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Maria Madalena

Capítulo 73 – Maria Madalena – Último Capítulo

Maria Madalena

Capítulo 073 – Último capítulo


Terraço de algum Prédio de São Paulo. De manha.
Maria Madalena se levanta chorando.
MADALENA: Não. Não. Lucas!
Ela se aproxima da beirada do terraço para olhar para baixo, mas não tem coragem.
Maria Madalena se abaixa chorando e se senta no chão, encostada na muretinha do terraço.
MADALENA: Lucas eu te amo. Não pode ser. Deus!
Ela escuta o barulho da porta abrindo e olha pra frente assustada.
Pela porta ela vê alguns policias entrarem no terraço.
POLICIAL 1: Você está bem?
MADALENA: Eu… Eu… Eles… Eles caíram.
Um dos policias se abaixa na sua frente a ajuda a se levantar.
POLICIAL 2: Você vai ficar bem.
Outro policial passa direto e olha para baixa.
POLICIAL 3: Tem alguém pendurado na varando ali em baixo. Acho que é do quinto andar.
O Policial 1 se aproxima do canto do terraço e também olha para baixa.
POLICIA 1: Eu preciso de ajuda no quinto andar – fala no radio – Tem um homem pendurado na varando do apartamento do lado direito.
MADALENA: Um homem! – ela se levanta esperançosa.
Maria Madalena cria coragem e olha para baixo.
A alguns andares abaixo, ele vê Lucas, segurando com as duas mãos, na grade da varanda de um dos apartamentos. Mas abaixo vê o corpo de Vinicius caído no chão de bruços, imóvel.
MADALENA: Lucas!
Emocionada Maria Madalena desmaia. Mais antes que caia um dos policias a segura.

Em frente à Igreja. De manhã.
Artur desliga o telefone celular e se aproxima de Bernardo, que está do lado de fora da Igreja com ele.
ARTUR: parece que acharam ela. Meu pai ta indo com o detetive pro local.
BERNARDO: Acho melhor você aviar ao pessoal.
ARTUR: Você tem razão, eu vou entrar para avisar.
BERNARDO: Eu vou com você.
Artur e Bernardo entram na igreja.

Em frente a um Prédio de São Paulo. De manha.
O detetive Barros para o carro na esquina do prédio. Mario para o carro logo atrás do carro do detetive.
Mario desce e corre em direção a entrada do prédio.
BARROS: O que aconteceu? Cadê a garota?
POLICIAL 4: Dois caras caíram lá de cima, um deles consegui se segurar na grade da varanda de um dos apartamentos. Estão tirando ele da varanda agora.
BARROS: A garota?
POLICIAL 4: Ela desmaiou e a levaram para ambulância.
Mario corre para a ambulância.
Um policial tenta impedir que ele se aproxime.
MARIO: Eu sou medico.
O policial olha para Barros que acena para deixar Mario passar.

Americana Interior de SP.
Casa da família de Doroteia. De manhã.
Doroteia se levanta do sofá e esbarra na mesinha do lado do sofá.
Um vaso cai da mezinha e quebra.
LAURA: O que você quebrou agora? – disse entrando na sala.
DOROTEIA: Desculpa, foi sem querer.
LAURA: Meu vaso. Você tem noção do preço desse vaso. Sua imprestável.
DOROTEIA: Foi sem querer mãe – disse chorando.
LAURA: Porque você não podia ser como sua irmã, ela nunca meu deu trabalho, sempre foi admirado por todo mundo, consegui um bom casamento. Já você é só me da trabalho, desde que nasceu, não fez uma coisa boa, não fez uma coisa para que eu me orgulhasse de você.
DOROTEIA: Mãe, porque você é tão dura comigo – disse chorando – tudo que eu sempre fiz foi pra te agradar.
LAURA: Mas olha o que você conseguiu com isso, ficar mais inútil do que já era.
Doroteia tenta se aproxima da mãe, mas escorrega no tapete cai.
DOROTEIA: Ai! Mãe me ajuda?
LAURA: Eu não, você que caiu, se levante sozinha.

São Paulo. SP.
Em frente a um Prédio de São Paulo. De manha.
Lucas sai do prédio mancando, apoiado em um policial.
LUCAS: Cadê ela.
POLICIAL 3: Você precisa ser atendido primeiro.
LUCAS: Não eu estou bem. Onde ela está?
Lucas vê Mario próximo a uma ambulância. E caminha com dificuldades pra lá.
MARIO: Temos que ter cuidado, ela está grávida.
LUCAS: Grávida?
Mario se vira e vê Lucas para olhando para Maira Madalena deitada na maca da ambulância.
MARIO: É, ela está grávida. Como você chegou aqui?
LUCAS: A Anita me ligou desesperada e falou para eu vi pra cá. Que o Vinicius ei fazer algo com a Madá.
MARIO: E como ela sabia?
LUCAS: Eu não sei.
MARIO: Precisamos leva-la para o hospital. Para termos certeza que está tudo bem com ela e com o bebê – disse entrando na ambulância.
Lucas vê um dos paramédicos fechar a ambulância. E depois a ambulância indo embora.
BARROS: Lucas eu preciso falar com você. Preciso saber o que aconteceu.
LUCAS: Agora não – disse andando um pouco, mancando, pois tinha machucada quando caiu de cima do prédio. Batendo em uma das varandas.
Quando se afasta um pouco das pessoas Luca se abaixa e chora. Passa as mãos no cabelo.
LUCAS: Obrigado Deus! – disse ao perceber que tinha nascido de novo ao conseguir se segurar e não cair no chão.

Hospital São Lourenço. De tarde.
Maria Madalena está deitada na cama do hospital, ainda inconsciente.
Mario está verificando os aparelhos, para vê a pressão, batimento cardíaco, entre outras coisas.
MADALENA: Lucas! – ela acorda e se senta na cama de uma vez.
MARIO: Calma! Ta tudo bem – disse ajudando-a a se deitar novamente.
MADALENA: Onde eu estou?
MARIO: No hospital.
MADALENA: E o Lucas? O que aconteceu?
MARIO: Ele está bem.
MADALENA: Eu os vi cair.
MARIO: Eu sei, mas o Lucas conseguiu se segurar e não caiu.
MADALENA: Onde ele está.
MARIO: Ele está bem. Acredito que esteja na policia dando o depoimento dele.
MADALENA: Porque eu estou aqui?  – disse olhando em volta, e finalmente se tocando que está no hospital.
MARIO: Você passou mal e desmaiou. Mas já esta tudo bem.
MADALENA: E o meu filho?
MARIO: Está tudo ótimo com ele também. Foi só um susto mesmo. Agora descanse um pouco, eu vou ficar aqui com você, disse se sentando em uma cadeira.

Delegacia de Policias. De tarde.
Lucas está na sala do delegado/detetive Barros, dando seu depoimento sobre o que aconteceu.
BARROS: E como você soube que o Vinicius a levou pra lá?
LUCAS: A Anita, Madá morava com ela até pouco tempo atrás.
BARROS: Mada?
LUCAS: Da Maria. A Anita me ligou desesperada dizendo que o ouviu uma conversa do Sal com o Vinicius. Ela disse que o Vinicius tinha sequestrado a Maria e levado para esse prédio. Disse que ele ia tentar fugir de Helicóptero. Ai eu peguei meu carro e corri pra lá. No caminho eu liguei pra policia.
BARROS: E o que aconteceu quando você chegou lá?
LUCAS: Eu subi correndo até o terraço. Quando entrei no terraço o Vinicius estava apontando a arma para a Maria. Ele estava muito nervoso. Eu tentei acalma-lo e convencê-lo a se entregar. Ai ele puxou a Maria pra perto e colocou a arma na cabeça dela – ele para pra respirar. Uma lágrima escorre de seu olho, ao se lembrar do que tinha acontecido – Ai tudo aconteceu muito rápido, quando dei por mim, está tentando tomar a arma da mão dele. De repente e se desequilibrou e me puxou e caímos os dois. Por sorte eu consegui me segura na grade daquela varanda.
BARROS: Certo. Por enquanto é só. Qualquer coisa eu entro em contato.
LUCAS: Ok – disse se levantando.
Um policial entra.
POLICIAL: Barros, os peritos encontra uma coisa no bolso do defunto.
BARROS: Obrigado Lucas.
Lucas sai da sala.
BARROS: O que é?
POLICIAL: Uma fita igual as que o Edgar tinha.
BARROS: Então a fita desaparecida estava com o Vinicius, então ele é o assassino do Edgar Gouveia.

Hospital São Lourenço. De tarde.
Lucas entra no quarto de Maria Madalena.
LUCAS: Como ela está?
Mario se levanta da cadeira e se vira para olhar para Lucas.
MARIO: Ela está bem, só descansando um pouco. Quando ela acordar ela vai ter alta.
LUCAS: Certo. Quem bom. Acho que vou embora então.
MARIO: Não precisa. Fique um pouco com ela. Eu tenho que resolver umas coisas. Foi bom você ter vindo, assim ela não fica sozinha.
LUCAS: Você tem certeza?
MARIO: Tenho sim.
Mario sai do quarto.
Lucas se aproxima da cama. Puxa a cadeira mais pra perto e se senta.
LUCAS: Eu te amo!
Do lado de fora da quarto Mario encontra com Jorge.
JORGE: Você tem certeza do que está fazendo?
MARIO: Tem sim, estou dando a chance dele se decidi de verdade. Eu quero que ela seja feliz e se ele for a felicidade dela, que assim seja.
JORGE: Eh eu queria ser forte como você, eu não conseguira fazer isso no seu lugar.
MARIO: Quem ama quer ver a outra pessoa feliz, independente de como. Mas é claro que por dentro eu quero que ela me escolha. Esse dias que passamos juntos foram os melhores da minha vida, desde que minha esposa morreu. Eu não me sentia vivo a sim a um bom tempo.
JORGE: Uma pena que o casamento não deu certo.
MARIO: Talvez não era pra ser. E se for teremos outra oportunidade.
Jorge abraça o amigo.
JORGE: Boa sorte amigo!

Delegacia de Policia. De tarde.
ANITA: Eu só fiz isso porque precisa do dinheiro para pagar o tratamento do minha mãe. Mas nunca fiz nada que pudesse prejudicar ninguém.
BARROS: Entendo. E como você ficou sabendo do sequestro da Maria Madalena e pra onde tinha a levado.
ANITA: Depois que a Maria descobriu tudo e se mudou, eu voltei a trabalhar no ARES. E hoje eu fiquei depois do expediente a pedido do Sal, Salvador.
BARROS: E por que ele pediu que você ficasse até mais tarde?
ANITA: Parece que ia ter uma entrega de fornecedor e o Sal ia precisar sair. foi quando eu me aproximei do escritório e o ouvi falando no telefone com o Vinicius, ele disse que era para levar a Maria, para um prédio, que o helicóptero ia busca-los no terraço desse prédio. Ai ele passou o endereço.
BARROS: E o que mais?
ANITA: Ai eu fique assustada e desesperada. Corri pro banheiro feminino e me tranquei. A primeira pessoa que me veio à cabeça foi o Lucas ai eu liguei pra ele e contei tudo.
Anita continua contando seu envolvimento com Vinicius e Edgar.

Praça em algum lugar da cidade.
Barbara está dormindo, deitada no banco da praça. Ele se mexe um pouco e cai do banco.
Barbara acorda assustada e se levanta.
BARBARA: Onde eu estou?
Ao pouco ela se lembre de tudo o que fez nesses últimos dias.
Barbara olha para sua roupa suja e rasgada.
BARBARA: Que lixo é esse que estou vestindo. Onde que estou? Eu preciso voltar pra casa.

Delegacia de Policia. De tarde.
ANITA: E isso é tudo detetive…
BARROS: Você sabe que depois de tudo isso que você me contou não posso te deixar ir embora não é?
ANITA: Sei sim, e vou assumi as consequências pelo que fiz.
BARROS: Você vai se acusada de ser cumprisse do Vinicius. Mas se você consegui um bom advogado eu tenho certeza que você vai estar livre em poucos dias. Já que você não fez nada tão grave.
ANITA: Ok.
BARROS: E você não tiver um advogado, podemos chamar um defensor publico.
ANITA: Tudo bem.
BARROS: Oficial leve ela para cela.
POLICIAL: Ok detetive.
O Policias leva Anita para fora da sala.
BARROS: Temos que ir atrás de todos os cúmplices do Vinicius, pelo visto tem muita gente envolvida nisso tudo.

Hospital São Lourenço. De tarde.
Lucas sente a mão de Maria Madalena mexer e se levanta apressado olhando para ela.
Maria Madalena abre os olhos.
LUCAS: Madá!
MADALENA: Lucas!
LUCAS: Eu estou aqui.
Maria Madalena se senta na cama e os dois se abraçam.
MADALENA: Eu achei que você tivesse morrido – disse chorando.
LUCAS: Eu teve tanto medo de te perder. – disse chorando também – Eu te amo tanto.
MADALENA: Eu também te amo.
Os dois ficam abraçados mais um tempo, chorando emocionados.
LUCAS: Como você está? – pergunta depois do abraço.
MADALENA: Estou bem e você?
LUCAS: Eu também estou.
MADALENA: O que aconteceu com o Vinicius?
LUCAS: Ele está morto.
MADALENA: Como você sabia onde me achar?
LUCAS: A Anita escutou uma conversa do Sal com o Vinicius e me ligou preocupada.
MADALENA: A Anita.
LUCAS: Porque você não me disse que estava grávida?
MADALENA: Como você sabe?
LUCAS: Eu ouvi o doutor Mario falando quando estavam te colocando na ambulância.
Madalena na fala nada.
LUCAS: Eu tinha o direito de saber, é meu filho também.
MADALENA: Quem disse que é seu filho?
LUCAS: Ninguém precisou dizer. Eu simplesmente sei. Eu sinto que é.
MADALENA: Mas isso não mudo nada, você escolheu a sua ex o filho dela.
LUCAS: Mas se eu soubesse que você estava grávida…
MADALENA: Você teria ficado com a Ester do mesmo jeito. Ela está doente. E precisa de você ao lado dela, ainda mais depois que ela perdeu o filho que esperava.
LUCAS: Você sabia?
MADALENA: Eu percebi tudo, depois que ela passou mau na delegacia e fomos pro hospital, foi quando eu soube que ela tinha perdido o bebê e que estava com câncer.
LUCAS: E porque você não falou nada?
MADALENA: Porque eu vi o quanto ela precisava de você, muito mais que eu. E isso só me fez ter mais certeza da decisão que tomei de casar com o Mario. Tinha que acabar com todas as esperanças de que pudéssemos ficar juntos. Para que você não tivesse duvidas de que estava fazendo a coisa certa ao ficar do lado dela.
Lucas abraça Maria Madalena.
LUCAS: Eu te amo!
MADALENA: Eu também te amo. Mas está na hora de seguirmos nossos caminhos separados. Você precisa voltar para o lado da Ester e eu seguir minha vida com o Mario.
LUCAS: A Ester morreu há dois dias.
MADALENA: O que?
LUCAS: O câncer foi mais forte que ela.
MADALENA: Eu sinto muito.
LUCAS: Eu também, mas pelo menos ela parou de sofrer e descansou.
MADALENA: Eu não sei o que dizer.
LUCAS: Não precisa dizer nada. Faz parte da vida.
Madalena fica sem dizer nada.
LUCAS: Eu vou avisar os médicos que você acordou e mandar chamar o Mario.
MADALENA: ok.
Lucas caminha para a porta do quarto.
MADALENA: Lucas?
Lucas para e se vira.
LUCAS: o que?
MADALENA: Porque as coisas tinha que ser assim entre a gente?
LUCAS: Lucas eu não sei. Só espero que um dia você consiga me perdoar e que possamos pelo menos sermos amigos.
Lucas sai do quarto chorando.
MADALENA: Adeus Lucas! – disse baixinho começando a chorar.

Em frete ao Hospital São Lourenço. De tarde.
Lucas entra no seu carro, ainda chorando.
LUCAS: Eu te perdi Madá.
Ele da um soco no volante do carro.
LUCAS: Eu te amo! Espero que você seja feliz.
O celular de Lucas toca. E Lucas atende.
LUCAS ao telefone: Oi! – ele respira fundo – Detetive Barros… Ir ai, posso sim.

Hospital São Lourenço. De tarde.
Mario entra na quarto de Maria Madalena.
MARIO: Pelo que vejo você já está pronta para ir embora. – disse se referindo ao fato que ela já estava vestida a sua roupa e não mais a camisola do hospital.
MADALENA: De ir embora? Você não vem comigo?
MARIO: Você tem certeza de que anda quer ir em frente com isso.
MADALENA: Como assim?
MARIO: Você sabe que o Lucas só ficou com a Ester por causa da gravidez dela e principalmente por causa da doença dela. Mas agora com a Ester morta, não tem mais nada que os impressa de ficar juntos.
MADALENA: Como você sabe disso?
MARIO: O Jorge me contou hoje. Depois que te trouxe aqui. Assim que entramos na ambulância liguei pra ele, apara que a esposa dele visse te examinar, queria saber se estava tudo bem com o seu filho também.
MADALENA: Obrigada por isso.
MARIO: Eu juro que se soubesse disso antes do casamento eu teria te contado. Eu quero que se você me escolher seja porque você me escolheu, mesmo sabendo de todas suas opções.
MADALENA: Você sabe que eu gosto muito de você não sabe?
MARIO: Sei sim, mas também sei que você não me ama.
MADALENA: E você? Você me ama?
MARIO: Amo, mas é um amor diferente do que você tem pelo Lucas. Por isso entendo se você o escolher.
MADALENA: Mario você me ajudou tanto, me estendeu a mão sempre que eu precisei. Eu não posso não pensar nisso.
MARIO: Maria, aqui esta sua alta – disse colocando o em cima a cama. – Eu vou te deixar sozinha, para que você pense bem o que você quer para sua vida. E sabe que mesmo que você não me escolha você vai poder contar comigo sempre…
MADALENA: Mario…
MARIO: Deixe eu terminar, por favor. Eu vou pra casa e vou te esperar lá. Se você não aparecer vou saber que você não escolheu. Quanto ao Léo não se preocupe, ele vai ser sempre bem vindo lá em casa, ele vai poder ficar com agente até que você se restabeleça.
MADALENA: Mario eu…
MARIO: Não fale nada agora, só pense. Escute seu coração e vejo o que ele lhe diz.
Lagrimas começam a escorrer dos olhos de Maria Madalena.
MARIO: Não precisa chorar. – disse abraçando-a.
Mario sai do quarto.
MADALENA: Ouvir meu coração.

Delegacia de Policia. De tarde.
POLICIAL: Detetive Barros, o Lucas já está aqui.
BARROS: Mande ele entrar.
Lucas entra na sala do detetive.
LUCAS: O senhor queria falar comigo?
BARROS: Sim. Sente-se, por favor.
Lucas se senta em frente a mesa do detetive.
BARROS: Encontramos uma das fitas do Edgar no bolso do Vinicius. É a fita do assassinato dele.
LUCAS: Então foi o Vinicius que matou o Edgar.
BARROS: Eu estou com a fita aqui, não devia lhe mostrar, pois é prova de um caso de assassinato, mas acho que você deve ouvir o que tem na fita.
LUCAS: Porque eu?
BARROS: Só escute a gravação.
O detetive aperta o play do gravador.

Gravação:
EDGAR: Até quem fim. O que você queria falar comigo de tão urgente que me fez levantar tão cedo… O que? Não vai falar nada?
BARBARA: Como você pode fazer isso?
EDGAR: Pode ser mais especifica.
BARBARA: Porque você foi dizer ao Lucas que ele é seu filho.
EDGAR: Porque é a verdade.
BARBARA: Eu já disse que o Lucas não é seu filho.
EDGAR: Essa historia de novo. Você sabe que eu sempre soube que o Lucas é meu filho. E quando o exame de DNA deu negativo, eu tive a confirmação disso. Então achei que já estava na hora do Lucas saber a verdade, de conhecer um pouco melhor a mãe que tem.
BARBARA: O Lucas não é seu filho, eu só deixei você acreditar nisso, pra ter você nas minhas mãos, caso eu precisasse de você pra alguma coisa.
EDGAR: Você não vai me enrolar. Eu sei que o Lucas é meu filho. E o DNA comprovou isso.
BARBARA: Você quer que o Lucas seja seu filho. Mas ele não é. Quanto ao exame que meu filho fez com o filho daquela mulherzinha. Eu paguei pra falsificar.
EDGAR: você ta mentindo.
BARBARA: E sabe quem me ajudou em tudo isso? Seu afilhadinho. Ele que consegui trocar as amostras de sangue. Tudo graças a habilidade dele de falsificar as assinatura.
EDGAR: O Júlio?
BARBARA: É! Eu já sei do seu afilhado. Que você colocou ele para me vigiar. Mas pelo visto ele não era tão fiel assim.
EDGAR: Então… Então O Lucas não é meu filho.
BARBARA: Eu já falei que não, será que você é surdo.
EDGAR: Sua cachorra você me enganou.
Barulho de alguma coisa quebrando.
BARBARA: Eu precisava de uma garantia que você não ia falar nada para o João sobre nosso envolvimento. Eu não podia que você estragasse a minha chance de mudar de vida.
EDGAR: Você me usou, me traio com o meu melhor amigo, e depois me deixou pra ficar com ele.
BARBARA: Você não era um ninguém, era só um iludido interesseiro que vivia grudado no João para vê se consegui umas migalhas. E até que conseguiu umas boas. Olha onde você chegou.
EDGAR: Eu venci na vida com o meu trabalho.
BARBARA: Você venceu na vida enganando o João, e dando golpes ai a torto e a direita. Se não fosse o João ter te estendi a mão quando abriu essa empresa quando recebeu o a herança dos pais, ainda hoje você seria um NINGUÉM.
Barulhos de risadas.
BARBARA: Um NINGUÉM!
EDGAR: Eu vou te matar sua vaca, cachorra.
Barulho de coisas se quebrando.
Em seguida o barulho de um tiro.
BARBARA: Não, eu vou te matar.
Barulho de risadas novamente.
BARBARA: Agora você não vai mais se intrometer na minha vida.
Barulhos de passos, depois do elevador abrindo e fechando em seguida.

Barros pausa a gravação.

LUCAS: Então foi ela? A minha mãe matou o Edgar.
BARROS: Sim.
LUCAS: Mas onde o Vinicius entra nessa historia, como ele tinha o gravador.
BARROS: Ainda tem mais um pouco de gravação, u vou adiantar um pouco.
Barros a perto o botão do gravado para corre um pouco pra frente, depois para e aperta o play.

Gravação:
Passos de alguém entrando na sala.
VINICIUS: Edgar eu preciso… Uou! O que aconteceu aqui?
Mais passos.
VINICIUS: Quem será que te matou?
Barulho de Gemidos, como se alguém tivesse fazendo fossa.

Barros pausa a gravação.

BARROS: Acreditamos que esses barulhos e gemidos seja o Vinicius colocando o Edgar na cadeira, do jeito que o achamos em seu escritório. Ao que tudo indica. O Edgar estava em pé atrás da mesa quando levou o tira e caiu pro cima da cadeira e depois no chão.
Barros aperta o play.

Gravação:
VINICIUS: Olha só o que eu achei aqui, um gravador… Olha está gravando… Não será que você gravou o seu assassino. Acho melhor eu levar essa fita como garantia.

Barros para a gravação.

BARROS: O resto são só barulho, parece que ele deu uma pequena vasculhada no escritório a procura de coisas que pudessem lhe ser úteis.
LUCAS: O que vai acontecer agora.
BARROS: Já tínhamos um alerta para prendermos a Barbara como suspeita da morte do Edgar, e pelo possível envolvimento na morte do João Barreto. Agora ela vai ser procurada em todo pais como uma assassina.
LUCAS: Entendo. Faço o que tiver que ser feito detetive. Essa mulher da gravação não é a minha mãe. É uma louca e assassina e tem que pagar pelos crimes dela.

Parque do Ibirapuera. São Paulo.
Maria madalena caminha pelo parque, o mesmo parque que Beto a levou para conhecer no primeiro encontro.
Madalena se lembra de Beto, de como se deram bem, depois de desfazer a má impressão de quando se conheceram.

INICIO DO FLASHBACK
Beto e Maria Madalena caminha pelo parque, e Maria fica admirada com a beleza do lugar, com as variedades de arvores.
BETO: Sabe de uma coisa, vou continuar te chamando de Ariel. Como a pequena sereia, a sereia que conquistou meu coração.
Maria Madalena ri.
FIM DO FLASHBACK

Maria Madalena ri ao se lembrar da brincadeira com o nome que ela tinha inventado.

INICIO DO FLASHBACK
MADALENA: Acabamos de nos conhecer, não foi o suficiente para nascer qualquer tipo de sentimento.
BETO: Nessa! Assim você parte meu coração – ele ri – Nem amizade você sente por mim?
FIM DO FLASHBACK

MADALENA: Mas que isso Beto, eu te amei, não do jeito que você queria e merecia, mas amei.

Ela para em frente ao lago o que lhe faz lembrar da praia, do mar, de Ilha comprida, de Lucas.

INICIO DO FLASHBACK
Praia de Ilha Comprida. De manhã.
Maria Madalena e Lucas passeiam de mãos dadas pela praia, enquanto que Léo corre um pouco a frete, brincando de entrar e sai da água do mar.
Lucas solta a mãe de Maria Madalena e põe seu braço em volta da cintura dela, a puxando para mais perto.
Os dois continuam andando enquanto em quanto observam o Léo brincar. Eles para um instante e Lucas beija Maria Madalena na boca.
LUCAS: Eu nunca estive tão feliz como estou agora, aqui com vocês.
MADALENA: Eu sinto a mesma coisa – disse voltando a beija-lo.
FIM DO FLASHBACK

Maria Madalena chora por causa dessa lembrança.
MADALENA: Me ajuda Deus a fazer a escolha certa!

Apartamento em algum lugar.
Sal está sentado no sofá assistindo televisão e comendo um sanduiche.
De repente a policia arromba a porta e entra.
Vários policiais entram no apartamento com as armas nas mãos.
POLICIAL: Para não se mecha. – Disse quando Salvador se levanta do sofá.
Sal para e levanta as mãos.
POLICIAL: Salvador Ferreira você está preso.

Apartamento de Lucas. De noite.
Lucas toma esta tomando banho. Em baixo do chuveiro ele pensa em Maria madalena. Ele se lembra da primeira noite dos dois.

INCIO FLASHBACK
Lucas ajuda Maria Madalena a tirar sua camisa, os dois voltam a se beijar. Ele cambaleiam até destras do só onde se encostam enquanto continua a se beijar.
Devida a péssima posição em que ficam sobre a costa do sofá os dois acabam caído no sofá e em seguida no chão. E começam a rir da situação mais logo voltam a se beijar.
Lucas tira a parte de cima do pijama de Maria Madalena deixando sei seio expostos.
Ele passa a beijar os seios dela, passando a linda em torno deles, em seguida passa a beijar o pescoço dela, depois a boca.
Lucas tira o sapato com os pés.
Madalena desabotoa o cinto de Lucas e tira-o, jogando no chão ao lado. Em seguida ela desabotoa a calça dele.
Lucas pega Maria Madalena e a deita no sofá e se deita por cima, beijando-a ainda mais.
MADALENA: Acho melhor irmos para meu quarto.
Lucas concorda, os dois se levantam, ainda sem conseguirem se desgrudar, ainda se beijando. Lucas a levanta no ar e Maria Madalena envolve suas pernas na cintura de Lucas.
Ela indica o caminho para o quarto e Lucas a carrega até lá.
Chegando no quarto joga Maria Madalena na cama que fica deita a sua espera. Ela se ajeita na cama subindo seu corpo mais para cima, para perto da cabeceira da cama.
Lucas a puxa pelos pés e em seguida tira a parte de baixo de seu pijama deixando-a só de calcinha. Em seguida ele tira sua calça ficando só de cueca e meia.
Ele tira suas meia e em seguida puxa a calcinha de Maria Madalena a deixando nua deita em cima da cama. Lucas abaixa sua cueca e a tira.
FIM DO FLASHBACK

Lucas desliga o chuveiro e começa a se enxugar.
A campainha toca.
Lucas se enrola na tolha e para sala.
Na sala. Lucas abre a porta.
LUCAS: Oi! Eu não esperava você aqui? Desculpa os trajes, estava tomando banho.
FERRAZO: Eu que peço desculpa por aparecer assim sem avisar. É que sou o que aconteceu hoje e quis ver como você estava.
LUCAS: Entra.

Apartamento Família Corona. De noite.
Mario está na sala, sentado no sofá tomando uma taça de vinho.
A campainha toca e ele se levanta para abrir a porta.
Mario abre a porta.
MARIO: Oi Bruno.
BRUNO: Oi, o Artur está?
MARIO: Está sim, ele tá lá no quarto com o Léo. Pode entra.
Mario fecha a porta e se senta no sofá novamente.

Apartamento de Lucas. De noite.
Lucas abre uma garrafa de whisky e enche um copo, com uns cubos de gelo, pela metade.
Lucas pega o cope e bebe um gole.
A campainha toca.
Lucas vai até a sala e abre a porta do Apartamento.
LUCAS: Madá.
Maria Madalena entra no apartamento de Lucas e o beija.
Lucas corresponde o beijo. Ele fecha a porta com o pé.
Lucas pega Maria Madalena no colo e leva para o quarto.
No quarto Lucas coloca Maria Madalena na cama e se deita por cima dela, voltando a beija-la.
LUCAS: Eu não acredito que você está aqui.
MADALENA: Eu te amo Lucas!
LUCAS: Eu te amo Maria Madalena. Te amo muito. Me desculpe por tudo que te fiz passa.
MADALENA: Ok agora cala a boca e me beija.
Lucas beija Maria Madalena.
Lucas tira a camisa e joga no chão.
Maria Madalena se vira por cima de Lucas.
Maria tira a camisa deixando os seios amostra.
Lucas se vira por cima de Maria Madalena. Ela a beija na boca, depois na testa, depois no pescoço e em seguida entre os seios.

Casa Da família Barreto de Manhã.
Barbara espia a sua casa de longe. Que na esquina da casa tem uma viatura parada.
BARBARA: Eles devem ter descoberto tudo. Eu preciso da um jeito de entrar em casa. Preciso pegar meu Dinho no cofre para poder fugir desse paizinho de pobres.
Barbara da à volta na casa, e com dificuldades consegue pular o muro.
Ela entra na casa pela cozinha, passa pela sala, e vai para seu quarto.
No quarto, Barbara abre o cofre que está cheio de dinheiro.
BARBARA: Agora é só eu me mandar daqui.
Ao se dirigir para porta Barbara se vê no espelhos, com a roupa toda rasgada e suja.
BARBARA: Mas antes preciso tomar um banho e trocar de roupa.

Na manhã seguinte.

Casa da Família Barreto. De manhã.
Neidiane para a porta do quarto de Barbara pala fazer a faxina da semana e vê Barbara dormindo em sua cama.
NEIDIANE: É a senhora Barbara – fala baixinho. – Eu preciso chamar a policia.

Apartamento de Lucas. De manhã.
Maria Madalena acorda e percebe que está sozinha na cama.
MADALENA: Lucas?
LUCAS: Oi, já to indo.
Lucas entra no quarto segurando uma bandeja de café da manhã.
MADALENA: É pra mim?
LUCAS: Para nós dois. Daqui pra frente quero que seja sempre nos dois se você concordar.
Lucas coloca a bandeja na cama.
MADALENA: Lucas acho que…
Lucas se ajoelha ao lado da cama, onde Maria Madalena está.
LUCAS: Maria Madalena, você aceita se casar comigo?
MADALENA: Sim!
Lucas se levanta e beija Maria Madalena.

Casa da família Barreto.
A policia entra no quarto de Barbara.
Barbara acorda assustada.
BARBARA: O que vocês estão fazendo aqui?
POLICIAL: Barbara Barreto você está presa pelo assassinato de Edgar Gouveia.
Os policias se aproxima a algemam Barbara.
BARBARA: Eu tenho os meus direitos.
POLICIAL: Você tem o direito de permanecer calada, tudo que…

UMA SEMANA DEPOIS.

Apartamento da família corona.
Artur e Mario estão na sala conversando.
MARIO: Eu estou bem sim, filho, A Maria está feliz e isso me deixa feliz também. Mas agora me fala, eu tenho reparado que você anda meio inquieto, está acontecendo alguma coisa.
ARTUR: Pai, eu preciso te contar uma coisa.
MARIO: O que?
ARTUR: Eu estou apaixonado. Amando uma pessoa.
MARIO: Que bom, estou feliz por você, quando eu vou conhecê-la.
ARTUR: E que ta o problema.
MARIO: E desde quando amar é um problema.
ARTUR: É que eu estou apaixonado por outro homem.
MARIO: É o Bernardo?
ARTUR: Como você sabe?
MARIO: Ele tem vindo muito aqui nos últimos dias, e eu percebi como vocês ficam sem jeito na minha frente.
ARTUR: E você não se importa?
MARIO: Você está feliz com ele?
ARTUR: Muito, como eu nunca fui com nenhuma garota.
MARIO: Se você está feliz eu também estou. E isso é o que mais me importa na vida a sua felicidade e a da sua irmã.
Artur abraça o pai emocionado.

PASSAGEM DE TEMPO

Em frente à Delegacia.
Anita sai da delegacia.
Anita: Maria você veio.
Madalena: Me desculpe Anita.
Anita: Eu que tenho que pedir desculpa, por tudo.
Madalena e Anita se abraçam.
Anita: Obrigada Lucas por ter pago um advogado pra mim.
Lucas: Imagina.

Igreja. Em algum lugar de São Paulo.
Lucas está no altar.
A porta da igreja abre e Maria Madalena entra na igreja vestida de noiva.

Igreja.
MADALENA: Sim eu aceito.
LUCAS: Sim aceito.
PADRE: Eu os declaro Marido e Mulher.

Em frete a igreja.
Lucas e Maria Madalena saem da igreja de mãos dadas.
MARIO: Parabéns Maria.
MADALENA: Obrigada Mario por te vindo.
MARIO: Claro, nos somos amigos, e eu quero que você seja muito feliz.

Itália.
Eduarda abre a porta do seu apartamento.
EDUARDA: Gabriel!
GABRIEL: Duda eu te amo, e não aguentava mais ficar longe de você.
Eduarda puxa Gabriel para dentro do seu apartamento e o beija.

São Paulo.
Hospício penitenciário.
Barbara está em um quarto de hospício vestindo uma camisa de força. Sentada no chão, se balançando pra frete e pra trais.
BARBARA: Eu te odeio Maria Madalena. Eu te odeio.

Em frete a uma grande casa.
Maria Madalena está para em frete a casa, de olhos fechados.
LUCAS: Já pode abri os olhos.
Maria madalena abre os olhos e olha a casa.
LUCAS: Bem vinda a nossa nova casa.
Maria madalena e Lucas se abraçam.

Apartamento da Família Corona.
A família de Mario e a família de Jorge almoçam juntos.
JORGE: Quem diria hem, que íamos acabar sendo uma família só.
MARIO: Você sempre foi da família Jorge, não só você sua família todo. Você é como um irmão pra mim.
JORGE: Eu estou muito feliz que meus filhos e seus filhos estão namorando.
MARIO: Eu também estou.

Escritório de Dr. Ferrazo.
Lucas assina a procuração dando direito para Ferrazo o representa-lo na empresa.

Hospital São Lourenço.
JORGE: Mario eu quero te apresentar a nova Medica do hospital. Angélica.
MARIO: Muito prazer! – disse segurando a mão de Angélica, enquanto olha nos olhos dela.
ANGÉLICA: O prazer é meu.

Casa Lucas/Madalena.
Maria Madalena, da Vanda da casa, vê Léo brincando no jardim da casa com sue novo amigo, o cachorro Luke, que Lucas deu de presente para ele.
Lucas aparece na varanda por trás de Maria Madalena e a abraça.
Lucas passa a mão na barriga de Maria Madalena que já esta bem grande.

ALGUNS MESES DEPOIS.

Em uma lancha no meio do mar.
Ferrazo sai da cabina da lancha segurando uma garrafa de champangne e duas taças. Ele se aproxima de Elizângela e entrega uma das taças.
ELIZÂNGELA: Obrigado meu filho.
Edgar serve champange na teça de Elizângela e depois na sua.
FERRAZO: Foi exatamente como você disse mãe. Depois que dei um jeito do Edgar saber sobre o outro filho do João Barreto e fez tudo como você imaginou.
ELIZÂGELA: Eu disse pra você.
FERRAZO: Ainda bem me você me aconselhou a fazer o João Barreto colocar a clausula do casamento para Maria Madalena. Agora que ela está casado com o Lucas e ele me passou a procuração. A construtora está em minhas mãos e em breve ela será só minha.
ELIZÂNGELA: Nossa!
FERRAZO: Vamos brindar a assim.
ELIZÂNGELA: Um brinde ao nosso sucesso!

Hospital são Lourenço.
Maria Madalena está em trabalho de parto, fazendo força para da à luz.
Lucas está ao seu lado segurando a sua mão.
Madalena: Ahhhh!! Aiii!! Ahhh!
Lucas: Força Maria.
Medica: Eu já to vendo a cabeça, só mais um pouco Maria, força, empurra.
Madalena: Ahhhhhhhh! – fazendo toda força e consegue.
O bebê chora.
Medica: É uma linda Menina.
A medica aproxima a menina para que Lucas e Maria madalena a vejam.
Medica: Você já escolherem um nome?
Madalena: Roberta!
Lucas: Em homenagem a um grande amigo nosso que morreu.

FIM!

2 comentários sobre “Capítulo 73 – Maria Madalena – Último Capítulo

  • Cicatrizes – Capítulo 02

    Cena 01. Fazendo Amaral. Casa. Int. Tarde.
    Diana caminha pelo corredor dos quartos com bandeja nas mãos. Na bandeja dois copos de suco e um prato com biscoitos variados. Ela para em frente a um espelho.
    Diana: Eu vou acabar de vez com toda essa sua felicidade Rafaela. Se eu não posso ser feliz com o Fernando você também não será! – Ela se olha no espelho e sorrir para esconder o odeio que está sentindo.
    Diana entra no quanto de Rafaela.
    Diana: Oi irmãzinha! – Toda sorridente. – Trouxe suco e biscoitos pra gente.
    Diana coloca a bandeja em cima da cana ao lado de Rafaela.
    Diana: Como você está?
    Rafaela: Estou bem! Só descansando um pouco. Essa barriga pesa e me deixa cansada as vezes.
    Diana: Eu imagino!
    Diana pega um copo de suco e entrega para Rafaela.
    Diana: Eu mesma que fiz. É seu favorito.
    Rafaela e Diana (juntas): Laranja com hortelã!
    As duas riem.
    Rafaela leva o copo de suco até a boca, enquanto Diana observa sorrindo. Rafaela bebe um gole do suco.
    Rafaela: Hum!! Delicioso!

    Cena 02. Fazenda Amaral. Int. Tarde.
    Rafaela e Diana estão sentadas na cama do quarto de Rafaela, conversando.
    Rafaela: E a mamãe, como está?
    Diana: Ela está bem, do jeito dela.
    Rafaela: Ela inda não me perdoou, não é mesmo?
    Diana: Se coloca no lugar dela. Imagina a filha querida dela viaja de férias e depois foge com um cara que mal conheceu e se casa com ele. Para completar você veio morar no meio do mato. Você sabe que a mamãe tinha outros planos para você, sonhos que ela queria que você realizasse.
    Rafaela: Planos dela Diana. Sonhos que dona Josefa idealizava, não os meus sonhos.
    Diana: Eu sei Rafaela, mas tente compreender nossa mãe, ela sempre quis seu bem.
    Rafaela: Eu. Mas sempre sonhei em encontrar um amor, me casar, ter filhos, constituir minha própria família.
    Diana: E você está conseguindo minha irmã, aos poucos pelo que vejo, seus sonhos estão se concretizando. (Em pensamento): Sonhos que eram os meus sonhos.
    Diana passa a mão na barriga da irmã.

    Início FLASHBACK
    São Paulo. Quarto Rafaela. Rafaela e Diana crianças. Noite
    Rafaela desfila pelo quarto fazendo poses. Enquanto da cama Diana observa a irmã, que considera mais bela que ela.
    Diana: Você é tão bonita irmãzinha e leva jeito para isso.
    Rafaela: Quando eu crescer quero ser uma modelo superfamosa, e admirada por todos.
    Diana: E com certeza vai ser, você sempre consegue o que quer.
    Rafaela: Você também Diana, pode ser o quer quiser.
    Diana: Eu não levo jeito pra isso, eu só quero um dia conhecer o homem legal, me apaixonar por ele, me casa e ter vários filhos.
    Fim FLASHBACK

    Rafaela: Estão sim e eu não poderia estar mais feliz. O Fernando me faz a mulher mais feliz do mundo.
    Diana: Eu fico muito feliz por você irmãzinha.

    Cena 03. Fazenda Amaral. Casa. Int. Tarde.
    Diana entra no seu quarto e bate a porte.
    Diana: Eu te odeio Rafaela! – Ela se joga na cama, enfia a cabeça no travesseiro e grita, sufocando seu grito no travesseiro.

    NO DIA SEGUINTE

    Cena 04. Casa Flávio/Elena. Int. Madrugada, por volta das 4h.
    Flávio, trinta anos, moreno, alto e forte, abre a porta e entra no quarto, meio desorientado, esbarra na penteadeira e acaba derrubando um vidro de perfume, que se quebra a tocar o chão.
    Elena que esta deitada na cama, dormindo, acorda assustada.
    Elena: Flávio é você? – Ela acende o abajur. – A onde você estava até uma hora dessas?
    Flávio acende a luz do quarto.
    Elena: Aaahh! – Ela grita ao ver Flávio todo sujo de sangue.
    Elena, 28 anos, morena de cabelos longos, se levanta e corre até o marido.
    Elena: O que aconteceu?
    Flávio: Eu estou bem. – Tenta se aproxima da cama com dificuldade. – Rápido arrume suas coisas, temos que sair daqui agora.
    Elena: O que? Por quê? O que aconteceu?
    Flávio: Agora! Rápido! Não temos tempo pra conversar agora, depois e eu explico tudo pra você.
    Flávio puxa uma mala de baixo da cama.
    Flávio: Pega só o essencial.

    Cena 05. Fazenda Amaral. Int. Dia.
    Diana acorda com a luz forte do sol entrando pela janela.
    Diana (colocando a coberta por cima da cabeça): Que luz é essa meu Deus? Um clarão desses entrando pela janela uma hora dessas não dá! O que foi que vim fazer nesse fim de mundo.
    Diana se vira de um lado para o outro na cama do seu quarto.
    Diana: Que inferno! Melhor levantar logo de uma vez.

    Cena 06. Fazenda Amaral. Int. Dia.
    Diana sai do seu quarto, vestindo uma calça jeans justa, botas marrons, e camisa de maga curta.
    Diana: Pelo menos hoje amanheceu um pouco mais quente.
    No corredor dos quartos ela percebe a porta do quarto de Fernando e Rafaela entreaberta e escuta os dois conversando.
    Fernando: Você não vai se levantar meu amor?
    Rafaela: Agora não. Eu acordei um pouco indisposta hoje.
    Diana (pensamento): Será que p suco já está fazendo efeito!
    Fernando (indo até Rafaela): Mas você está bem? – Se quiser eu fico com você.
    Rafaela: Que isso meu amor, pode ir sossegado. Sei que você tem muito trabalho hoje.
    Fernando: Ok meu amor, mas qualquer coisa manda me chamar que eu venho correndo. – Ele a beija. – Correndo não, voando.
    Rafaela (rindo): Que exagero.
    Fernando: Ta rindo é. – Ele começa a fazer cócegas nela.
    Rafaela: Não, para! – Rindo por causa das cócegas.
    Fernando: Ok. Mas estou falando sério, qualquer coisa manda me chamar que eu venho imediatamente.
    Rafaela: Eu sei, vá tranquilo, qualquer coisa tem a Cissa e a Diana também, aqui pra me ajudarem.
    Fernando: Tudo bem, mas qualquer coisa que ocorra, peça para que mandem me chamar. Entendeu?
    Rafaela: Eu já falei que sim, pode deixar.
    Do corredor, Diana escuta barulhos do que parecem ser beijos. Curiosa ela decide espiar pela abertura da porta.
    Pela porta entreaberta Diana vê Fernando parado perto da cama só de cueca branca.
    Fernando: Vou tomar um banho.
    Ele passa próximo da porta e vai para o banheiro.
    Diana dá um passo para trás, assustada, com medo de ser vista.
    Diana: Nossa que homem meu Deus! Ele teria sido meu se a Rafaela não tivesse se intrometido! Mas eu ainda acabo com essa felicidade!

    Cena 07. Fazenda Amaral. Ext. Dia.
    Diana montada em um cavalo, cavalga por uma estrada que passa por entre a plantação de uva.
    Diana (parando o carro): Onde que ele disse que ficava a cachoeira mesmo?
    Ela vê um dos funcionários parado perto de uma árvore perto dali e decide perguntar sobre a cachoeira.
    Diana: Oi, você sabe dizer se há uma cachoeira por aqui?
    Depois de pegar as informações com o homem, Diana segue em frente.

    Cena 08. Fazenda Amaral. Ext. Dia.
    Diana escuta o som da água da cachoeira caindo, e logo ela ver o lago formado aos pés da cachoeira. Ela para o cavalo próximo a uma arvore, onde amarra a rédea e sai andando em direção a cachoeira.
    Diana: E não é que aquele bronco do Zeca tinha razão, esse lugar é mesmo lindo.
    Diana se aproxima da lagoa forma pela pequena cachoeira, de repente ela ver Zeca aparecer de dentro do rio, voltando de um mergulho, a água escorrendo por sua costa larga e forte. Em seguida ele mergulha novamente, sem perceber que Diana o observava na margem do rio.
    Diana (sorrindo): Quer saber, vou fazer uma surpresinha para ele. Afinal eu preciso me divertir enquanto estiver por aqui.
    Ela começa a tirar a roupa e fica completamente nua. Entra na água do rio e vai caminhado, se aproximando, de onde Zeca mergulhou.
    Zeca volta do mergulho e se assusta ao ver Diana dentro do rio, nua.
    Zeca (se virando rapidamente): Desculpa! Eu não vi que senhora estava aqui.
    Diana: Eu também não ti vi. Mas não precisa se virar, e muito menos me chamar de senhora, somos todos adultos aqui ou não?
    Zeca: Eu não, eu… Acho melhor não…
    Diana se aproxima e abraça Zeca por trás, encostando seus seios nas costas de Zeca.
    Zeca se solta do abraço.
    Zeca: O que a senhora está fazendo?
    Diana: Não, você não pode ser inocente assim né? Não vai me dizer que você nunca viu uma mulher nua?
    Zeca (se virando): Claro que já vi! A senhora está me estranhando. Só que não quero faltar com respeito com a senhorita.
    Diana (sussurrando no ouvido de Zeca): Mas eu quero que você falte!
    Zeca: A senhora não me provoque, eu posso acabar não me segurando.
    Diana: Então não se segure. Vai, imagina que eu sou uma dessas garotas com quem você deve sair por aqui.
    Zeca se vira pega no braço de Diana, puxa-a para perto e a beija.

    Cena 09. Serrano. Ext. Tarde.
    Flávio e Elena passam pelo portal da cidade, de carro.
    Elena: Você tem certeza seu primo ainda mora aqui?
    Flávio: Tenho sim.
    Elena: Espero que você esteja certo. E que ele nos ajude, saímos de São Paulo com quase nada de dinheiro.
    Flávio: Ele vai nos ajudar sim. O importante é que ninguém de São Paulo saibam onde estamos.
    Elena: Você podia ter me deixado falar pelo menos com a minha irmã.
    Flávio: Eu não podia arriscar. Fora que quanto menos ela souber melhor para ela e a família dela.
    Elena: Você disse que ela não corria perigo.
    Flávio: E não corre. Desde que ela continue sem saber nada.

    Cena 10. Fazendo Amaral. Ext. Tarde.
    Diana e Zeca estão deitados sobre uma camisa de botões aberta e estirada no chão.
    Diana: Caramba, o que foi tudo isso?
    Zeca: A senhora não queria que eu te tratasse como eu trato as mulheres com quem saio por aqui.
    Diana (levantando): Acho melhor eu ir, já estou atrasa para o almoço. Conhecendo a Rafaela como conheço, é capaz dela já ter mandado alguém me procurar.
    Zeca: Nós repetiremos tudo isso?
    Diana: E por que não, como disse já somos adultos, podemos fazer o que quisermos.
    Diana termina de se vestir e sai andando em direção ao seu cavalo.

    Cena 11: Vila do povo. Casa de Josué. Ext. Tarde.
    Flávio, Elena, Rosa (25 anos, branca, altura mediana) estão na cozinha, sentados à mesa, almoçando. Uma cozinha pequena, com um fogão a lenha de um lado da pia, e um fogão a gás do outro lado, a mesa com quatro cadeiras no centro, um pequeno armário e uma geladeira encostados na parede.
    Rosa: Então você é primo do Josué?
    Flávio: Sim, minha mãe era irmã do pai dele.
    Rosa: Era? Ela morreu?
    Flávio: Sim, a três anos.
    Rosa: Eu sinto muito!
    Elena: Eu não sei nem como te agradecer Rosa.
    Rosa: Não precisa, somos todos família aqui.
    Elena: Mesmo assim. Muito obrigada!
    Rosa sorrir.
    Flávio: E o primo Josué?
    Elena: Ele tá trabalhando, ainda não veio almoçar. Capaz de nem vir.
    Flávio: Entendo.
    Eles continuam conversando enquanto comem.

    Cena 12. Fazendo Amaral. Int. Tarde.
    Rafaela se levanta do sofá ao ver a irmã entrar em casa.
    Rafaela: Você está bem? Eu estava preocupada? Você não veio almoçar. Onde você esteve?
    Diana: Estou ótima! Não precisa se preocupar. Acho que estive nas nuvens.
    Rafaela: O que? Como assim nuvens?
    Diana: Não é nada. Eu vou subir tomar um banho.
    Rafaela: Mas Diana…
    Diana sobe as escadas sem dar bola para a irmã.

    NO FIM DO DIA

    Cena 13. Fazendo Amaral. Ext./Int. Noite.
    Diana para em frente ao estábulo dos cavalos e entra. Dentro do estábulo Zeca confere se todos os cavalos estão trancados em suas celas.
    Diana (se aproximando por trás de Zeca): Então você está aqui.
    Zeca (virando assustado): Caramba que susto!
    Diana sorrir.
    Zeca: O que a senhorita está fazendo aqui? Precisa de alguma coisa?
    Diana: Preciso sim.
    Zeca: Se eu puder ajudar.
    Diana: Com certeza pode sim. – Ela passa a mão no peitoral de Zeca.
    Zeca solta o sorriso safado.
    Zeca: Então é isso que a senhora quer não é? – Ele abraça forte – Gostou da pegada do peão aqui não foi. – Ele a beija.
    Diana: Nossa! Que beijo! Que cheiro de homem!
    Zeca abre a porta de uma das celas, uma que estava vazia, e joga Diana em cima do feno. Ele tira a camisa, se deita por cima dela e a beija novamente.
    Diana desafivela o cinto de Zeca e depois desabotoa a calça dele.
    Zeca: Está com pressa em!
    Zeca abre a camisa de Diana sem desabotoar, arrancando vários botões da camisa dela.
    Diana: Isso seu Bruto!
    Ouvindo aquilo Zeca fica ainda mais animado e arranca o sutiã de Diana, deixando seus seios amostra.
    Zeca abaixa o rosto e começa a beijar os seios de Diana, que não desfaça a satisfação e o tesão, ela passa suas unhas nas costas de Zeca, arranhando em alguns lugares.
    Zeca levanta a cabeça e urra de prazer, olha nos olhos de Diana beijando-a em seguida…

    Cena 14: Vila do povo. Casa de Josué. Int. Noite.
    Sentados em um banco em frente a uma fogueira, nos fundos casa de Josué, ele e Flávio conversam.
    Flávio: Então todas essas terras são do seu patrão.
    Josué: São sim. O pai dele, o finado senhor Frederico Porto de Amaral, foi comprando as terras em volta das suas, e hoje tem uma das maiores plantações de uva aqui da região.
    Flávio: Mas essa casa é sua?
    Josué: Graças a Deus! E graças ao senhor Frederico que cedeu essa parte das terras para que seus funcionários pudessem construir suas casas. E depois os donos das fazendas vizinhas fizeram o mesmo e acabou virando um pequeno povoado, a Vila do povo, como costumamos chamar.
    Flávio: Pelo visto ele foi um grande homem?
    Josué: Foi sim, e o filho está indo pelo mesmo caminho. Falando nele, vou falar com ele sobre você, com sorte te ele te dá um emprego.
    Flávio: Seria ótimo! Aproveitando quero agradecer novamente por nos hospedar na sua casa.
    Josué: Imagina, deixa disso, eu estou muito feliz de revê-lo, de você está aqui.
    Elena e Rosa saem da casa e vão ao encontro dos maridos.
    Rosa: Eu trouxe um pouco de vinho e uns quitutes pra gente.
    Josué: Flávio você precisa provar esse vinho, é feito aqui na fazenda Amaral.

    NO DIA SEGUINTE

    Cena 15. Fazendo Amaral. Casa. Int. Dia.
    No escritório da casa da fazenda, Fernando conversa com Flávio, primo de Josué. Fernando sentado atrás de sua mesa, e Flávio sentado em uma das duas cadeiras em frente à mesa.
    Fernando: O Josué disse que você é formado em administração?
    Flávio: Sou sim senhor.
    Fernando: Bom, acredito que o Josué tenha mencionado que estamos construindo uma vinícola para passamos a produzir vinho em uma escala maior. – Flávio confirma com a cabeça e Fernando continua: – Pois bem, eu estava mesmo precisando que alguém para ajudar a administrar a parte financeira e burocrática nessa nova empreitada. Se você quiser a vaga é sua.
    Admir: Mais eu não conheço nada de uva e vinho.
    Fernando: Mais conhece de administração de empresa. O Resto você aprende. O Josué pode te ensinar tudo que sabe sobre a plantação e tipo de uvas, já a parte de vinho o Zeca e eu podemos te ajudar. No fundo do deposito temos uma pequena destilaria onde fazemos vinhos artesanais, você pode começar aprendendo por lá.

    Cena 16. Fazendo Amaral. Casa. Int. Dia
    Fernando sai do escritório acompanhado de Flávio e encontra Diana e Rafaela na sala, sentadas no sofá conversando.
    Diana: Eu estou adorando passar esse tempo na fazenda, fazia tempo que não me sentia tão bem.
    Fernando: Que bom ouvir isso.
    Rafaela e Diana se viram para olhar para Fernando.
    Fernando: Deixa eu apresentar o Flávio ele vai trabalhar…
    Fernando explica tudo para Diana e Rafaela.

    Cena 17. Fazenda Amaral. Ext. Tarde.
    Fernando e Josué caminham por entre videiras, plantação de uvas, da fazenda.
    Josué (segurando um pequeno cacho uva nas mãos): Elas estão começando a brotar. Em breve toda a plantação vai está repleta de cachos e mais cachos de uvas.
    Fernando: Pois é! Fica de olho em tudo pra mim Josué. Preciso que tudo dê certo nessa colheita, você sabe que tem muita coisa dependendo do dinheiro que vamos ganhar com essa colheita.
    Josué: Claro senhorzinho! E fico muito feliz de ver que o senhor está realizando o sonho do vosso pai.
    Fernando: Não podia ser diferente Josué. Foi ele que construiu tudo isso, me ensinou tudo sobre a terra. O mínimo que posso fazer e manter o legado dele. Agora deixe eu ir, que a irmã de minha esposa está vindo nos visitar.
    Josué: Eu quero aproveitar para agradecer o senhor…
    Fernando: Josué eu já pedi pra você para de me chamar de senhor, meu nome é Fernando, não senhor nem senhorzinho.
    Josué: É que pra mim é difícil. Meu pai me ensinou que eu devo sempre respeitar meus patrões.
    Fernando: Eu entendo.
    Josué: Eu quero aproveitar para agradecer o senhor por ter ajudado me primo, ter dado emprego para ele.
    Fernando: Imagina, eu estava precisando mesmo de alguém com as qualificações dele para me ajudar, ainda mais quando a vinícola estiver pronta.

    DIAS DEPOIS

    Cena 17. Fazenda Amaral. Casa. Int. Dia.
    No quarto, Rafaela está deitada em sua cama.
    Diana bate na porta e entra, carregando uma bandeja de café.
    Diana: Bom dia irmãzinha!
    Rafaela: Bom dia!
    Diana: A Cissa disse que você não ia descer pro café da manhã, então eu reouvi te trazer o café na cama.
    Rafaela: É, hoje eu acordei um pouco indisposta, acho que é a gravidez.
    Diana coloca a bandeja de café ao lado de Rafaela e se senta na cama.
    Rafaela: Muito obrigada por trazer o café, mas não estou com fome.
    Diana: Vamos só um pouquinho, você precisa se alimentar. Pense no seu bebê. Eu fiz seu suco favorito.
    Rafaela: Tudo bem, mas só um pouquinho.

    DUAS SEMANAS DEPOIS

    Cena 18. Fazenda Amaral. Casa. Int. Dia.
    Fernando desse a escada e logo chama por Cissa:
    Fernando: Cissa? Cissa?
    Cissa (entrando na sala): Fernando está tudo bem?
    Fernando: A Rafaela acordou meio indisposta de novo. Prepara um chã para ela e por favor fica de olho nela por mim. Vou precisar dar uma saída, mas volto na hora do almoço. Qualquer coisa manda me avisar na plantação. Depois do almoço vou leva-la no medico, estou preocupado com essas indisposições dela.
    Cissa: Eu também estou preocupada. Mas pode ir sossegado Fernando, eu cuidarei bem dela.
    Fernando: Obrigado Cissa! Ela é tudo de mais importante que tenho na vida.
    Cissa: Eu sei. Pra mim também. Vá trabalhar tranquilo.

    Cena 19. Fazenda Amaral. Casa. Int. Dia.
    Em seu quarto, Diana pega um casaquinho aberto, que está em cima de sua cama, e veste por cima de sua camisa.
    Diana: Amanheceu friozinho de novo, ou tempinho chato que tem nessa terrinha.
    Diana abre a porta do quarto e sai.
    No corredor dos quartos ela para e tenta ouvir algum barulho no quarto da irmã.
    Diana: Nada. Eles já devem ter decido.
    Cissa (com uma bandeja de café da manhã nas mãos): Bom dia Diana, o café já está na mesa.
    Diana: Obrigada Cissa e essa bandeja de café?
    Cissa: E para Rafaela, ela acordou um pouco indisposta hoje. Então estou levando o café dela a pedido do Fernando.
    Diana: Você não quer que eu leve o café para Rafaela?
    Cissa: Não precisa, pode deixar que mesma levo!
    Diana: Tem certeza, porque posso levar para você. Você deve ter muita coisa para fazer
    Cissa: Eu sempre vou ter tempo para a minha menina. Melhor você ir tomar seu café antes que esfrie.
    Diana (entusiasmada): O Fernando está lá baixo tomando café?
    Cissa: Não, ele já foi trabalhar.
    Diana (desapontada): Certo. Fala para Rafa que vou tomar café e já subo para ficar com ela.
    Cissa: Pode deixar que direi a ela – Em seguida entra com a bandeja no quarto de Rafaela e fecha a porta.
    Diana (cinicamente): Vai lá ficar com sua menina. Então quer dizer que ela acordou com indisposição hoje de novo. Era bom que morresse logo de uma vez!
    Diana desce as escadas sorrindo diabolicamente feliz.

    Cena 20. Fazenda Amaral. Casa. Int. Dia.
    Cissa entra na cozinha correndo. Do lado de fora, cai uma chuva forte. Na cozinha Maria (50 anos) prepara o almoço.
    Cissa: Maria coloca água pra esquentar, a Rafaela entrou em trabalho de parto.
    Maria: Mais não é muito cedo.
    Cissa: É sim, mas a bolsa estourou e ela tá tendo contrações.
    Zilda: Que Deus e a Nossa Senhora a ajude nessa hora!
    Zilda é uma empregada da casa, na faixa dos 30 anos, altura mediana, morena, cabelos escuros.
    Cissa: Zilda corre e procura o Zeca, manda ele pegar a caminhonete e corre na cidade para buscar o Médico. Eu tentei ligar, mas com a chuva que está lá fora o telefone não está funcionando. A Rafaela não está em condições de viajar. Ela está muito fraca, desde de cedo que ela não está bem.
    Zilda: Pode deixar.
    Cissa: Aproveita e manda o José Maria procurar o Fernando. Vai rápido.
    Zila sai da cozinha pela porta dos fundos. Enquanto Maria pega uma panela e coloca em baixo da torneira da pia para encher de água.
    Cissa volta correndo pro quarto de Rafaela.

    Cena 21. Fazenda Amaral. Casa. Int. Dia.
    No quarto de Rafaela, Diana tenta acalmar a irmã.
    Rafaela: Cadê o Fernando?
    Diana: Calma irmãzinha, a Cissa já pediu para alguém chama-lo, daqui pouco ele está aqui você vai ver. Agora se acalme, pense no seu bebê.
    Rafaela: Está doendo demais Diana, estou com medo de que ocorra algo com o meu bebê, ainda é muito cedo.
    Diana: Fique calma Rafa, logo o médico e o Fernando estarão aqui.
    Rafaela (com muita dor): Aiii! Puta merda, que dor!! Ahrr!!
    De dentro do quarto as duas escutam o barulho de um trovão.
    Diana: E essa chuva toda lá fora.
    Rafaela segura na mão da irmã.
    Rafaela: E se o Fernando não com seguir chegar?
    Diana (em pensamento): Está cada vez fiando melhor. – Ela disfarça sua felicidade.
    Cissa entra no quarto. E logo se senta ao lado de Rafaela.
    Cissa: Calma minha filha! Vai dá tudo certo.

    Cena 22. Fazenda Amaral. Casa. Int. Dia.
    Diana sai do quarto de Rafaela e para no corredor perto da porta do seu ao ouvir um trovão cortar o céu.
    Diana: Essa chuva veio a calhar. Com certeza Deus está do meu lado. Tomara que o médico não chegue. Com sorte essa criança já nasce morta e quem sabe a Rafaela morra logo de uma vez. Eu devia ter aumentado a dosagem de losna para só garantir.

    Cena 23. Fazenda Amaral. Casa. Int. Tarde.
    No quarto Cissa, Diana e Maria, ajudam Rafaela no parto.
    Cissa: Força minha filha, força!
    Rafaela: Ahhhhh! – Ela respira rápido várias vezes. – E o Fernando? Cadê o Fernando, Cissa?
    Cissa: Calma menina, ele já está vindo. Mas agora preciso que você se concentre em seu filho, tudo bem? – Olha para mim Rafaela, você confia em mim não é? Nós faremos com que esse meninão venha ao mundo.
    Rafaela (Chorando): Tudo bem Cissa. Só salve meu filho, por favor!
    Cissa: Pode deixar minha menina, confie na velha Cissa. Vai dar tudo certo. Está na hora minha querida. Não dá para esperar mais. Agora é com você Empurra!!
    Diana: Vai irmãzinha, força. Empurra!
    Rafaela: Humm! Ahhh!
    Cissa: Empurra menina.
    Rafaela (gritando): Eu estou empurrando! Humm! Fernando cadê você?

    Cena 20. Fazenda Amaral. Ext. Tarde.
    Fernando cavalga apressado, em baixo de chuva, em direção à casa da fazenda.
    Fernando: Droga tinha que chover logo agora!
    Ele bate com as pernas na barriga do cavalo que acelera os galopes.
    Suas roupas encharcadas, cabelo molhado, gotas de água escorrendo pelo seu rosto se misturando a lagrimas de alegria e medo.
    Fernando (em pensamento): Meu filho, meu filho está chegando.
    Fernando: Vamos! – Batendo mais uma vez com as penas no cavalo.
    O cavalo acelera mais um pouco.
    Fernando: Rafaela meu amor, eu estou chegando!

    Cena 21. Fazenda Amaral. Int. Tarde.
    Rafaela geme de dor enquanto dá a luz a seu filho.
    Cissa: Eu já estou vendo a cabeça. Força Rafa! Você consegue minha filha.
    Rafaela: Humm!! – Fazendo toda força possível, enquanto com uma das mãos aperta forte o colchão da cama.
    O bebê nasce sem chorar.
    Cissa: Um menino. – Maria corta o cordão pra mim.
    Maria pega a tesoura e corta o cordão umbilical.
    Rafaela: Porque ele não está chorando Cissa? O que aconteceu? Cadê meu filho?
    Diana: Calma Rafaela.
    Cissa: Ele está bem querida. – Mostra a criança para Rafaela. – Ele não chorou por que é prematuro, mas ele está bem, fique tranquila menina.
    Rafaela sorri muito feliz.
    Rafaela: Meu filho!
    Maria: Eu vou levar essas coisas lá para baixo. – Se referindo a bacia com água e os panos sujos de sangue.
    Rafaela: Eu quero ver meu filho Cissa.
    Cissa: Só um pouquinho, você precisa descansar menina enquanto o médico não chega. Você está muito fraca Rafa, perdeu muito sangue
    Rafaela: Deixa eu ver Filho. Meu pequeno RAFAEL!

    Cena 22. Fazenda Amaral. Ext. Tarde.
    Fernando para o cavalo em frente à casa da fazenda e desce de cima dele. Solta o cavalo e corre em direção a casa.
    Próximo às escadas ele escorrega e se desequilibra, caindo de quatro no chão.
    Fernando: Que bosta! – Se levantando.
    Fernando sobe os degraus da escada e entra em casa.

    Cena 23. Fazenda Amaral. Int. Tarde.
    Diana observa a irmã, descansar na cama, muito pálida, devido à grande perda de sangue.
    Rafaela abre os olhos e olha para Diana, que está sentada em uma cadeira ao lado da cama.
    Rafaela: E o meu bebê você viu?
    Diana: Sim maninha, é um bebê lindo, puxou os seus olhos azuis.
    Rafaela Sorri com dificuldade.
    Diana: Como sempre, você tendo tudo que o quer.
    Rafaela: O que?
    Diana: Nada. Descanse um pouco. Você ouviu o que a Cissa disse.
    Rafaela fecha os olhos.
    Diana se levanta e vai até a janela. Onde observa que ainda chove muito forte.
    De repente um clarão no céu, e o som de um trovão enche o quarto.
    Diana volta para o lado da cama e fica olhando para a irmã descansando.
    Diana (Em pensamento): Nem para você perder esse bebê. Será que você tem que vencer sempre, maldita. Mas se Deus quiser, esse bebê com cara de inseto que nasceu prematuro não vai vingar.
    Diana vê o travesseiro na cadeira em que estava sentada.
    Diana: Quer saber, acho que tenho uma ideia melhor. Eu que devia ter sua vida. Eu que a mereço, você sempre teve tudo, agora é minha vez.
    Diana pega o travesseiro da cadeira e coloca sobre o rosto de Rafaela e o pressiona em cima dela.
    Rafaela segura o braço de Diana, mas devido ao cansaço e a fraqueza não consegue fazer nada. Após alguns tempo, seu braço solta o de Diana e cai sem vida.

    Cena 24. Fazenda Amaral. Int. Tarde.
    Fernando entra em casa todo molhado e sujo de lama por causa da queda e da estrada.
    Se prepara para subir pro quarto quando vê Cissa vindo da cozinha.
    Fernando: Cissa e a Rafaela?
    Cissa: Não deu para esperar o Médico, a criança já nasceu. Mas estou muito preocupada, a Rafaela perdeu muito sangue e esse Medico não chega logo.
    Fernando: Onde ela está?
    Cissa: No quarto.
    Fernando: E o be… – Antes que ele terminasse ouvi gritos vindo da parte de cima da casa.
    Diana (somente voz): Rafaela? Rafa? – Gritando – Rafa fala comigo. Cissa? Alguem?
    Fernando (assustado): O que aconteceu?
    Antes que Cissa falasse algo, Fernando sobre correndo as escadas em direção ao quarto.

    Cena 25. Fazenda Amaral. Int. Tarde.
    Fernando abre a porta do quarto e entra desesperado. Ao ver o corpo da mulher inerte sobre a cama ele para hesitante e caminha lentamente até a cama chorando. Ao lado de Rafaela, Diana chora, enquanto segura a mão da irmã.
    Diana (chorando): Ela não reage eu acho que… eu acho que…
    Fernando: Não! Não pode ser.
    Ele se ajoelha ao lado da cama, já chorando, do lado de Diana.
    Fernando: Rafaela meu amor! Fala comigo.
    Parada na porta, Cissa que chora copiosamente.
    Diana: Eu acho que ela morreu.
    Fernando (chorando): Não! Eu não aceito isso.
    Fernando desolado se levanta e senta-se ao lado da esposa. Lagrimas escorrendo dos seus olhos. Ele coloca a esposa em seus braços e chora sobre ela.
    Fernando (gritando): Rafaela Acorda! – Lágrimas escorrendo de seus olhos. – Vai Rafa acorda. Fala comigo meu amor, vai me responde. Rafa meu amor! Por favor, Deus – olhando pra cima – não a tire de mim também. Não eu não aceito isso. Você não vai me deixar. – Ele beija na boca de Rafaela de forma ávida.
    Fernando se levanta com a esposa nos braços.
    Fernando: Eu vou leva-la até o hospital.
    Diana: Fernando!
    Fernando olha para Diana que está chorando e depois para Cissa.
    Fernando: Não ela não morreu! – Ele grita. – Ela não pode ter me deixado.
    Fernando com um olhar vago se ajoelha no chão segurando Rafaela nos braços.
    Maira e Zilda param na porta atrás de Cissa e começam a chorar ao ver a cena.
    Fenando: Rafaela meu amor, não, não vá. Volta Rafaela! Volta Pra mim! Eu te amo. Não me deixa meu amor. Não me deixa. (Gritando): Volta!
    Continua…
    Fim do capítulo 02.

  • Cicatrizes – Capítulo 001

    Serrano – RS. 1986

    Cena 01. Fazenda Amaral. Ext. Dia.
    A fazenda Amaral, é uma das maiores produtoras de uva da serra gaúcha. Quase que todas as suas terras são tomadas por videiras, plantação de uva.
    Por entre as videiras, uma garota, em um vestido azul, corre afoita, sempre olhando para trás, parecendo preocupada. O vento balançando seus cabelos claros.
    Há alguns metros mais atrás, um homem, montado em um cavalo, cavalga apressado, batendo com os pés na barriga do cavalo para que ele corra ainda mais. O chapéu em sua cabeça impede que se veja direito seu rosto.
    Homem (gritando): Você acha mesmo que vai conseguir fugir de mim!
    Garota (gritando): Tente me pegar então se for capaz!
    O homem a cavalo acelera ainda mais, e o vento acaba derrubando seu chapéu, revelando um homem jovem de cabelos escuros e curto. Vendo a garota adentrando ainda mais para dentro da plantação o homem para o cavalo, desce e passa a correr a pé atrás da garota por entre as videiras.
    A garota vendo que o homem se aproxima tenta correr ainda mais. Mas logo o homem consegue acompanha-la e a agarra por trás.
    Garota: Me solta!
    Homem: Primeiro você me provoca e depois sai correndo. Você achou mesmo que eu ia deixar por isso mesmo.
    O homem vira a garota e a beija ferozmente. A garota não resiste e logo se entrega ao beijo.
    Homem: Eu te amo Rafaela! Desde do primeiro momento que te vi.
    Rafaela: Eu também te amo meu amor! E eu tenho uma surpresa pra você?
    Rafaela é uma jovem belíssima de vinte e dois anos, branca de cabelos claros e olhos azuis.
    Homem: Surpresa pra mim?
    Rafaela: Fernando, eu estou gravida! – Feliz – Nós vamos ser pais!
    Fernando: Gravida! – Sorrindo – É sério?
    Fernando é um homem de vinte e seis anos, alto, forte, moreno claro de cabelos curto e escuros.
    Rafaela faz que sim com a cabeça, e Fernando a beija novamente.
    Fernando (gritando): Eu vou ter um filho! – Gritando ainda mais alto como que se quisesse que o mundo inteiro ouvisse – Eu vou ter um filho!!

    SEIS MESES DEPOIS

    Cena 02. Fazenda Amaral. Casa. Int. Quarto hospede. Noite.
    Da janela de um quarto Diana, uma jovem mulher, de vinte e cinco anos, branca, bonita, de olhos verdes, cabelos curtos na altura do pescoço e claros, observa um homem tomando banho na piscina.
    Diana: Minha vontade é descer até aí e me jogar nessa piscina junto com você.

    Cena 03. Fazenda Amaral. Casa. Ext. Área Piscina. Noite.
    Rafaela, gravida de sete meses, está sentada em uma cadeira a beira da piscina.
    De dentro da piscina aos poucos vai siando um homem nu, um homem de vinte e seis anos, alto, forte, de peitoral definido, pouco peludo, moreno claro de cabelos curto e escuros. Ele corre até Rafaela pega uma tolha no chão e se enrola com ela, se senta ao lado de dela, na mesma cadeira, e balança a cabeça, sacudindo os cabelos.
    Rafaela: Para Fernando! Você está me molhando!
    Fernando ri, em seguida dá um beijo em Rafaela.
    Fernando: Você devia ter entrado também.
    Rafaela: Com essa barrigona e esse friozinho, sem chances.
    Fernando se levanta deixando a toalha cair.
    Fernando: Vou pegar um copo de whisky no bar, você que algo meu amor? Um suco? Uma Agua?
    Rafaela: Que você vista algo. Alguém pode ti vê Fernando.
    Fernando: A essa hora já estão todos dormindo e se alguém ver, que veja. Eu não ligo.
    Ele caminha pelado e entra na sala de jogos. Rafaela ri vendo sua bunda se movimentando enquanto caminha.

    Cena 04. Fazenda Amaral. Casa. Int. Quarto hóspede. Noite.
    Da janela do quarto de hóspede Diana observa sua irmã Rafaela com o marido na pisciana.
    Diana: Essa felicidade toda me enoja.
    Ela vai até a cama e se senta.
    Diana: Porque você teve que ter tudo tão fácil, não bastava ser a filha querida, a primeira da classe, preferida por todos do colégio, tinha que ser a primeira a se casar e ter o primogênito de nossa família também.
    Diana tira uma foto do bolso.
    Diana: Você sempre tendo tudo Irmãzinha.
    Diana olha para a foto, uma foto de Fernando, marido de Rafaela.
    Diana: Eu te vi primeiro Fernando, você deveria ser meu!

    Início FLASHBACK
    Aeroporto Internacional da Cidade do Porto, Portugal.
    Diana e Rafaela caminham pelo Aeroporto depois de desembarcarem. Rafaela para em frete ao Banheiro.
    Rafaela: Eu preciso ir no banheiro você me espera um minutinho?
    Diana: Claro vai lá.
    Rafaela entra no banheiro.
    Diana pega um folheto com as atrações turísticas da Cidade do Porto e começa a olhar. Distraída ela se vira tentando localizar a saída do aeroporto e esbarra em uma pessoa.
    Diana: Desculpa! Eu…
    Fernando: Não imagina, eu que não estava prestando atenção.
    Diana fica admirada ao olhar para Fernando. Um homem lindo, alto, moreno.
    Diana: Eu… Eu… – Ela fica tão encantada que não sabe o que dizer.
    Fernando: Você está bem?
    Diana Balança a cabeça positivamente.
    Fernando: Quem bom! – Ele continua andando.
    Diana fica observando aquele príncipe indo embora. Desejando ter tido coragem para falar algo para ele em vez de ter só gaguejado.
    Rafaela (saindo do banheiro): Você está bem? – Percebendo que a irmã estava imóvel e bastante corada. – Diana?
    Diana: Oi! Estou bem sim! Irmãzinha acho que acabei de conhecer o homem da minha vida.
    Rafaela (animada): É mesmo? Onde ele está? Qual o nome dele?
    Diana: Eu… Eu não sei! Agente se esbarrou, mas ele já foi.
    Rafaela: E o que você está fazendo aqui, vamos logo atrais dele, você não pode deixa-lo sumir assim. Vamos!
    Fim FLASHBACK

    Diana: Eu te amei assim que ti vi Fernando, porque você fez isso comigo? Porque você não me amou? Se você soubesse como me doeu quando os vi juntos pela primeira vez, você nem sequer se lembrou de mim. Mas vocês não perdem por esperar. Vocês vão me pagar!
    Lagrimas escorrem dos olhos de Diana.

    Cena 05. Fazenda Amaral. Casa. Int. Noite.
    Rafaela e Fernando sobem as escadas, Fernando enrolado só em uma toalha, com suas roupas na mão. Atravessam a o corredor dos quartos e entram no quarto deles, o ultimo do corredor.
    Diana com a porta do quarto em que está observa tudo.
    Diana: Eu te odeio Rafaela. Eu te odeio!

    Cena 06. Fazenda Amaral. Casa. Int. Quarto Rafaela/Fernando. Noite.
    Fernando sai do banheiro enrolado em uma toalha.
    Fernando: O banho estava um delicia, pena que você não quis tomar banho comigo.
    Rafaela fecha o livro que está lendo e o coloca de lado.
    Rafaela: Como o fogo que você está é melhor tomarmos banho separado mesmo, com essa barriga, já não consigo mais te acompanhar.
    Fernando (sorrindo): Fogo é? – Ele se aproxima dela, e com um sorriso safado tira a toalha ficando nu.
    Fernando se joga na cama ao lado de Rafaela e a beija ardentemente. Rafaela suspira meio sem folego depois do beijo.
    Fernando se levanta e veste uma calça de pijama.
    Rafaela: O que? Como assim você vai se vestir? Depois desse beijo.
    Fernando: Pensei que você quisesse que eu diminuísse meu “fogo”. – Sorrindo.
    Rafaela: Depois de me incendiar desse jeito, você que pular fora, de jeito nenhum.
    Rafaela pega no braço de Fernando e puxa novamente para cama. Os dois voltam a se beijar.
    Fernando: E a barriga?
    Rafaela: É só termos cuidado.
    Os dois voltam a se beijar com cuidado por causa da barriga de Rafaela. Os dois de ladinho na cama, Rafaela passa sua mão pela costa de Fernando, depois vai descendo aos poucos uma de suas mãos pela costa dele, passando pela bunda, depois pela coxa…

    NO DIA SEGUINTE

    Cena 07. Fazenda Amaral. Ext. Dia.
    Por uma pequena estrada que corta as videiras (plantação de uva) ao norte da fazenda, Fernando cavalga apressado. Sua camisa azul de mangas cumprida desabotoada, por cima de uma camiseta branca, balançando com o vento.
    Ao chegar próximo de um grupo de pessoas, ele para cavalo e desce dele.
    Josué (se aproximando preocupado): Ainda bem que o senhor ainda estava em casa.
    Josué é o capataz da fazenda e responsável pela plantação de uva. Um homem moreno de 30 e poucos anos.
    Fernando: Onde que está?
    Josué: Por aqui. – Entrando no meio da plantação.

    Cena 08. Fazenda Amaral. Casa. Int. Sala/Cozinha. Noite.
    Diana desse as escadas e encontra Cissa e Rafaela sentadas no sofá da sala. Cissa é uma senhora na faixa dos cinquenta anos, baixa, cabelos grisalhos, foi babá de Rafaela e Diana.
    Rafaela: Bom dia irmãzinha! Dormiu bem?
    Diana: Sim. O sono dos inocentes.
    Cissa: Você demorou pra descer, já tomamos café sem você. Você que eu peça para a Maria preparar algo pra você?
    Diana: Pode deixar Cissa, eu vou na cozinha e tomo café por lá mesmo.
    Rafaela: Depois podemos caminhar um pouco, tomar um ar se você quiser.
    Diana: Na verdade prefiro dá uma volta a cavalo se você não se incomoda.
    Rafaela: Claro que não!
    Diana: Bom deixa eu ir tomar meu café.
    Diana vai para a cozinha, passando pela sala de jantar.
    Diana entra na cozinha, que está vazia, uma cozinha larga, com uma mesa redonda de quatro cadeiras e uma bancada no meio, um grande armário embutido na parede e uma geladeira no quanto. A cozinha possui quatro portas, duas para sala de jantar, uma para os fundos da fazenda e uma para um corredor de acesso aos quartos dos funcionários.
    Diana: Maria! – Ela chama pela cozinheira. – Onde será que ela se meteu?
    Diana sai da cozinha pela porta dos fundos.

    Cena 09. Fazenda Amaral. Ext. Dia.
    Fernando e César cavalgam pela estrada em direção a casa fazenda.
    César é um funcionário da fazenda, um homem na faixa dos 30 anos, negro, cabelo bem curto.
    Fernando: Depois de pegar a caminhonete e o equipamento para espalhar o pesticida na plantação, vá na vila e busque alguns funcionários para ajudar.
    César: Pode deixar.
    Fernando: E não esqueça de mandar alguém me avisar quando o Josué voltar.
    César: Sim senhor!

    Cena 10. Fazendo Amaral. Casa. Ext. Tarde.
    No fundo da casa, Diana sai na área coberta, onde há uma área de serviço e mais a frente uma área de churrasqueira. Ela vê Zeca passando por ali, desce os degraus e se aproximar dele.
    Zeca é um homem de vinte e sete anos, branco, alto, forte e de cabelos claros. Ele é funcionário da fazenda e amigo de Fernando, além de ser afilhado dos falecidos pais de Fernando.
    Diana: Oi!
    Zeca: Bom dia senhorita! Posso ajudá-la em algo?
    Diana: Você pode preparar um cavalo para mim? Eu quero dá uma volta pela fazenda, conhece-la melhor.
    Zeca: Claro, pode deixar.
    Diana: É só isso, obrigada!
    Zeca começa a andar.
    Diana se vira para voltar para a cozinha, mas para, ao ver uma pequena planta no meio da horta aos pés da casa.
    Diana: Losna!
    Zeca (parando): A senhorita falou algo.
    Diana: Você conhece de plantas e ervas?
    Zeca: Algumas. Porque?
    Diana: Por nada, é que na casa da minha avó tinha uma dessas e achei parecida, só isso.
    Zeca: É losna, as pessoas usam para fazer chã, mas antigamente algumas mulheres usavam para provocar aborto.
    Diana: Acho que minha avó falou algo do tipo mesmo para mim.
    Diana sobe os degraus e entra na cozinha.

    Cena 11. Fazenda Amaral. Ext. Por volta de meio dia.
    Fernando e César entram cavalgando na área da frente da casa da fazenda. César segue para o galpão que ao lado do estabulo a esquerdo da casa, onde fica o deposito dos equipamentos da fazenda e uma pequena destilaria, enquanto que Fernando para o cavalo em frente à casa da fazenda.
    Zeca se aproxima de Fernando.
    Zeca: E ai?
    Fernando: É uma praga mesmo, ainda bem que é em uma área pequena da plantação, mais tá cheio de lavas. O Josué foi em Rio Branco comprar inseticida.
    Zeca: Certo.
    Fernando: O César está pegando o equipamento para dedetização, depois de dar um pouco de agua pro cavalo vá ajuda-lo, por favor.
    Zeca: Pode deixar. – Depois se afasta levando o cavalo.
    Fernando se vira em direção à entrada da casa e vê Rafaela vindo ao seu encontro. E caminha em direção a ela.
    Ao ficarem de frente um para o outro, Fernando ergue Rafaela, alguns centímetros do chão e a gira.
    Rafaela: Cuidado! Olha o bebê.
    Fernando (colocando Rafaela no chão): Eu tenho certeza que esse meninão aguenta umas voltinhas no ar.
    Rafaela e Fernando se beijam.
    De longe, montada em um cavalo, Diana observa Fernando e Rafaela.
    Diana: Eu não aguento mais ver esses dois juntos, ver essa felicidade todo. Eu preciso dá um jeito nisso. Eles não merecem ser felizes as custas da minha felicidade!

    Cena 12. Fazendo Amaral. Casa. Ext. Tarde.
    Diana para o cavalo nos fundos da casa e desce dele. Vai até horta, arranca umas folhas de losna do pé.
    Diana: Quero só ver se o que dizem sobre você é verdade – Olhando para as folhas em sua mãe.
    Diana coloca as folhas de losna no bolso e monta no cavalo novamente. Em seguida sai cavalgando em direção ao estabulo.

    Cena 13. Fazendo Amaral. Casa. Int. Sala. Tarde.
    Diana entra na casa pela porta da sala.
    Na sala Rafaela está sentada no sofá.
    Rafaela: Oi e ai como foi o passeio?
    Diana: Muito bom. Já almoçaram?
    Rafaela: Não, mas já vamos, o Fernando está resolvendo umas coisas no escritório e depois almoçamos.

    Cena 14. Fazenda Amaral. Int. Sala de jantar. Tarde.
    Fernando, Rafaela, Diana e Cissa estão sentados à mesa, para o almoço. Diana está sentada ao lado de Rafaela.
    Zeca (entrando na sala de jantar): Desculpe pelo o atraso!
    Fernando: Não tem problema Zeca.
    Zeca se senta à mesa, de frente para Diana.
    Diana: A Rafa me contou o que aconteceu na plantação.
    Fernando: É encontramos pontos de manifestação de pragas, mas por sorte descobrimos a tempo e já tomamos a medidas necessárias.
    Diana: Espero que dê tudo certo.
    Zeca: Depois do almoço eu vou para a plantação para ajuda-los.
    Rafaela: Vamos deixar o trabalho para depois do almoço, por favor.
    Fernando: Claro meu amor.

    Cena 15. Fazenda Amaral. Int. Sala de jantar. Tarde.
    Depois de almoçarem, mas ainda a mesa.
    Fernando: Diana, agora você vai provar do nosso vinho. O sonho do meu pai. Faz apenas cinco anos que iniciamos a produção de vinho. No começo era só pra família. Meu pai vinha trabalhando nele há anos, até que no final ficou como ele queria e decidiu produzir para comercializar. Até então sempre vendíamos as uvas para alguns produtores de vinhos e para comércios e feiras.
    Rafaela: O vinho é uma delícia. Pena que não posso beber.
    Fernando: Ele ainda é novo, mas já é perceptível a qualidade.
    Fernando tira a rolha do vinho, e se levanta para servi-lo.
    Fernando: Não sei se você viu. Na entrada da fazenda estamos construindo uma vinícola, um prédio para instalar a produção do vinho. Que por enquanto ainda é feita em produção caseira e vedemos só pequenos lotes. Mas o sonho é um dia ser o maior fabricante do Brasil.
    Diana: Eu tenho certeza que é muito bom.
    Zeca: Modéstia à parte, o vinho é excelente.
    Fernando serve as taças de Diana, Zeca, e Cissa
    Cissa: Só um dedinho, eu não tenho mais idade para beber.
    Fernando: O que é isso Cissa, não se tem idade para apreciar um bom vinho.
    Cissa: Mas se depender de você meu filho, viro uma alcoólatra.
    Todos riem. Diana fossa uma risada para acompanhar os demais.
    Fernando: Um brinde a Diana. Que a sua estadia aqui na fazenda, seja a melhor possível! E ao meu amor! – olhando para Rafaela – A mulher que me faz feliz todos os dias.
    Rafaela brinda com suco de uva.
    Fernando bebe um gole do vinho e se senta. Ele pega na mão de Rafaela e a beija.
    Diana também bebe um gole de vinho, assim como Zeca e Cissa.
    Diana: Humm! Realmente é delicioso.
    Zeca: Imagina então quando ele tiver envelhecido.
    Diana: E já tem um nome, esse vinho.
    Fernando: “Porte Serrano”.
    Enquanto fala Zeca sente algo tocar na sua coxa, um pé.
    Sentada em sua cadeira, Diana passa sua perna por de baixo da mesa, e passa seu pé pela coxa esquerda de Zeca.
    Zeca olha sem graça para Diana, que responde com um sorriso.
    Zeca: Com licença – Se levantando. – Eu preciso ver como andam as coisas na plantação.
    Fernando: Tudo bem. Não esqueça de mandar alguém me chamar assim que o Josué voltar.
    Zeca: Pode deixar. – Saindo pela porta que dá na cozinha.
    Diana ri.
    Rafaela: Aconteceu alguma coisa minha irmã?
    Diana: Não Rafa, somente estou feliz por estar aqui junto com todos vocês.
    Rafaela: Eu também estou e muito. Você é minha irmã querida, e é muito importante pra mim ter você aqui comigo nesse momento.
    Diana (em pensamento): Importante pra você, como sempre, sempre você.
    Cissa olha desconfiada para Diana novamente, estranhando a reação dela.
    Cissa: E você pretende ficar mais quantos dias aqui Diana?
    Diana: Calma Cissa! Só tem três dias que cheguei e você já quer que eu vá embora.
    Fernando: Você é bem vinda para ficar o quanto quiser Diana. Essa casa é sua.
    Diana: Obrigada! – Olha rapidamente seria para Cissa, depois volta a sorrir falsamente.
    Cissa: Eu só perguntei porque você nunca foi muito do campo.
    Diana: Verdade, mas nunca é tarde para mudar, não é mesmo?
    Fernando: Com certeza! Então um brinde as mudanças! – Erguendo a taça.

    Cena 16. Fazendo Amaral. Casa. Int. Cozinha. Tarde.
    Na cozinha Diana prepara um suco de laranja batido no liquidificador, como Rafaela gosta. Ela coloca os pedaços de laranja descascadas, em seguida umas folhas de losna, que tira do bolso e coloca dentro do liquidificador, pegas umas folhas de hortelã e coloca no liquidificador também. Depois bate tudo.
    Diana: Vamos ver a força dessa plantinha – Ela sorrir.
    Cissa: Você disse algo? – Fala entrando na cozinha.
    Diana se vira assustada.
    Diana: Não, não é nada, só estou preparando um suquinho de laranja com hortelão para Rafaela e pra mim.
    Cissa: Você podia te me pedido, que eu preparava. Você quer que eu termine de preparar.
    Diana: Não precisa Cissa, eu posso muito bem preparar um suco.

    Cena 17. Fazendo Amaral. Casa. Int. Hall dos quartos/quarto Rafaela/Fernando. Tarde.
    Diana caminha pelo corredor dos quartos com bandeja nas mãos. Na bandeja dois copos de suco e um prato com biscoitos variados. Ela para em frente a um espelho.
    Diana: Eu vou acabar de vez com toda essa sua felicidade Rafaela. Se eu não posso ser feliz com o Fernando você também não será! – Ela se olha no espelho e sorrir para esconder o odeio que está sentindo.
    Diana entra no quanto de Rafaela.
    Diana: Oi irmãzinha! – Toda sorridente. – Trouxe suco e biscoitos pra gente.
    Diana coloca a bandeja em cima da cana ao lado de Rafaela.
    Diana: Como você está?
    Rafaela: Estou bem! Só descansando um pouco. Essa barriga pesa e me deixa cansada as vezes.
    Diana: Eu imagino!
    Diana pega um copo de suco e entrega para Rafaela.
    Diana: Eu mesma que fiz. É seu favorito.
    Rafaela e Diana (juntas): Laranja com hortelã!
    As duas riem.
    Rafaela leva o copo de suco até a boca, enquanto Diana observa sorrindo. Rafaela bebe um pouco do suco.
    Continua…
    Fim do capitulo 01.

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