Séries de Web
Maria Madalena

Capítulo 54 – Maria Madalena

Maria Madalena – Capítulo 054

Em frente a Agencia de Turismo. De Manhã.
Lucas para o carro próximo a agencia de turismo. Ele e o primo Júlio Barreto, descem do carro.
LUCAS: Que bom que você quis vir comigo pra agencia primo.
JÚLIO BARRETO: Claro, eu aproveito pra conhecer a agencia e pra conversarmos um pouco. Temos muito pra contar um pro outro.
LUCAS: Acho que eu tenho mais – ele ri. – Muita coisa aconteceu nesses últimos meses.
JÚLIO BARRETO: É eu percebi.
Lucas para em frete a porta da agencia e põe a chave para abrir.
LUCAS: Estranho a porta está aberta. Será que… – mais antes que ele terminasse de falar a agencia explode.
Lucas e Júlio são arremessados para longe, por causa da força da explosão. Lucas é jogado contra o carro que está parado em frete a agencia e Júlio e arremessado por cima do carro, caído do outro lado dele.

Construtora Barreto. De manhã.
Edgar sai do elevador e caminha em direção a sua sala.
HELENA (secretaria): Bom dia Dr. Gouveia.
EDGAR: Bom dia Helena – disse sem nem olhar para ela.
HELENA: Tem um senhor… – disse se levantando para corre atrás de Edgar. – Tem um senhor na sua sala esperando pelo sonho.
Edgar para.
EDGAR: E como que você deixa alguém entrar na minha sala, assim sozinho.
HELENA: Desculpa senhor, eu falei pra ele que ele não podia entrar, mas ele não quis me ouvir. Ele disse que o senhor não ia ligar.
EDGAR: Ele falou que é pelo menos?
HELENA: É o mesmo senhor de antes, que veio há uns dias atrás. Ele disse que o nome dele era Nelson.
Edgar entra na sala.

Em frente a Agencia de Turismo. De Manhã.
Júlio Barreto se levanta, um pouco dolorido, e corre pra onde Lucas está.
JÚLIO BARRETO: Lucas? – ele chama. – Lucas!
Júlio encontra Lucas sentado no chão, encostado no carro e apagado.
JÚLIO BARRETO: Lucas você está bem? Lucas?
Lucas abre o olho.
LUCAS: O que aconteceu? – pergunta com dificuldade.
JÚLIO BARRETO: Eu não sei ao certo. Acho que a agencia explodiu.
Lucas olha pra frente e vê sua agencia em chamas.
JÚLIO BARRETO: Acho melhor sairmos daqui. Você consegue se levantar?
LUCAS: Acho que sim – disse tentando se levantar.
Júlio ajuda Lucas a se levantar e eles se afastam da agencia.
LUCAS: Precisamos ligar pra policia, bombeiros – disse procurando o celular no bolso.
JÚLIO BARRETO: O que foi?
LUCAS: Não consigo achar meu celular. Parando pra pensar, não me lembro de tê-lo pego ele hoje quando sai de casa.
JÚLIO BARRETO: Pega – disse entregando seu celular para Lucas. – Usa o meu.
Lucas pega o celular e disca o numero de emergência.

Construtora Barreto. De manhã.
EDGAR: Nelson!
Nelson se levanta e aperta a mão de Edgar.
Edgar se senta em sua cadeira.
EDGAR: Imagino que você tenha novidades pra ter vindo aqui e sem avisar ainda por cima.
NELSON: Tem sim, só não sei se você via gostar muito.
EDGAR: Então deixa de enrolar e fale logo.
NELSON: Acho melhor você mesmo ver. – disse entregando um envelope para Edgar.
Edgar tira o conteúdo do envelope, varias fotos.
A primeira foto e da Elizangela parada dentro do carro. Nas fotos seguintes ele ver o Guilherme entrando no carro, os dois se beijando, entrando com o carro em um motel e muitas outras.
Sem demonstrar nenhuma reação, Edgar coloca as fotos em cima da mesa.
EDGAR: Bom. Obrigado Nelson!
NELSON: Não entendi, você não parece ter ligado para o conteúdo da foto.
EDGAR: Tem coisas muito mais importantes para me preocupar do que o caso da minha esposa.
NELSON: E o que pode ser mais importante que isso?
EDGAR: Isso não é da sua conta.
NELSON: Não está mais aqui que falou.
EDGAR: Ótimo! Agora preciso de outro favor, preciso que você volte a ficar de olho na garota, na Maria Madalena.
NELSON: Você quem manda chefe.
EDGAR: Agora se você me der licença. Tem algumas coisas para resolver.
NELSON: Certo – disse se levantando. E quanto ao…
EDGAR: Não se preocupe, vou pedir para transferirem seu dinheiro ainda hoje.

Hospital São Lourenço. De manhã.
O Dr. Mario Corona e seu amigo Dr. Jorge Fonseca caminha pelos corredores do hospital enquanto conversão.
MÁRIO: Eu já falei pra você que não sei como isso foi acontecer. Eu estava cansando, bebi um pouco. Quando acordei ela estava lá deitada ao meu lado.
JORGE: Sim, mas isso não é motivo pra você ignora-la, só porque você não lembra como as coisas aconteceram, não quer dizer que não tenham acontecido.
MÁRIO: Eu sei.
JORGE: E ela é a irmã de sua esposa, da mulher que você tanta amou.
MÁRIO: E amo até hoje. Eu sei de tudo isso. Mas não sei o que dizer a ela, se você visse o jeito que ela me olha, é como se ela esperasse algo de mim.
JORGE: Como assim? Ela acha que você vai se casar com ela?
MÁRIO: Eu não sei o que a Dora está pensando, mas ela dar a entender isso com os olhos, por isso que não consigo falar com ela.
JORGE: É meu amigo, mas você não vai poder fugir disso para sempre.
MÁRIO: Eu sei. – ele olha no relógio.
JORGE: O que foi?
MÁRIO: O Léo, o garoto que te falei vai receber alta hoje. Quero está lá para me despedir.
JORGE: Se despedir dele ou da mãe dele?
MÁRIO: Que?
JORGE: Você precisa ver como seus olhos brilham quando você fala do garoto e principalmente dela. “Ela é tão forte, batalhado, não descuidou do filho nem um segundo”.
MÁRIO: Isso não tem nada haver, eu só sou grato a ela, por ela ter ajudado ao meu filho quando ele sofreu aquele acidente de moto.
JORGE: Claro que isso! Eu não pensei em outra coisa – ele ri.
MÁRIO: Pode tirar esse sorrisinho da cara, ela é só a mãe de um paciente e uma pessoa que passei a admirar muito, só isso.
JORGE: Ok então.
MÁRIO: Fora que depois que ela for embora eu provavelmente nunca mais vou vê-la.
JORGE: Se você deixa-la ir assim, sem falar o que sente pra ela, não vai mesmo.
MÁRIO: O que sente? O que? Melhor eu ir logo antes que sua imaginação var mais além do que já foi.
JORGE: Certo, minha imaginação.

Construtora Barreto. De manhã.
Edgar pega o seu celular disca um numero e leva o celular ao ouvido.
EDGAR: Oi! Sou eu! Tenho mais um serviçinho pra você… Eu sei – ele responde ao que a pessoa do outro lado da linha fala – Ótimo. Mas ninguém mais sai machucado certo… Eu espero mesmo que não… Vou te mandar um envelope com umas fotos e quero que você faça o seguinte…

Hospital São Lourenço. De manhã.
ANITA: Você o que? – ela solta um gritinho.
MADALENA: Não grita.
ANITA: Ok. Desculpa! Você o que?
MADALENA: Foi isso mesmo, eu dormi com o Beto. Eu não sei como aconteceu. Ele estava me apoiando como sempre, disse que me amava, eu me senti tão bem ali com ela, quando deu por mim já tinha acontecido.
ANITA: E agora?
MADALENA: Agora eu não sei. Eu não sei o que fazer, eu gosto muito dele, mas você sabe que eu não o amo. Eu não quero machuca-lo.
ANITA: Mas ele também sabe que você não o ama, mesmo assim aceitou só sua amizade, mas depois disso não sei se ele vai continuar aceitando ou não.
MADALENA: Pior é que nem conseguimos conversar direito hoje de manhã. Ele sai logo cedo…
ANITA: Como assim ele saiu logo cedo, depois do que aconteceu, eu esperava mais dele.
MADALENA: Calma deixa eu terminar de falar.
ANITA: Certo, desculpa.
MADALENA: Ele recebeu uma mensagem do Lucas pedindo para que eles se encontrassem hoje bem cedo na agencia, para conversarem e ele não quis perder a oportunidade. Você sabe que ele e o Lucas sempre foram bons amigos.
ANITA: Entendi. Mas e quanto ao testamento como foi.
MADALENA: Eu nem te conto, foi um…
ANITA: Não para, fala logo.
MADALENA: O Dr. Mario ta entrando no quarto. Depois agente conversa.
As duas também entram no quarto do Léo.

Em frente a Agencia de Turismo. De Manhã.
GUILHERME: O que aconteceu aqui? – perguntou se aproximando de Lucas.
LUCAS: Eu não sei, na hora que ia abrir a porta a agencia explodiu.
De onde estavam eles observavam os bombeiros que tentava controlar o fogo. E os policias que montavam um cerco para a segurança das outras pessoas.
GUILHERME: Você acha que tinha alguém lá dentro?
LUCAS: Eu não sei, mas quando fui abri a porta, ela já estava destrancada. Eu falei para os bombeiros e eles estão tentando descobrir se tinha alguém dentro.
GUILHERME: Aquele carro ali na frente da agencia não é o do Beto?
Lucas olha para o carro, até então ele não tinha reparado, mas olhando bem parecia sim o carro do Beto.
GUILHERME: É sim, tem a mesma placa. Não me diga que…
LUCAS: Não pode ser – disse olhando em volta para vê se via o Beto por ali.
JÚLIO BARRETO: Olha, acho que encontraram alguém dentro da agencia.
Lucas passa por baixo da fixa de isolamento e corre para onde os bombeiros estavam retirando a pessoa.
Ao se aproxima ele reconhece seu amigo, o Beto.
LUCAS: Beto?
BOMBEIRO: Você o conhece?
LUCAS: Sim é o Beto, meu amigo, ele já trabalhou na agencia – disse sem tirar os olhos de Beto, mas Beto não se movia. – Ele… Ele está morto?
BOMBEIRO: Não, mais o estado é muito grave, varias queimaduras e ele inalou muita fumaça.
Os bombeiros com a ajuda dos paramédicos colocam a maca dentro da ambulância.
LUCAS: Eu vou junto – disse entrando na ambulância.

Hospital São Lourenço. De manhã.
MÁRIO: Como está esse garotão?
LÉO: Pronto pra outra.
MADALENA: Nem fale uma coisa dessas! Eu não aguento outra dessas.
MÁRIO: Bom os resultado dos últimos exames estão ok, então acredito que não tenho mais porque manter aqui.
MADALENA: Graças a você doutor.
MÁRIO: Já falei que pode me chamar de Mário – ele destaca uma folha do bloquinho que segurava. – Aqui a alta do seu filho.
MADALENA: Obrigada! Mário.
Mário sorri para ela, ao ouvir ela o chamando pelo seu nome.
MÁRIO: Agora vou deixar você se arrumarem pra irem embora, e preciso ver meus outros pacientes também.
MADALENA: Obrigada! – disse abraçando o medico.
Mário retribui o abraço meio sem graça, e depois sai do quarto.

Rua próxima a Agencia de Turismo.
Guilherme entra em seu carro, que estava parado em uma rua próxima da agencia de turismo onde trabalha. Põe a chave na ignição e liga.
De repente uma mão envolve seu pescoço e outra mão coloca um pano em seu rosto.
Guilherme tenta reagir, tentando afasta o braço que apertava seu pescoço e virando o rosto par tentar se livrar do pano, mas em poucos segundos ele apaga.

Continua…

Deixe um comentário

Séries de Web