Capítulo 6 – Recomeçar
CENA 01. MANSÃO DE LEONOR. QUARTO DE KADU. INTERIOR. DIA.
Continuação imediata da cena anterior. Silêncio. Kadu e Alessandra entreolham-se.
ALESSANDRA: – Você tá acabando comigo? Eu não estou entendendo, honey. É uma brincadeira? É um jogo?
KADU: (senta na cama) – Não, não é um jogo, não é uma brincadeira. Senta aqui.
ALESSANDRA: (senta, já chorosa) – Então me explica. Eu não estou entendendo. Eu juro pra você que/
KADU: (corta) – Alessandra, a gente se gosta, mas não é amor o que existe entre nós dois. A gente se conheceu, curtimos um ao outro, fomos deixando as coisas acontecerem… Tudo muito rápido. Três anos de namoro, noivamos, e eu nem te conheço direito, não nos conhecemos direito. Eu não sei que estilo de música você gosta, não conheço nenhuma história da sua infância, sei muito pouco sobre você.
ALESSANDRA: – Mas, iron man/
KADU: (corta) – Para de me chamar de iron man.
ALESSANDRA: – Pensei que você gostasse.
KADU: – Será que você não percebe? Nós não combinamos, Alessandra. A gente não tem química, não tem tesão, não tem nada… O descompasso é muito grande… Eu queria ter evitado isso tudo. O noivado, principalmente. Foi um erro.
ALESSANDRA: – Você está envolvido com outra mulher, Kadu? É isso, não é? Deve ser alguma daquelas vadias da produtora. Eu vejo o jeito que elas te comem com os olhos.
KADU: – Por favor, Alessandra, não é nada disso…
ALESSANDRA: – Olha pra mim, olha bem aqui dentro dos meus olhos e me diz que não tem outra mulher nessa história. (Kadu em silêncio) Eu sabia!
Alessandra dá um tapa na cara de Kadu e surta. Começa a quebrar o quarto. Kadu tenta controlá-la.
ALESSANDRA: (gritando numa crescente) – Eu sabia! Eu sabia! Eu sabia! Eu sabia! Eu sabia!
KADU: – Para com isso, Alessandra!
Mostrar os gritos chegando à área da piscina e alertando Leonor, Narcisa, Horácio e Tavinho, que vão ver o que está acontecendo. Gilda fica pra trás. Bia continua na espreguiçadeira.
ALESSANDRA: (louca e chorando) – Me largue! Me largue! Isso eu não vou perdoar!
A fim de contê-la, Kadu dá uma bofetada em Alessandra, que cai no canto. Está com a maquiagem borrada pelas lágrimas. É o tempo que os outros chegam.
KADU: (berra) – Eu disse pra você parar!
LEONOR: – Mas o que está acontecendo aqui? Deu pra ouvir lá de baixo. Vocês estão se matando ou o quê?
NARCISA: (acudindo a filha) – Alessandra, minha filha, o que houve com você?
TAVINHO: – Vamos, rapaz, se explique.
HORÁCIO: – Vocês ainda nem casaram e já estão brigando…
LEONOR: – Carlos Eduardo, nós estamos esperando uma explicação pro que houve aqui. A Alessandra está fora de si. Nunca a vi assim. (ajudando Alessandra) Vem cá, minha querida. Vamos, Narcisa, vamos colocá-la aqui na cama.
ALESSANDRA: (chorando) – Ele tá me traindo. Ele confessou que tá me traindo com uma daquelas suas funcionárias da produtora, Leonor.
TAVINHO: – Ah, mas eu mato esse cafajeste.
HORÁCIO (detendo Tavinho) – Você não vai matar ninguém aqui, Tavinho. Caramba, somos pessoas civilizadas. Tenho certeza que o Kadu tem uma boa explicação pra isso, não é meu filho?
LEONOR: – Isso que a Alessandra disse é verdade, Carlos Eduardo?
KADU: – Não é nada disso.
LEONOR: – Mas então…?
KADU: – Olha, quer saber, não vai dar pra conversar desse jeito. (sai)
ALESSANDRA: – Isso, foge, seu covarde! Foge!
Alessandra continua chorando, enquanto Narcisa e Leonor a consolam. Bia chega.
BIA: – O que aconteceu?
Horácio e Tavinho entreolham-se. Corta para:
CENA 02. MANSÃO DE LEONOR. PISCINA. EXTERIOR. DIA.
Gilda está com um pratinho de churrasco. Trazendo uma câmera, uma mochila e um capacete de moto na mão, Kadu passa apressado por ela, que o chama.
GILDA: – Kadu! Kadu! Um instantinho.
KADU: – Agora não, Gilda. Eu tô com pressa, cabeça quente…
GILDA: – Mas o que houve? Era a sua noiva gritando? Parecia possuída por um demônio. Deus é mais! Olha, vai por mim, se a mocinha está fazendo esse escândalo todo antes mesmo de casar, imagine o escarcéu que não fará depois de colocar uma aliança no seu dedinho. Conheço bem o tipo.
KADU: – Gilda, desculpe, outra hora a gente se fala… (sai)
Kadu monta na sua moto e sai. Gilda segue comendo o seu pratinho de churrasco. Corta para:
CENA 03. CRISTO REDENTOR. EXTERIOR. DIA.
Música: Chega de Saudade – Roberta Sá. Imagens do Cristo Redentor. Diversas tomadas. Há vários turistas no mirante. Alguns tiram fotos. CAM encontra Júlia, Belita e o menino Javier entre eles, admirando a paisagem. Kadu chega e fica tentando encontrá-los. Avista e, sorridente, caminha até eles. Júlia só o nota quando ele chama.
KADU: – Júlia!
JÚLIA: – O que você faz aqui?
KADU: – Ué, você me convidou, não tá lembrada? Eu disse “vamos ao Cristo amanhã?” e você disse “demorou!”. Então, aqui estou. (olhando Javier) É o seu filho? Chega aqui, garotão.
Kadu pega Javier no colo. Sem entender nada, Belita olha pra Júlia, que faz sinal com a mão como quem diz “liga não, ele é louco”.
KADU: – Então você é o famoso Javier? Eu tava louco pra te conhecer, sabia?
JAVIER: – Quem é você? É amigo da minha mãe?
KADU: – Sim, muito amigo da sua mãe. Um velho amigo, na verdade. E aí, gostou do Cristo? Grande né? E a paisagem? Olha só que incrível essa paisagem. Dá pra ver o Rio inteiro daqui. Olha lá o Maracanã… Consegue ver? Qualquer dia te levo lá pra gente ver um jogão do Flamengo. Você vai gostar.
JÚLIA: (pra Belita) – Belita, fica um pouco com o Javier, por favor. Não tira o olho dele, eu já volto.
KADU: – Vai lá, garotão.
Júlia e Kadu saem. Vão pra um lugar mais reservado, de preferência uma escada ali perto, à sombra.
JÚLIA: – Não sei onde eu tava com a cabeça quando te falei que vinha aqui hoje, sabia?
KADU: – Me desculpe, me perdoe a cara de pau, mas eu precisava te ver. (T) Acabei o noivado com a Alessandra. Acabou. Ela esperneou, gritou, fez o showzinho dela, mas era o que eu tinha de fazer. Agora, você não tem mais desculpa pra não me querer ao seu lado. Eu tô livre, eu tô livre, mas doido pra me amarrar a você, Júlia.
JÚLIA: – Você é um maluco!
KADU: – Sim, eu sou maluco, maluco por você.
Kadu a beija com paixão. Música: When You Say Nothing At All – Ronan Keating. Antes de cortar para a próxima cena, mostrar um pouco mais a paisagem. É o tempo que dá um fade out na música e na imagem.
CENA 04. APART. DE DAVI. BANHEIRO. INTERIOR. DIA.
Música: Running Up That Hill – Placebo. Abre na água encontrando o ralo. Filipe e Davi tomam banho de ducha, aos beijos. Até mostrar o rosto deles, CAM vem de baixo pra cima, num boom up, começando pelas pernas de Filipe. Quando passa pelas nádegas, Davi dá uma apalpada boa nelas. Peitoral roçando. Bocas famintas. Mordidas nos lábios. Cena exalando libido, mas com bom gosto. Por fim, só vemos as silhuetas dos dois no vidro do box. CAM vai abrindo em dolly out e corta para:
CENA 05. MANSÃO DE LEONOR. QUARTO DE LEONOR. INTERIOR. DIA.
Abre numa TV, que está passando um programa desses sobre a vida animal. Vemos dois leões brigando. Horácio é quem está assistindo, deitado na cama e comendo alguma coisa. Leonor entra no quarto.
LEONOR: – Graças a Deus foram embora. Voltou até a minha enxaqueca, com tanta confusão. E você, Horácio, muito bonito, nem pra ajudar a apagar esse incêndio você serve.
HORÁCIO: – O que eu podia fazer, Leonor? Vocês que são brancos que se entendam. Me deixa quietinho aqui na minha oca.
LEONOR: – A Alessandra estava transtornada. Pra se acalmar, precisou tomar um açucareiro inteiro com água.
HORÁCIO: – Essa menina também, hein?! Esse escândalo todo, essa gritaria, quebrou o quarto, fez o diabo… Não sei não, viu, mas eu tenho pena do Kadu. Uma mulher que surta por qualquer coisa, enlouquece e enlouquece o marido junto.
LEONOR: – E quem falou que foi por qualquer coisa? A Alessandra disse que o Carlos Eduardo andou se engraçando com alguma lambisgoia da produtora… Vocês homens, hein? Isso é o quê? Autoafirmação sexual masculina? É ânsia eterna por novidades? Não entendo essa necessidade que vocês têm de testar a capacidade de conquista o tempo todo.
HORÁCIO: – A resposta pra todas essas perguntas é uma só, minha cara: tes-tos-te-ro-na. Simples. Além do mais, o Kadu não confirmou a acusação da Alessandra. Depois, ele se explica e essa balbúrdia toda acaba.
LEONOR: – Pois será exatamente isso que ele vai fazer assim que voltar pra casa. Esse casamento não pode subir no telhado.
Começa uma briga de búfalos na TV. Horácio se empolga e não perde a chance de irritar Leonor.
HORÁCIO: – Olha lá, Leonor, começou o documentário do nosso casamento.
Na cara preocupada de Leonor, corta para:
CENA 06. PRAIA DE COPACABANA. EXTERIOR. DIA.
Música: Save Room – John Legend. Kadu tira fotos de Júlia, Belita e Javier. Todos muito sorridentes. Tira fotos de Belita com Javier, Júlia com Javier, Júlia com Belita… Kadu chama alguém que vai passando pra bater uma de todos juntos. Há bastante entrosamento entre eles. Em algumas fotos, Javier e Belita não aparecem, só Júlia e Kadu. Mas em nenhum momento eles se beijam, pois estão na companhia de Belita e Javier, que por enquanto pensam que eles são apenas amigos. Detalhe: fazer algumas fotos engraçadinhas com a estátua de Carlos Drummond de Andrade.
Fade out na música. Corte descontínuo. Javier toma água de coco. Kadu e Júlia estão próximos. Disfarçadamente, ele convida:
KADU: – Moto. Passeio. Nós dois.
JÚLIA: (após pensar um pouquinho) – Belita, você leva o Javier pra casa? Tá quase na hora do remédio dele.
KADU: – O que ele tem?
JÚLIA: – Asma.
JÚLIA: (pra Javier) – Vai com a Belita, meu amor. Dá um beijinho na mamãe.
KADU: – Êeee, garotão, aquela nossa ida ao Maracanã tá de pé, viu. Não vou esquecer, não.
BELITA: – Foi um prazer te conhecer, Kadu.
KADU: – Ah, foi todo meu, Belita. Vou selecionar algumas fotos e mando pra você pela Júlia.
BELITA: – Maravilha! Bom, até mais. Se cuidem, hein!
Belita e Javier vão embora. Ele vai dando tchau com a mão. Pegam um táxi que está ali perto. Entra versão instrumental de When You Say Nothing At All – Ronan Keating. Kadu e Júlia trocam um beijo rápido, montam na moto e saem na direção contrária. CAM aérea. Júlia na traseira, abraçada a Kadu. Sorridentes, felizes, apaixonados… Corta para:
CENA 07. MANSÃO DE LEONOR. SALA. INTERIOR. DIA.
Gilda está olhando alguns bibelôs num móvel. Bota os olhos num cinzeiro e, rapidamente, o enfia em sua bolsa. Zezé chega com uma bandeja, trazendo um suco de melancia.
GILDA: – Meu bem, você não teria algo um pouquinho menos colorido? Um pouquinho mais forte também, não seria mal. Um whisky, talvez.
ZEZÉ: – Claro. Só um instante. Com licença.
Enquanto Zezé sai de cena, Leonor desce a escada. Chega com sua peculiar falsidade.
LEONOR: – Gilda, minha querida amiga, você vai acreditar se eu disser que me esqueci de você? Completamente.
GILDA: – Imagina, eu tenho todo o tempo do mundo.
LEONOR: – Também pudera, no meio dessa confusão toda… Você viu. A Alessandra perdeu o controle, perdeu a razão, quebrou o quarto do Carlos Eduardo inteiro. Só faltou atirar os móveis pela janela. Parecia cena de novela.
GILDA: – Mas o que foi que houve, Leonor?
LEONOR: – E eu sei? A coitada não disse coisa com coisa. Estou me consumindo de curiosidade. Já roí todas as unhas das mãos. Só não vou roer também as dos pés porque as fiz ontem. (dá risada)
Gilda fixa os olhos nos pés de Leonor, que usa um sapato personalizado, com características incomuns, mas chique.
GILDA: – Lindo esse seu sapato. Jean Carloir?
LEONOR: – Adamo Belmonte. Exclusivo. Lindo, não?!
GILDA: – Maravilhoso. (volta ao assunto) O Kadu passou por mim antes de sair. Nos falamos rapidamente, mas ele não disse nada a respeito.
LEONOR: – Mas ele vai dizer. Ah se vai! Vai me contar os detalhes desse banzé com todos os R e S. (T) Mas me diz, a que devo essa sua agradável visitinha dominical?
Zezé chega com o whisky, entrega o copo a Gilda e sai novamente.
GILDA: – Ah, muito grata, Zezé. (para Leonor) O motivo da visita? Bom… (toma o whisky num gole só)
LEONOR: – Sim.
GILDA: – O motivo da minha visita… o motivo é uma proposta que eu tenho pra lhe fazer.
LEONOR: – Uma proposta? (caindo a ficha) Ah, não! Ah, não, Gilda! Você não vai me dizer que/
GILDA: (corta e praticamente implora) –‘Desilusões de Olívia Watterson’. Leonor, é um dos meus melhores filmes. Eu queria muito refazê-lo. Tenho certeza, certeza absoluta que será um sucesso. Vai ser um estouro de bilheteria. É um drama, os dramas estão em alta, são sempre bem recebidos pela crítica, você sabe. Será muito bom pra imagem da sua produtora. O Oscar! Já pensou o Oscar? O primeiro Oscar brasileiro…
LEONOR: – Ah, não delira, Gilda. Francamente!
GILDA: – Leonor, por favor, o projeto é ótimo…
LEONOR: – Que projeto? Por acaso você tem um roteiro, alguma coisa realmente sólida pra me apresentar? Não tem, né? Então você me desculpe, eu te considero muito, mas eu tenho mais o que fazer. Se você puder me dar licença…
GILDA: – Se eu conseguir um bom roteirista e colocar o texto na sua mão, você produz? Por favor! (ajoelha) Eu te peço de joelhos. Olha aqui, estou de joelhos diante de você, me humilhando… Tudo pela Olívia Watterson. Não, não, eu confesso: eu tô fazendo isso por mim mesma, pela minha carreira. Eu sonho todas as noites com isso. E você é a única pessoa que pode me dar uma mão, Leonor. Eu só preciso que você me dê essa oportunidade de resgatar a minha carreira, de colocar meu nome outra vez nas capas de revista… Eu sou uma artista, Leonor! Eu me alimento de arte, de fama… Sem isso eu definho.
LEONOR: (dá uma risada crítica) – Você devia esquecer o cinema e apostar no stand-up, Francigilda Pereira. Sim, porque deu pra ver agora, aqui no meio da minha sala, que você até que manda bem no improviso, tem umas boas piadas… (implacável) Levante daí. Vamos, levante! Se dê algum valor. Ou será que nem isso você tem mais? É uma derrotada mesmo. Uma fracassada inveterada. Eu estou cansada, sabia, cansada dessas suas ideias estapafúrdias, sem o menor cabimento… Volta e meia você invade a minha casa, bebe do meu wisky e aluga os meus ouvidos com esses seus prospectos estrambólicos. Quando é que você vai aceitar que o seu tempo já passou, hein? É passado, não volta mais! Aquele sucessozinho que você fez nos anos 80 ficou pra trás. Anos 80, minha querida! Olha quanto tempo já faz. Hoje, você não é mais nada! Se você não tem nome nem pra vender coco na praia, como pode achar que ainda atrai bilheteria? Me diz! Gilda Lazarotto, Gilda Lazarotto… Você tá mais pra Gilda Lazarenta, isso sim.
GILDA: – Leonor?! Eu achei que você fosse minha amiga…
LEONOR: – Eu lá vou ser amiga de uma alcoólatra sem eira nem beira como você. Aliás, isso é outra demonstração do fracasso de gente que você é. Ganhou rios de dinheiro, não investiu em nada, torrou tudo… Pensa que eu não sei que você entra de penetra nas festas da alta roda só pra fazer uma boquinha? Que decadência!
GILDA: (chora) – Festa dos meus amigos dos velhos tempos, tá.
LEONOR: – Essa gente nem sabe mais que você existe, criatura. Eles eram seus amigos quando você valia alguma coisa, quando você podia oferecer alguma coisa… Hoje, você não representa mais nada pra eles. Aliás, por falar em festa, você só foi convidada pro noivado do meu filho porque ele colocou seu nome na lista, viu. Não pense que eu queria você aqui.
GILDA: – É assim que você me trata, Leonor? Que mal eu te fiz? Tá me tratando pior que um cachorro. Eu não mereço isso.
LEONOR: – Que é isso, também não vamos exagerar. Sem drama, porque eu choro fácil. Olha só, pra você ver que eu guardo alguma consideração por você, vou lhe dar um presentinho. Presente bom, hein. Coisa cara. Você vai gostar. (grita) Zezé! Ow, Zezé!
ZEZÉ: (chega apressada) – Chamou, senhora?
LEONOR: – Chamei sim. Cadê aquela garrafa de whisky escocês que não coube na prateleira da adega? Vá buscar, a Gilda vai levar pra casa. (pra Gilda) Pra casa! Nada de ir bebendo pelo caminho. Depois acontece alguma coisa com você e quem fica com remorso sou eu.
GILDA: – Não, não, obrigada, eu vou indo…
LEONOR: – Vai me fazer essa desfeita? Por favor, minha querida!
Zezé volta com a garrafa de whisky e entrega a Leonor.
LEONOR: – É pra ela!
Zezé entrega a Gilda e sai.
LEONOR: – Agora você pode ir. Diz ao Filipe que eu mandei um beijo.
Gilda sai com a garrafa de whisky. Muito triste e com o rosto ligeiramente molhado de lágrimas. Caminha como se tivesse saído de um ringue, derrotada. Já sozinha, Leonor faz um biquinho de megera. Na expressão dela, efeito e corta para:
FINAL DO CAPÍTULO 06
Somente agora estou com o tempo livre para comentar, quero te parabenizar cara, a trama está sendo fantástica! Uma história excelente e envolvedora, com personagens marcantes e atuantes! Parabéns também pelas artes, ficaram ótimas.
Muito obrigado. Ainda temos 2/3 de história, muita coisa para acontecer aos nossos aventureiros de um recomeço. Conto com sua leitura. Abraço.