Capítulo 56 – Realeza

QUINQUAGÉSIMO SEXTO CAPÍTULO

Cena 1- Bar- Tarde.
Bartolomeu norteia Maria José sobre o que aconteceu.

Bartolomeu: Olha, te confesso que foi muito estranha a sua chegada aqui. – Ele fala, meio confuso. – Um homem disse que havia acabado de chegar de São Paulo. Não sei não, mas ele tinha cara de quem não presta, não duvido nada que ele seja um daqueles famosos contrabandistas de drogas que vivem a rondear por essas bandas.
Maria José: O pior é que eu não me lembro de absolutamente nada, quem dirá esse tal homem. – Ela fala com a mão na cabeça.
Bartolomeu: Assim, ele estava com sede e veio me pedir um copo d’água. Depois de beber tudo, ele foi embora. E quando me dei por conta, havia uma caixa de madeira com alguns furinhos, bem ali. – Ele aponta. – Deduzi que seria dele, mas algo chamou a minha atenção: você começou a se debater dentro da coisa.
Maria José: Me debati? Jura? – Ela pergunta assustada. – Sério, eu não me lembro de absolutamente nada.
Bartolomeu: Foi ai que eu decidi abrir a caixa. E quando me dei conta, era você quem estava dentro dela… não demorou muito para desmaiar.
Maria José: E fui acordar somente agora. – Ela conclui. – Não consigo nem acreditar nisso. Como uma coisa dessas foi acontecer? Eu não consigo me lembrar de nada.
Bartolomeu: Só sei disso. Desculpa, mas não sei como você foi parar naquela caixa. Estou tão assustado quanto você.
Maria José: E agora? O que eu vou fazer? Para onde eu vou? Estou completamente perdida e sem chão.
Bartolomeu: Imagina, você pode ficar lá em casa. Chega até ser uma ofensa você dizer que não tem para onde ir. – Ele é meigo.
Maria José: O que eu mais quero é me lembrar sobre o que aconteceu, descansar a minha mente, tomar um banho, pois estou me sentindo imunda.
Bartolomeu: É, tudo isso você pode fazer lá em casa, mas… só não tenho como te dar o que vestir, porque eu tenho somente roupas de homem, minhas.
Maria José: Como você deve ter notado… – Ela fala sem graça. – De uma forma ou de outra, eu sou homem.
Bartolomeu: Um homem que se veste de mulher. – Ele completa. – Mas não se preocupe com isso, roupa é o de menos.
Maria José: Você é uma pessoa rara, sabia? – Ela se aproxima dele. – Acho que nenhum outro homem faria isso que você está fazendo por mim, pois são um bando de preconceituosos e…
Bartolomeu: E não percebem que estão impedindo que os outros vivam bem, felizes, cada um à sua maneira. – Ele olha nos olhos de Maria José. – Eu sei bem pelo que você está passando, pois eu tenho um irmão como você, e já namorei com pessoas do gênero.
Maria José: Agora está explicado. – Eles sorriem.

Cena 2- Cobertura de Severino- Tarde.
Marillu pensa sobre tudo o que fez.

Marillu: Ai meu Deus. – Ela se joga no sofá. – Como é que eu fui me meter nesta roubada? – Ela se pergunta com uma voz chorosa. – Por que, meu Senhor? Por quê?
(FLASHBACK)
Marillu: Nossa, que gato. – Ela diz ao ver um homem estampado na capa da revista. – Muito sedutor e bonito. – Ela folheia até a página aonde fala o nome do rapaz. – Alberto Corte Real. Que nome forte, envolvente. – Ela sorri. – O que eu mais quero é me casar com um homem assim.
(FIM DO FLASHBACK)
Marillu: Tudo começou naquela maldita tarde que eu vi o Alberto naquela revista miserável. – Ela chora. – Se eu soubesse que tudo isto iria acontecer… nem teria me envolvido nesta.
(FLASHBACK)
Marillu: Hm! Esta daqui é a irmã daquele gostosão. – Ela está com uma revista em mãos. – Marisa Corte Real. Então quer dizer que ela vai fazer um curso de Etiqueta? Esta é a oportunidade mais que perfeita para que eu me aproxime do meu amor. – Ela fala cheia de esperança, a esperança de uma adolescente inofensiva.
(FIM DO FLASHBACK)
Marillu: Atormentei a vida dos meus pais para que eles me matriculassem naquele curso caro. Mas não valeu de nada, pois durante os doze meses de curso… eu nem se quer sai com a Marisa, não passávamos de colegas de classe.
(FLASHBACK)
Marisa: Eu não gosto muito de sair não, gosto mais de ficar em casa, curtir meu fim de semana em família.
Marillu: Já te conheço há algum tempo, e não me convenci ainda que você gosta de passar o seu finde em casa. – Elas se abraçam. – Então, até segunda.
(FIM DO FLASHBACK)
Marillu: Tentei, como eu tentei sair com ela, ficar mais próxima cada vez mais, mas… então tive que falar a verdade.
(FLASHBACK)
Marillu: Você é louca, Marisa? Contou para o seu irmão que eu gosto dele. O que é que você tem na cabeça, hein?
Marisa: Não grila, Marillu. O meu irmão nem te conhece, só contei o que você havia me dito. Mas sinto em lhe informar que o Alberto está de namorico com uma outra moça ai, uma tal Olga, ela até que é legalzinha. – Marillu fica triste.
(FIM DO FLASHBACK)
Marillu: O tempo passou, o meu amor pelo Alberto se foi, e o curso chegara ao fim.
(FLASHBACK)
Severino: Sei que deve ser muito tarde, hoje é o último dia de aula. Mas não consigo mais esconder isso, está entalado aqui na garganta, e eu preciso desabafar.
Marillu: Fala ai, Severino, está passando por algum problema com a namorada?
Severino: Quem dera se eu tivesse uma. – Ele fala triste. – Mas como é que eu posso namorar alguém, se estou gamado em você? – Marillu fica sem ter o que falar. – E ai, Marillu? Vamos sair hoje à noite?
(FIM DO FLASHBACK)
Marillu: E como cada atitude tem suas consequências… foi normal o tempo ter fechado para o meu lado.
(FLASHBACK)
Marillu: Severino, eu tenho uma coisa para te contar.
Severino: O que é que tá pegando?
Marillu: Eu estou grávida.
(FIM DO FLASHBACK)
Marillu: O tempo passou, as coisas mudaram, mas o meu amor pelo Alberto só esperou o momento certo para voltar com força.
(FLASHBACK)
Marillu: Ai amiga, você sumiu depois que acabamos o curso. Pensei até que tinha esquecido de mim.
Marisa: Claro que não. Como eu poderia me esquecer de você, menina? – Marillu vira o copo e pede mais. – Eu acho melhor você moderar nessa bebida ai.
Marillu: Que nada. Eu quero mais é afogar as mágoas. Sabe quanto tempo que eu não me sinto tão bem assim? Desde quando tive um filho com o Severino, e ele se tornou um chato de galochas, nós discutimos o tempo todo.
Marisa: Só não te acompanho na bebedeira porque estou grávida, se não… – Marillu vira vários copos. – Mas é bom saber que você seguiu a vida, mesmo sem o meu irmão.
Marillu: Eu sabia que o que eu sentia por ele, não passava de um amor platônico. – Ela já está visivelmente bêbada.
Marisa: Até porque agora ele já está casado com uma tal Maria Letícia. Não vou muito com a cara dela, mas ela está carregando o meu sobrinho na barriga.
Carlos Henrique: Marisa? Você por aqui? – Ele surge na mesa delas. – Tudo bem com você? Quanto tempo. – Eles se dão beijinhos na bochecha.
(FIM DO FLASHBACK)
Marillu: Como doeu saber que o Alberto seria papai. E foi naquela mesma noite que eu conheci o maior erro da minha vida.
(FLASHBACK)
Marillu: Ué, este homem aqui… – Ela folheia as páginas da revista. – Não é aquele que eu passei a noite? Até fomos para o motel e tudo o mais. Hm! Ele é fornecedor do clube do Alberto, agora está explicado o porquê de toda aquela afinidade com a Marisa. Gente, já se faz um mês que passamos a noite juntos, mas… parece que foi ontem.
(FIM DO FLASHBACK)
Marillu: Como eu fui burra, burra, burra. Desgracei a minha vida com aquela mentirada toda… e tudo porque descobri uma nova chance de me aproximar do Alberto, mesmo sabendo que ele estava casado. Às vezes eu acho que aquilo não foi amor platônico, mas sim obsessão.
(FLASHBACK)
Severino: O meu irmão sumiu já faz uma semana, os meus pais estão muito preocupados. Deixei o Ivan com eles, para confortá-los de alguma forma.
Marillu: O Josemar não sumiu, Severino. Eu sei aonde ele está. – Ela mente. – O seu irmão fugiu, porque eu descobri… – Ela mostra a ele o teste de farmácia que realizou. – Eu estou grávida do seu irmão, e ele fugiu para que nós nos encontremos quando eu for embora.
Severino: Do que é que você tá falando?
Marillu: Eu te trai com o seu irmão, e estou grávida dele. Nós iremos nos encontrar no lugar que ele está me esperando. – Severino fica perplexo.
(FIM DO FLASHBACK)
Marillu: Não. Eu preciso colocar um ponto final nesta história. – Ela se levanta determinada. – Chega de ser fraca e submissa.

Cena 3- Asilo- Tarde.
Tiago conversa com Célia e ela o agradece.

Célia: Se lembra daquela salinha ali? Foi lá que nós nos pegamos, e confesso que você é bom no que faz.
Tiago: Apesar de ser coroa, você também dá um bom caldo. Mas enfim, vim falar com você pois realizei as suas condições para me passar o endereço da Malu.
Célia: Transou comigo, e entregou a carta a Maria Luiza. Gostei de fazer acordo com você.
Tiago: Acho que era só isso o que eu tinha para falar. Agora eu tenho que ir, pois ainda irei me encontrar com a Maluzinha.
Célia: Como aquela garota é fácil. Não duvido nada que ela não tenha resistido muito.
Tiago: Mas também pudera, eu sou um pedaço de mal caminho, é óbvio que ela não iria resistir.
Célia: Além de tudo é convencido. Mas eu só tenho que te agradecer por tudo o que fez. Não sabe o quão você foi importante para mim.
Tiago: Imagina. – Eles se abraçam. – Não conte para minha avó que eu estive aqui, pois não terei tempo para visita-la, já que preciso ir agora mesmo.
Célia: Tudo bem. Vá com Deus.

Cena 4- Cobertura Queiroz Galvão- Tarde.
Leonardo e Frederico pensam em dar uma festa após o casamento deles.

Leonardo: Amor, eu estive pensando sobre o nosso casamento… e seria de bom grado darmos uma festa depois da cerimônia.
Frederico: É, acho uma boa ideia. Mas não devemos chamar muitas pessoas, quanto menos melhor.
Leonardo: Como é no civil, não vamos convidar ninguém, somente os padrinhos. Mas fazemos alguns convites para convidar os nossos amigos mais íntimos para virem a nossa festa.
Frederico: É bastante interessante, pode fazer isso sim, por mim está tudo bem.
Luciana: Posso saber sobre o que vocês estão falando? – Ela surge.
Leonardo: Sobre a possibilidade de haver uma festa antes da nossa lua de mel. O que acha?
Luciana: Por mim tanto faz como tanto faz. Só espero que não se arrependam depois de casados.
Leonardo: Parece que a senhora adoro agourar o nosso casamento. Isto se tornou o seu hobby predileto, não é?
Luciana: Não se trata de agourar, mas sim de avisá-los. Um casamento não é igual a um namoro, será que não entendem isso?
Leonardo: Ah, mãe, para. Chega disso, pois nada do que você disser vai fazer com que voltemos atrás.
Luciana: Até porque agora já marcaram o casamento, e estão fazendo os últimos ajustes em seus ternos, que eu sei.
Leonardo: Que coisa feia. Não duvido nada que tenha escutado isso atrás da porta.
Luciana: Já que não se abrem comigo, tenho que descobrir as coisas sozinha, não é?

Cena 5- Clube Realeza- Tarde.
Jonathan questiona Rafael, que confessa ter passado a noite com Lilla.

Jonathan: A mamãe estava pê da vida. Ela não gostou nada, nada, de saber que ontem você foi embora com a Lilla.
Rafael: Espera um pouco, como é que a mamãe ficou sabendo disso?
Jonathan: Ah, eu tive que contar para ela. A mãe estava muito preocupada por você não ter dormido em casa.
Rafael: Imaginei que tinha sido você, seu dedo duro.
Jonathan: Eu não fiz por mal, a mamãe precisava saber sobre você, caso contrário ela teria um infarto.
Rafael: Tudo bem, eu não estou bravo com você. Até porque ontem minha noite foi muito boa.
Jonathan: Isto quer dizer que você reatou com a Lilla? A mamãe não vai gostar disso, hein!
Rafael: Não é que eu tenha voltado com ela, mas nós passamos a noite juntos, e eu me lembrei o quanto ela é boa na cama.
Jonathan: Não era você que não queria ver a piranha nem pintada de ouro?
Rafael: É, mas acabei voltando atrás. – Ele olha para Jonathan e começa a rir. – Acredita que agora ela está morando em um apartamento top de linha?
Jonathan: Parece que esse sumiço dela serviu para alguma coisa: torna-la rica.
Rafael: Ela não está rica, apenas está melhor de vida, entendeu? Mas e você, como anda esse coraçãozinho. Ontem eu vi você conversando com a Malu.
Jonathan: Eu acho que finalmente nós nos acertamos, irmão. E agora nada, nem ninguém irá nos separar.
Rafael: Não se esqueça que a rainha voltou, e ela não permitirá que a filha fique de namorico com o garçom do clube.
Jonathan: Não estou nem ai para aquela Mala Letícia, quero mais é que ela se exploda.

Cena 6- Mansão Corte Real- Tarde.
Maria Letícia conversa com Regina, e desperta a curiosidade de Pierre e Nelson.

Regina: Dona Maria Letícia, um homem deixou isto com os seguranças e disse que era de extrema importância. – Ela fala entrando no escritório.
Maria Letícia: Hm! São as cópias dos papéis que a Maria José assinou. Muito obrigada, Regina, agora você já pode voltar para a cozinha.
Regina: Só uma coisa, dona Maria Letícia. A senhora demitiu a Lilla? Pois ela não veio hoje.
Maria Letícia: A Lilla não trabalha mais nesta casa. E não ache você que só porque fez um favor para mim no passado, escapará de ter o mesmo rumo que o dela.
Regina: Longe de mim, se a senhora quiser me demitir… eu só irei lhe obedecer.
Maria Letícia: Eu espero que você tenha cumprido o trato que fiz com o seu marido, e não tenha contado para ninguém sobre a existência do Kevin.
Regina: Pode ficar tranquila, ninguém sabe desta história. – Pierre escuta atrás da porta e Nelson vê.
Nelson: O que é que você está fazendo ai, hein? – Ele cochicha no ouvido de Pierre, que se assusta.
Pierre: Ai que susto. – Ele fala com a mão no peito. – É que a Regina entrou aqui para entregar uns papéis para a patroa, mas não voltou até agora.
Nelson: Será que ela fez algo com a Rê? – Ele fica assustado. – Precisamos fazer alguma coisa, Pierre.
Pierre: Claro que ela não fez nada com aquela empregada imbecil. Mesmo assim, é muito curioso ela não ter saído ainda. O que será que elas têm tanto para conversarem assim?

Cena 7- Casa de Bartolomeu- Tarde.
Bartolomeu ajuda Maria José a lembrar sobre o ultimo acontecimento que se recorda. Eles acabam se beijando.

Bartolomeu: Vamos, faça um esforço. Talvez você consiga se recordar de algo. – Ele implora.
Maria José: Passei o meu banho todinho pensando, pensando, mas é incrível como eu não me lembro de nada.
Bartolomeu: Talvez você tenha algum desafeto, um inimigo, sei lá. Pense mais um pouco, vamos. – Maria José se concentra.
Maria José: Aonde eu estive pela última vez antes de vim parar aqui? Aonde? Aonde? – Ela se pergunta.
(FLASHBACK)
Maria José: Não posso aceitar nada que o Alberto deixou para mim, pois sinto que não sou digna de nada do que ele me herdou. – Ela faz uma pausa. – Por isso estou deixando o clube e tudo o que me foi destinado, mas passo tudo isso para uma mulher de fibra, que apesar das nossas desavenças, saberá cuidar disto aqui como ninguém. Com vocês, a nova dona do clube Realeza, Maria Letícia Lemes Corte Real. – Há uma surpresa geral. – Suba até aqui… Lê. – Maria Letícia sobe no palco elegantemente.
Marisa: Mas o que é que significa isso? – Ela pega Maria José pelo braço.
Maria José: Significa que acabou, Marisa. O conto de fadas se quebrou. – Ela desce do palco e caminha pela multidão.
Maria Letícia: É tão bom está de volta, rever todos vocês. – Marisa a olha de cara feia. Maria José já está fora do clube, completamente desnorteada.
Maria José: Acabou, aquela desgraçada conseguiu o que queria. – Ela olha para o céu. – Me desculpa, Alberto, desculpe-me por ter sido tão burra. – Alguém surge por traz dela e coloca um pano em seu nariz, no tecido há algo que a faz desmaiar.
(FIM DO FLASHBACK)
Maria José: Eu me lembrei, eu me lembrei. – Ela está suando muito. – Só pode ter sido ela quem fez isso comigo, só pode ter sido.
Bartolomeu: Calma, calma. – Ele a abraça, tentando confortá-la, mas Maria José continua muito abalada emocionalmente. – Fica tranquila, tenha calma. – Ele a beija com a intenção de acalmá-la.

Cena 8- Delegacia- Tarde.
Marillu hesita, mas acaba entregando Carlos Henrique a Rogério.

Marillu: Você é o delegado? – Ela diz ao entrar na sala. – Ah, não pode ser. Será que não tem outra pessoa para me atender?
Rogério: Não, não tem. – Ele é ríspido. – E se a senhora não quiser que eu a atenda, por favor, procure por outra delegacia.
Marillu: Não sei se você resolverá o meu problema. – Ela hesita. – Quero alguém de confiança, coisa que você não é.
Rogério: Por favor, minha senhora, não confunda as coisas. O que eu tive com você fora deste DP, não interfere em nada na minha vida aqui dentro. – Marillu se senta de frente a ele.
Marillu: Então tá. – Ela cruza as pernas. – Eu vim fazer uma queixa. Sobre Carlos Henrique Garcia de Albuquerque.
Rogério: Pera ai, este não é o homem que se envolveu naquele escândalo do tráfico de drogas? Me lembro que ele foi manchete dos jornais durante semanas.
Marillu: Sim, é o próprio.
Rogério: E que mal lhe pergunte, que queixa você tem a fazer contra um morto? Pois até aonde eu me lembro, esse homem morreu.
Marillu: Ai é que você se engana. Ele está vivo, muito vivo. – Rogério se joga em sua cadeira.

CONTINUA…

Rodrigo Gomes