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Maria Madalena

Capítulo 56 – Maria Madalena

Maria Madalena – Capítulo 056

Galpão abandonado. São Paulo.
Vinicius e Edgar caminham em direção ao portão do galpão.
VINICIUS: Eu não entendi. Você vai deixar por isso mesmo?
EDGAR: Eu não te devo explicação!
VINICIUS: Claro que não, mas porque esse trabalho todo se você vai deixa-lo livre.
EDGAR: Eu tenho um plano para ele. Por isso preciso mantê-lo vivo por mais uns dias.
VINICIUS: Que planos?
EDGAR: Na hora certa você vai saber. Agora eu tenho… – mas para de falar ao ouvir um grito de Guilherme e olha para trás.
De onde está parado perto do portão do galpão, Edgar vê um dos caras segurando Guilherme, enquanto o outro da vários socos nele.
Por causa de um soco, Guilherme acaba caindo no chão e os dois homens começam a chuta-los.
EDGAR: Vai lá e não deixe que eles o matem, já falei que tenho planos para o meu genro, e preciso dele vivo. Qualquer coisa me ligue. Vou está em casa, agora tenho coisas para resolver com outra pessoa.

Apartamento de Gabriel. Sala.
EDUARDA: Pronto – disse ao terminar o curativo na mão de Gabriel.
GABRIEL: Obrigado! Não precisava…
EDUARDA: Claro que precisava, afinal foi minha culpa você ter Caído e cortado sua mão.
Gabriel fica olhando para Eduarda.
EDUARDA: Acho melhor eu ir agora não é!
GABRIEL: Tudo bem.
Ele se levanta do sofá e vai abrir a porta par Eduarda sair.
GABRIEL: Obrigado.
EDUARDA: Eu que agradeço por você ter me deixado vê seus quadros.

Casa da família Gouveia. Sala.
Edgar entra em casa.
Elizângela entra na sala, vindo da cozinha.
ELIZÂNGELA: Oi! Já em casa? Você precisa de algo?
EDGAR: Preciso! Preciso Sim!
ELIZÂNGELA: De quê? – Disse se aproximando do marido.
EDGAR: Eu preciso que você tome vergonha na cara – disse pegando na cabeça de Elizângela e a empurrado em cima do sofá.
ELIZÂNGELA: Ai!! Você ta doido? – disse se sentando.
EDGAR: Doido eu estava quando me deixei enrolar na sua conversa e me casei com você.
ELIZÂNGELA: Edgar o que está acontecendo.
EDGAR: Isso está acontecendo! – grita jogando o envelope com as fotos para Elizângela.
Elizângela pega o envelope.
EDGAR: Abra! Olhe! – Ainda gritando.
Elizângela abre o envelope e tira uma foto, e logo percebe do que se trata.
Aleluia entra na sala.
ALELUIA: Com licença, o senhor deseja alguma coisa?
EDGAR: Que você suma daqui! Vai!
Aleluia vai para cozinha, nervosa com os gritos de Edgar ela acaba esbarrando em uma mesa de canto e derruba um porta retrato que se quebra.
Aleluia se abaixa para catar os cacos de vidro.
EDGAR: O que você esta fazendo sua imprestável?
ALELUIA: Eu… Eu estou…
EDGAR: Depois você limpa isso, suma daqui.
Aleluia corre para cozinha.
ELIZÂNGELA: Edgar calma!
EDGAR: Calma? Eu estou calmo. – Disse se aproximando dela.
Edgar pega Elizângela pelo braço e a puxa, fazendo com que ela se levante.
ELIZÂNGELA: O que você está fazendo.
EDGAR: Vamos pro quarto. Não quero que ninguém fique nos atrapalhando. – disse puxando ela enquanto se dirigia para o quarto.

Hospital São Lourenço.
Dr. Jorge sai da sala de trauma onde Beto está sendo atendido.
Lucas a vê o Medico vai ao encontro dele.
DR. JORGE: Ele está estável, fizemos tudo que podíamos, mas não sei se ele vai resistir muito tempo, o estado dele é muito grave.
MARIA MADALENA: Não! – disse chorando ao lado de Lucas.
Lucas a abraça.
DR. JORGE: Ele quer te vê Lucas e a Maria também. Imagino que seja você? – disse se referindo a Maria Madalena que estava abraçada a Lucas.
MADALENA: Sim.
DR. JORGE: Ele está bastante drogado, por causa da dor, e pode ser que ele não consiga falar direito.
LUCAS: Agente já pode entrar doutor.
DR. JORGE: Pode sim, mas não cansem muito ele.
MARIA: Ok doutor.

Casa da família Gouveia. Quarto.
Edgar abre a porta do quarto e empurra Elizângela para dentro.
Elizângela se desequilibra e cai perto da cama.
EDGAR: Como que você teve coragem de fazer isso comigo, ou pior com a minha filha.
ELIZÂNGELA: Aconteceu! Não foi algo que planejei nem nada.
EDGAR: Aconteceu? É isso que você tem pra me dizer? Aconteceu?
ELIZÂNGELA: E o que você quer que eu diga? – disse se levantado. – O quanto eu gostei de dormir com ele, o quanto ele é mais homem que você.
EDGAR: Sua vadia! – disse dando um tapa na cara de Elizângela.
ELIZÂNGELA: Ai!
Elizângela cai sentada na cama, ela põe a mão no rosto onde Edgar bateu, como se com isso fosse parar de dor.
ELIZÂNGELA: Me bater não vai te fazer mais homem que o Guilherme. Não vai me fazer esquecer do sabor do beijo dele. Das mãos dele deslizando sobre meu corpo.
Edgar fecha a mão e dar um soco no rosto dela.
Elizângela cai deitada na cama, e depois cai no chão.
ELIZÂNGELA: Bate! Bate o quanto quiser, seu corno.
Edgar pega Elizângela pelo pescoço e começa a apertar.

Hospital São Lourenço.
Lucas e Maria Madalena entram na sala onde Beto está.
LUCAS: Oi! – disse se aproximando de Beto.
Maria Madalena fica parada ao lado da porta.
BETO: Oi – disse com muita dificuldade.
LUCAS: Como você está?
BETO: Agora bem, um pouco dolorida mais to bem.
MADALENA: Você está sentindo dor, quer que eu chame alguém, um enfermeiro.
BETO: Não eu to… – ele respira fundo – eu estou bem.
Maria Madalena volta a chorar encostada na porta.
BETO: Ei, eu estou bem! Não precisa chorar. – ele levanta um pouco a mão em direção a ela. – Pode chegar mais perto.
Maria Madalena se aproxima da cama e pega não mão dele.

Casa da família Gouveia. Quarto.
ELIZÂNGELA: Eu não consigo respirar – disse com muita dificuldade.
Edgar solta o pescoço de Elizângela.
EDGAR: Eu devia era te matar. Mas não, vou te deixar viva pra ver o que eu vou fazer com seu namoradinho.
ELIZÂNGELA: E o que você vai fazer – disse batendo no peito de Edgar. – Se você fizer qualquer coisa e te denuncio para a policia.
Edgar ri bem alto.
EDGAR: Serio mesmo, e com que provas?
ELIZÂNGELA: Eu te denuncio por agressão, por me agredir!
EDGAR: Você não tem coragem de fazer isso, se tivesse já teria feito.
ELIZÂNGELA: Não me subestime.
EDGAR: Te subestimar? Você não é ninguém, você é uma fraca – disse dando outro tapa em Elizângela.
ELIZÂNGELA: Se você me bater novamente eu grito.
EDGAR: Grita! Mas Grita bem alto, aproveita já manda chamar a policia e a Duda também, acho que todos vão gostar de saber o seu segredo.
Elizângela se senta na cama.

Hospital São Lourenço.
BETO: Que bom que vocês estão aqui. Lucas eu… Me desculpe por…
LUCAS: Não Beto, não precisa pedi desculpa, já é passado, você é meu amigo, meu irmão. – disse começando a chorar.
BETO: Eu sei, mas preciso sim, eu devia ter contado a verdade desde o começo, mas foi mais forte que eu…
LUCAS: Eu sei…
BETO: Eu juro… Eu juro que não queria que tivesse – ele faz uma pausa para respirar – que tivesse acontecido desse jeito.
LUCAS: Eu sei Beto, eu entendo. Sou eu que tenho que pedir desculpa por ter sido tão cego e idiota. Me desculpe!
Beto faz que sim com a cabeça.
MADALENA: Beto! – disse quando ele soltou a sua mão.
BETO: Maria, eu… eu te amo.
MADALENA: Eu sei e eu também te amo Beto.
BETO: É a primeira vez que você diz isso.
MADALENA: Me desculpa por não te dito antes.
BETO: Me promete uma coisa?
MADALENA: O que?
BETO: Vocês do-dois.
LUCAS: Claro o que você quiser Beto.
BETO: Me – fala com muita dificuldade – prometam que, que vocês vão, que vão se dar uma chance.
MADALENA: Beto. Eu…
BETO: Maria, eu… Eu sei que você aiiinda o, o, o ama. E eu vi como ele… Ele sofreeeu muito, depois que, depois que você sumiu, eu vi como – ele tenta segurar não mão dela novamente, mais não consegue.
Maria Madalena segura a mãe de Beto.
MADALENA: Não precisa falar mais, não se canse.
BETO: Não, eu, eu preciso.
LUCAS: Beto, você precisa descansar.
BETO: Maria, eu vi, eu vi como… O Lucas, te procurou, e muito – e suspira. Ele te ama.
MADALENA: Beto não! – disse voltando a chorar.
BETO: Por… Por favor. Me pro-prometam, que vão se perdoar, que vão…
MADALENA: Beto!
BETO: Por-por-fa-vor!
MADALENA: Tudo bem Beto, eu prometo!
Beto com muito esforço olha para Lucas.
LUCAS: Eu prometo!
BETO: Obri-ga-obri-gado! – disse olhando para Maria Madalena uma ultima vez e fechando os olhos.
Um dos aparelhos na sala, sou um alarme.
LUCAS: Beto! Beto!
MADALENA: Beto Não! – disse chorando e apartando a mão dele.
LUCAS: Alguém! Ajudem! – disse saindo da sala buscando ajuda.
Os médicos e enfermeiros entram na sala apressados.
MEDICO: Ele está tendo uma parada.
DR. JORGE: Prepare o desfibrilador em 200.
ENFERMEIRA: A senhora precisa sai. – disse tentando tirar Maria Madalena da sala.
Lucas ajuda a enfermeira.

Casa da família Gouveia. Quarto.
EDGAR: O que foi, ficou comedo de que todo mundo saiba o que você fez?
ELIZÂNGELA: Você não teria coragem?
EDGAR: Não teria? Será que depois de todos esses anos, você não me conhece bem?
ELIZÂNGELA: Isso machucaria a Duda, você não teria coragem disso.
EDGAR: Agora você está preocupada com Eduarda, você não se preocupou com ela, quando resolveu dar pro marido dela.
ELIZÂNGELA: A Duda nunca vai nos perdoar se ela souber disso.
EDGAR: Ela nunca vai perdoar você. Foi você quem matou a mãe dela, a minha primeira esposa.
ELIZÂNGELA: Foi um acidente.
EDGAR: Isso é você quem diz! O que eu digo é que você a empurrou escada abaixo depois que ela descobriu que tínhamos um caso.
ELIZÂNGELA: Eu não! Foi um acidente.
EDGAR: E você acha mesmo que a Eduarda vai acreditar nisso. Fora o tato que você abandou uma filha recém nascida para vir morar nessa casa. Para poder ser a senhora Gouveia. As vezes acho que você já tinha tudo planejado quando você veio para essa casa, para ser a baba da minha filha.
ELIZÂNGELA: Não foi assim, eu não…
EDGAR: Você é uma vaca – disse dando um tapa. – Uma vagabunda – disse dando outro tapa.
ELIZÂNGELA: Não! Ai!! Para!
Mas Edgar continuou a bater nela.

Rua ao lado do Apartamento de Eduarda/Guilherme.
Uma van branca para na rua ao lado do Edifício onde fica o apartamento de Guilherme.
Alguém abre a porta da van por dentro e joga Guilherme para fora da van.
Guilherme fica jogado no chão, to machucado e sujo de sangue.

Hospital São Lourenço.
Do lado de fora da sala, Lucas e Maria Madalena observam os médicos tentando reviver Beto.
DR. JORGE: aumente para 300.
ENFERMEIRO: Pronto.
DR. JORGE: Afastem!
O médico que estava fazendo a massagem cárdia se afastam.
LUCAS: Vamos Beto! Raja.
Madalena abraça Lucas novamente.
LUCAS: Ele vai conseguir sai dessa acredi… – ele para ao vê os Médicos se afastando de Beto.
Maria Madalena se vira para olhar pela porta da sala.
MADALENA: Não! – ela grita.
Lucas a abraça ainda mais forte. Já chorando novamente.
DR. JORGE: Eu sinto muito – disse ao sai da sala.
Lucas só acena que sim com a cabeça.
Lucas e Maria Madalena ficam ali abraçados por mais um tempo.

Continua…

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