada ao contar para todos que a festa havia acabado pela Maria José ter sido baleada. Eu estava completamente nervosa, e você foi super gentil comigo. Até me ajudou a descer do palco, e tudo o mais.
Jean: É assim que agem os cavalheiros. A espécie de homens que encontra-se extinta. – Ele brinca.
Marisa: Verdade. – Ela fala sorrindo. – Sorte da dama que é dona deste cavalheiro.
Jean: É uma pena que eu ainda não tenha uma dama para ser a minha dona. Mas se interessar: estou aceitando currículos à vaga. – Ele é galanteador.
Marisa: Sério? E o que deve conter nesse currículo?
Jean: Não é preciso de muita coisa não. Só é preciso que me beije. – Ele a pega pela nuca e a beija.

Cena 10- Clínica Psiquiátrica- Tarde.
Melissa diz que nunca abandonará Ivan.

Melissa: Como é que você está se sentindo agora que seus pais foram definitivamente embora? – Eles estão deitados na grama.
Ivan: Ah, para mim continua tudo a mesma coisa. Não que eu esteja os chamando de insignificantes, mas é que estando aqui… não tem como eu perceber nenhuma diferença com a ausência deles.
Melissa: Te entendo. Até porque eu tomava o lugar deles nas visitas. – Ela sorri. – Por isso venho te visitar mais do que eles.
Ivan: Pois é. Agora e você sumisse, ai sim eu ia sentir uma falta enorme. Não consigo nem me imaginar aqui sem você. – Eles sorriem.
Melissa: Para de ser dramático. – Ela fala sem graça. – Tenho certeza que você iria se virar muito bem sem mim.
Ivan: Isto é o que você pensa, pois a realidade seria outra. – Ele faz carinho no rosto dela. – Eu te amo, Mel. Ninguém nunca irá substituir o seu lugar no meu coração.
Melissa: Assim como ninguém nunca tomará o seu lugar no meu. – Ela o beija. – Eu te amo, Ivan, e mesmo que você queira… eu nunca irei te abandonar.
Ivan: Sério isso? Assim eu fico feliz por completo. – Ele fala com um belo sorriso no rosto. – Porque o que eu mais quero é ser feliz ao seu lado… para sempre, todo sempre.
Melissa: Eu também quero ser muito feliz ao seu lado, meu amor. Nós fomos feitos um para o outro, e nada irá nos separar.
Ivan: Você não é só um anjo que caiu do céu, além disso você ainda é o anjo que foi escolhido para passar o resto da vida comigo. – Ela o dá um beijo na testa e se levanta. – O que foi? Não gostou do que eu disse?
Melissa: É claro que gostei, seu bobo. Mas é que um relacionamento não vive apenas de beijos, carícias e promessas de amor eterno.
Ivan: E você quer mais do que isso? – Ele frisa a testa.
Melissa: Sim. Eu quero me divertir ao seu lado, e como não podemos ir ao cinema ou algo do tipo… que tal fazermos a nossa própria diversão?
Ivan: O que você quer aprontar, hein?
Melissa: Pego, tá com você. – Ela o toca e sai correndo, sorrindo, como uma criança feliz.
Ivan: Assim não vale, nem sabia que já tinha começado. – Ele sai correndo atrás dela. – Sua trapaceira. Pode correr o quanto quiser, eu irei te alcançar. – Eles se divertem como duas crianças.

Cena 11- Parque do Ibirapuera- Tarde.
Frederico e Antonella se acertam.

Antonella: Então quer dizer que a sua mãe foi embora? Uhm, que surpresa! Sério mesmo que ela deixou o bebezão dela para trás?
Frederico: Não fala assim, Antonella, marquei este encontro porque quero acertar a nossa situação, não força a barra.
Antonella: Eu não estou forçando a barra, apenas estou falando a verdade. O problema é que a verdade dói, não acha?
Frederico: Quero falar sobre essa criança ai. Você já está de três meses, e faltam mais dois para que façamos o exame de DNA. Andei pensando, e acho que você não é tão rodada ao ponto de não saber quem é o pai do seu filho.
Antonella: Tenho certeza que ele é seu, porque foi o único que tive relações sexuais durante esses meses. Depois do Marcelo, você foi o único que eu fui para a cama.
Frederico: E é por isso que… eu acho melhor desistirmos do exame. Até porque eu só iria fazer ele para provar a minha mãe que sou mesmo pai do seu filho.
Antonella: Você quis dizer do nosso filho. – Ela o corrige. – E fico impressionada sobre como você amadureceu rapidamente após a partida da sua mãe.
Frederico: Na verdade eu percebi que o exame de DNA na gravidez é arriscado. Você poderia perder o bebê, e do que ia adiantar? Não ia adiantar de nada.
Antonella: Ainda bem que você conseguiu enxergar isso, antes que a burrada fosse feita.
Frederico: E agora? O que faremos?
Antonella: Ah, não sei.
Frederico: Eu estou sozinho em casa, se quiser se mudar para lá. Será… serão muito bem-vindos.
Antonella: Isto é um convite?
Frederico: Mais uma intimação do que um convite. – Ele brinca. – Vou adorar ter vocês por perto.
Antonella: É tão bom ver que você se tornou o cara que sempre sonhei.
Frederico: É bom saber que mudei, e para melhor. – Ele sorri. – E prometo que não pretendo voltar a ser como eu era antes.
Antonella: Acho que confio em você. – Ela pega a mão dele. – Nós formaremos uma linda família, pode ter certeza disso.

Cena 12- Casa de Regina- Tarde.
Maria Luiza conta para Jonathan que está grávida, no calor da emoção Regina acaba beijando Nelson.

Jonathan: Meu amor, que bom que você veio. Já estava começando a ficar preocupado contigo. Conseguiu descobrir o que é que você tinha? Foi no hospital?
Maria Luiza: Fui sim, e os médicos descobriram algo dentro de mim.
Jonathan: Algo dentro de você? Ai meu Deus, o que foi? Por acaso você está com alguma doença séria?
Maria Luiza: Depende de como você receberá a notícia. – Ela está séria. – Não sei nem por onde começar.
Regina: Deixa de cerimônia, Malu. Nós somos uma família agora, diga o que está acontecendo.
Maria Luiza: Eu… eu… estou grávida. – Ela fala cabisbaixa. – E eu sei que você…
Jonathan: Grávida? – Ele se senta no sofá, completamente aéreo. – Não… não… não posso acreditar numa coisa dessas.
Regina: Grávida? Você está dizendo que eu vou ser avó? Ai que felicidade. – Ela aperta as bochechas de Nelson e o beija no calor da emoção.
Maria Luiza: Jonathan, nós precisamos conversar sobre isto, pois eu não pretendo abortar.
Nelson: O que foi isto? – Ele pergunta a Regina. – Será que estou sonhando ou é mesmo realidade?
Regina: Ai, Nelson. Não força a situação. Você viu muito bem que foi um impulso. Fiquei tão feliz em saber que serei vovó que… aconteceu.
Nelson: Mas se aconteceu, foi porque você queria que acontecesse. – Ele a beija novamente.
Jonathan: E quem disse que eu quero que você aborte? – Ele diz se levantando. – Está mais do que na hora de eu superar tudo… aquilo.
Maria Luiza: Ai meu amor, você não sabe o quanto eu fico feliz em ouvir isto de você. – Ela o abraça emocionada.
Jonathan: Eu irei te apoiar nessa nossa nova jornada. Conte comigo para o que der e vier. – Ele fala com os olhos cheios de lágrimas. – Pois para a nossa felicidade ser completa, para termos uma família feliz… precisamos de filhos para isso.
Maria Luiza: É muito bom, muito bom ouvir você dizendo essas coisas, em ver você querendo superar o seu trauma.
Jonathan: Tudo fica mais divertido, melhor, quando feito ao seu lado. Eu te amo, Malu, e tudo o que te faz feliz, me deixa feliz também.
Maria Luiza: Eu te amo, Jonathan, te amo tanto. – Eles se beijam apaixonados.
Nelson: É, pelo visto o amor está no ar. Oh, coisa bonita.
Regina: Fica quieto, Nelson. Você é melhor me beijando do que falando. – Ela diz beijando ele sofregamente.
Maria Luiza: Agora para tudo ficar completo, só falta nós nos casarmos.
Jonathan: Não seja por isso, amanhã mesmo estarei na igreja para marcar a data do casório.
Maria Luiza: Você está falando sério? Ou está apenas brincando com a minha cara?
Jonathan: Ah, eu queria fazer um pedido mais romântico, mas como você quer tanto se casar… não se pode deixar de realizar desejos das grávidas, pode fazer mal ao bebê.
Maria Luiza: Seu bobo. – Ela dá um tapa de leve no ombro dele. – Desejos é a melhor parte de se estar grávida. – Eles sorriem, felizes.

Cena 13- Presídio- Tarde.
Daniele consegue perdoar Roberto.

Roberto: Minha filha? Você por aqui? E nem consigo acreditar numa coisa dessas. – Ele se senta na frente de Daniele. – Se você soubesse o quanto me deixa feliz com esta visita…
Daniele: Eu sei que não fui a melhor filha do mundo. – Ela está séria. – Queria até te matar.
Roberto: Não precisa se importar com isso. Se você fez aquilo, foi porque eu merecia. – Ele é sensato.
Daniele: Não, você não merecia. – Os olhos dela enchem de lágrimas. – Pois como qualquer outra pessoa, você é feito de carne e osso. Você erra como qualquer um.
Roberto: É, o ser humano é mesmo um ser falho. – Ele concorda com ela.
Daniele: E é por isso que você não merecia nada do que eu tinha planejado para você. – Lágrimas escorrem o seu rosto. – Pois você errou, mas aprendeu com o seu erro. Bastava apenas que eu soubesse praticar o perdão para que tudo ficasse resolvido entre nós.
Roberto: Não, Dani. Eu aprendi com o meu erro, mas apenas depois que você apareceu na minha vida. Me mostrou que eu não havia priorizar aquela família que só gostava de mim por interesse.
Daniele: Eu apenas me aproveitei disso para desenvolver o meu plano. – Ela fala cabisbaixa. – E vim aqui para reparar todo esse mal, estou aqui para te pedir perdão papai.
Roberto: Perdão? Mas você não me deve perdão de nada. Se tem alguém aqui que deve pedir desculpas pelos maus atos, este alguém sou eu.
Daniele: No momento eu me sinto tão sozinha, sem ninguém que possa me acolher. A saudade da minha tia só aumenta cada dia que passa.
Roberto: A Michele me falou sobre o ocorrido. Meus pêsames.
Daniele: Me conforta saber que a minha tia está em um lugar bem melhor que aqui. Mas para ter paz comigo mesma, preciso que tudo fique mais do que resolvido entre nós.
Roberto: Você me fez aprender gostar de ti. – Ele se emociona. – E não tem como eu deixar as coisas como estão. Eu te amo, minha filha, e quero aproveitar cada segundo ao seu lado, o que não fiz durante tantos anos.
Daniele: Pois então saiba que estarei te aguardando. – Eles se dão as mãos. Um beijo as mãos do outro. – Eu me orgulho de ter você como pai, pois diferente de muitas pessoas… você soube admitir o seu erro, conseguiu aprender uma lição de vida com ele. E melhor do que reparar um erro, é não persistir nele.
Roberto: Eu sairei daqui em breve, tenho fé nisto. Me espere, pois quando eu voltar te darei todo o carinho e amor que conseguir. – Eles se levantam e se abraçam emocionados.
Daniele: Trate de voltar logo, pois além de cuidar do clube Realeza, da mansão Corte Real, e da sua mansão, ainda tenho que lidar com a ambição da Antonella, que quer porque quer tascar o seu dinheiro.
Roberto: Não deixe que ela toque em um centavo sequer. Ela não merece nada que saia do meu bolso. Aquela ingrata, que não teve coragem nem de me visitar.
Daniele: Não precisa se preocupar, do que depender de mim… ela nunca verá a cor do seu dinheiro. Agora me dá mais um abraço porque o tempo da visita já deve estar acabando. – Eles se abraçam, um abraço sincero e carregado de sentimentos positivos.

Cena 14- Esquina- Noite.
Lilla encontra Maria Letícia se prostituindo.

Lilla: Não acredito no que eu estou vendo. – Ela diz ao passar por uma calçada repleta de garotas de programa. – Maria Letícia?
Maria Letícia: O que foi, hein? Nunca viu? – Ela diz com roupas curtíssimas e vulgares.
Lilla: Desse jeito não. Quem diria, a rainha voltou para vida fácil. – Ela é irônica.
Maria Letícia: Quem é rainha nunca perde a majestade, meu amor. Agora se manda que aqui é meu ponto, e eu tenho que trabalhar. – Ela diz ao rodar uma bolsinha.
Lilla: Pode deixar, vossa majestade.
Maria Letícia: Oi garotão, quer uma noite de diversão? – Ela diz ao entrar em um carro que parou em sua frente. – O que eu não faço para voltar à realeza? – Ela pergunta para si mesma. O carro sai em velocidade.

FIM

9 comentários sobre “Capítulo 75 – Realeza (Último capítulo)

  • Bom, primeiramente eu vou dizer que achei esse final bem sensato, apesar de ter ficado muito triste com a Maria José morrendo. Realmente ela foi uma guerreira nessa história toda, e Maria Letícia, mesmo depois de tudo, acabou viva, só não tendo a vida que pretendia. Acabou voltando as origens. Final feliz pra todos. Daniele conseguiu perdoar o pai. Leonardo se casou. Luciana com Rogério. Melissa e Ivan. Pierre voltando a ser o padeiro. Enfim, gostei muito desse desfecho.
    A web de vocês dois teve saldo muito positivo, ela passou por uma grande, uma GRANDE transformação com aquela virada no capítulo 30. Praticamente parecia outra história. Gostei dos rumos que as maiorias das tramas tomaram, e acho que o melhor foram alguns personagens muito bem construídos e também a reta final, que foi INCRÍVEL. Portanto dou meus parabéns, e que na próxima possam melhorar mais e mais, e fazer mais sucesso. Ambição positiva! Estarei de olho nos dois( no bom sentido, logicamente). E é isso. Meus parabéns a Vinícius Almeida e Rodrigo Gomes por Realeza!

    • Também achei que este final veio a calhar, embora tenha ficado muuuuuuuuito triste com a morte da batalhadora Maria José. Para você vê como nem tudo nesta vida é perfeito 🙁 A José se foi, mas a Maria Letícia ficou viva… e voltou a ser prostituta. Final feliz 😀 porque nem tudo é um mar de tristezas!! Dani e Roberto enfim se reconciliaram; Léo e Cléber finalmente juntos; Luciana encontrou alguém para apagar o seu fogo hehe; Mel e Ivan pareciam duas crianças felizes!!; Pierre vivendo a sua vida como Antônio. Ficamos felizes por ter gostado.
      Sim, tivemos que mudar completamente tudo para fazer com que a poeira subisse!! Não parecia, era mesmo outra história hehe. É, os rumos tomados foram ótimos, e os personagens ajudaram bastante para a decisão desses novos rumos!! A reta final foi o que mais pesou, pois precisávamos fechar esta obra com chave de ouro, e que explicasse completamente tudo… desde o começo. Com certeza, a nossa meta é sempre melhorar mais e mais, e o sucesso será a consequência!! Pode ficar de olho em nós hehe. Muito obrigado por ter nos acompanhado durante esses 75 capítulos, Victor… Nos vemos agora em Ser Humano!!! Muuuuuuuito obrigado por tudo, exatamente tudo.

  • Então a Maria José morreu salvando a Dani, isso sim é amor, peço um minuto de silêncio………………………………………………………
    Pronto, voltando ao capítulo…, que sofrimento para Daniele ter que enterrar a José, deve ser difícil, não só pra ela mas pra todas ali, que bom que elas conseguiram se entender antes da José partir 🙁

    Iii pelo visto o apartamento de César vai virar um verdadeiro caos kkk, e a Simone que paga o pato sozinha porque a dona Célia tem um todo tão grande que está lá se divertindo com o garanhão do Tiago, muito bem Simone da duro neles rsrs.
    Finalmente todos com seus finais felizes:
    Pierre agora poderá voltar a sua vida normal, sem Maria Letícia para tormenta-lo, se bem se a Lilla não nada fácil de lidar kkk, e por falar nela, mau sabe que o Celso não se encontra mais entre nós, 🙂
    Frederico junto com a Antonella, isso já era provável neah rs.
    Finalmente o Cléber e o Leonardo se casaram, agora a felicidade de ambos estão completas, mas parece que até a Luciana se engraçou de verdade pelo Rogério hehe.
    Rafael e Gaby juntos, finalmente felizes, e agora a Michele está também feliz só esperando o seu amado se libertar.
    Maria Luiza grávida, que bom que o Jonathan conseguiu superar seu trauma, e olha só irão se casar, e parece que a Regina finalmente conseguiu cair aos encantos de Nelson hehe. 😀
    Daniele finalmente, conseguiu perdoar o pai que sejam felizes, boa atitude a de ambos.
    Marillu e Severino, até que enfim juntos depois de tantos bobagens que a Marillu aprontou, que sejam felizes na nova vida deles.
    Melissa e Ivan, eu gostei me emocionei aqui com a cena dois, lindo….
    E o que falar de Maria Letícia e Carlos Henrique, os dois na pindaiba e ela sendo obrigada a voltar a prostituição, que honra em Maria Letícia, eterna rainha rsrs.

    Bem meninos eu amei a web de vocês, foi gostoso de acompanhar do começo ao fim, amei todos personagens e o fim de cada um, até a próxima!!!!!! 😀

    • Pois é, a José morreu para salvar a sobrinha, que tanto amava, que tinha como uma filha.
      Pode ter certeza que doeu muito, não só para Dani, como para todos presente, enterrar a José foi mesmo uma tarefa dificílima.
      É, a Simone acabou se tornando uma dona de casa… pensou que conseguiria viver na mordomia sem ralar, quebrou a cara!! A Célia e o Tiago ficaram mesmo juntos, casal foguento e folgado kkk
      Pierre finalmente está fora do alcance de Maria Letícia, e agora pode voltar a ser padeiro como antes… pena que agora tem a Lilla para usurpá-lo, se bem que ele não é bobo nem nada.
      Frederico e Antonella acabaram mesmo juntos, como já havíamos sugerido no comecinho da web!!
      Finalmente o Cléber e o Léo tiveram o final que mereciam, espero que o amor reine na relação deles. E a Luciana não ficou para trás não, já se arranjou com o Rogério hehehe.
      Amei que os dois conseguiram se acertar, e que enfim estão juntos… para completar Michele também está muito bem com o Roberto, e só aguarda a liberdade do amor de sua vida.
      Malu e Jonathan, casal mais que perfeito. Já estava na hora dele superar esse trauma mesmo, fiquei feliz em saber que eles irão se casar em breve. Regina e Nelson ficaram no vai, não vai, mas acabaram indo kkk
      Também adorei a atitude da Dani, agora ela pode viver em paz consigo mesma e também com o seu pai.
      Marillu também é merecedora de um final feliz, assim como o Severino, que de certa forma foi uma peça fundamental na volta da José!! Ele também mereceu um final feliz.
      Melissa e Ivan juraram amor eterno, e provaram que são um casal tão fofo nesta cena… também me emocionei ao escrevê-la 🙁
      Dois salafrários desgraçados que mereciam ter morrido, mas como o mundo de hoje está de pernas pro ar… aquele que é mal sobrevive, e o que é do bem acaba morrendo injustamente. A esterna rainha voltou a ser uma prostitua, ao menos!!
      Wagner, muito obrigado por ter nos acompanhado do começo ao fim… passamos por vários altos e baixos com a web, mas mesmo assim não desanimamos, e é com o enorme prazer que a concluímos com chave de ouro. Sabemos que tudo começou muito chato, mas com o tempo foi melhorando!!! Mas é vida que se segue… nos encontramos na próxima.

  • Bem, cheguei no site há pouco tempo e também não pude acompanhar a web desde o início e não tive muito tempo pra ler todos os capítulos ainda, pois estudo o dia inteiro e o pouco de tempo que me sobra eu uso pra postar minha própria web, mas venho lendo os capítulos antigos e estou gostando bastante, me parece uma boa história, parabéns aos autores!

    • Te entendo bem. Muito obrigado pelo elogio, e esperamos que continue a acompanhar a web. Assim que tiver um tempinho disponível passarei para ler a sua também!! Obrigado por comentar, Léo 😀

    • Muito obrigado, Diogo, ficamos felizes em saber que tenha aprovado o fim. Não se preocupe com isso, haverá outros trabalhos nossos para que você possa acompanhar do começo ao fim. Também preferia que a megera tivesse ido para o inferno, mas como todos sabemos: “Vazo ruim não quebra”. Obrigado por ter acompanhado os últimos capítulos da web, e nos vemos em um futuro próximo. 😀

Deixe um comentário

Séries de Web