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Três Jogadas

Capítulo 7 – Três Jogadas

Três Jogadas.

Capítulo 07.

“Preciso de um tempo, preciso me reencontrar em novos caminhos e preciso disso agora.”

Caio F Abreu

Cena 1. Rio de Janeiro – Gávea / Revista Luz / Manhã

Continuação imediata da cena anterior.

Célia sorrindo: Se você se unir a mim e a ele iremos destruir quem quer te destruir. Seremos seus protetores. Você aceita?

Célia estica a mão. Alice fica pensativa.

Alice estica as mãos: Que assim seja!

As duas se unem, mas Alice cai na história de Célia, sem saber sua real intenção. Uma grande guerra se formou. Foca na mão das duas, que estão unidas.

Célia pensando: E aqui começa minha vingança. – ela sorri.

Pouco depois, Célia e Petrônio saem. Na saída…

Petrônio para Célia: Está tudo certo. Agora nada pode dá errado.

Célia sorri: Calma. Mal sabe ela que daqui pra frente à vida dela irá se transformar em um inferno. – ela ri maleficamente.

Na sala de Alice…

Alice está sentada na sua mesa, pensativa. As palavras de Petrônio ecoam a mente de Alice.

Alice abre a gaveta: Clarice, Clarice. Se você pensa que irá me destruir. – ela pega uma arma e a olha. – Você está muito enganada. Eu acabo com você antes. – ela simula um tiro e ri.

Cena 2. Rio de Janeiro – Catete / Apt. da Branca / Manhã

Adriana e Fernanda entram no carro. Adriana está tensa.

Fernanda pega na mão da prima: Preparada?

Adriana cabisbaixa: Nenhum pouco. – ela ergue a cabeça. – Eu não sei se estou preparada para rever o meu passado depois de anos.

Fernanda: Você sabe pelo menos o nome da menina?

Adriana triste: Não. Desde que eu vim de Nova York pra cá eu não tive mais contato nenhum com a minha mãe.

Fernanda liga o carro: 21 anos atrás… Será que você consegue perceber quanto tempo você ficou sem sentir um carinho de mãe, sem sentir o afago dela? Os beijos carinhosos…

Adriana: É claro que consigo. Você acha que eu me sinto bem? Eu nem sei se ela vai me reconhecer depois de tantos anos.

Fernanda: Eu tenho certeza que ela ainda consegue se lembrar do teu calor. Você precisa enfrentar a realidade, enfrentar o mundo e sair desse buraco obscuro que você se enfiou durante anos. O mundo precisa te conhecer. Você precisa se conhecer. Vai se esconder até quando?

Adriana: Eu ia me esconder até onde desse. Mas parece que o tempo foi meu maior inimigo e fez de refém de mais uma das suas maldades.

Fernanda estranha: Você chama um carinho, uma reconciliação de maldade?

Adriana com a voz embargada: E você sabe se ela vai me perdoar?! Se vai ter a reconciliação?

Fernanda: É melhor tentar. A vida é uma caixinha de surpresas. Vamos? – ela sorri.

Paralelo à cena…

Marta está deitada. Stacy entra.

Stacy sorrindo: Está melhor?

Marta se ajeita: Estou levando como posso. Já estou medicada.

Stacy: Que bom. O médico disse que em breve você poderá ir para casa. Ele falou que seu quadro tem melhorado.

Na sala do médico…

Matheus pega os exames: O caso dela está se agravando aos poucos. Se continuar assim, teremos que colocar ela em coma. – ele diz para os enfermeiros.

No quarto de Marta…

Marta radiante: É muito bom saber dessa notícia.

Stacy: Por falar em notícia. Você queria me contar algo, mas a enfermeira pediu que eu me retirasse. Ela iria te aplicar o remédio. E então, o que era?

Marta: Eu vou ser bem direta para não perder a coragem. Sua mãe não morreu no parto como eu disse. – Stacy estranha. – Sua mãe está viva!

Stacy fica perplexa. As duas se encaram.

Cena 3. Rio de Janeiro – Urca / Motel Pinguaça / Manhã

Vanessa surpresa: Você só pode estar de brincadeira. Nunca que eu vou me aproximar da Eliane. Eu nem saberia como começar.

Tiago agarra a jovem: Vai saber sim. Você só precisa se fazer de amiga. A idiota cai em qualquer história. Ela é carente, qualquer amizade pra ela é verdadeira.

Vanessa se solta: Como você consegue ser tão cruel com uma pessoa?

Tiago: Não me culpa sozinho. Afinal, eu não consigo trair sozinho.

Vanessa: Por isso que todo mundo te chama de babaca.

Tiago se aproxima: Babaca, mas eu penso. Raciocina comigo: Se você se aproximar da Eliane e se um dia ela começar a desconfiar das traições, você seria a última pessoa que ela iria desconfiar.

Vanessa se senta: Você acha mesmo que vai segurar essa traição por muito tempo?

Tiago aperta a bochecha de Vanessa: Se a gente tomar cuidado, sim… – ele a beija.

Cena 4. Rio de Janeiro – Vidigal / Sobrado da Gisele / Manhã

Gisele termina de escrever a carta.

Gisele se levanta: A carta está pronta.

Luíza pega a carta: O que está escrito nela?

Gisele: Se eu deixei lacrada, não é para você lê. Eu quero que a Alice seja a primeira pessoa a abrir essa carta.

Luíza coloca um salto: Eu ainda acho palhaçada essa sua história de vingança. Você nunca me disse o que você quer com a Alice, aliás, nunca me disse como conheceu essa mulher.

Gisele: Qual a necessidade de ficar perguntando isso? Na hora certa você vai saber. E essa hora está chegando. Agora vai, dê um jeito de colocar essa carta sem que ela saiba. Anda logo.

Luíza pega a bolsa: Eu ainda vou descobrir o motivo de você querer se vingar. E vou descobrir de onde você conhece essa mulher.

Luíza sai toda desconfiada. Gisele se senta.

Gisele sorri: Em breve estaremos longe dessa favela horrível. A Alice destruiu a minha vida, me fez parar nessa favela. Mas eu vou me reerguer. Ah vou.

Cena 5. Rio de Janeiro – Laranjeiras / Hospital Santo André / Manhã

Sheyla e Stênio chegam ao hospital. Eles vão até a sala de Mateus.

Mateus guarda um bloco de anotações: Stênio! – ele sorri e o cumprimenta. – Quanto tempo meu amigo. Senta. Está tudo bem?

Sheyla ri: Se ele estivesse bem não estaria aqui.

Stênio sem graça: Sheyla, não seja tão inconveniente. – ele olha para Mateus. – Mas eu não estou nada bem. Eu ando sentindo muitas dores de cabeça. E elas são fortes.

Mateus: Você devia ter me procurado com antecedência, Stênio. Eu sou amigo da sua família de longa data. Seu pai morreu de AVC e com isso não se brinca.

Stênio: Eu sei, mas você sabe que eu detesto hospital, exames e afins. Eu achei que alguns remédios iriam resolver meus problemas. Mas só piorou depois dos medicamentos minhas dores se tornaram mais fortes.

Mateus: Além das dores fortes, quais são os outros sintomas?

Stênio: Olha, eu não estou lembrando. Você lembra amor?

Sheyla ri: Você me listou tudo ontem Stênio. Mas enfim, ele anda bem fraco. Está tendo problemas para identificar algumas cores e para ouvir também. Principalmente na audição. E já é a segunda vez que ele se esquece das coisas. Mas ele é tão saudável, eu fiquei confusa com esses sintomas.

Mateus: Eu já posso imaginar o que seja, mas vou te pedir uns exames ainda hoje. Quero ter certeza.

Pouco depois…

Stênio chega à sala de Mateus, com Sheyla. A enfermeira traz os exames. Mateus pega e se senta.

Stênio: E então Mateus, o meu caso é sério?

Mateus: Eu estava certo. Você está com um tumor cardíaco, Stênio. O tamanho dele é bem grande e eu não vou mentir pra você. Seu tempo de vida é pouco! – ele é direto.

Stênio se choca. Sheyla se interessa, sabendo que poderá tirar aproveito de toda a história, mas não demonstra.

Cena 6. Rio de Janeiro – Cidade Universitária / UFRJ / Manhã

Gustavo chega na sala da biblioteca. Amanda está lendo um livro.

Gustavo senta de frente para Amanda: Não sabia que você ia cursar advocacia.

Amanda sorri: Oi! – ela fecha o livro. – Você não é aquele menino que eu esbarrei na portaria?

Gustavo se ajeita: O próprio. Veio resolver algum problema cedo?

Amanda: Sim. Vim pegar uns livros e alterar meu horário do curso. Não vou continuar à noite, só de manhã. Amanhã já começo. E você?

Gustavo sorri: Eu venho de manhã quando posso para ficar lendo alguns livros. Eu me interesso por história. Deve ser sua matéria preferida. O livro fala sobre a Guerra dos Cem Anos. – ele ri.

Amanda olha a capa do livro: É sim. Eu me interesso bastante. Mas gosto de filosofia. Entender essa ligação entre o homem e as diversas formas de pensamento é interessante.

Gustavo: Mas você disse que ia trocar o horário do curso. Você conseguiu vaga?

Amanda sorri: Sim, parece que tem uma sala que está vazia, com poucos alunos. Eu pedi uma vaga e eles me deram. À noite fica complicado.

Gustavo fica sério, pensativo. Pouco depois… Na secretária…

Gustavo sorrindo: Bom dia. Eu gostaria de trocar o horário do meu curso…

Cena 7. Rio de Janeiro – Catete / Apt. da Branca / Manhã

Branca está lendo uma revista. Tóta chega.

Tóta sorrindo: Amor! – ele abre um sorriso.

Branca radiante: Tóta, meu querido.

Os dois se cumprimentam com um beijo.

Tóta coloca as malas no canto: Que viagem cansativa. Cadê a Nanda?

Branca: Foi pro hospital.

Tóta se assusta: Aconteceu alguma coisa com ela?

Branca: Não com ela. Com a Marta.

Tóta: Sua irmã?! – ele se assusta.

Branca: A própria. Ela está com um tumor cardíaco. Mas a Nanda não foi visitar ela.

Tóta ainda estranha: Como não?! O que ela foi fazer no hospital?

Branca sorri: Ela foi levar a Adriana. A Adriana resolveu tentar uma reconciliação com a Marta.

Tóta se levanta: Ainda bem. Mas o caso da Marta é sério?

Branca se aproxima de Tóta: Me leva até a minha irmã, por favor. Eu não posso a deixar partir sem ao menos me despedir dela.

Tóta abraça a mulher, que chora.

Cena 8. Rio de Janeiro – Gávea / Revista Luz / Manhã

Jordan está na sala de Tiago. Os dois conversam.

Tiago sorri: Fico feliz por ter voltado. Você é o único que consegue fazer uma festa digna para nossa revista.

Jordan ri: Que isso meu amigo. Mas existem tantos outros festeiros por aqui. Não entendo o motivo de você me procurar sempre.

Tiago: Assim você me chateia. Você é meu amigo de muito tempo, eu confio em você. Sua empresa é a melhor da cidade.

Jordan pega uma revista: Eu conheci um rapaz – ele começa a folhear a revista – também festeiro. Mas ele ainda não tem uma empresa, só trabalha em casa. Leandro o nome dele. Estou pensando em fazer parceria.

Tiago pega a revista de Jordan: Me dê atenção. – Jordan ri. – Ele é um bom festeiro?

Jordan: Ótimo. Eu vi algumas festas que ele fez, ele me mostrou as fotos lá em Londres, ficaram ótimas. Mas os recursos que ele tem são poucos. Talvez eu possa ajudá-lo bastante. Aliás, estou pensando em convidá-lo para a festa. Tem algum convite sobrando?

Na portaria…

Luíza consegue pular o muro. Ela passa por trás da revista, para não ser percebida pelos seguranças. Ela vai até a sala de Alice e coloca a carta na mesa. Ela sai de fininho.

No corredor…

Luíza vai saindo. Tiago sai de sua sala apressado. Ele flagra a garota.

Tiago estranha: Ô garota! – Luíza para e se vira rapidamente. – Quem é você?

Luíza fica sem reação.

Cena 9. Rio de Janeiro – Laranjeiras / Hospital Santo André / Manhã

Quarto da Marta…

Adriana vai até o corredor dos quartos. Ela já está com a carteirinha de visitante. Fernanda também. De longe, elas observam Stacy que está sentada.

Fernanda empurra Adriana: Vamos você chegou até aqui, não pode desistir.

Adriana recua: Eu não sei se vou conseguir encarar tudo isso de novo. É algo novo. Eu não sei se consigo Nanda.

Fernanda: Você consegue sim. Você devia saber que isso uma hora ia acontecer. Chegou a hora. Vamos! – Stacy pega a bolsa e sai. – Aproveita que ela saiu e vamos.

Fernanda e Adriana caminham até a sala de Marta. Fernanda se senta.

Adriana estranha: Você não vem comigo?

Fernanda: É o seu momento. Vai!

Adriana entra e vê o estado de Marta, que descansa. Ela se emociona e se aproxima de Marta. Adriana começa a chorar. No instante, ela segura a mão de Marta.

Marta de olhos fechados: Filha! – ela sussurra.

Uma lágrima escorre do rosto de marta. Adriana se emociona. Foca na imagem de Adriana, chorando.

Gabriel Adams

O que é necessário para Ser Humano? Quais são as atitudes que devemos tomar em situações difíceis sem que possamos ferir ou machucar alguém? Será que Ser Humano é ser cruel? Ou é errar, acertar, errar tentando acertar...Afinal, o que é ser humano? Dia 23 de fevereiro, às 20hrs, estréia a web-novela SER HUMANO.

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2 comentários sobre “Capítulo 7 – Três Jogadas

  • Pelo visto Gustavo já partiu para outra… essa Amanda que se cuide, pois o garanhão está chegando de fininho.
    Stacy descobriu que a mãe está viva, mas o destino não quis colocá-las frente a frente… ao menos não por enquanto.
    Há vários canhões apontado em direção à Alice!! Quero ver qual vai ser o primeiro a atirar.
    Luíza de boba não tem nada… mas acabou sendo encurralada pelo Tiago, vishh!!
    Stênio descobriu que tem um tumor, assim como a Marta… presumo que os dias deles estão contados. Sheyla é quem está gostando disso tudo.
    Chegou a hora de Adriana e Marta se acertarem… ou não!!

    • Eu jurei que você fosse gostar do Gustavo. Hahaha Me surpreendi! Pelo menos por enquanto. Será que ela finalmente vai descobrir quem é sua mãe?! Vários mesmo!! Eu sei quem vai atirar primeiro. Mas não conto! Hahahaha
      Nada de boba. Pelo contrário, muitooo esperta. Sheyla é bastante interesseira, mas será que ela teria coragem de tamanha crueldade?! Obrigado por comentar, Rodrigo!!!

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