Capítulo 45 – Maria Madalena
Hospital São Lourenço. De tarde.
Maria Madalena e Lucas entram na sala de espera e Maria Madalena vai direto onde Anita e Beto estão sentados.
MADALENA: Alguma noticia?
ANITA: Ainda não!
BETO: E você como está? Tudo bem?
MADALENA: To sim! – disse se sentando ao lado de Anita.
Vinícius entra na sala de espera.
VINÍCIUS: Maria! Anita! – disse se aproximando delas.
MADALENA: Vinicius? – ela estranha ele está ali.
LUCAS: Outro? – fala baixinho.
MADALENA: Doutor! – disse se levantando assustada ao vê o Dr. Mário entrando na sala de espera.
Ela caminha e encontra com o medico no meio do caminho.
MADALENA: Meu filho doutor?
Lucas, Beto, Anita e Vinicius se aproximam do medico também.
MÁRIO: Aparente deu tudo certo, mas foi uma cirurgia difícil, tivemos varias complicações. O estado dele era muito grave, muitas fraturas, muitas hemorragia.
MADALENA: Fala logo doutor, como está meu filho?
MÁRIO: Ele está em coma.
MADALENA: Não! – disse se abaixando e ficando de cócoras.
LUCAS: Madá está tudo bem – disse se abaixando também. – Ele vai sai dessa.
Lucas a ajuda a levantar.
LUCAS: E agora Doutor, o que vai acontecer?
MÁRIO: Vamos monitora-lo por essa noite e vermos como ele vai reagir. Mais estamos confiante de que ele deve acorda pela manhã.
LUCAS: Viu Madá, se Deus quiser amanhã ele estará bem não é Doutor.
MARIO: Sim, se ele acorda pela manhã como esperamos, tudo indica que ele vai ficar bem sem nenhuma sequela.
LUCAS: Você está ouvindo, o Doutor está bem confiante. Você também precisa ficar, você tem que ficar forte pelo seu filho. Você confia no doutor não é.
Maria Madalena acena que sim com a cabeça, é o máximo que ela consegue fazer nesse momento.
LUCAS: E podemos ver o Léo.
MARIO: Daqui a pouco, ele está sendo transferido para a UTI. Depois que estiver tudo certo vou pedir para que um enfermeiro os acompanhe para vê-lo. Mas só uma pessoa vai poder entrar, duas porque vou permitir que alguém a acompanhe devido ao estado dela. – Disse se referindo ao estado de Maria Madalena que parecia péssima.
LUCAS: Obrigado Doutor.
…
Cemitério. De tarde.
Barbara caminha por entre os túmulos toda vestida de preto, carregando uma taça e uma garrafa de champagne.
Ela para ao lado de um túmulo de mármore e se senta em cima dele. Se vira e olha para o nome gravado na lapide.
“JOÃO DE ANDRADE BARRETO”
BARBARA: Oi meu querido marido!
Ela abre a garrafa de champagne e enche sua taça. Bebe um gole e para.
BARBARA: Ah! Que mal educada que estou sendo. Você quer um pouco – disse virando a garrafa e derramando um pouco de champagne em cima do túmulo.
…
Hospital São Lourenço. De tarde.
ENFERMEIRA: Se a senhora puder me acompanhar vou leva-la para vê o seu filho.
MADALENA: Claro! Obrigada!
ENFERMEIRA: O Dr. Mário avisou que autorizou que mais alguém entrasse no quarto com a senhora. Quem que vai acompanha-la.
LUCAS: Eu vou!
BETO: Eu! – disse junto com Lucas.
MADALENA: A Anita – disse se virando para olhar para ela – Você me acompanha né.
ANITA: Acho melhor que o Lucas vá, o Léo é irmão dele. Acho que ele tem mais direito.
Beto tenta dizer algo mais Anita segura em seu braço e balança a cabeça em negativa, dando sinal para ele ficar quieto.
…
Apartamento Ester. De tarde.
Ester abre a porta do apartamento e Júlio entra.
ESTER: Onde você se meteu hoje. Te liguei varias vezes hoje.
JÚLIO: Não estava me sentido muito bem, e fui da uma volta.
ESTER: O que aconteceu?
JÚLIO: Ester eu não posso mais te ajudar. Eu preciso ir embora, não posso mais continuar naquela casa.
ESTER: Como assim? O que aconteceu?
Júlio não responde.
ESTER: Fala!
JÚLIO: Nada eu só não aguento mais continuar naquela casa.
…
Hospital São Lourenço. De tarde.
BETO: Porque você me impediu de ir com ela. – disse se sentando.
ANITA: Beto esse é um momento deles, que eles têm que passar juntos. Por mais amigos que sejamos deles, ele precisão desse momento, de ficar sozinho.
BETO: Mas eu…
ANITA: Eu sei dos seus sentimentos, eu sei que você que está lá por ela, por ampara-la. Mas pode ter certeza que ela vai levar muito mais em conta você está entendendo esse momento dela e está apoiado-a sem questionamento ou cobrança.
BETO: É você tem razão.
…
Apartamento Ester. De tarde.
ESTER: Você não pede desistir agora! Você prometeu me ajudar.
JÚLIO: Eu sei, mas eu não posso, não posso mais.
Ester tira a carta do pai do bolso.
ESTER: Você jurou na frete do túmulo do meu pai, que me ajudaria na vingança.
JÚLIO: Vou estava lendo essa carta de novo – disse pegando a carta da mão dela. – Ela não te faz bem, só te deixa amargurada.
ESTER: Me devolva! – disse tentando pegar a carta de volta, mas não consegue. – Ela só me faz lembrar dos meus objetivos. Meu pai se matou depois que escreveu essa carta. E a culpa é daquela família, a empresa deles destruiu tudo o que o meu pai tinha, o deixou sem nada, sem empresa, sem casa, sem dinheiro, sem esperanças.
Ela começa a chorar e Júlio a abraça.
…
Hospital São Lourenço. De tarde.
Lucas e Maria Madalena entram na UTI. Vestindo um avental de medico descartável. Eles se aproximam da cama onde Léo está deitado, ligado a vários aparelhos devido ao seu estado de coma.
MADALENA: Meu filho! – Disse pegando na mão dele.
Lucas fica do lado de Mira Madalena e põe a mão sobre seu a mão dela.
LUCAS: Ele vai ficar bem, ele é um garoto muito forte.
MADALENA: Eu sei.
Ela chora emocionada ao vê seu filho ali deitado naquela cama, naquele estado.
LUCAS: Estou aqui com você Madá – disse abraçando-a. – Você não está sozinha nessa. Eu estou aqui com você.
…
Apartamento Ester. De tarde.
JÚLIO: Eu sei como foi difícil pra você quando sei pai morreu.
ESTER: Eu tinha só 10 anos.
JÚLIO: Eu sei.
ESTER: Foi horrível chegar em casa depois da escola e encontrar meu pai ali morto, no quintal da casa, pendurado em uma árvore por uma corda no pescoço. Foi a cena mais terrível da minha vida – disse chorando rever suas lembranças.
JÚLIO: Eu sei como lembrar disse é doloroso pra você, por isso não gosto que você fique lendo essa carta e revivendo essas lembranças.
ESTER: Essa carta foi a única coisa que me restou do meu pai. Ele estava segurando na mão, pendurado lá na árvore.
JÚLIO: Eu sei de tudo isso, sei o quanto isso é importante pra você, mas ao mesmo tempo te faz mal.
ESTER: Por causa do João Barreto eu fiquei sozinha no mundo, fui para em um abrigo para jovens, só eu sei p que eu passei.
JÚLIO: Mas você não está mais sozinha – disse abraçando-a forte.
ESTER: Eu sei. Minha vida só mudou quando te conheci. – ela o beija.
…
Cemitério. De tarde.
Barbara está deitada em cima do túmulo do falecido marido segurando a taça quase cheia de champagne. A garrafa de champagne vira em cima do túmulo.
Ela começa a ri bem alto, um pouco bêbada, e se levanta.
BARBARA: Você gostou do que eu fiz com o seu bastardinho? – continua rindo.
Ele volta a beber o champagne da taça, vira até beber todo e champagne.
BARBARA: Você achou mesmo que eu ia deixar você entregar meu dinheiro para ele e sua amante! Pois pensou errado.
Ela joga a taça no lapide, mas a taça não quebra, fazendo Barbara gritar furiosa.
BARBARA: Como está o lugar pra onde eu te mandei. – ele ri. Shii! – disse ponde o dedo em frete a boca. – Ninguém pode saber disso. É um segredinho só nosso.
Ele volta a ri, dessa vez ainda mais alto. Fica tão empolgada que acaba caído sentada no túmulo.
BARBARA: Me larga! – disse tentando se levantar. – Você está morto. Me larga!
Ela se levanta pera a garrafa de champagne e a vira na boca, mas a garrafa está vazia.
BARBARA: Você não vai me levar junto de você…
Ela ri e sobe em cima do túmulo de mármore.
BARBARA: Você achou mesmo que eu não sabia de sua amante e deu bastardinho. Eu sempre sei de tudo!
Ela começa a dançar em cima do túmulo ao som de uma musica imaginaria.
BARBARA: Não se preocupe você não vai ficar sozinho. Se Deus quiser eu também consegui mandar seu bastardinho pro inferno para te fazer companhia.
…
Apartamento Eduarda/Guilherme. De tarde.
Gabriel e Guilherme saem da cozinha e vão para a sala.
GUILHERME: Muito obrigado por sua ajuda. Não sei se teria conseguido sozinho montar todas as prateleiras.
GABRIEL: Imagina, precisando é só falar ok.
GUILHERME: Pode contar comigo se precisar de alguma coisa.
Guilherme abre a porta para Gabriel sair e depois fecha a porta.
Eduarda, que estava escondida no corredor de acesso ao quarto ouvindo a conversa caminha para perto do amigo.
GUILHERME: Ótimo cara nosso vizinho.
EDUARDA: Ainda bem né.
GUILHERME: Ah! Você sabia que é um artista?
EDUARDA: Artista é?
GUILHERME: Pois é, ele pinta e escreve livros, e nos tempo vagos tira fotos também. Acho que vocês vão se dá muito bem. Vão tem bastante assunto para conversar.
Eduarda se senta em uma cadeira.
GUILHERME: Eu falei pra ele que você estudou artes plásticas na Itália e ele falou que depois vai passar uns contatos de algumas galerias, quem sabe ele não te ajuda a consegui um emprego.
Eduarda fica quieta tentando assimilar tudo que ouvia, mas só conseguia pensar em Gabriel parado ali na sua sala sem camisa.
…
Hospital São Lourenço. De tarde.
Lucas e Maria Madalena estão no corredor que da acesso a sala de espera onde Beto e Anita estão esperando.
Madalena: Espero um pouco – disse virando para Lucas que caminhava ao seu lado.
LUCAS: O que? Você está bem?
MADALENA: Estou, mas precisamos conversar.
LUCAS: Acho que agora não é uma boa hora.
MADALENA: Acho que nunca vai ter hora para o que eu tenho para falar.
LUCAS: Tudo bem.
MADALENA: Eu vou ser grata a você pelo resto da minha vida, por você está aqui hoje e por tudo que você fez pelo meu filho…
LUCAS: Madá…
MADALENA: Deixa eu terminar.
LUCAS: Ok.
MADALENA: Mas você está aqui não muda nada o que aconteceu entre agente. Não muda o fato que você me enganou, não muda o fato de que você está com sua noiva novamente.
LUCAS: Foi o Beto que te disse isso?
MADALENA: Ele não precisou me dizer nada, eu vi vocês juntos em uma festa.
LUCAS: Que festa?
MADALENA: Isso não vem ao caso.
LUCAS: Claro que vem, você precisa me deixar explicar…
MADALENA: Não tenho não, eu não tenho mais nada a haver com sua vida, do mesmo jeito que você não tem mais nada a haver com a minha.
LUCAS: Madá! – disse tentando abraça-la, mas ela se afasta.
MADALENA: Lucas. Eu preciso que você vá embora.
LUCAS: O que?
MADALENA: Você continuar aqui não vai me fazer bem. Eu preciso ficar só.
LUCAS: Só com o Beto?
MADALENA: E se for!
LUCAS: Você não pode tá falando serio! – disse tentado se aproximar dela novamente. Uma lágrima sai do seu olho.
MADALENA: Estou sim! – disse esticando a mão em sinal de pare para Lucas.
LUCAS: Você tem certeza disso?
MADALENA: Tenho.
LUCAS: Tudo bem então. Quando o Léo acorda da um beijo nele por mim ok.
Ele se vira e começa a caminha em direção a Saída do hospital.
Quando Maria Madalena vê Lucas virando em um corredor, ela se encosta na parede e se abaixa até sentar no chão, chorando por ter que se afastar o homem que ama mais uma vez.
MADALENA: Me desculpe Lucas… – Ela para um momento por causa do choro. – Vai ser melhor assim – disse dessa vez tentado se converse do que tinha acabado de dizer.
…
Cemitério. De tarde.
Barbara se levanta pega a garrafa vazia de champagne e a joga na lapide, mas a garrafa não quebra. Ela pega a garra mais uma vez e a joga novamente, mas novamente a garrafa não quebra.
BARBARA: Que Ódio! – grita furiosa.
Ela pega a garrafa de novo, e começa a bater com a garrafa no túmulo varias vezes.
BARBARA: Quebra! – disse batendo com a garrafa no túmulo mais uma vez. Quebra!
COVEIRO: A senhora esta bem? – pergunta o coveiro que foi verificar de onde vinham aqueles gritos.
BARBARA: Estou sim! Por quê? Uma mulher não pode esta revoltada com o marido porque ele morreu não.
COVEIRO: Me desculpe senhora, mas já estamos fechado a senhora precisa ir embora.
BARBARA: Eu vou embora quando eu quiser – disse se sentando no tumulo mais uma vez.
COVEIRO: Mas senhora já estamos fechando.
BARBARA: Eu não quero nem saber. Não vou embora e pronto.
O coveiro vai embora.
…
Hospital São Lourenço. De tarde (por volta das 18 horas).
Maria Madalena entra na sala de espera ainda meio chora. Beto e Anita se levantam e vão ao encontro dela.
BETO: Você está bem?
ANITA: O Léo? Aconteceu alguma coisa?
MADALENA: Não, está tudo bem sim.
BETO: Então porque você está assim? E o Lucas?
ANITA: Cama Beto! – disse ao percebe o que tinha acontecido. – Ela deve está assim por ter conseguido ver o filho, ela só está emocionada e preocupada.
BETO: Entendi.
MADALENA: Obrigado! – ela sussurra para Anita.
…
Cemitério. De tarde (pouco depois das 18 horas).
SEGURANÇA: Senhora o cemitério está fechado, preciso que a senhora se retire – disse o segurança que veio acompanhado do coveiro.
BARBARA: Eu já falei pra esse ai, que vou embora quando eu achar que devo – disse apontando para coveiro.
SEGURANÇA: Senhora se a senhora não se retirar eu terei que tira-la a força.
BARBARA: Tenta se for homem – disse se deitando de costas no túmulo e tentando agarra-lo.
COVEIRO: Acho que ela tá louquinha.
BARBARA: Quem está louquinha aqui – disse se levantando e ficando em pé em cima do túmulo.
Senhora me desculpe – disse se aproximando dela e pegando-a no colo a força.
BARBARA: Me Solta! Me Solta! – ela grita. – Você sabe quem eu sou? Eu posso acabar com a sua vida. Está me ouvindo? Eu posso acabar com a sua vida!
…
Estacionamento Hospital São Lourenço. De Noite.
Lucas sai do hospital, olho por céu estranhado por já está de noite, para no estacionamento ao lado do carro, Abre a porta e entra.
Dentro do carro volta a chorar inconformado que das coisas acabarem assim.
LUCAS: Eu não vou desisti. Dessa vez não vou deixar que ela me afaste.
Ele abra a porto da carro e sai com intenção de volta para dentro do hospital.
O Telefone dele toca dentro do bolso da calça. Ele pega e atende.
LUCAS AO TELEFONE: É ele! – disse em resposta a pergunta da pessoa do outro lado da linha. – É minha mão. O que aconteceu? – ele espera pela resposta. – Presa? Mas como? – ele balança a cabeça, inconformado com que está ouvindo. – Eu sei sim onde é sim, eu já estou indo.
…
Casa da família Barreto. De noite.
Lucas chega à casa da mãe acompanhada por ela, após, tira-la da cadeia.
BARBARA: Não precisava me trazer em casa, eu já estou bem.
LUCAS: Bem! A senhora foi presa por fazer bagunça alcoolizada no cemitério e chama isso de está bem.
BARBARA: Mas eu estou sim!
LUCAS: A senhora teve sorte do Dr. Ferrazo ter consigo agilizar sua soltura, por pouca a senhora não passa a noite na cadeia.
BARBARA: Que exagero!
LUCAS: Exagero! Nem vou falar nada.
BARBARA: É melhor mesmo. Vou subir pro meu quarto – disse subindo a escada.
LUCAS: Tudo bem. Aproveite para tomar um banho para tirar esse cheiro de bêbada e de cadeia que está impregnada em você, eu chamei o Dr. Jorge Fonseca e ele já deve está chegando.
BARBARA: Você fez o que? – disse parando no sexto degrau da escada.
LUCAS: Chamei o Dr. Jorge Fonseca para te examinar.
BARBARA: Eu não preciso ser examinada.
LUCAS: Mas vai ser mesmo assim.
…
Hospital São Lourenço.
MADALENA: O Vinicius não está aqui? – disse a perceber que ele não estava ali na sala de espera.
ANITA: Ele precisou ir pro ARES, mas disse que volta.
MADALENA: Foi muito legal da parte dele, ter vindo até o hospital.
ANITA: Pois é! E ele ainda por cima me deu o dia de folga para ficar aqui com você.
MADALENA: Falando nisso. Eu vou ficar a noite toda aqui, acho que vocês deveria ir pra casa – disse se dirigindo tanto para Anita quanto para Beto.
ANITA: Imagina, não vou te deixar sozinha aqui.
BETO: Nem eu.
MADALENA: Não Beto. Pelo menos você deve ir para casa descansa. – Ele disse olhando para ele. Ao percebe que ele ia falar algo ela continua: – Não se preocupe eu vou ficar bem com a Anita
BETO: Tudo bem então, mas volto amanhã de manhã, para da uma folga para a Anita.
…
Casa da família Barreto. Quarto Barbara. De noite.
Barbara entra no quarto e se joga na cama. Mas logo se levanta.
BARBARA: O que você está fazendo aqui! – disse assustado ao vê Edgar saindo do Banheiro.
EDGAR: Eu vi para vê com você está – disse saindo do banheiro e caminhado em direção a Barbara. – Eu sobe que você foi presa.
BARBARA: O que você quer?
EDGAR: Eu já falei que vim ver com você está.
BARBARA: E como você soube sobre a minha prisão.
EDGAR: Do mesmo jeito que sabia sobre o caso do seu marido João, do filho dele com aquela garota, ou até mesmo como sei do seu caso com o motorista – ele sorrir. – Como você ta se rebaixando – disse balançando a cabeça.
BARBARA: Você mandou alguém me vigiar.
EDGAR: Mais é claro, não posso deixar que você atrapalhasse meus planos.
Barbara se senta na cama.
EDGAR: O que deu em você para tentar matar o garoto.
BARBARA: Fiz o mesmo que você, eu tentei tirar uma pedra do meu caminho.
EDGAR: Cuidado com o que fala!
BARBARA: Porque, tá com medo de que alguém saiba a verdade, que alguém saiba que você matou o meu marido.
EDGAR: Não se esqueça que você está envolvida nisso tanto quanto.
BARBARA: Porque eu fui burra e me deixar enganar por você.
EDGAR: Te enganar! Eu não te enganei em nada, você sabia de tudo o que ia acontecer. Você sabia muito bem o que estava fazendo quando dispensou os empregados e abriu a porta para que o homem que eu mandei fizesse o serviço e sabotasse o carro do João.
…
Continua…