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Saber Viver

Capítulo 49 – Saber Viver

Capítulo 49, Saber Viver

 

CENA 1. RIO DE JANEIRO/ PETRÓPOLIS – CAFETERIA AMERICANA/TARDE
ALICE                      E então dá para falar logo?! Não tenho todo o tempo do mundo!
SANDRA                  Tudo bem, eu digo. Quero 50 mil reais. Esse é o meu preço!
ALICE                      O quê?! Mais isso é uma fortunar. Você quer me falir, é isso?
SANDRA                  Não mete essa, Alice. Você é PODRE DE RICA, e está dando sorte que pedi até pouco. Daqui a pouco peço parte da empresa.
ALICE                      Maldita hora que eu fui confiar em você. Essa é a última vez que eu te dou dinheiro. SOME DA MINHA VIDA, SOME!
Alice preenche o cheque e entrega para Sandra.
SANDRA                  Eu vou, mas quando o dinheiro acabar – ela bate o cheque na mão. – eu volto para pedir mais! – ela manda beijos e sai, rindo. – Ah, paga a conta!
ALICE                      Folgada! Espero não te ver nunca mais na minha frente!

 

CENA 2. RIO DE JANEIRO/ CENTRO DO RIO – CENTRO DE REABILITAÇÃO/TARDE
Efésios já contou toda a história para ele, sobre o pó que era colocado em sua comida.
VÍTOR                      Eu não consigo acreditar que a Cristina fez isso comigo.
EFÉSIOS                  Mas como você nunca desconfiou que havia algo de errado? Você mesmo disse que só usou drogas duas vezes.
VÍTOR                      Foi, só usei duas vezes. E bebi outras. Mas eu não consumi tanto assim para ficar viciado e muito menos agressivo. A primeira vez que eu fiquei agressivo foi quando eu quebrei o espelho do banheiro, e realmente a Cristina não parecia nada surpresa.
EFÉSIOS                  Vítor, a Cristina colocava esse pó na sua comida, você ficou agressivo e pronto, ela se livrou de você.
VÍTOR                      Claro, mas o estranho é que a Telma nã/ – ele para e fica pensativo. – FOI ELA, FOI ELA, ELA QUE MATOU A TELMA!
Efésios se assusta com a revelação.

 

CENA 3. RIO DE JANEIRO/ CENTRO DO RIO – DELEGACIA /TARDE
AMARAL                 Diego, quero um mandato de prisão para essa moça. Pelos crimes que ela cometeu, pegará bons anos de prisão.
EDU                           Eu só quero colocar ela na cadeia. Só isso!
AMARAL                 Nós iremos colocar. Muito obrigado!
Edu se levanta, mas no momento Dita e Társio.
DIEGO                      Peraí, esse daí não é o dono do carro que atropelou a Telma? – ele questiona, se referindo a Társio.
DITA                         O carro é dele. Mas o assassino não é! – ela mostra as roupas para Diego. – Encontramos essas roupas na casa de uma vizinha nossa: Cristina! E esses dias foi encontrado dois corpos lá perto. – ela também amostra o facão e o taco. – E isso aqui estava na casa dela.
EDU                           EU FALEI, EU DISSE, ESSA MULHER É UMA ASSASSINA!
DITA                         UMA ASSASSINA, VÁ EM BUSCA DESSA PIRANHA, ANTES QUE ELA MATE MAIS ALGUÉM!

 

CENA 4. RIO DE JANEIRO/ PETRÓPOLIS – CASA DO ENZO/TARDE
Alice chega em casa, ainda meio zonza com a conversa com Sandra.
ODETE                     Madame, já preparei sua banheira como pediu.
ALICE                      Odete, depois do que me aconteceu hoje, nem quero mais relaxar. Eu quero é dormir!
ODETE                     O Sr. Enzo ligou, disse que ficaria na empresa até mais tarde com o Davi. Eles tem uma pendencia a resolver a respeito da festa da empresa.
ALICE                      Já era de se esperar. Como de costume eles vivem para trabalhar. E Rebeca, onde está?
ODETE                     Rebeca saiu logo assim que a senhora saiu, e não disse para onde iria. – Alice ameaça falar, mas Odete a corta. – Antes que pergunte, Aline está repousando.
ALICE                      Ótimo! Mas onde será que Rebeca se meteu? Essa menina vive fazendo isto. – ela coloca a bolsa no sofá. – Odete, estou subindo. Beijos minha querida, até daqui a pouco. – ela sobe a escada mas para. – Odete, prepara um camarão na moranga para o jantar, quero coisa simples. – ela então sobe.

 

CENA 5. RIO DE JANEIRO/ CENTRO DO RIO – DELEGACIA – PÁTIO/TARDE
Anderson conversa com um dos detentos.
ANDERSON            Então esse é o meu plano de fuga, tenho certeza que dará certo.
DETENTO               Você está arrumando sarna para se coçar. Se o delegado descobre esse plano, ele te maltrata até a morte.
ANDERSON            Se você não contar nada para nenhum outro detento, isso jamais chegará nos ouvidos do tal policial.
DETENTO               Recebi uma informação sobre aquele caso do Marcone, lembra que te falei? – Anderson confirma. – Então, parece que encontraram um relógio, agora vão colher as digitais.
Anderson gela na hora, e fica tenso.
ANDERSON            Relógio?! – ele se preocupa. – Preciso ir, até mais com o nosso plano. – Ele então vai. – Só me faltava essa. Se descobrem a identidade do assassino, é o fim para o nosso grupo. De quem será esse maldito relógio?! – ele questiona.

 

CENA 6. RIO DE JANEIRO/ PETRÓPOLIS – EMPRESA DAN QUADROS/TARDE
Sala de reuniões…
Alessandra e Laís entram na sala de reunião.
ALESSANDRA       Desculpar incomodar, será que podemos ir? Nosso horário não acabou, sabemos, mas é porque não tem mais nada que possamos fazer aqui.
ENZO                        Podem ir sim. Amanhã cheguem no mesmo horário. Está festa será marcada logo e quero acertar tudo.
As duas saem e Davi entra.
DAVI                         E então, agora podemos conversar.
ENZO                        Sim. Marquei a festa para logo, depois do natal. Em seguida, farei a leitura de quem irá me suceder.
DAVI                         E já sabe quem é essa pessoa? Se eu fosse você, escolheria depois da festa, aliás: garanto que ela irá te surpreender.
ENZO                        Assim espero. Sabe que fui contra, e sou contra essa festa. Mas já que tem tudo pago, teremos que ir a fundo.
DAVI                         E então, já deci/ – eles continuam a conversar.

 

CENA 7. RIO DE JANEIRO/ PETRÓPOLIS – APT. DO GABRIEL/TARDE
Rafaela e Gabriel se deitam no sofá, com um pote de pipoca.
GABRIEL                 Graças a Deus esse pesadelo acabou, já não aguentava mais.
RAFAELA               Eu que o diga. Finalmente agora teremos paz!
GABRIEL                Será que lá naquele galpão, ainda tem aquele bando de gente traficada?
RAFAELA               Não desconfio de nada. – ela dá uma pausa. – Eu fiz contato com as meninas, as irmãs lá de Salvador.
GABRIEL                Mas agora nem precisa mais, o caso da Valentina já deve ter sido encerrado.
RAFAELA               É. Mas elas vieram para cá já. Inclusive vão começar a trabalhar na empresa da Alice.
GABRIEL                Hm! Que bom para elas. Mas elas vão morar aqui de vez?
RAFAELA               Parece que é temporário. Ainda não sei, elas avisaram que já tinham comprado passagem para cá, e então eu nem toquei no assunto. Finge que estava com saudades. – ela sorri.
GABRIEL                Ótima de improviso. – eles se ajeitam. – E o filme vai começar, silêncio agora!

 

CENA 8. RIO DE JANEIRO/ PETRÓPOLIS – CASA DO ENZO/TARDE
Quarto de Alice…
Alice está deitada. Ela se levanta rapidamente e se arruma.
ALICE                      Será que a Rebeca já voltou? – ela coloca um brinco. – Vou averiguar isso.
Quarto de Aline…
ALINE                      Oi, mãe. Quer alguma coisa?
ALICE                      Não, não, passei só para ver como você estava mesmo. Sabe me dizer se a Rebeca já voltou?
ALINE                      Nem sabia que a Rebeca tinha saído.
ALICE                      Saiu e até agora não voltou. E para completar não disse onde ia, mas não vou ficar me preocupando, ela já é maior de idade.
ALINE                      Mãe, vem cá. – Alice se ajeita e senta na cama. – Você tem que levar a Rebeca em um psiquiatra, mãe você viu o que ela fez nos pulsos.
ALICE                      Isso é só uma fase, tenho certeza que uma hora acaba. Ela ainda não superou a não gravidez, a falta do marido.
ALINE                      Mãe, para de defender a Rebeca. Ela está maluca! Ela precisa de um tratamento, ELA SE BATEU PARA INCRIMINAR A ELAINE.
ALICE                      Eu sei, eu sei. É difícil eu me acostumar com a ideia de que minha filha está maluca. Amanhã é véspera de natal e eu não quero estar brigado com nenhum de vocês.
ALINE                      Você está estranha ultimamente mãe, está acontecendo alguma coisa?
ALICE                      É coisa minha, Aline. É coisa minha. – ela se levanta e vai para o quarto.

 

CENA 9. RIO DE JANEIRO/ TAQUARA – CASA DA CRISTINA/TARDE
A campainha da casa de Cristina toca. Ela desce a escada correndo para atender.
CRISTINA               Amaral! – ela sorri debochada. – Tá fazendo o que aqui? E esse grupo aí, quem é?
AMARAL                 Cristina, eu vou ser bem rápido com você.
CRISTINA               Seja, seja mesmo que eu ainda tenho que ir visitar meu irmão. Ele está tão doente.
EDU                           Chega de teatro, Cristina. Eu entreguei o que gravei para a polícia.
CRISTINA               Edu, então você está envolvido nessa baderna aqui? Você sempre foi um idiota, Edu, isso mesmo. Sempre me quis, me desejou, chegou a me dopar para ir para a cama, contou isso? – todos olham para cara de Edu. – É mesmo, aí veio aqui, por vingança e me forçou a fazer essa gravação. Tudo o que está aí é mentira. Não é, Edu?!
Dita aprece na hora. Társio também.
DITA                         Não, não é! Encontramos isso na sua casa, Cristina. E o Társio viu você colocando fogo nos corpos. Você é uma assassina que teve coragem de matar sua própria irmã com o carro do Társio.
CRISTINA               Cala a boca, velha gagá. – ela a corta.
AMARAL                 Cristina, eu também resolvi fazer a denúncia contra você. Daquele dia do motel, lembra?
Ela se lembra vagamente e confirma.
AMARAL                 Então pronto! CRISTINA, VOCÊ ESTÁ PRESA!
Cristina o encara, com ódio nos olhos.

 

Algumas horas depois…

 

CENA 10. RIO DE JANEIRO/ CENTRO DO RIO – DELEGACIA – PÁTIO/NOITE
O delegado joga Cristina no meio dos outros detentos.
DELEGADO                        Aí, mais uma companhia para vocês! – ele empurra Cristina. – Boa sorte nessa tua nova vida.
Cristina caminha vagamente pelo pátio, todos a encaram. De longe, Anderson repara em Cristina.
ANDERSON            Essa é das minhas. Tenho certeza que vai estar comigo dentro do plano. – ele resolve se aproximar.

 

CENA 11. RIO DE JANEIRO/ CENTRO DO RIO – CENTRO DE REABILITAÇÃO/NOITE
Vítor sai da clínica, feliz da vida.
EFÉSIOS                  Boa sorte, Vítor nessa sua nova vida!
VÍTOR                      Vou precisar, Efésios, vou precisar. – ele o cumprimenta. – Mesmo assim agradeço.
Efésios entra para a clínica e Vítor coloca as malas no chão.
VÍTOR                      Vida nova, tudo novo. Daqui para a frente eu serei uma nova criatura, uma pessoa do bem e de muito bom gosto. Passarei a me atentar com as pessoas. E o principal, irei aprender a SABER VIVER! – ele sorri.

 

CENA 12. SANTA CATARINA/ JOINVILLE – AEROPORTO DE JOINVILLE/NOITE
Madalena e Lukas desembarcam em Santa Catarina.
MADALENA                       Pronto, chegamos! – eles sorriem se entreolhando. – Agora vamos que já está ficando tarde.
LUKAS                     Sim, vamos. – eles caminham juntos.

 

Alguns minutos depois…

 

CENA 13. SANTA CATARINA/ JOINVILLE – CASA DA TIA JÔ/NOITE
TIA JÔ                      Entrem meus queridos, entrem. – ela fecha a porta. – É de muito bom gosto ter vocês aqui em casa. Vocês sabem que são meus sobrinhos prediletos.
MADALENA                       Nós que agradecemos, titia. – ela sorri.
TIA JÔ                      Sabe, desde que eu perdi a Dora, eu nunca mais fui a mesma. Ahhhh, Dora. Quantas saudades tenho da minha irmã.
MADALENA                       Também sentimos muita falta da mamãe, tia. Ela sempre foi um anjo, né?! Nosso natal jamais será o mesmo.
Jô percebe que Lukas não para de mexer no celular.
TIA JÔ                      Ô menino, não para de futucar esse celular, vem cá falar com a tia.
LUKAS                     Já estou indo, tia. Estou terminando de falar com meu pai.
TIA JÔ                      PAI?! – ela pergunta, assustada.
Foca em Lukas, que não sabe o que dizer. Ele e Madalena se entreolham.

FIM DO 49 CAPÍTULO!

Gabriel Adams

O que é necessário para Ser Humano? Quais são as atitudes que devemos tomar em situações difíceis sem que possamos ferir ou machucar alguém? Será que Ser Humano é ser cruel? Ou é errar, acertar, errar tentando acertar...Afinal, o que é ser humano? Dia 23 de fevereiro, às 20hrs, estréia a web-novela SER HUMANO.

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