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Por Você

Capítulo 7 – Por Você

NO ÚLTIMO CAPÍTULO…

Bruno chegou de frente à porta e gritou:

– Piranhaa? Vamos sair querida, não vou te deixar estudando, os bofes estão solitários! … Júlia! … A porta está arreganhada, vou abrir a porta! Estou abrindo, to entrando, alô? Penetrei na sua humilde residência. … Meu Deus! Jú?

Bruno se deparou com aquela cena macabra no chão da cozinha. Ele sai correndo e se abaixou colocando as mãos no rosto delicado de Júlia.

– Não pode ser o que estou vendo! Que horror… Quem foi? Tem alguém aí?

Bruno revistou toda a casa para ver se encontrava o meliante, mas nada! Ele voltou e a vestiu, logo após tentou acordá-la.

– Que bom que abriu os olhos, fique calma. Você está segura! De verdade, sou gay, mas tenho músculo e lhe protejo a qualquer custo! … Vou ligar para a polícia, ou será melhor uma ambulância?

Neste momento Gabriela chegou descalça com os sapatos amarelos na mão direita e uma garrafa de vodka Orloff na esquerda.

– O que houve? Fala logo bicha!

– Você não vê? A menina foi estuprada! Que horror…

– Foi Deus que me trouxe, era para estar no churrasco até agora, mas aquilo estava um saco!

– Me ajude a ajudá-la!

– Claro! Vou ligar pro Diego!

– Quem?

– O policial que você pegou no cassetete naquela blitz. Nós já nos encontramos de novo.

– Por quê?

– Claro! É isso, meu Deus! Não pode ser…

– O que foi Gaby?

Júlia estava com os olhos abertos, porém paralisada, parecia que nem ali estava, talvez fosse melhor não estar.

– Vou ligar pra ele agora e depois te explico, mas acho que pode ter sido o Sérgio!

Alguns minutos depois, Júlia já estava acordada, ela estava encolhida no sofá e aparentava estado de choque. Bruno andava de um lado para outro e Gabriela sentada na poltrona virando uma grande garrafa de água gelada. Diego já chegou abrindo a porta.

– Aquele infeliz! Justiça desgraçada a deste país que libera homens feito esse!

Ele agachou no chão e repousou suas mãos em cima das de Júlia, ela tremeu de susto.

– Calma! Sou policial, você me conhece. Estou aqui para lhe ajudar.

Ela virou o rosto para o outro lado e ficou imóvel. Gabriela disse:

– O que vamos fazer? Ela não pode ficar aí assim.

– Vou levá-la para a delegacia prestar queixa, dessa vez esse homem vai preso!

– Não é melhor levar para o médico primeiro? – Disse Bruno preocupado.

– Vou ligar para o Henrique. – Disse Gaby com lágrimas nos olhos.

Gabriela estava indignada, o efeito do álcool passava e cada vez mais revoltada ela ficava. Diego se levantou e disse:

– Acho melhor Bruno. Vamos para o hospital!

 

– Não! Eu não vou para lugar algum! Vou para o meu quarto, já estou humilhada de mais. Já pensou nas pessoas me olhando e perguntando o que houve? O que vou dizer? Que fui… fui…

Júlia caiu em prantos e Gabriela a abraçou forte!

– Vamos deixá-la aqui hoje, ela precisa de um tempo. – Disse Bruno.

Diego chegou no canto da sala com Gabriela e disse sussurrando:

– Vá para o quarto com ela e veja o estado do corpo dela. Veja se há algo de grave.

– Entendi. … Vamos Jú, vou te ajudar e depois lhe deixo em paz.

– Que porra foi essa que houve? Cadê a minha Júlia? – Disse Henrique revoltado.

 

HORAS DEPOIS…

 

Já era madrugada, Diego estava tomando uma xícara de café forte, Gabriela estava encostada na porta do quarto onde estava Júlia aguardando qualquer chamado. Bruno segurou Henrique e lhe explicou.

– Júlia está dormindo, não há nada de grave e não temos certeza, mas parece que foi o Sérgio!

– Claro que foi ele! Mas vocês não a levaram para o hospital? E a polícia?

– Diego está ai e ela está bem.

– Bem? Claro que não está, os ferimentos são internos, temos que levá-la para uma consulta. E o que aquele policial faz aqui?

– Gabriela me chamou, acho que o destino nos envolveu à força. Estou aqui para garantir a segurança dela.

– A polícia ainda não foi atrás dele Diego? – Disse Henrique.

– Claro, mas ele sumiu!

– E realmente acha que você vai mantê-la segura? Você vai ter que trabalhar, ela corre riscos, algo tem que ser feito! Eu a amo e isso não ficará impune!

Gabriela entrou na sala dizendo:

– Tenho a solução! Diego irá se mudar para a nossa república.

– Realmente estou procurando uma, mas não pode ser assim, não podemos tomar atitudes mediante à esses ocorridos. – Disse Diego.

– Cala a boca, está decidido! – Disse Gabriela com um sorriso no canto do rosto.

Henrique andando de um lado para o outro disse:

– Preciso vê-la e é isso que farei!

por vco

Italo Silva

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