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Maria Madalena

Capítulo 42 – Maria Madalena

Maria Madalena – Capítulo 042

Hospital São Lourenço. De manhã.
Maria Madalena e Anita, acompanhadas do Dr. Mário entra na sala onde está sendo realizada a coleta do sangue que esta sendo doado para o Léo.
Na sala o homem está de costa para porta, sentado em uma cadeira com uma agulha no braço ligado ao uma bolsa de soro por uma mangueira. Para poder recuperar as forças após ter doado um litro e meio de sangue.
   MADALENA: Oi! Eu queria agradecer por você ter doado o sangue. Você pode ter salvado a vida do meu filho.
O homem se levanta da cadeira cuidadosamente para não soltar a agulha no braço e se vira.
   MADALENA: Lucas!!!
   LUCAS: Madá! O que você… – ele para quando se toca de que ela deve ser a mãe do garoto. – Não me diga que… O Léo.
Maria Madalena faz que sim com a cabeça.
   MADALENA: Meu filho Lucas! – disse começando a chorar. Levada pelo impulso ela se aproxima de Lucas e o abraça.


Em frete ao Novo Apartamento Guilherme/Eduarda. De manhã.
Eduarda abre o porta-malas do seu carro que está parado em frete ao prédio onde alugou um apartamento para morar com o Marido Guilherme.
   EDUARDA: Parecia bem menos coisa quando eu coloquei no carro.
Ela tira cinco caixas de dentro do carro, deixando varias outras para uma outra viagem até o apartamento e, coloca no chão para poder fechar o porta-malas do carro.
   EDUARDA: Eu não devia te dito pro Guido que dava conta de trazer as caixas sozinha.
Ela pegas as caixas deixando suas mãos ocupadas, aproxima-se da porta do prédio e tenta abri-la empurrando com o corpo. Mas a porta não abre e ela acaba deixando as caixas caírem. Duas das caixas se abrem deixando dois pares de sandálias espalhado pela calçada.
   EDUARDA: Que droga!! – disse se abaixando frustrada por ter deixado as caixas caírem.
   GABRIEL: Deixa que eu te ajudo – disse se abaixando e pegando um dos pares de sandálias.
   EDUARDA: Não precisa… – Mas o cara já tinha guardado as sandálias na caixa e se levantando segurando outras três caixas.
Ainda agachada no chão, Eduarda levanta o rosto para olhar para o homem que a ajudou. Ele estava vestindo uma regata branca, que deixava seus braços musculosos a mostra, e uma bermuda preta. Mas o que mais chamou sua atenção era o fato de que aquele homem estava todo suado.


Casa da Família Barreto. Garagem. De manhã.
Júlio entra com o carro na garagem da casa, desliga o carro e se encosta no banco do motorista bem solto, tentando relaxar.
   BARBARA: Vai ficar me olhando com essa cara até quando? – pergunta depois que Júlio a olhou, ainda com cara de assustado e desconfiado.
   JÚLIO: É a única que tenho no momento!
   BARBARA: Pois pode tratar de arrumar outra ou você quer que alguém desconfie do que você fez.
   JÚLIO: Do que eu fiz! – disse incrédulo. – Do que você me fez fazer.
   BARBARA: Fiz o que devia ser feito e ponto final. Não quero mais tocar nesse assunto.
   JÚLIO: Como que você pode está assim tão calma. Agente pode ter matado o garoto.
   BARBARA: Já falamos sobre isso. E eu realmente espero que ele tenha morrido.
   JÚLIO: Deus me livre disso! Não sei se vou conseguir carregar o peso da morte de uma criança na minha consciência.
   BARBARA: Se ele tiver morrido você vai ter que aprender a lidar com isso.
   JÚLIO: Você acha mesmo que ele morreu?
   BARBARA: Eu não sei, por isso mesmo que você vai atrás do seu amigo e pedir que ele descubra o que aconteceu com o garoto – disse saindo do carro.
Depois de ver Barbara saindo da garagem, Júlio encosta a cabeça no volante do carro e começa a chorar.


Em frete ao Novo Apartamento Guilherme/Eduarda. De manhã.
   EDUARDA: Obrigada, mas não precisava – disse se levantando.
   GABRIEL: Não tem problema, não me importo em ajudar.
   EDUARDA: Mais não quero te atrapalhar, você deve está ocupado.
   GABRIEL: Não está, estava correndo um pouco, mas já acabei.
   EDUARDA: Tudo bem então, só me ajuda segurando a porta que eu me viro com o resto.
   GABRIEL: De jeito nenhum. Eu te ajudo a leva no seu apartamento. – disse entrando no prédio.
Eduarda entra no prédio seguindo o homem, preocupada com as intenções dele.


Hospital São Lourenço. De manhã.
   MÁRIO: Maria vou deixar você vê seu filho rapidinho antes de levarmos ele para sala de cirurgia.
Maria Madalena que ainda estava abraçada com Lucas, o solta e se vira para olhar para o medico.
   MADALENA: Obrigada Doutor.
   LUCAS: Eu possa acompanha-la Doutor?
   MÁRIO: Acho melhor não, tem que ser uma coisa bem rápida, e acho melhor você terminar o soro, você tirou muito sangue.
   LUCAS: Entendo.
   MARIO: Vamos.
   MADALENA: Claro! Vamos.
   ANITA: Maria eu te acompanho até a perto do quarto, você ainda não está muito bem.
   MADALENA: Obrigada Anita!


Prédio do apartamento de Guilherme/Eduarda. De manhã.
   EDUARDA: Não precisa subir comigo, eu dou conta de levar tudo.
   GABRIEL: Você… – ele começar a ri. – Você está preocupada né? – ele continua rindo. – Você achou que eu vou fazer algo com você. Não precisa se preocupar. Eu moro aqui no prédio. E você é a nova moradora né?
Eduarda afirma que sim com a cabeça. Antes que ela fale algo ele começa a subir as escadas.
   GABRIEL: A nova moradora do 301 certo? – perguntou se virando para olhar para ela. – Eu moro no 302, vamos ser vizinhos de porta. Você não vem? – disse a percebe que ela permanecia parada em frete a escada.
   EDUARDA: Claro! – disse começando a subir as escadas. Não tinha o que fazer mesmo, o homem já estava subindo com as caixas dela.


Apartamento de Ester. Quarto. De manhã.
Ester está sentada no chão do quarto, encostada na parede lendo uma carta. Enquanto ler a carta, lágrimas escorrem de seus olhos.
   ESTER: Porque Pai? Porque você tinha que fazer isso?
Após terminar de ler a carta e põe a carta sobre seu peito e a aperta, como se quisesse abraça-la.
   ESTER: Eu prometo pai. Eu prometo que a família Barreto vai pagar por tudo que nos fez. Eu vou me vingar por tudo que essa família nos fez passar.
Ela passa a mão nos olhos para enxugar a lágrimas tentando manter-se forte perante a promessa de vingança que reafirma.


Prédio do apartamento de Guilherme/Eduarda. De manhã.
Eduarda para em frete a porta do novo apartamento e começa a se abaixar para colocar as caixas no chão.
   GABRIEL: Não precisa colocar no chão, pode deixar que eu seguro – disse se aproximando para pegar as caixas.
Eduarda passa as caixas para ele, depois pega a chave na bolsa e abri a porta do apartamento.
Com a porta aberta Gabriel entra antes que ela Eduarda consiga dizer algo.  
   GABRIEL: A onde que eu coloco?
   EDUARDA: Pode por ai no chão mesmo, depois eu guardo.
Gabriel se abaixa para colocar as caixas no chão e depois se levanta.
   GABRIEL: Você precisa de ajuda para carregar mais alguma coisa?
   EDUARDA: Não obrigada! – fala mesmo sabendo que ainda tem mais caixas para subir. – Se você me der licença, tenho algumas coisas para fazer ainda.
   GABRIEL: Claro! – disse caminha até a porta. – Ah! Meu nome é Gabriel. Se precisar de alguma coisa é só bater aqui na porta da frente. – disse saindo do apartamento dela.
Eduarda começa a fechar a porta.
   GABRIEL: Você não vai me dizer o seu nome.
   EDUARDA: Eduarda! – disse fechando a porta.


Hospital São Lourenço. De manhã.
Maria Madalena e Anita estão sentadas na sala de espera esperando noticias de Léo, que está na sala de cirurgia sendo operado pelos médicos.
   ANITA: Você viu que ele estava bem – disse se referindo ao fato de Maria Madalena ter visto o filho antes dele ser levado para a sala de cirurgia. – E o Dr. Mário pareceu ser um excelente medico. 
   MADALENA: Eu sei! Mas to com uma sensação ruim de que alguma coisa não está certa.
   ANITA: Não será por causa do Lucas? Você ficou muito mais calma e aliviada depois que o viu.
   MADALENA: Eu sei! Mas isso não podia ter acontecido. Ele não podia está aqui.
   ANITA: Mesmo assim temos que agradecer a Deus por ele tê-lo colocado aqui no hospital. Se não fosse por ele o Léo ainda podia está esperando pelo sangue para poder ser operado.
   MADALENA: É tudo que eu tenho feito, agradecer e pedir a Deus pelo meu filho.
   BETO: Maria! – disse se aproximando de onde Maria Madalena e Anita estavam sentadas na sala de espera. – Eu vim assim que soube.
Beto olhou para Anota, pois foi ela que ligou para informa-lo o que estava acontecendo. Isso antes do encontro com o Lucas.
   MADALENA: Obrigado por ter vindo Beto! – disse se levantando para abraça-lo.
   BETO: Como ele está? – perguntou ainda abraçando a Maria Madalena.
Lucas entra na sala de espera e estranha ao vê um homem abraçando a Maria Madalena. Ele se aproxima de vagar para não incomodar nem ela e nem as outras pessoas que estava na sala esperando por noticias de algum conhecido.
   MADALENA: Lucas! – fala ou velo parado atrás de Beto. Ela rapidamente solta Beto do abraço.
Beto se vira e se assusta ao vê o amigo parado ali na sua frente.
   LUCAS: Beto!!!


Continua…

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