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Filho Amado

Capítulo 66 – Filho Amado

Filho Amado. 

 

Capítulo 66. 

 


 

Anna corre pra abraçar o filho: Éssio…Mas quanta saudade tive de você, não sabe o quanto me preocupei com seu estado aqui…- Ela chora- Olha só! Todo maltratado e sujo, ele não tinha esse direito, mas estou aqui pra te ajudar… 

 

Éssio, sem entender: Mãe, como você conseguiu entrar? Cadê o Noronha? 

 

Anna escorre as lágrimas: Saiu e espero que nunca mais volte! Não importa como entrei, mas estou bolando um plano pra sairmos dessa casa hoje mesmo, confia em mim, tudo vai dar certo! 

 

Jasmine se levanta: Eu quero ver o Caio antes que o Noronha volte- Ela sai correndo. 

 

Anna espera ela sair: Eu tava mesmo querendo falar a sós contigo, Éssinho- Ela alisa o rosto do filho- Sei que anda passando por momentos difíceis e cruéis, mas isso tá mais perto de acabar…Sua mãezona aqui tem tudo certo pra fugirmos daqui, não sei pra onde iremos, mas alguém vai nos abrigar e… 

 

Éssio a interrompe: Os momentos ruins que tive aqui me fizeram refletir bastante, eu pensei na minha vida inteira até o momento presente, e cheguei numa conclusão…- Fala, seriamente. 

 

Anna sorri: Não pense no passado, temos que conversar sobre o futuro, sobre nossas vidas a partir de agora. Éssinho, o Noronha tá tentando arruinar a gente e quase conseguiu, mas Deus é tão bom que me arrumou meios de chegar até aqui! Ele tá orando pela gente lá em cima…Pra que tudo saia bem. 

 

Éssio, com raiva: Mãe, a culpa é nossa. 

 

Anna fecha o sorriso: O quê? 

 

Éssio repete: A culpa é nossa. Se estamos aqui nessa situação, se a nossa vida tomou essas proporções, os culpados somos nós mesmos. Como eu ia dizendo, refleti profundamente e pude perceber que o Noronha tem razão pra estar “ se vingando” da gente, afinal tratamos ele como um verdadeiro lixo, que outro sentimento isso poderia gerar em um ser humano? Fomos cruéis, e estamos recebendo o preço da nossa crueldade. 

 

Anna se revolta: Deve ser o mofo daqui que afetou o seu cérebro, Éssinho…Nós somos as vítimas aqui! Eu tratei o Noronha muito bem durante a vida dele, e o ingrato resolveu escravizar a gente de propósito, pra mostrar que é ruim! 

 

Éssio afirma: Você não tratou o Noronha bem, você magoava ele e eu…- Ele inicia um choro- EU CONTRIBUI MAS AGORA ME ARREPENDO DE TUDO! Nós temos culpa sim, aceite! Eu vou pedir desculpas pro meu irmão, e desculpas muito sinceras, do fundo do meu coração. A vítima sempre foi ele, o hostilizado, o pisado, o humilhado…Pedir perdão é o mínimo diante de tamanha monstruosidade! 

 

Anna aponta o dedo em sua cara: Você endoidou! Nós não devemos desculpas, nem perdão, nós somos íntegros e honestos, para de querer se culpar Éssinho! 

 

Éssio afirma: Vou pedir desculpas sim, já tenho minha opinião e nada mudará! Eu quero ver minha alma livre desse peso… 

 

Anna não crê: Desculpas por nada? Não vou aceitar que se rebaixe atoa pro Noronha, Éssinho você é melhor que ele e… 

 

Éssio não suporta: EU NÃO SOU MELHOR QUE O NORONHA! CHEGA DESSA ILUSÃO E DESSAS PALAVRAS! E PARA DE ME CHAMAR DE ÉSSINHO, CHEGA, EU NÃO AGUENTO MAIS- Diz, furioso. 

 

Anna se assusta. 

 

Mansão de José do Gado/ Tarde. 

 

Marinez bate palmas, Conceição logo aparece. 

 

Lá dentro… 

 

Conceição, com medo: O seu Zé tá dormindo um pouco, não sei se é bom acordar ele… 

 

Marinez se senta na mesa: Eu espero Conceição, sei que minha presença pode parecer desagradável, mas não se preocupe que você não tem culpa de nada e nem será demitida. Mas o assunto que tenho pra falar com o “ Do Gado” é urgente- Ela repara em Guido desenhando- Quanto tempo não via seu filho…Cresceu hein? 

 

José chega na hora: CONCEIÇÃO, CADÊ MINHA ROUPA PASSADA? SEU NOME DEVIA SER INUTILCEIÇÃO ISSO SIM- Ele repara em Marinez- O que essa senhora faz aqui? Veio implorar por abrigo depois de tudo o que me fez? 

 

Marinez suspira: Eu vou ser direta, seca e objetiva, falo até na frente da Conceição porque esse assunto é de extrema urgência. 

 

José debocha: Aposto que não é nada grave, mas irei te escutar por piedade, já que depois que me livrei de dois encostos, minha vida melhorou e agora posso aproveita-la ao máximo! 

 

Marinez não liga: Sua vida vai mudar muito depois do que eu te disser- José fica batendo o pé no chão, aguardando por uma resposta- A Taléfica trocou seus remédios, você tava bebendo o errado até um dia desses… 

 

José arregala os olhos, Conceição fica boquiaberta. 

 

Delegacia/ Interior/ Sala de Mafalda. 

 

Mafalda digita algo no computador, quando para: ADAMS- Ele chega na sua mesa- Quero que você e o Wagner vão até a casa do José das Vacas afim de entregar essa intimação aqui- Ela mostra- Ele tem que vir aqui em dois dias pra dar o depoimento sobre a morte do Chico Branco. 

 

Wagner coça a cabeça: Chefa…Você acha que alguém além do tal do Noronha lembra de algo daquela noite? E mesmo que se lembrem, duvido que vão contar… 

 

Mafalda ri: Eu sei quando uma pessoa está mentindo, pelos trejeitos, olhares, expressões, fora que tem alguns detalhes nesse caso que me atraíram…Sinto que acharei o culpado em breve! 

 

Casa de Noronha/ Quarto de Caio. 

 

Bruno e Caio jogam video-game. 

 

Caio vibra: Ganhei de novo! Tio, você é muito ruim no futebol… 

 

Bruno se levanta: Só nesse tal “ pleysteichon” que eu sou ruim, porque no futebol de verdade eu sempre fui o artilheiro, na minha época não tinha essas modernidades chatas de hoje em dia. Bom, vou pegar uma pipoquinha pra gente, já que se recusa a ir jogar lá fora…- Ele sai. 

 

Caio fica sozinho: Que saudade da mamãe… 

 

Jasmine chega de repente: Filho, Caio meu filho…- Ela o abraça. 

 

Caio fica radiante: MAMÃE!- Ele a cobre de beijos- Onde você tava? Por quê sumiu, mãe? 

 

Jasmine chora: É difícil de explicar, mas eu prometo que logo isso acaba e eu volto de vez, só passei pra dar um beijo mesmo, que saudade de você…- Eles se abraçam apertado- Tenho que ir, não conta pra NINGUÉM que eu te visitei, promete? 

 

Caio: Prometo sim, mas já vai? 

 

Jasmine se levanta: Vou sim, promete que mantém segredo, é o nosso segredo!- Ela sorri- Fica bem, filho…Eu te amo- Ela fecha a porta e sai correndo. 

 

No porão… 

 

Anna ainda está atordoada com o que o filho havia lhe dito: Éssio…Eu te chamo assim carinhosamente, é carinho de mãe, como você tem coragem de gritar comigo e ainda me contradizer? 

 

Éssio chora: O seu carinho me envenena! Todo o seu amor inflado e excessivo me faz mal, e eu só percebi isso agora, depois que o estrago foi feito…Mas ainda dá tempo de consertar, pedindo desculpas! 

 

Anna engole em seco: Meu Deus…Eu te criei tão bem, você sempre foi um filho bondoso e de repente faz isso comigo? O que te deu na cabeça? 

 

Éssio: Me deu um choque de realidade. Não quero mais o seu amor, vou me tornar uma pessoa decente enquanto é tempo, longe dos seus mimos e do seu carinho. Chega. Acabou. 

 

Anna: Eu não permito que você faça isso comigo… 

 

Éssio não a encara: Sai daqui, mãe, eu já tomei a minha decisão, agora saia logo pra evitar mais sofrimento…Vai embora… 

 

Anna se levanta, calada, e sai caminhando. Éssio permanece chorando. 

 

Anna, pra si mesma: Só pode ser um pesadelo…O Éssio desdenhando o meu amor, compactuando com os ideais do Noronha…Não posso permitir que ele vire outra pessoa e me abandone, fugirei com meu filho pra longe, e aí sim seremos felizes do jeito que somos, sem precisar de perdão- Diz friamente. 

 

Jasmine passa sem falar com ela e entra no porão, Anna o tranca, depois vai até a calça de Noronha e coloca uma das chaves no mesmo bolso de onde tinha caído, depois coloca a cópia dentro de seu avental. 

 

Em seu carro, Noronha termina de falar com Aurora. 

 

Noronha dá a ignição: Tudo bem meu amor, amanhã busco você e sua mãe! Também te amo, até- Ele desliga- Acho que finalmente eu voltei a…Amar…Ai eu pareço ridículo mesmo falando esse tipo de coisa melosa- Ele dirige. 

 

Mansão de José do Gado/ Tarde. 

 

José está estarrecido com o que acabara de ouvir de Marinez. 

 

Marinez respira fundo:…E foi isso o que aconteceu, a troca dos remédios explica os seus surtos constantes, a agressividade…Fora que a sua derrota contribuiu ainda mais para que o cérebro explodisse em fúria e desgosto. 

 

José não fala nada, apenas ouve, com as mãos sobre a cabeça.

 

Marinez pega sua bolsa: Bom, ela já devolveu o remédio certo, foi por isso que veio aqui naquele dia que você a perseguiu com uma faca. Mesmo assim, procure um médico, José. 

 

José, querendo chorar: Obrigado por me contar. Já pode se retirar, Conceição leve a dona Marinez até o portão, por favor. 

 

Marinez, fria: Estimo suas melhoras, José. E que você volte a ser aquele homem alegre e gentil que era antes, porque eu gostava muito dele- Ela solta um fraco riso. 

 

Conceição e Marinez saem. 

 

José fica olhando para o frasco com os remédios, sem esboçar nenhuma reação, depois o pega e vai diretamente pro quarto. 

 

José, melancólico: A Taléfica queria se vingar e conseguiu porque eu perdi minha esposa, a minha filha, eu humilhei meu neto antes do nascimento, maltratei a Conceição…Esse não sou eu…- Ele vai até o banheiro e se olha no espelho- Fracassei na vida política e pra piorar estou fracassando na minha vida pessoal também…Eu não sou mais nada- Fala, aos prantos- Mas ainda posso me recuperar- Ele avalia o frasco com suas capsulas- Só que eu não quero me recuperar, o quanto antes me livrar dessa vida vai ser melhor…É hora do fracassado morrer aos poucos- Ele abre o frasco e joga tudo no vaso sanitário, depois dá descarga e fica olhando a sua salvação ir “ por água abaixo”. 

 

Clube Peixe Feliz é Peixe Morto/ Tarde. 

 

Alguns pescadores conversam em frente ao porto quando um pequeno veleiro se aproxima, dele saem Jurema e Betânia, ambas encharcadas.Eles começam a rir mas logo disfarçam. 

 

Jurema acena pra alguém no veleiro: Muito obrigado, senhor Seno!- Ela pega a mala e fica furiosa ao ver os pescadores- Tem alguma palhaça aqui pra estarem rindo? 

 

Um deles responde: Só duas idiotas molhadas mesmo, se bem que essa sua amiga até que ficou boazinha assim… 

 

Betânia, furiosa: Escutem aqui, seus peixes podres, eu exijo saber quem tirou a ancora do barco do Belarmino, por culpa de um de vocês nós ficamos a deriva, tivemos que saltar do barco porque apertamos todos os botões e ele não queria funcionar, e depois de nadarmos por horas fomos achadas por esse homem bondoso do veleiro! 

 

Eles caem na gargalhada. 

 

Pescador: O barco do Belarmino não usava ancora, era motorizado! Vocês apertaram o botão pra partir e foi nisso que deu- Ele ri. 

 

Jurema pega na mão de Betânia: Vamos sair daqui, não aguento mais ser alvo de deboche desses nojentos- Elas saem. 

 

Um deles a para novamente: E onde ficou o Pig Pig? 

 

Betânia lhe empurra: Explodiu! Vamos, Jurema. 

 

Casa de Noronha/ Tarde. 

 

Américo aparece na cozinha, onde Ema prepara uma enorme jarra de suco. 

 

Américo, apressado: O Noronha está em casa? 

 

Ema: Saiu, acho que já já volta… 

 

Américo, tenso: Vou esperar no meu quarto pra não sofrer nenhuma tentativa de homicídio novamente- Ele sai correndo. 

 

Ema estranha: Eu hein… 

 

No corredor, Américo sobe as escadas quando Anna está descendo com um cesto de roupa. 

 

Américo passa por ela rapidamente. 

 

Anna debocha: Tá com medo de mim, detetive? Não se preocupe que você não será empurrado de novo, naquele dia eu estava muito confusa… 

 

Américo, sério: Tem certas pessoas que precisamos tomar cuidados até nos momentos mais calmos…Ou elas podem esfaquear-nos pelas costas. 

 

Anna deixa a bacia de roupa cair: O que você quis dizer com isso, detetive? 

 

Américo sorri: A carapuça serviu?- Ele sobe apressado. 

 

Anna fica vermelha de ódio: Mais um pra estragar o meu dia…- Ela pega o que derrubou e vai até a cozinha. 

 

Ema guarda o suco na geladeira. Anna observa. 

 

Anna: Esse suco é pra janta? 

 

Ema confirma: Sim, agora licença que eu tenho de terminar meu trabalho no quarto… 

 

Anna espera ela sair e tira a jarra de suco da geladeira. Ela vai até o bolso e pega o remédio que havia mandado o menino de rua comprar: Se eu ainda me lembro, com algumas gotas desse remédio diluído em água fervente, o efeito é tão grande que quem o toma dorme e só acorda no dia seguinte!- Ela ri maldosamente- Hoje, todos nessa casa irão dormir muito bem, menos eu, que vou me ver livre!- E coloca a água pra ferver. 

 

Cadeia Municipal/ Tarde. 

 

Natércia visita Batista. 

 

Natércia conta: Eu consegui um emprego muito bom na cidade vizinha, se duvidar arrumo advogado ainda nesse ano, não se preocupe! 

 

Batista sussurra para que o guarda que os vigia não escute: Não vamos precisar mais de advogado…Mas quero que me traga outra coisa… 

 

Natércia não entende: Como assim? 

 

Batista conta: Eu e o Clécio armamos um plano e… 

 

Natércia o corta: O Clécio? Você está falando com aquele pedófilo, Batista? Mas que decepção, depois de tudo o que ele fez…Merece estar morto! 

 

Batista, bravo: Me admira que você acredite nesses boatos! Nós conhecemos o Clécio há tanto tempo, ele era seu patrão, lembra? É homem de caráter e não merece estar no xadrez! 

 

Natércia implora: Se afasta dele, o fato de eu conhece-lo há tempos reforça a ideia do que estou falando, o Clécio sempre agiu diferente com as crianças, eu e o Bruno percebíamos isso! 

 

Batista não crê: Vai me ajudar ou não? O tempo de visita já vai acabar! 

 

Natércia aceita: Fala logo o que você quer… 

 

Batista cochicha algo em seu ouvido, ela estranha mas depois aceita. 

 

Casa de Noronha/ Inicio de noite. 

 

Noronha aparece, exausto. 

 

Américo está na sala e fica animado ao vê-lo: Preciso falar com o senhor, é urgente! 

 

Noronha, cansado: Não estou preparado pra escutar urgências de barriga vazia, depois da janta eu te escuto, ok? 

 

Américo implora: Tudo bem, mas precisa ser o mais rápido…É sobre o passado de Anna, ou melhor, de Alizia! 

 

Noronha bate em seu ombro: Tudo bem, depois do jantar escuto tudo…- Ele tira os sapatos e os coloca na sala. 

 

Na hora da janta… 

 

Todos estão reunidos na mesa. 

 

Noronha pega dois pratos e coloca comida neles: Vou deixar pros nossos queridos amigos Éssio e Jasmine. 

 

Anna se lembra da conversa que teve com o filho: Deixa que eu vou, por favor… 

 

Noronha nega: Nada disso! Vá servindo os outros, já!- Ele procura a chave e não acha- Pera aí…Cadê a chave do porão? CADÊ? 

 

Bruno lembra: Acho que você esqueceu na calça que eu derrubei o suco, vou ver se está lá- Ele corre. 

 

Noronha, furioso: E se não estiver, se preparem porque eu vou revistar a casa inteira até achar! 

 

Anna gela. 

 

Logo Bruno volta com ela em mãos: Estava lá mesmo- E a entrega. 

 

Noronha pega, ainda desconfiado: Ótimo… 

 

No porão… 

 

Ele desce com os pratos vagarosamente. 

 

Éssio está ao lado de Jasmine: Agora é a hora… 

 

Noronha entrega a comida: Hoje estou tão bondoso que coloquei até suco pra ajudar a engolir a comida! Meu dia foi cansativo porém bom, amanhã uma nova pessoa vem morar conosco. 

 

Éssio, sério: Eu preciso falar contigo, Noronha. A sós. É uma coisa muito séria. 

 

Noronha pensa um pouco: Hoje todo mundo está querendo falar coisas “ sérias” comigo- Eles respira fundo- Jasmine, pode ir jantar na mesa e matar a saudade do seu filho, mas depois quero você aqui, e trate de cumprir minhas ordens a risca… 
Jasmine sai, feliz. 

 

Noronha, irritado: Fala logo, tá esperando o quê? 

 

Éssio olha fixamente pro irmão, demora um pouco, mas acaba disparando: Eu quero te pedir perdão. 

 

Noronha fica surpreso. 

 


 

Termina o capítulo 66. 

Victor Morais

Escrevi as webs novelas Beira-Mar e Filho Amado que foram publicadas no portal. Atualmente escrevo " Ser Humano", que se passa nos anos 80 e trata da relação complicada entre mãe e filha. Drama, emoções, cotidiano, conflitos familiares...Esse é o meu estilo.

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