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Palavra de Honra

Capítulo 4 – Palavra de Honra

Palavra de Honra

CENA 1
Hugo já havia deixado à vida. As Multidões ao perceber o que acabaram de fazer se dão por satisfeitos. Dessa vez, a “justiça” teria sido feita com as próprias mãos do povo brasileiro.
Os policiais, ao avistarem o corpo de Hugo já falecido atracado ao chão, despacha todo aquele amontanhado de gente de lá.
POLICIAIS: Vão embora, cambada! Não era isso o que queriam, pois então, vocês conseguiram, agora sumam!!
Aos poucos todos iam se retirando. Logo, avistava-se o carro irreconhecível, e de certa forma temido para muitos policiais.

CENA 2
Os policiais tentavam disfarçar, mas era inevitável.
Do carro, sai Carmélia Lozano, a jornalista temida e até então, não fora capturada pela lei de censura e despachada como acontecia com muitos outros de sua profissão.
CARMÉLIA: Eu custei a acreditar…
Os policias permanecem quietos.
CARMÉLIA: – olhando para o corpo de Hugo – Pobre, Hugo… Tão injustiçado e maltratado e ainda inocente de tanta calamidade! – pausa – Isso não pdoe ficar assim.
Após, Carmélia se retira rapidamente.
POLICIAIS: O que você vai fazer?
CARMÉLIA: Adivinhem seus ‘monte de bosta’! Eu já me esgotei com tanta injustiça! Vou fazer o que tem de ser feito!
Policias ficam sem entender, e Carmélia pega seu carro e sai em alta velocidade.

CENA 3
Wulísses em sua mansão acompanhava Lívia até seu sofá.
LÍVIA: Obrigado pela atenção, Wulísses, mas não precisa se incomodar e pedir para o Alberico ir me buscar de tão longe…
WULÍSSES: Imagina Lívia… Você sabe que sempre é um prazer estar ao seu lado, e também, nenhum ser humano poderia lhe tratar com indiferença, ainda mais nesse momento tão difícil.
Antes que Lívia retornasse no diálogo, Wulísses aciona seu mordomo, Alberico.
WULÍSSES: Alberico, pegue um chá para Lívia, por favor.
ALBERICO: Ok, senhor.
Alberico se retira, e Wulísses aproveita para aproximar cada vez mais seu rosto com o de Lívia.
WULÍSSES: Lívia, você sabe/
LÍVIA: Por favor, Wulísses não continue. Você sabe que eu nunca vou conseguir esquecer o Hugo, meu amor, embora tudo isso que aconteceu, sempre será dele, então, por favor.
WULÍSSES: Eu sempre terei essa ciência. Mas o que eu te ofereço é muito mais do que um casamento… Eu te ofereço, uma vida feliz com tudo o que uma pessoa digna mereça… Para você e para sua filha! –percebendo que ela ouvia atentamente, continua- Pense bem, Lívia. Eu não vou suportar vê-la sofrer. E te prometo, seremos como bons amigos, a não ser que um dia você queria, não tocarei um só dedo em você!
Lívia dessa vez parecia mais convencida. Precisava defender uma vida melhor a sua filha, e toda vez que toava no assunto desse fruto que estaria por vir em poucos meses, ela rendia-se. Mas, quando ela ia responder, Alberico interrompe:
ALBERICO: Desculpe. Mas, senhor, tem alguém te esperando em seu escritório com urgência.
WULÍSSES: – resmungando- Quem seria uma hora dessas, Alberico!? Mande dispensar!
ALBERICO: Acho que é importante o senhor atender, senhor.
Wulísses, mesmo contra a vontade implora para Lívia o aguardar que em breve retornaria. Com o acordo, Wulísses segue em direção a sua sala.

CENA 4
Em seu escritório, Wulísses se surpreende com a pessoa que o aguardava.
WULÍSSES: Carmélia! O que está fazendo aqui, sua gorda estúpida?
CARMÉLIA: Pare com suas ofensinhas ao meu biótipo, e me ouça que não tenho muito tempo.
WULÍSSES: Como você teve a cara de pau de retornar aqui… Você deveria agradecer a Deus que esteja viva até hoje e/
CARMÉLIA: Cale a boca, seu imundo! Quem deveria estar morto é você e toda essa gague que vocês autodenominam de: “trabalhadores sociais”.
WULÍSSES: O que você quer, aqui?
CARMÉLIA: – em tom desafiador- Eu vim pedir que você dê um recadinho para toda essa sua gangue. – Wulísses espera ela continuar – Eu já estou esgotada! E eu sei, como vocês sabem que Hugo não teve nada haver com a morte da filha do Sérgio Alcântara!
WULÍSSES: Do que você esta falando, sua louca!? Aquele homem é um assassino perigoso! Ele teve o que mereceu!
CARMÉLIA: huuum… Então quer dizer que você já sabe que ele foi assassinado?
WULÍSSES: -desengonçado- Não, ele foi? … ér… Não sabia!
CARMÉLIA: Larga de ser sínico! – encarando o político – Eu não tenho provas concretas, mas em breve vou derrubar toda essa sua gangue maldita que insiste em “tapar os olhos da sociedade”, e eu vou botar a boca no trombone de tudo que sei!
Carmélia se retira e Wulísses estremece. Assim, realiza uma ligação misteriosa.

CENA 5
Wulísses volta para a sala onde Lívia o aguardava.
WULÍSSES: E então, Lívia desculpe a demora, eu…/
Lívia o interrompe e o beija rapidamente.
LÍVIA: Eu aceito! Eu aceito, Wulísses… Quero me casar com você.
Wulísses pego de surpresa demora em constatar que tudo era verdade, e então abre um enorme sorriso. Grande conquista.

CENA 6
Carmélia prega inúmeras madeiras em todas as portas e janelas de sua casa. Sabia que logo, logo alguns capangas da política iriam rendê-la. Estava tentando se prevenir ao máximo.
Pega de surpresa, a assustando, começa a arrombar a porta.
Ofegante, corre para seu quarto e esconde-se entre as roupas do guarda-roupa. Em vão, logo conseguiram arrombar tudo e capturar a jornalista que fala demais. Com um grito, Carmélia não ouve mais nada e muito menos vê, simplesmente é levada.

CENA 7
Depois de algumas horas, Carmélia acorda ainda com muita dor de cabeça. Custou a acreditar no que seus olhos permitiam e constatavam onde ela estava. Campo de concentração de Getúlio Vargas.
CARMÉLIA: – a si mesma ainda zonza- Não, não é possível… Eles vão me matar! – respira fundo olhando para os lados – Preciso fazer alguma coisa, eu preciso dar um jeito de mostrar toda a verdade para o povo brasileiro! Não posso permitira que eles vençam novamente.

CENA 8
Wulísses radiante, pede para Alberico iniciar imediatamente os preparativos do casamento com a mulher de sua vida.
Lívia, é claro tentava disfarçar alegria para seu novo esposo, afinal de contas seria ele quem iria dar um futuro a sua filha.
WULÍSSES: Você será muito feliz ao meu lado, meu amor.
Os dois se abraçam.

CENA 9
Carmélia estava com sérios hematomas, teria sido espancada muito, por isso passou por horas, inconsciente.

Carmélia começa a pedir preces a divindade para que ao menos surgisse uma luz que a desse uma chance de fazer algo para que pudesse ter a esperança de salvar seus objetivos. E assim ouve uma voz que vinha em sua direção.

VOZ INDETERMINADA: Carmélia! Você aqui em um Campo de concentração! Não acredito!

Carmélia ergue a cabeça e ao ver a imagem do indivíduo daquela voz, sente-se iluminada e sorri descomunalmente.

NO PRÓXIMO CAPÍTULO
Carmélia tem a chance de salvar-se do campo de concentração. Lívia recebe a notícia que Hugo foi morto. Os anos vão se passando. Carmélia consegue deixar uma bela de uma estratégia para que um dia seu objetivo de provar a inocência de Hugo seja alcançado. E, mais anos se passam e um novo indivíduo surgirá para atormentar a vida de Wulísses Borges.

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