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Maria Madalena

Capítulo 43 – Maria Madalena

Maria Madalena – Capítulo 043

Hospital São Lourenço. De manhã.
Lucas entra na sala de espera e estranha ao vê um homem abraçando a Maria Madalena. Ele se aproxima de vagar para não incomodar nem ela e nem as outras pessoas que estava na sala esperando por noticias de algum conhecido.
     MADALENA: Lucas! – fala ou velo parado atrás de Beto. Ela rapidamente solta Beto do abraço.
Beto se vira e se assusta ao vê o amigo parado ali na sua frente.
     LUCAS: Beto!
     BETO: Lucas! O que você está…
     LUCAS: Fazendo aqui? – ele completa a frase do Beto. – Eu é que pergunto o que você está fazendo aqui?
     MADALENA: Vocês se conhecem? – perguntou tentando amenizar a situação.
     LUCAS: Eu que tinha que está fazendo essa pergunta. Se bem que do jeito que vocês estavam abraçados com certeza mais que se conhecem!


Casa da Família Barreto. Quarto Barbara. De manhã.
Barbara está andando de um lado para o outro no quarto.
     BARBARA: Esse garoto tem que morrer! Tem que morrer.
Ela pega um frasco de perfume em cima penteadeira e joga no espelho da parede. O frasco de perfume e o espelhos se quebram em vários pedaços.
     BARBARA: Eles não vão ter nada do que é meu! – ela grita – Não vão.
     NEIDIANE: A senha esta bem? – pergunta depois de bater na porta do quarto e entrar.
     BARBARA: Sai daqui! Quem te chamou aqui? – ele continua a grita. – SAI!!
A empregada sai do quarto.
Babara começa a ri bem alto dentro do quarto.


Hospital São Lourenço. De manhã.
     MADALENA: O Beto é um amigo.
     LUCAS: Que consciência não é! Essa também seria minha resposta. Na verdade mais que isso, meu melhor amigo, ou pelo menos eu achava que era.
     BETO: Lucas você não tem o direito de falar assim.
     LUCAS: Assim como?
     MADALENA: Chega né! Aqui não é lugar pra isso.
     ANITA: Eu também acho. – disse se levantando. – Nos estamos no hospital.
     LUCAS: Sem problema – disse se sentando em uma cadeira.
Maria Madalena e Anita se sentam também, sendo que, Maria Madalena ficou sentada de frete para Lucas.
     BETO: Você tem razão Maria. – disse se sentado ao lado dela. – Me desculpe.
     LUCAS: E o Léo, vocês já tiveram alguma noticia. – enquanto olhava direto nos olhos de Beto.
     MADALENA: Não, eu o vi antes de ir para sala de cirurgia, mas depois disso não tive mais noticia.
     LUCAS: Se Deus quiser vai da tudo certo!
     BETO: Com certeza.


Casa da Família Corona. Quarto de Artur.
Artur e Bruno estão conversando no quarto de Artur.
     ARTUR: Cara eu não aguento mais a minha tia, ela está aqui há uma semana e já está se achando a dona da casa.
     BRUNO: E quando que ela vai embora?
     ARTUR: Eu não sei! Ela veio para passar uns dias, mas não tá parecendo que ela quer ir embora não.
     BRUNO: Entendi. Então você vai ter que aturar ela.
     ARTUR: Nem me fale.
     BRUNO: E quanto à garota que você saiu segunda à noite. Você a viu novamente? E a amiga dela?
     ARTUR: Não. Não vi. Eu até tentei ligar para ela, mais ela não atendeu.
     BRUNO: Então que dizer que ela te dispensou – disse rindo.
     ARTUR: O pior de tudo e não saber de quem era aquela voz que eu ouvi quando estava na casa dela. Eu tenho certeza que é de alguém que conheço mais não consigo lembrar.
     BRUNO: Falando nisso, você nunca mais teve noticias da garota que te ajudou quando você sofreu o acidente de moto.
     ARTUR: É isso! – ao ouvir o amigo mencionar a garota do acidente tudo fez sentido, nessa hora ele lembrou de sua voz. – É ela.
     BRUNO: O que? Não to entendendo.
     ARTUR: A voz da amiga da garota com quem sai na segunda.
     BRUNO: O que tem ela?
     ARTUR: E a mesma voz da garota do acidente. Elas são as mesmas pessoas.
     BRUNO: Você tem certeza?
     ARTUR: Claro que tenho você sabe que eu nunca esqueço um rosto ou uma voz.


Hospital São Lourenço. De Tarde. (por volta do meio dia).
Lucas batia o pé inconsciente, enquanto olhava fixamente para Maria Madalena e depois para Beto, e ficava repetindo o processo, olhava para ela e depois para ele.
     LUCAS: Eu vou pegar um café – disse se levantado – Vocês querem?
     MADALENA: Não!
     ANITA: Não obrigada!
Beto só faz que não com a cabeça.
Lucas sai da sala de espera e vai procurar por uma maquina de café.
     MADALENA: Acho melhor você não falar para ele que você sabia quem eu era – disse se virando para olhar para Beto quando viu que Lucas já não podia mais vê-los.
     BETO: E porque não?
     MADALENA: Eu não quero que vocês briguem por minha causa, ele é seu melhor amigo.
     BETO: Não se preocupe, vamos resolver isso depois. A única coisa que me importa agora é Léo e você – disse pegando na mão dela.
     MADALENA: Eu sei, obrigada!
     BETO: Mais como ele soube? Como ele veio parar aqui?
     MADALENA: Eu não sei, e não me importa – uma lágrima escorreu de seus olhos.
Beto levanta a mão e passa pelo rosto dela para enxugar a lágrima.
     MADALENA: Mas graças a Deus ele está aqui! Eu não sei o que seria do meu filho se o Lucas não tivesse aparecido.
     BETO: Como assim?
     ANITA: O Léo precisou de transfusão de sangue para hora da operação e o Lucas doou o sangue para ele.
     BETO: Entendo.


Casa da família Gouveia. Sala de jantar. De tarde.
Edgar, Elizângela, Eduarda e Guilherme estão sentados à mesa almoçando.
     GUILHERME: Como foi querida no apartamento, deu tudo certo – disse pegando na mão da esposa que estava sentada ao seu lado.
     EDUARDA: Sim! Eu disse que dava conta.
Guilherme sorrir.
Elizângela fica enciumada ao vê Guilherme sendo carinhoso com Eduarda.
     ELIZÂNGELA: Eu não me conforme de vocês estarem se mudando.
     EDGAR: Você não precisa se conformar com nada. Está mais que na hora deles terem o lugar deles, só deles.
     EDUARDA: Obrigada pai! – disse olhando para Edgar. – Obrigada por nos compreender.
     ELIZÂNGELA: Mesmo assim não tinha necessidade deles se mudarem, essa casa é tão grande.
     EDGAR: Elizângela vamos almoçar em paz, por favor.


Hospital São Lourenço. De Tarde.
Lucas encosta a cabeça na grade da janela no corredor do hospital. Lágrimas escorrem de seus olhos. Ele não conseguia acreditar que Maria Madalena estava ali tão perto dele, ao mesmo tempo que estava muito preocupado com o Léo, por quem tinha desenvolvido um grande carinho.
     ENFERMEIRA: O senhor está bem? – pergunta ao passar pelo corredor e vê-lo parado ali chorando.
     LUCAS: Estou sim – disse passando a mão nos olhos para enxugas as lágrimas. – Obrigado! Eu vim só pegar um café.
     ENFERMEIRA: Ok então. Se precisar de algo é só falar ok.
     LUCAS: Obrigado!
Lucas caminha até a onde está maquina de café. A alguns passos dali de onde estava parado.


Hospital São Lourenço. De manhã.
Lucas termina de beber o café e joga o copinho no lixo e se vira para o corredor que dá acesso a sala de espera onde Maria Madalena está. E para sua surpresa Beto está caminhando em sua direção.
     BETO: Lucas! Agente precisa conversar.
     LUCAS: Você acha mesmo?
     BETO: Lucas!
     LUCAS: O que? O que você tem pra me dizer que eu já não saiba?
     BETO: Lucas as coisas não são como você está pensando.
     LUCAS: E o que te faz pensar que você sabe o que eu estou pensando.
     BETO: Da pra vê na sua cara.
     LUCAS: Eu pensei que fôssemos amigos.
     BETO: E somos.
     LUCAS: Somos mesmo? Não é o que tá parecendo.
     BETO: Eu e a Maria somos só amigos.
     LUCAS: Maria? – disse empurrando Beto conta a parede. – Eu pensei que o nome dela fosse Ariel.


Continua…

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