Capítulo 53 – Menina Flor (Últimos Capítulos)
Capítulo 53
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Dolores: Por favor, dona Melissa, eu prometo que eu não digo nada a ninguém, que eu faço a minha Malu nunca mais voltar na fazenda.
Melissa: Isso é pouco, e agora já é tarde demais pra você fazer últimos pedidos, agora eu vou me livrar de mais um peso.
Dolores, chorando: Por favor, por favor…
Melissa aperta o gatilho e dispara. A bala acerta em cheio o peito de Dolores, fazendo-a cair imediatamente dura no chão. Melissa se aproxima do corpo jogado no chão e se ajoelha ao lado. Melissa olha bem nos olhos de Dolores, abertos e centrados. Melissa desliza seus dedos sobre o rosto de Dolores e fecha seus olhos.
Melissa, irônica: Bons sonhos, querida!
Melissa se levanta, sai andando tranquilamente e vai embora.
Horas depois. Miguel deixa Malu em casa.
Miguel: Está entregue.
Malu: Obrigada Miguel, mas eu podia ter vindo sozinha.
Miguel: Deixe de se fazer de difícil.
Malu: Bem, não quer entrar pra tomar um cafezinho?
Miguel: Pois é, por que não?
Malu abre a porta.
Malu: Eu vou pedir pra mamãe servir um café…
Malu avista Dolores caída no chão, sangrando.
Malu, assustada: MAMÃE?!
Miguel, assustado: Meu Deus, dona Dolores.
Malu: Mamãe, o que aconteceu aqui? Miguel, pelo amor de Deus, faz alguma coisa.
Miguel: Calma Malu, eu vou chamar ajuda.
Malu se atira no chão ao lado de Dolores, chorando desesperada: Mamãe, mamãe, fala comigo, por favor!
Noite. Hospital. Malu, Miguel e Mauricio estão na recepção.
Malu, chorando: Eu quero a minha mãe, eu quero a minha mãe.
Miguel: Calma Malu, ela vai ficar bem.
Mauricio, andando de um lado pro outro: Eu não posso mais aguentar essa espera, eu estou a ponto de enfartar.
Miguel: Calma Mauricio, calma.
Filipe chega no hospital.
Filipe: Malu?
Malu abraça Filipe, chorando: Filipe, Filipe…
Filipe: E a mamãe?
Malu: Eu não sei, eu não sei, estou há horas aqui esperando e nenhuma notícia.
Miguel, abraçando Malu: Calma Malu, calma. Mauricio, leve a Malu até lá fora pra ela tomar um pouco de ar.
Mauricio e Malu saem andando.
Filipe: O que aconteceu Miguel, pelo amor de Deus, me fala.
Miguel: A gente não sabe Filipe, eu fui deixar a Malu em casa e quando a gente entrou a Dolores estava jogada no chão, inconsciente e sangrando.
Filipe, começando a chorar: Meu Deus, isso não pode ser verdade, passei tantos anos longe da minha mãe e quando eu venho vê-la isso acontece.
Miguel abraça Filipe: Calma Filipe, vai ficar tudo bem.
Filipe: Eu não sei o que eu faço, eu não sei.
Um tempo depois. Todos estão na recepção e o médico chega. Todos logo ficam nervosos e levantam-se bruscamente.
Malu: Doutor, como está a minha mãe?
Mauricio: Por favor, diga que minha mulher está bem.
Filipe: Doutor, a minha mãe vai ficar bem, não vai?
Miguel: Calma gente. Doutor, pode falar.
Médico: Eu não sei dizer se a senhora Dolores vai ficar bem!
Malu: O que quer dizer?
Médico: A bala acertou o peito da paciente, por pouco não pegou o coração. Será necessário que façamos uma cirurgia para remover a bala, mas ela é muito arriscada porque a senhora é uma paciente é de idade e pode não resistir à cirurgia.
Malu cai no chão, chorando desesperada: Não, minha mãe não!
Médico: E também ela perdeu muito sangue porque demoraram a socorrê-la após o tiro, será preciso que alguém doe sangue pra ela.
Malu: Eu não posso, eu sou adotada!
Filipe: Eu posso, mas doutor, pelo amor de deus, faz o que puder pra salvar a nossa mãe, por favor.
Médico: Vou fazer o possível!
Fazenda Aguiar Cordeiro. Quarto de Melissa.
Melissa, pensando: Há essa hora a velha da Dolores já deve ter sido encontrada, a Maria Luísa deve estar arrasada e o Miguel deve estar com ela, por isso ainda não voltou! Mas bem feito, não deviam ter se metido comigo, agora aquela velha morta de fome está no inferno!
Horas mais tarde. Casa dos Silva. Quarto de Malu.
Malu, chorando: Eu não sei mais o que fazer Miguel.
Miguel: Não chora Malu.
Malu: Quando você perdeu o seu pai eu sabia que você estava sofrendo muito, mas eu não imaginava que podia doer tanto assim.
Miguel: Malu, você não vai perder a sua mãe.
Malu: Você não ouviu o que o médico disse? O quadro dela é muito grave, se a minha mãe morrer eu não sei o que vou fazer da minha vida.
Miguel: Malu, você que sempre foi tão otimista, teve tanta força de vontade, tanta energia e agora nesse momento você fica assim?!
Malu: Como quer que eu fique otimista diante dessa situação Miguel?
Miguel pega na mão de Malu: Malu, calma, eu sei que você tá muito nervosa e muito preocupada, eu entendo, mas você precisa ter fé que tudo vai acabar bem, a sua mãe vai melhorar, eu tenho certeza.
Malu abraça Miguel: E se ela não melhorar Miguel, o que eu vou fazer?
Miguel: Ela vai melhorar sim, eu prometo.
Malu encosta a cabeça no ombro de Miguel e começa a chorar. Miguel beija a testa de Malu, a abraça e faz carinho em sua cabeça, passando a mão em seu cabelo.
Manhã seguinte. Fazenda Aguiar Cordeiro. Malu e Miguel estão conversando com o delegado Kleber sobre o caso de Dolores.
Kleber: E quando vocês chegaram, ela já estava caída no chão?
Miguel: Já, estava no chão, inconsciente.
Kleber: E vocês não tem ideia de quem fez isso?
Malu: Nenhuma, minha mãe não tem inimigos.
Kleber: Entendo, provavelmente deve ter sido um assalto.
Miguel: Não, a casa estava arrumada e a porta não estava arrombada, estava tudo normal.
Malu: Além do mais, quem assaltaria uma casa tão pobre como aquela?
Kleber, se levanta: Faz sentido! Bem, por enquanto é só isso.
Malu: Delegado, vocês tem que descobrir quem fez isso com a minha mãe.
Kleber: Não se preocupe Malu, estamos trabalhando nisso e eu prometo que descobriremos a verdade.
Miguel: Eu acompanho o senhor até a porta.
Miguel e Kleber saem da sala. Thomaz entra.
Thomaz: Oi Malu.
Malu: Oi Thomaz.
Thomaz: O que o delegado Kleber tava fazendo aqui?
Malu: Estava nos interrogando sobre o que aconteceu quando chegamos em casa e encontramos a minha mãe caída no chão. Você ficou sabendo?
Thomaz: Sim, claro que fiquei.
Malu: (suspiro), eu tô desesperada Thomaz, eu não sei o que vai ser de mim se a minha mãe me deixar.
Thomaz: Calma Malu, a polícia vai encontrar os responsáveis.
Malu: Eu tenho minhas dúvidas, até agora não encontraram o assassino do senhor Rafael, da Fernanda, por que encontrariam o da minha mãe?
Thomaz: Calma Malu, você não tem porque se desesperar, vai dar tudo certo. E qualquer coisa, eu quero que saiba que eu estou aqui pra o que você precisar.
Thomaz põe a mão no joelho de Malu, e começa a mover a sua mão deslizando sobre a coxa dela indo em direção a sua virilha.
Malu de levanta: mas o que é isso? O que está fazendo?
Thomaz: Desculpa, foi mais forte do que eu.
Malu: Eu não tô acreditando, você vê que eu tô sofrendo, tô passando por esse momento difícil e ainda assim você vem tentar me seduzir.
Thomaz: Desculpa, mas eu só queria que você soubesse que eu gosto mesmo de você.
Malu: isso só pode ser uma piada, além desse não ser o momento pra falarmos desse assunto você sabe muito bem que eu e o Miguel estamos juntos.
Thomaz: Malu calma, eu gosto mesmo de você e por isso eu vou te respeitar e vou respeitar o seu tempo pra pensar.
Malu: Eu não tenho nada pra pensar, e é melhor você não forçar porque se não vai ser pior.
Thomaz: Calma, eu já disse antes e repito, não vou te forçar a nada, não vou te beijar, a não ser é claro que você queira, se você quiser eu vou querer muito.
Malu fica de queixo caído.
Malu: Espera, espera, você já me disse isso antes?
Thomaz: Eu acho que já, não me lembro quando, mas já.
Malu, com a mão na boca: Meu Deus!
FLASHBACK.
Cabana na floresta. Manhã seguinte ao sequestro de Malu.
Malu: Fica longe de mim, não me machuca.
Thomaz coloca o prato e o copo perto de Malu: Calma, eu não vou te fazer nada.
Malu: O que você quer?
Thomaz: Eu já disse que não vou te fazer nada. Não vou te machucar, não vou te forçar a nada, não vou te beijar, a não ser é claro que você queira, se você quiser eu vou querer muito.
Malu, começando a chorar: Por favor, me deixa ir embora, por favor.
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