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Maria Madalena

Capítulo 65 – Maria Madalena

Maria Madalena – Capítulo 065

Casa da família Gouveia. Sala. De noite.
EDGAR: Agora para com essa historia de ficar me acusando de tudo que acontece.
ELIZÂNGELA: Por quê? Ta com medo que alguém escute e descubra quem você realmente é.
EDGAR: Como se alguém fosse acreditar nas bobagens de você diz. Ainda mais depois do que você fez. Você tinha um caso com o marido da própria filha. Ah é verdade, ela não é sua filha por isso você não ficou com a consciência pesada né.
ELIZÂNGELA: Não repita mais isso, a Duda é minha filha, e sempre vai ser.
EDGAR: Não acho que ela pensaria isso se descobrisse o que você fez. Se descobrisse que você matou a mãe dela para poder se casar comigo.
EDUARDA: O que?
Edgar e Elizângela se viram para a porta, onde Eduarda está para olhando para eles.
ELIZÂNGELA: Duda minha filha.
EDUARDA: O que foi que eu acabei de ouvir, você não é minha mãe.
ELIZÂNGELA: Claro que sou minha filha.
EDGAR: Na verdade não é não.
ELIZÂNGELA: Edgar!
EDGAR: Sua mão morreu quando você ainda era um bebê, ela caiu da escada.
ELIZÂNGELA: Edgar não, por favor.
EDGAR: Já está mais que na hora dela saber da verdade.

Apartamento de Lucas. Sala. De noite.
Lucas esta sentado no sofá, com um copo de Whisky na mão, e com a garrafa quase vazia em cima da mesa de centro.
Na mesa de centro, estão também as fotos de Maria Madalena e Vinicius espalhadas por toda a mesa.
Lucas bebe todo o Whisky do copo, e em seguida coloca o restante do whisky que tinha na garrafa no copo.
Ele bebe o restante do Whisky, limpa a boca com o braço e se levanta. Pega todas as fotos de cima da mesa e coloca dentro do envelope.
Pega a chave do carro na mesinha ao lado da porta e sai do apartamento.

Casa da família Gouveia. Sala. De noite.
EDUARDA: Que verdade?
Edgar sentado de frete pra filha. Ele olha para Elizângela que está em pé atrás do sofá onde ele está sentado.
Elizângela, chorando, balança a cabeça negativamente.
EDGAR: Antes de me casar com sua mãe, quer dizer de m casar com ela – disse olhando para Elizângela novamente. – Eu fui casado com outra mulher, a Clara, sua mãe.
EDUARDA: Como assim minha mãe?
EDGAR: A Elizângela era sua baba, e depois que sua mãe morreu, eu me casei com ela, para que você tivesse uma mãe.
EDUARDA: E como ela morreu?
EDGAR: Ela caiu da escada, eu não sei como, quando vi, ela já estava morta.
Eduarda olha para a mãe.
EDUARDA: E porque vocês nunca me disseram nada?
ELIZÂNGELA: Agente só queria seu bem minha querida – disse se aproximando da filha e sentando ao lado dela.
Eduarda se levanta para se afastar da mãe.
ELIZÂNGELA: Filha!
EDUARDA: Não me chame de filha.
Elizângela põe as mãos no rosto, e chora.
EDUARDA: Depois de tudo que você fez comigo, agora isso, e ainda que me chamar de filha.
Edgar tenta disfarçar o sorriso de satisfação.

Casa da família Corona. De noite.
Mario entra no apartamento. E encontra Doroteia preparando a mesa para jantar.
DOROTEIA: O Mario!
MARIO: Oi! Como você está?
DOROTEIA: Um pouco melhor, mas sempre que lembro que perdi o bebê me da uma tristeza um desanimo.
MARIO: Eu te entendo. Às vezes também se pego pensando nesse filho. Falando em filho, você sabe por onde anda os meus?
DOROTEIA: A Gabriela está no quarto coma amiga, e o Artur ainda não chegou.
MARIO: Entendo. Bom, vou tomar um banho antes do jantar.

Casa da família Gouveia. Sala. De noite.
EDUARDA: Quer saber, ou quero distancia de vocês, de vocês dois. Quero distancia dessa confusão e dessas mentiras.
EDGAR: Filha melhor conversarmos um pouco melhor você não acha?
EDUARDA: Não, não acho. De vocês agora eu só quero saber onde é o tumulo da minha mãe.
EDGAR: Certo. Isso se é o que você quer, eu te falo. Mas você não precisa se afastar da sua família. De mim.
ELIZÂNGELA: Seu pai tem razão minha filha.
EDUARDA: Não me chama de filha! – ela grita. E começa a chora de raiva de tudo o que está acontecendo.
ELIZÂNGELA: Isso é tudo culpa sua! – Disse olhando para o marido.
EDUARDA: Culpa! Você tem coragem de aponta um culpado nessa historia. Vocês dois são culpados, vocês dois mentiram, enganaram e sabe lá Deus o que mais.
EDGAR: Eu te entendo filho, mas você precisa entender que tudo que fiz foi pensando no seu bem.
EDUARDA: Chega! Eu não quero ouvi mais nada. Melhor eu ir embora.

ARES. De noite.
Lucas entra no ARES a procura de Maria Madalena. O ARES ainda está um pouco vazio, pois ainda é meio cedo. Ele bebe um pouco enquanto espera para vê se Maria Madalena aparece.
Algum tempo depois, vendo que ela não aparecia, passa a pergunta ao funcionários por ela, mas ninguém sabe informar onde ela está.
SAL: Eu não sei, agora que você falou, eu a vi mais cedo, mas já faz um bom tempo que eu não a vejo.
LUCAS: Mas eu a deixei aqui mais cedo, ela disse que voltava a trabalhar hoje.
SAL: Eu não sei te informar. Tal vez o Vinicius – disse ao vê o Vinicius entrando no salão. – Vinicius! – ele chama.
Ao vê Vinicius se aproximando o coração de Lucas dispara e na hora ele se lembra das fotos.
LUCAS: Seu filho da… – disse dando um soco em Vinicius.
VINICIUS: Você ta doido – disse revidando e dando um soco no estomago de Lucas.
Lucas da outro soco, Vinicius desvia do soco e empurra Lucas. Lucas se desequilibra e cai sobre uma mesa. Lucas pega uma garrafa da mesa e a quebra na cabeça de Vinicius que cai meio desacordado no chão.
Sal empurra Lucas pra longe de Vinicius.
SAL: Você bebeu? Da o fora daqui!
LUCAS: Fale pra ele ficar longe dela!
Lucas caminha enfurecido em direção a saído do ARES.

Ruas de São Paulo. De noite.
Lucas dirigem em alta velocidade pelas ruas de São Paulo.
LUCAS: Aquela vadia! Ela não fez isso comigo.
Lucas passa o sinal vermelho e quase bate em um carro, que buzina para ele.
LUCAS: Se ela já fez uma vez, e com meu melhor amigo, porque não pode ter feito agora.
Lucas pisa no acelerado fazendo o carro correr ainda mais.
LUCAS: Eu quero só ver o que ela vai dizer.

Apartamento Madalena/Anita. Sala. De noite.
Maria Madalena abre a porta do apartamento.
MADALENA: Oi meu Amor! – desse tentando da um beijo em Lucas.
Mas Lucas entra no apartamento apressado, sem falar nada.
MADALENA: Tudo bem?
LUCAS: Você… Você não devia está no ARES trabalhando?
MADALENA: Eu pedi…
LUCAS: O que foi ele te mandou ficar em casa, não quer você se exibindo pra todo mundo.
MADALENA: O que? Do que você está falando? – ela sente o cheiro de álcool. – Você está bêbado?
LUCAS: Não, só bebei um pouco.
MADALENA: Então me explica o que está acontecendo, do que você está falando.
LUCAS: Você quem tem que me explicar às coisas aqui!
MADALENA: Vou passar um café pra você, pra vê se passa um pouco dessa sua bebedeira.
LUCAS: Eu não to bêbado!
MADALENA: Não grite porque você não ta na sua casa. E o Léo ta dormindo.
LUCAS: Que o bastardinho acorde, quer dizer, nem isso ele é né, nem pra da o golpe da barriga direito você serviu.
Maira Madalena da um tapa no rosto de Lucas.
MADALENA: Eu não permito que você fale assim do meu filho. Quer saber de o fora daqui.
LUCAS: Eu saio sim, mas não é porque você ta pedindo não, é que no momento não to aguentando olhar na sua cara.
MADALENA: Fora daqui!! – disse chorando ao abrir a porta. – Sou eu quem não quero te vez mais.
Antes de sai Lucas joga o envelope com as fotos no sofá.

Apartamento Madalena/Anita. Sala. De noite.
ANITA: Era o Lucas? – disse entrando na sala.
MADALENA: Era.- Disse chorando.
ANITA: Você esta bem?
Maria Madalena balança a cabeça em negativa e Anita a abraça.
MADALENA: Eu não sei o que aconteceu, ele tava bêbado, falando um monte de besteira. Falou que não queria mais me vê.
ANITA: Eu não entendo, o que será que aconteceu, ele te ama tanto, ficou até do seu lado na questão do exame.
Maria Madalena vê o envelope em cima do sofá.
MADALENA: Ele deixou esse envelope.
Anita pega o envelope.
ANITA: O que será? – disse entregando o envelope para Maria Madalena.
Maria Madalena abre o envelope e retira as fotos de dentro.
MADALENA: O que é isso – disse vendo as fotos.
ANITA: Como foi que ele conseguiu essas fotos.
MADALENA: Eu não sei!
ANITA: Pelo visto tem alguém te seguindo.
MADALENA: Será?
ANITA: É a única explicação para essas fotos.
MADALENA: Isso só pode ser coisa da megera da mãe dela. Mas ela que me aguarde.

Apartamento da Ester. De noite.
ESTER: Lucas! – disse ao abrir a porta.
LUCAS: Oi Ester!
ESTER: Tudo bem?
LUCAS: Tudo sim. Posso entrar?
ESTER: Claro.
Lucas entra no apartamento e Ester fecha a porta.
ESTER: Eu posso te ajudar?
LUCAS: Pode sim – disse se aproximando de Ester e a beijando-o.

Cemitério. De manhã.
GABRIEL: Você tem certeza que quer fazer isso?
EDUARDA: Tenho sim! Ela é minha mãe, eu devo isso a ela.
GABRIEL: Acho que é esse aqui. – Disse parando em frente a um tumulo.
EDUARDA: É esse mesmo – disse olhando o nome gravado na lapide.

“CLARA GOUVEIA”

GABRIEL: Eu vou te dar um tempo para que você possa ficar sozinha.
EDUARDA: Obrigada! Obrigada por tudo! Por me apoia e por ter vindo comigo até aqui.
GABRIEL: Sempre que você precisar.
Gabriel começa a se afastar de Eduarda.
EDUARDA: Gabriel!
Gabriel para e se vira para olhar para Eduarda.
GABRIEL: Oi!
EDUARDA: Fica, acho que vou me sentir melhor com você aqui comigo.
GABRIEL: Claro!

Apartamento de Ester. Quarto. De Manhã.
Lucas acorda, e reconhece o quarto de Ester. Ele olha para o outro lado da cama e vê Ester dormindo.
Lucas se senta na cama e tenta se lembrar de como foi para ali. As lembranças começam a invadir a cabeça de Lucas, o momento em que vi as fotos, a briga com Vinicius, a discussão com Maria Madalena.
LUCAS: O que foi que eu fiz!
ESTER: Oi meu amor! – disse acordando.
LUCAS: Desculpa Ester, eu preciso ir – disse se levantado nu, pega a roupa e sai do quarto.
ESTER: Lucas! Lucas!

Hospital São Lourenço. Lanchonete. De manhã.
Maria Madalena está na lanchonete do Hospital, tomando um café enquanto Léo está na seção de fisioterapia.
MARIO: Oi! – Disse se aproximando da mesa onde Maria Madalena está sentada.
MADALENA: Oi Doutor – disse se levantando.
MARIO: Por favor, é Mario.
MADALENA: Eu sei, mas não consigo me acostumar.
MARIO: Você está bem, parece um pouco abatida.
MADALENA: To bem sim, é que andou acontecendo algumas coisas, mas ta tudo bem sim.
MARIO: Se você quiser desabafa, você sabe que sou seu amigo, e as vezes é bom desabafa, alivia um pouco o peso do que está te incomodando.
MADALENA: Acho que vai me fazer bem mesmo conversar um pouco.
Os dois se sentam e Maria Madalena começa a conta o anda acontecendo na sua vida.

Em frente ao cemitério. De manhã.
Eduarda e Gabriel estão saindo do cemitério.
EDUARDA: Obrigada mais uma vez Gabriel por sei apoio.
Gabriel se vira para Eduarda e a abraça.
EDUARDA: O pior de tudo é que nem se quer consegui chorar.
GABRIEL: É normal, afinal você não a conheceu, por mais que ela seja sua mãe biológica, a Elizângela que sempre foi sua mãe.
EDUARDA: Eu não quero falar sobre essa mulher.
GABRIEL: Mas Duda ela é…
EDUARDA: Mas nada, ou é assim, ou prefiro que você se afaste de mim então.
GABRIEL: Certo, vou respeitar seus sentimentos, mas não é ignorando sua família que você vai superar tudo isso.
EDUARDA: Você vai me levar pra casa ou eu peço um taxi?
GABRIEL: Eu te levo. Vamos!

Apartamento de Madalena/Anita.
A campainha toca e Anita abre a porta do apartamento.
ANITA: Lucas!
LUCAS: Oi Anita. Posso entra?
ANITA: Eu não sei se é uma boa ideia.
LUCAS: A Madá ta ai?
ANITA: Não, ela foi levar o Léo na fisioterapia. E depois ia deixa-lo na escola.
LUCAS: Ok, depois eu volto pra falar com ela.
ANITA: Não sei se ela vai querer falar com você depois de tudo que aconteceu.
LUCAS: Então ele te contou?
ANITA: Sim! E eu vi as fotos também. Eu não sei como você pode ter feito isso.
LUCAS: Eu sei. Eu não sei o que me deu.
ANITA: Você sabia que ela saiu do ARES chorando ontem, depois que isso aconteceu, eu mesma a trouxe pra casa.
LUCAS: Eu sei que errei e que fui um babaca com ela.
ANITA: Pois é, mas não é pra mim que você tem que falar isso.

Hospital São Lourenço. Lanchonete. De manhã.
Maria Madalena conta sobre a discussão que teve com Lucas, sobre o exame de DNA, sobre seu envolvimento com a família Barreto. Sobre as fotos e sobre o que aconteceu com Vinicius.
MARIO: Nossa que história, sua vida até parece uma novela.
MADALENA: É Verdade – ela ri.
MARIO: Que bom vê você rindo.
MADALENA: Obrigada Dou… Obrigada Mario! Por mi ouvi, por não me julgar e por me fazer ri também.
MARIO: Coisa que você devia fazer sempre.
MADALENA: Fazer o que?
MARIO: Sorrir, você fica ainda mais linda quando está sorrindo.
MADALENA: Acho melhor eu ir – disse se levantando meio sem graça.
MARIO: Desculpa Maria, não queria te deixar sem graça, não foi minha intenção.
MADALENA: Não é isso, é que já está na hora de buscar o Léo.
MARIO: Certo. Manda a abraço pra ele.

Casa da Família Barreto. Quarto de Barbara. De tarde.
Neidiane bate na porta do quarto de Barbara e entra.
NEIDIANE: Dona Barbara, a senhora tem visita.
BARBARA: Quem é?
NEIDIANE: Ela disse que o nome dela é Maria, Maria Madalena.
BARBARA: O que? Ele não teve essa cara de pau.
NEIDIANE: A senhora quer que eu mande ela embora?
BARBARA: Quer sabe, fala que eu já vou descer.
NEIDIANE: Sim senhora. – disse saindo do quarto.

Casa da Família Barreto. Sala. De tarde.
NEIDIANE: Ela já vai descer.
MADALENA: Obrigada.
NEIDIANE: A senhora que alguma coisa, um café, uma água.
MADALENA: Não obrigado.
NEIDIANE: A senhora não quer sentar.
MADALENA: Não precisa vai ser rápido o que tenho pra falar.
Barbara desce os degraus da escada.
BARBARA: Pode ir Neidiane.
Neidiane sai da sala.
BARBARA: Em que posso te ajudar – disse com um largo sorriso no rosto.
MADALENA: Você tem muita cara de pau de vim com esse sorrisinho pra cima de mim.
BARBARA: Você que teve a cara de pau de vir na minha casa.
MADALENA: Eu tenho certeza que isso é obra sua – disse tirando as fotos de dentro do envelope e jogando em cima de Barbara.
BARBARA: Eu sabia que era só uma questão de tempo até consigo algo para usar contra você.
MADALENA: Não vai tentar nem disfarçar, dizer que não tem nada haver com isso.
BARBARA: E porque eu faria isso, eu quero mais é que você saiba mesmo que fui eu em fiz isso e que vou fazer muito mais se você não se afastar do meu filho.

Continua…

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