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No Rumo da Vida

Capítulo 64 | Filho Pródigo – No Rumo da Vida

https://www.youtube.com/watch?v=N7TNAu3-_HM&t=8s

00[CENÁRIO 01 – APARTAMENTO DO SÉRGIO/ SALA/ DIA]
SÉRGIO – Claro, entra.
LUANA – Você está sozinho?
SÉRGIO – Estou. Os meninos decidiram dar uma volta por aí.
LUANA – Bom, assim podemos ter nossa conversa tranquilo.
SÉRGIO – Senta.
LUANA – Obrigado, mas está bom assim.
SÉRGIO – O que você quer conversar?
LUANA – Acho que você já deve estar sabendo que saí da casa do Felipe. Se não você não teria ido até minha casa, me procurar.
SÉRGIO – Eu ouvi dos meninos. Então vocês realmente se separaram?
LUANA – Hoje o Felipe pediu o divórcio. E eu aceitei.
SÉRGIO – Maravilha, quero dizer… (pensa bem) …é isso mesmo que eu quis dizer. Que bom que vocês se separaram, assim podemos ficar juntos, com mais nada entre a gente. (se aproxima dela)
LUANA – Não Sérgio, para, por favor. É sobre nós que viemos conversar.
SÉRGIO – Qual o problema?
LUANA – Vou me separar do Felipe, mas não vou voltar para você.
SÉRGIO – Como assim? A gente se ama…
LUANA – Não. Eu amo o Felipe. E para que essa separação não te dê esperança, quero dizer que não vai mudar nada entre a gente.
SÉRGIO – Não acredito. Não acredito, que você diz que ama um cara e mesmo assim vai se separar dele.
LUANA – Esse casamento não foi por amor. Eu pretendo reconquistá-lo, mas agora vai ser do meu jeito.
SÉRGIO – Isso é coisa da sua mãe né? Conta para mim é ela que estar te obrigando a fazer isso?
LUANA – Minha mãe não manda mais em minha vida. De agora em diante, vou escrever meu caminho sozinha.
SÉRGIO – Então vamos embora comigo. (segura as mãos dela) Após o divórcio vamos embora, vamos viver longe de tudo. Eu sei que você não o ama, porque você me ama. (aproxima o rosto ao dela) Você gosta do meu toque, do meu carinho, da minha boca. Então não vem com essa de que você ama o Felipe, que não vou acreditar. (ele a beija)

[CENÁRIO 02 – CASA DA CARLA/ SALA/ DIA]
(Junior e Adriana continua se beijando. Junior quem encerra o beijo)
ADRIANA – Desculpa! (se afasta um pouco, e desvia o olhar dele) Não devia ter feito isso.
JUNIOR – Não precisa se desculpar. (tenta ignorar o que acaba de acontecer, e retoma o assunto inicial) Estou precisando de ajuda lá em cima.
ADRIANA – Claro.
JUNIOR – Você pode ir indo, vou esquentar as mamadeiras para eles. (Adriana confirma com cabeça. Junior vai até a cozinha, Adriana o observa até sair da sala. Depois caminha em direção aos quartos das crianças)

[CENÁRIO 03 – APARTAMENTO DO SÉRGIO/ SALA/ DIA]
(Luana empurra Sérgio após o beijo)
LUANA – É melhor ir embora. Já disse o que tinha que dizer.
SÉRGIO – Vai me dizer que o acabou de acontecer aqui não significou nada?
LUANA – Não. Melhor você me esquecer Sérgio. É o mesmo que eu farei com você. (pega sua bolsa, e vai embora)

[CENÁRIO 04 – CASA DO FELIPE/ Q. DA ALICE – Q. DE VIVIANE/ DIA]
PAULO – Que cara é essa?
FELIPE – Decidi sair da banda.
PAULO – Porque, o que foi que houve?
FELIPE – Na verdade irei dar um tempo. Tenho que me preocupar apenas com à minha filha. Não quero ser um pai ausente para ela.
PAULO – Você ainda se sente culpado pela morte do papai né?
FELIPE – Ele não é meu pai. E mesmo assim, eu e ele nunca tivemos uma boa relação. Não quero ter o mesmo com a minha filha.
PAULO – Mesmo assim, você não é ele. Você vai ser um bom pai, Felipe. Como você é um bom irmão.
FELIPE – Obrigado, irmão. (o abraça)
PAULO – Quando pretende deixa à banda?
FELIPE – Tenho alguns shows ainda para realizar, depois disso, darei a notícia para o pessoal.
PAULO – Só não vai pensando que vou ser babá da sua filha, viu. Vou ser um tio bem chato para ela.
FELIPE – Eu sei que vai. Cadê a mamãe?
PAULO – Quarto dela.
FELIPE – Tenho que conversar uma coisa com ela. Você pode ficar de olho nela aqui para mim?
PAULO – Acabei de dizer que não seria a sua babá.
FELIPE – É só por um tempo.
PAULO – Estar bem.
FELIPE – Valeu irmão. (Felipe vai até sua mãe, e Paulo fica de olho na sobrinha no berço)
PAULO – Tu tem cara de menina que vai aprontar muito na adolescência. Só cá entre nós, se você precisar de um cumplice, pode contar comigo viu. Não conto nada para o seu pai.
[QUARTO DA VIVIANE]
FELIPE – Posso entrar mamãe?
VIVIANE – Claro filho.
FELIPE – Quero pedir um favor para senhora?
VIVIANE – Peça.
FELIPE – Quero contratar o advogado da família, para tratar do meu divórcio.
VIVIANE – Vocês vão se separar mesmo?
FELIPE – Vamos mamãe. Não tinha mais como continuar.
VIVIANE – Muito bem, realmente não podemos continuar com algo, que não está mais dando certo. Vou ligar para ele, pedir para que venha aqui e vocês conversam.
FELIPE – Obrigado mãe.

[CENÁRIO 05 – CASA DA VERÔNICA/ SALA – Q. DE LUCAS/ DIA]
(Luana chega em casa e é recebida por sua mãe)
VERÔNICA – Onde você estava?
LUANA – Fui dar uma volta?
VERÔNICA – Você não foi se encontrar com aquele garoto foi?
LUANA – Não mamãe. Não fui encontrar ninguém. (sobe as escadas, antes que sua mãe fizesse outra pergunta. Lucas está deitado na cama, pensando em Karina. Seu pensamento logo é interrompido com alguém na porta)
LUANA – Posso entrar?
LUCAS – Claro, Luana.
LUANA – Você está bem? Oh que pergunta, claro que não está. Sua situação tá igual à minha, também vou me separar do Felipe. Como minha mãe conseguiu te esconder esses anos todo?
LUCAS – Dona Verônica é capaz de tudo para conseguir realizar os objetivos dela.
LUANA – Parece que você à conhece mais, do que a gente que mora com ela.
LUCAS – Conversávamos quase que diariamente pelo telefone. Maioria das vezes era eu quem ligava, das poucas vezes que ela ligava, ela para dizer que o dinheiro tinha acabado, e precisava de mais.
LUANA – A ambição da minha mãe é insaciável.
LUCAS – Eu sei. Tive que inventar boas desculpas, quando a Karina me pegava com ela ao telefone.
LUANA – Você e ela nunca mas tiveram um contato, depois daquilo?
LUCAS – Nada. Acabou tudo.
LUANA – Você faria tudo diferente, se pudesse ter ela de volta?
LUCAS – Talvez faria. Eu não sei. A Verônica pode ter todos os defeitos do mundo, mas mesmo assim, ela é minha mãe, e se ela precisasse de mim, eu iria ajuda-la.
LUANA – Mesmo que você tenha que perder a pessoa que mais ama?
LUCAS – Mesmo que tenha que perder a pessoa que mais amo. E você, faria tudo diferente para ter o Felipe de volta?
LUANA – Faria, sem sobra de dúvidas. Eu não sei como era a relação entre vocês, mas comigo, era algo mais como dever a ser comprido. Eu devia, a qualquer custo me casar com o Felipe para salvarmos a nossa família. Nosso casamento não foi construindo em cima de amor, mas de interesse.
LUCAS – Entendo. E agora, você pretende fazer o que?
LUANA – Pretendo mudar minha vida. Parar de pensar pela cabeça da mamãe, e começar a pensar com a minha.
LUCAS – Você ainda gosta do Felipe, né!?
LUANA – Tá claro assim?
LUCAS – Um pouco. Talvez vocês ainda tenham chance.
LUANA – Deixa as coisas se acalmarem, que você e a Karina vão ficar juntos também.
LUCAS – Conheço à Karina. Não há mais volta. Agora é cada um para o seu canto. Seguindo seu caminho sozinho. (Luana segura à mão dele)
LUANA – Você não estar sozinho. Tem uma irmã aqui, do seu lado.
LUCAS – Obrigado.
LUANA – Primeira conversa nossa assim… de irmãos. Confesso, que quando descobri que você era meu irmão, fiquei um pouco chateada por um motivo.
LUCAS – Qual?
LUANA – Que você era mais velho do que eu. Sou novamente a casula da família.
LUCAS – Vem cá, você está precisando de um carinho de irmão mais velho. (Luana deita na cama, e coloca a cabeça sobre as pernas do Lucas. Ele, começa a fazer um carinho em sua cabeça)
LUANA – Você chegou agora, e me sinto mais à vontade com você, do que com o Cláudio.

Anoitecendo…

[CENÁRIO 06 – CASA DA CARLA/ SALA/ NOITE]
(Frederico e Junior estão na sala conversando)
JUNIOR – Deu trabalho, mas com à ajuda da Adriana, conseguimos colocá-los para dormir.
FREDERICO – E a Carla? Ela saiu do quarto? Comeu alguma coisa?
JUNIOR – Não. Bem, hoje ela tomou um suco que eu fiz.
FREDERICO – Pelo menos. Queria tanto saber o que está acontecendo, quero ajudá-la, mas sem saber o que à deixou assim fica difícil.
JUNIOR – Acho que devemos procurar alguém especializado nisso, um psicólogo talvez…
FREDERICO – Pensei nisso… (campainha) Quem será?
JUNIOR – Deve ser uma das meninas. (Junior corre para abrir a porta) Oi, boa noite.
ROSÁRIO – Boa noite. (vai entrando na casa, logo atrás dela está Roberta) Minha afilhada precisa de mim, onde é que ela está?
FREDERICO – Rosário? O que você está fazendo aqui?
ROSÁRIO – Soube que a Carla está precisando de ajuda. Vim ver se podia fazer alguma coisa. Onde ela está?
FREDERICO – Está no quarto, dormindo.
ROSÁRIO – Você está morando com elas?
FREDERICO – Não. Estou hospedado em um hotel.
ROSÁRIO – Continua deixando suas filhas sozinhas!
FREDERICO – Nunca as deixei sozinhas. Você não sabe quais motivos me levaram a fazer aquilo.
ROSÁRIO – Sei muito bem. Minha amiga Cíntia, que Deus à tenha, me contou porque você as abandonou.
ROBERTA – Mamãe, não foi para isso que a senhora veio até o Rio.
ROSÁRIO – Está certa filha.
PAULA – (vem descendo as escadas) Rosário, que surpresa? O que faz aqui?
ROSÁRIO – Vim ver sua irmã, como é que ela está querida?
PAULA – Mal. Ela recebeu alguma notícia, que a deixou em depressão.
ROSÁRIO – Que notícia foi essa?
PAULA – Não sei. Ela contou apenas para Camila, e aquelas duas, conseguem muito bem guardar os segredos entre elas.
ROSÁRIO – Acho que foi essa amiga, que me ligou hoje mais cedo, dizendo que a Carla precisa de ajuda. E esse rapaz, é o pai do filho dela?
JUNIOR – Não, não. Eu sou pai, mas não é do filho da Carla. Tenho uma filha na verdade.
PAULA – A Carla estava amamentando a filha dele, pois a mãe da menina faleceu na hora do parto. Mas, se vocês tivessem avisado que viriam, tinha preparando a casa para receber vocês duas.
ROSÁRIO – Não tivemos tempo filha. Quando soube o que estava acontecendo com a Carla, eu e Roberta, preparamos uma pequena mala, e pegamos o primeiro ônibus para o Rio.
PAULA – Bem, a casa não tem muitos quarto, e o único quarto de hospedes, está ocupada pelo o Junior…
JUNIOR – Mas posso sair dele, sem problemas.
PAULA – Não Junior, você precisa dele, por que você está com à Ana e o Pedro lá. Eu ofereço meu quarto para vocês, e vou dormir aqui no sofá sem problema.
ROSÁRIO – Que é isso filha, não queremos dar trabalho para você.
PAULA – Não é trabalho nenhum. A senhora recebeu à gente com tanto carinho quando mais precisavamos, e é o mínimo que podemos fazer em troca. Anda Roberta, me ajuda a levar as coisas de vocês até o quarto. (Paula pega a mochila da Rosário, e Roberta carrega à dela mesma e as duas vão subindo as escadas. Nesse mesmo momento, Ana acorda)
JUNIOR – Oh, minha filha acordou. Licença. (corre atrás da filha)
ROSÁRIO – O que foi que você disse pra Carla, hein?
FREDERICO – O que você está falando?
ROSÁRIO – Você disse alguma coisa para à Carla, que a deixou nesse estado? O que você disse para minha menina?
FREDERICO – Eu não disse nada. Você acha que diria algo para minha filha, para deixá-la assim?
ROSÁRIO – Quem abandona as duas filhas crianças, pode ser capaz de tudo.
FREDERICO – Minhas filhas já me perdoaram por esse erro que eu fiz. Minha consciência está limpa em relação à isso.
ROSÁRIO – E da Cíntia, você acha que ela te perdoou, até o último dia da vida dela? (isso doeu em Frederico, um curto silêncio fica entre eles)
FREDERICO – Deu à minha hora. Diz para à Paula, que amanha volto, para ver como está a Carla. (Frederico vai embora, e Rosário sobe as escadas, atrás das meninas)

[CENÁRIO 07 – APARTAMENTO DA CAMILA/ SALA/ NOITE]
(Após passar o dia fora, com o Cláudio, Camila finalmente chega em seu apartamento, toda contente. Adriana estava na sala, e estava pensando no beijo que deu em Junior hoje cedo, antes de ser interrompido pela Camila)
ADRIANA – Olha só, finalmente chegou! Então, pode me dizer agora onde passou o dia com o namorado?
CAMILA – Nossa, Adriana. Cláudio me levou à um lugar incrivel. (senta ao lado dela)
ADRIANA – Deve ser incrivel mesmo, para o estado que você está.
CAMILA – Mas, antes de contar sobre o meu presente, quero saber como estão as coisas? A Carla melhorou? A Rosário já chegou de São Paulo para ajudá-la?
ADRIANA – Não sei quem é essa tal de Rosário, mas não chegou ninguém com este nome.
CAMILA – Ela é a madrinha da Carla. Liguei para ela, antes de chegarmos em Angra.
ADRIANA – Angra? Angra dos Reis? O Cláudio te levou para Angra dos Reis?
CAMILA – Levou. Lá é tao lindo, Adriana. Calma, que antes de contar como foi meu dia, vou ver como Bianca estar! (levanta do sofá e caminha em direção ao corredor) Você provavelmente não foi falar com ela.
ADRIANA – Bianca não está!
CAMILA – Como assim não está? (Bianca chega nesse momento) Onde estava?
BIANCA – Fui à minha antiga casa.
CAMILA – Você foi sozinha?
BIANCA – Precisava ir sozinha. (olha para Adriana) Será que poderia nos deixar à sós?
ADRIANA – Depois quero saber de tudo sobre a tal viagem! (saí da sala)
CAMILA – (preocupada) Conseguiu lembrar de alguma coisa?
BIANCA – Não. Porque, à antiga casa não é mais minha. Aparentemente, eu à vendi para uma outra família. Então, lá não tem mais nenhuma lembrança que me fizesse lembrar do passado. Mas, isso me fez tomar uma decisão.
CAMILA – Que decisão?
BIANCA – Acho que não preciso lembrar do passado! Sei que fiz algo muito ruim para você, por isso há um certo distanciamento entre a gente. E algo me diz que se eu lembrar do que eu fiz, não teremos outra chance de construir uma relação de mãe e filha. Então, se você concordar, e querer esquecer o passado junto comigo…
CAMILA – O que você quer propor?
BIANCA – Que esqueçamos do passado juntas. Sei que para mim é fácil dizer, mas se você quiser, podemos tentar apenas viver o hoje, juntas. (Camila caminha até o sofá, pensativa) Vou parar de tentar lembrar do passado, e se um dia for para lembrar, que seja! Mas, até lá, não irei mais procurar nada. Também não precisa me responder agora.
CAMILA – Tenta viver com você como se nada tivesse acontecido também é uma tarefa dificil…, mas que também estou disposta a fazer. Não prometo que irei te chamar de mãe diariamente, creio que isso precisará de um tempo maior. Mas se a vida está nos dando esta chance de recomeçar, por que não… (Bianca sorrir)
BIANCA – Posso pedir um abraço? (Camila tem um certo receio, mas acaba permitindo. Caminha até ela e a abraça) Obrigado, filha!

Amanhecendo…

[CENÁRIO 08 – APARTAMENTO DO SÉRGIO/ COZINHA/ DIA]
(Sérgio entra na cozinha, com uma cara não tão boa assim)
ROBERTO – Conheço esta cara?
ADRIANO – Também. O que foi dessa vez?
SÉRGIO – O que vocês estão falando?
ADRIANO – Que você só faz essa cara, quando acontece alguma coisa entre você e a Luana. O que foi dessa vez?
SÉRGIO – Nada. A gente continua o mesmo. Eu aqui, no meu canto e ela no dela.
ROBERTO – Você ficou sabendo?
SÉRGIO – Que o Felipe colocou ela para fora de casa e os dois vão se separar?
ROBERTO – Espera, essa segunda parte, não ficamos sabendo.
ADRIANO – O Felipe e a Luana vão se separar?
SÉRGIO – Vão.
ADRIANO – Bom, então isso é uma boa notícia, não acha? Porque, você gosta dela e ela vai ficar solteira novamente, sendo assim, não tem mais nada entre vocês.
SÉRGIO – De que adianta um gostar se o outro não corresponde. Ela ama o Felipe.
ROBERTO – (confuso) Ama e vai se separar dele?
SÉRGIO – Ela vai reconquistá-lo, so que da maneira certa agora. Sem seguir as ordens da mãe.
ADRIANO – Então nada de vocês ficarem juntos?
SÉRGIO – Não. Tudo fica igual. Eu estou sem fome garela, se vocês não se incomodam, vou indo. Tenho que revisar dois capítulo ainda, para prova daqui a pouco. (Sérgio arruma sua mochila nas costas e sai para à faculdade)

[CENÁRIO 09 – CASA DA VERÔNICA/ COZINHA/ DIA]
VERÔNICA – (entrando na cozinha) Bom dia família.
LUCAS – Bom dia. (beija o rosto dela)
VITORIA – Bom dia tia. Ele vai ficar aqui quanto tempo mesmo?
VERÔNICA – Ele vai ficar o tempo que quiser, porque essa casa é dele. O Lucas é meu filho.  (Vitoria ficam surpresa)
VITORIA – Filho?
VERÔNICA – Meu filho. Ele é mais velho que o Cláudio. E antes que você faça uma pergunta má intencionada, tive o Lucas antes de me casar com o pai dos meninos.
VITORIA – Eu não ir falar nada tia. Seja bem vindo a família, é…
LUCAS – Lucas.
VITORIA – Lucas. Na verdade tenho uma pergunta. Quem é o seu pai Lucas?
LUCAS – Não sei, e nunca tive vontade de conhece-lo.
CLÁUDIO – Bom dia. (entrando na cozinha)
VERÔNICA – Bom dia filho, então como foi a viagem com a Camila? Creio que ela tenha gostado do presente!
VITORIA – (perguntando antes mesmo que Cláudio respondesse Verônica) Você já conheceu seu irmão Cláudio?
CLÁUDIO – Quem?
VITORIA – Seu irmão, sentado aí ao seu lado.
VERÔNICA – Esse é o Lucas, Cláudio. Ele é meu filho mais velho. Seu irmão.
LUCAS – Prazer. (oferece a mão à ele)
CLÁUDIO – Sério isso?
VITORIA – Sério primo. Você tem um irmão.
CLÁUDIO – Prazer cara. (apertar a mão dele) Mas você não é meu irmão. Eu não sou filho biológioco, afinal, sou adotado, né mamãe.
LUCAS – Adotado ou não, para mim você é meu irmão.

[CENÁRIO 10 – CASA DA CARLA/ COZINHA/ DIA]
JUNIOR – Obrigado por você ficar tomando conta deles. Eu preciso urgente arrumar um emprego, se não perco minha filha.
ROSÁRIO – Você está correndo o risco de perder sua filha porque?
PAULA – É uma longa história.
JUNIOR – A Paula tem razão, uma outra oportunidade conto para vocês. Vou indo agora, qualquer coisa, já tem duas mamadeiras pronta, para o caso deles acordarem.
PAULA – Relaxa Junior, a Rosário cuidou de duas crianças sozinha. Ela leva jeito com crianças.
JUNIOR – Então tá. Vou indo. (Junior vai em direção a porta)
PAULA – Eu também vou indo, não vejo a hora de terminar esse curso.
ROSÁRIO – Tchau filha, boa aula.
PAULA – Espera Junior, vou com você até o ponto de ônibus. (Paula corre tentando acompanhar o Junior até a saída)
ROSÁRIO – Roberta, você dar uma olhada lá nós meninos, ver se eles estão bem. Enquanto dou uma geral aqui em baixo.
ROBERTA – Vou lá, e vou passar no quarto da Carla, ver se ela precisa de alguma coisa.
ROSÁRIO – Está bem.

[CENÁRIO 11 – CASA DO FELIPE/ SALA/ DIA]
(Felipe marca um encontro no dia seguinte com o advogado para a familia, os dois estão na sala, esperando Luana chegar, para iniciarem o processo de divórcio)
FELIPE – Que bom que você chegou na hora. Pensei que fosse deixar a gente esperando.
LUANA – Quem é ele?
FELIPE – É o advogado que vai tratar do nosso divórcio.

[CENÁRIO 12 – CASA DA CARLA/ SALA/ DIA]
(Roberta e Rosário estão dando um geral na sala agora)
ROBERTA – Será que a Carla entrou em depressão, ainda porque ela não superou a perca da filha no parto?
ROSÁRIO – Não sei. Pode ser, filha. Como ela é mãe de primeira viagem, e perder um filho assim, deve ter mexido com a cabeça dela.
ROBERTA – Mas ela teve um menino tão lindo, devia ter superado isso por ele.
ROSÁRIO – Mas você não sabe qual é a dor de perder um filho. Nenhuma mãe devia sentir isso.
ROBERTA – A senhora pensou no Diego não foi?
ROSÁRIO – Foi. Mas, vamos logo terminar isso aqui, se não aquelas crianças lá em cima acordam. (campainha)
ROBERTA – Deixa que eu atendo mamãe.
ROSÁRIO – Pergunta logo quem é?
ROBERTA – Quem é?
[Lá fora]
CAMILA – A Camila.
ROBERTA – É a Camila mamãe.
ROSÁRIO – Deixa ela entrar, quero mesmo conversar com ela.
ROBERTA – Oi. (a abraça)
CAMILA – Oi, vocês já vieram?
ROSÁRIO – Quando se trata da minha menina, não temos tempo a perder. (abraça ela também)
CAMILA – Vocês viram ela?
ROSÁRIO – Ainda não. Decidimos deixar ela descansar um pouco. Filha, será que você podia deixa a gente sozinha um pouco.
ROBERTA – Claro. Vou lá em cima, arrumar o quarto.
ROSÁRIO – Obrigada filha. (Roberta sobe para o quarto) Senta aqui, não liga um pouco para bagunça, é que estamos dando uma geral na casa.
CAMILA – Acho que na senhora eu posso confiar. Posso contar para você o que deixou à Carla nesse estado.
ROSÁRIO – Conta filha, estou ouvindo.
CAMILA – Bem, não gosto muito de enrolar, mas o pior que nem tenho ideia como contar uma coisa dessa. (pensa um pouco em como dizer, e vai direto ao ponto) A Carla entrou em depressão, após saber que engravidou do irmão dela.

Continua no Capítulo 65…

Anderson Silva

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