Capítulo 37 – Salamandra
Salamandra
37° Capítulo
1° parte:
São Paulo, Externa, Plano Geral, Interna, Penitenciária Sant’ Ana, Pavilhão 3. Dia, Fundo Musical de: “Vampirical/Dark Music”.
A nova carcereira abre a sela de Roberta, esta se aproxima pergunta:
Roberta- O que houve porque abriu a minha sela?
Carcereira- A diretora Margareth o aguarda e pediu para que abrisse sua sela, preciso que me acompanhe! (Aquela velha agrade de ferro fazendo aquele barulho horrível, algemada Roberta acompanha a velha carcereira no enorme corredor onde as outras detentas dividem suas cúpulas, vira a esquerda logo sobe uma escada a porta da diretora então abre se, Margareth o aguarda sentada em sua poltrona).
Margareth- Sente-se! (Roberta senta se sob a tutela de dois guardas ao seu lado). …Obrigada Carcereira pode ir! (Logo se vai Câmera se Mexendo, Zoom In em Roberta, Zoom In em Margareth).
Margareth- Com base na sua pena que se estendeu por cvinte anos sob a custodia da lei, porém pega em flagrante no ato presumido e sendo coadora de desvios escusos onde por ventura costa nos autos das acusações latentes a ré, hoje Roberta! Considero este caso como encerrado, conforme mandam os desígnios das leis dos homens a ré Roberta Marques esta absolvida! (Super Close em Roberta).
Roberta- Diretora eu estou livre? É! É isso que eu entendi por isso estou aqui nesta sala agora? (Sorri confusa, Margareth segura nas mãos de Roberta).
Margareth- Sim! Você esta livre a partir de agora! Agora você começara uma nova vida a partir daquele portão para fora! Boa sorte…
Roberta- Não! Não acredito! Deus! Deus! Acabou! Acabou! Estou livre! Livre!
Margareth- Vamos sentir sua falta na biblioteca do presídio você cuidava daquela sala como se fosse sua casa, raramente aparecem pessoas intencionadas a querer mudar! (Roberta chora emocionada, ainda acompanhada por dois guardas chegam à secretaria logo uma mulher uniformizada pega uma caixa e abre).
Secretaria- Esta é sua caixa… (Esta abre a caixa empoeirada suas vestes do dia do crime, pulseiras, carteira e uma foto de Lucas pequeno esta logo pega a foto e olha emocionada).
Roberta- Filho!… Meu filho!… Estou livre agora! Quanta saudade, que saudade das suas risadas, que vontade de sentir aquele abraço carinhoso e gostoso que só você me dava quando acordava com aquela preguiça. (Roberta aperta a foto de Lucas contra o seu peito e logo beija a foto muito emocionada). …Amo-te muito!
Logo o silêncio de uma bela manhã com sol, sem Fundo Musical Roberta se despede da Penitenciaria onde conviveu durante vinte anos, e olha para o portão principal onde ela mesma se vê entrando algemada destruída em pânico, o Fundo Musical é o seu passado onde suas companheiras de sela gritam a sua chegada… Roberta fica perdida sem rumo Câmera Travelling gira em volta de nossa protagonista que olha com receio a sua despedida fazendo alguns flashbacks do seu passado as imagens se emaranham ao passado…
Externa, Plano Geral, Interna, Penitenciária Sant’ Ana, Pavilhão 3. Tarde/ Noite, Fundo Musical de: “Cartel Central/ Como Vai Mano”.
Roberta caminha num enorme corredor entre uma cúpula, muitos gritos das presidiárias e em Câmera Lenta, Fundo Musical de: “Alberto Rosenblit/ Pavor”, para em frente a uma sela obscura mal da para ver o que nela há, Josefa a carcereira abre o cadeado e o barulho das correntes assola toda a penitenciaria fazendo com que todas fiquem quietas esta então abre a grade.
Josefa- Entra! (Roberta hesita é empurrada por Josefa). Entra logo imbecil maldita! (Roberta se agarra ao portão de grades e chora e olha para traz eis que surge uma mulher com o cabelo bem curto com roupas masculinas uma negra que a olha e a cerca).
Roberta- Eu não matei ninguém, eu sou inocente!
Sapatona- Sapatona! É assim que você deve me chamar, sua vadia! Achou o quê? Que a aqui era tudo como um conto de fadas? Acorda vadia! Se você esta aqui é porque é uma assassina!
Roberta- Não! Eu não matei ninguém… (Sapatona da uma tapa na cara de Roberta que cai no chão, logo Sapatona agarra o cabelo de Roberta que puxa com muita raiva, cheira igual a um cão farejador).
Sapatona- Cabelo cheiroso heim! Cabelo de madame! Mas saiba minha cara que aqui os cabelos de uma detenta são iguais a uma esponja de lavar roupa, o que esta achando que vai ficar fazendo charme com este cabelo de Cinderela? Olha na minha cara, olha bem aqui sua putinha! Eu vou cortar seu cabelo vou deixar você careca, iguais àquelas bonecas com cara de câncer o que acha? (Roberta fica assustada enquanto Sapatona da varias gargalhadas).
Roberta- Mas porque você é agressiva?
Sapatona- Cala esta sua boca! (Grito agressivo)… Você foi escolhida para ficar na minha sela e vai ter que fazer tudo o que quero e se possível beber até a urina da minha privada se quiser continuar viva claro!
Roberta- O que? Esta me dizendo que vai me obrigar a beber a urina da privada? (Agressivamente Sapatona faz uma mata leão sobre Roberta fazendo esta refém em seus fortes braços).
Sapatona- Chegou aqui com esta cara de Santa e fica chorando o leite derramado na minha sela e acha que vou ficar bancando a psicóloga? Meu minha paciência tem limite Caramba! (Empurra Roberta no chão). …Sua cama é este ai no chão… O que? Achou que aqui os quartos são de luxo com suíte máster? Enganou-se vadia aqui se quiser ter luxo terá que passar por cima do meu cadáver. (Roberta deita ao chão frio e com pouca iluminação e chora ali deitada encolhida em sua primeira noite na Penitenciaria Sant’ Ana).
2° parte:
Imagens se desmancham e logo Roberta volta à realidade, esta gira como um carrossel sobre o pátio e surge risadas de Sapatona e Lena;
Roberta- (Off, voz de Lena)- Vai apodrecer sua vadia o que achou? Que aqui iria encontrar amiga, ou um palácio? Anda logo nesta fila sua imprestável… Vaca! (Logo outras vozes assola um medo em Roberta e dentre elas a de Sapatona).
Roberta- (Off, voz de Sapatona)- Anda logo com isso imprestável! Eu já disse que é pra lavar a privada… Vai! Vai beber essa maldita urina agora Caramba! Ou eu vou te socar essa boca de madame! Agora vai!
Roberta- (Off) Não por favor! Por favor! Eu lavo, mas não me bata mais! Não me bata mais, eu imploro!… (“Voltando à realidade”, Roberta chora angustiada enquanto as outras detentas o a olha, se assusta, pois um dos guardas o a chama).
Guarda- Senhora tem que prosseguir! (Roberta então prossegue em Câmera Lenta algemada sob a tutela de dois guardas logo param em frente o gigantesco portão de ferro meio envelhecido pelo tempo as trancas de ferro são puxadas e abre se o portão).
Roberta (OFF), Naquele momento enquanto aquele portão se abria sentia que nascia novamente, uma nova mulher e que naquele momento não acreditava que estava terminando tudo aquilo que passei… (Sob seus pensamentos Roberta olha para traz e vê pouco a pouco a Penitenciaria ficando distante, Câmera se Mexendo, Câmera vem Focando de encontro a nossa protagonista ao Fundo Musical de; “Magie D amour (Magic of Love)/ Jean Pierre Posit”).
…Os portões estão se abrindo Deus! Deus como este dia demorou! Eu! Eu estou livre! Livre por um crime que eu não cometi! (As algemas são libertas de suas mãos fragilizadas).
Guarda- A senhora esta livre dona Roberta Marques!
Roberta- Eu estou livre?! Eu posso correr?… Eu?! Santo Deus eu estou sonhando senhor guarda? Eu posso sair mesmo? (Esta ri desconfortada, o guarda ri também).
Guarda- Sim pode sair esta livre! (Logo Roberta sai da Penitenciaria e olha o dia tão bonito, olha os carros na marginal esta olha para o céu e sem vergonha alguma tão humilde e tão sofrida, cai de joelhos, muito emocionada, chora chamando a atenção de muitos que por ali na “Avenida Gal. Ataliba Leonel”, passam).
Roberta- Obrigada meu Deus! Obrigada! Tudo acabou! Acabou! Eu! Eu! Obrigada! Você não, nunca me abandonou… (Roberta grita)… EU ESTOU LIVRE!!!… LIVRE!!!… LIVREEEEEEEE!!!!… (Câmera se Mexendo vai se distanciando de nossa protagonista que fica de joelhos e abraça o chão, logo entra em cena o Padre Ottero e Alana que abraça Roberta no chão). Corta Para:
Mansão Pellegrini, Externa, Manhã Fundo Musical de: “Hieroglyphics/ James Newton Howard”, Plano Geral.
Annetta entra na sala de Cesar;
Cesar- E Lucas Tia? Não o vi no café da manhã.
Annetta- Cesar ele saiu logo pela manhã. (Indiferente).
Cesar- Tia! Tia o que há? Esta estranha?
Annetta- Cesar! Francamente! Depois daquela cena onde os vejo aos beijos nesta sala… (Annetta abre a cortina e logo uma forte luz invade o escritório). …Com a sobrinha da Angelina francamente chegamos a decadência?
Cesar- Tia, mas eu cansei de ser infeliz eu estou amando Hélida.
Annetta- Cesar! Por Deus! Você? Você amando? Você sempre se enganou quanto as suas namoradas e no final sempre estávamos eu e Carmela ali peregrinando, porque eram aproveitadoras meu filho!
Cesar- Tia!… Hélida é diferente ela é dócil e frágil é carente e…
Annetta- Chega Cesar! Quando conheceu a outra você pensava igual e o que restou? Convivemos com uma assassina! (Annetta abraça Cesar onde este sentado na poltrona). … Se eu e Carmela agimos assim é porque nos preocupamos com você meu querido, e porque sabemos que todas estas mulheres sem vida que se aproxima de você nada mais quer que seu dinheiro e é isso que acontece Cesar! Esta Hélida, não sei não viu! Este jeito dela muito próxima colada… Mas em fim você já vai para CTA?
Cesar- Sim tia, mas antes quero falar com uma pessoa!
Annetta- Agatha?! (Corta Para);
Quarto de Agatha, Interna.
Câmera Detalhe na maçaneta da porta que abre, Cesar entra no quarto, Agatha dorme como um anjo senta na sua cama, logo esta corda se despreguiça e se assusta ao ver seu pai:
Agatha- Há é você?! (Aborrecida).
Cesar- Filha sobre ontem é…
Agatha- Não precisa falar sobre ontem papai todos já entenderam o recado! Todos mas é difícil aceitar esta traição!
Cesar- Filha você esta agindo assim como uma criança!
Agatha- Agora ajo como uma criança?… Sabe? Eu não entendo vocês uma hora trata a gente como adulta outra hora nos trata como criança, mas esquece de que a menina aqui cresceu e eu e meus irmãos não aceitamos este namoro, você esta traindo a memória de nossa mãe… (Agatha chora).
Cesar- Filha, mas eu preciso ser feliz, vocês que dizem em me amar, mas esta é a forma de expressar o amor de não querer que eu seja feliz também? Poxa! Vocês namoram ficam e eu? Os meus sentimentos não contam? Perdoem-me se fui leviano em beijar Hélida no escritório, Lucas esta com ódio de mim, mas eu os amo acima de qualquer coisa apenas gostaria que entendessem que quero ser feliz apenas isso! (Cesar levanta-se decepcionado, caminha até a porta abre).
Agatha- Vai para CTA e nem vai me dar um beijo de bom dia? (Cesar sorri e logo corre para os braços de sua filha). … Papai, queremos o seu bem, mas ainda não consigo aceitar esta mulher a presença da mamãe é muito forte em nossas vidas, mas você está perdoado seu danado! (Risos).
Cesar- Filha te amo com todas suas loucuras sabia? Não sei quem você puxou, mas é louca mesmo viu! Vamos tomar café com seu pai, vamos levanta o dia está lindo lá fora.
Agatha- Me deu vontade de tomar banho de piscina! Corta Para:
Externo, Centro de Gramado, Plano Geral, Dia, Fundo Musical de: Meu Mundo é o Barro/ O Rappa, “Fade dos Pontos Turísticos da cidade”.
João Victor então tranzita de bicicleta por entre os pontos mais movimentados da cidade em busca de emprego, sem sorte escuta ou sempre o balançar das cabeças que não nega;
Lojista- Não há vagas! Se você estivesse chegado dez minutos antes tinha ocupado a vaga daquele moço logo ali!
Atendente- As vagas já foram supridas! Se quiser deixar um currículo, boa sorte! (Logo pega sua bicicleta e prossegue seu caminho).
Jornaleiro- Esta tendo inscrição para a Prefeitura de Gramado, com varias vagas se quiser se escrever cinquenta reais!
João Victor- E meu amigo de cinquenta reais anda eu sabia?! ( Novamente prossegue sua viagem no sol escaldante de Gramado, para em frente a uma funerária).
Vendedor- Então! As vagas já foram completas, mas tem duas vagas para vender plano funerário! Tu aceita?
João Victor- (Sorri debochando) Tu ta és louco de ter de cuidar de mortos e depois vender planos funerários, to fora!
Hoteleira- Então o último guri que limpou os vidros da loja ele caiu do oitavo andar, mas foi um descuido dele, pois a madeira onde ele estava literalmente molhado, Che! (João Victor olha para cima e logo engole a saliva a seco, logo se vai alguns metros dali para em frente à Rua Coberta onde acontecem os maiores festivais de finais de ano, resolve seguir na rua, porem muito movimentada a sua direita um “Festival de A Parada do Conde Guloseima”, logo se sente perdido em Plano Geral olha de um lado para o outro, muitos turistas e povoados local impedem este de atravessar a esquerda com muito esforço consegue sair seguindo reto na mesma avenida e atravessa a terceira quadra na Rua Coberta, mas algo chama atenção de João Victor e entra numa Floricultura Úrsula, talvez não tenha reparado nas plantas, nas suas formas e tamanhos e cores também, Câmera Percorre por entre as flores logo adiante um senhor japonês que as cuida, observa suas mãos cortando as rosas à leveza de suas mãos que as pegam e logo coloca num vaso com água com açúcar);
João Victor- Com Licença! Ola?
Florista japonês- Sim! O que deseja?
João Victor- Vocês têm vagas? Vagas de trabalho? Para trabalhar aqui?
Florista Japonês- Sim! Temos-nos vaga sim!
João Victor- E como funciona? Nunca trabalhei assim…
Florista- A vaga é o seguinte você precisa cuidar das plantas como se fosse algo de muita importância em sua vida! Como se fosse uma pessoa se despedindo e você cheio de esperança ainda a cuida em seu leito de morte! (Câmera vai se distanciando da Floricultura Úrsula enquanto João Victor vai se envolvendo na vaga olhando atentamente enquanto o Florista explica, Corta Para):
3° parte:
Igreja Matriz Arcanjo Gabriel, Dia, Externa/ Interna, Fundo Musical de: “View from Within/ Adam Hurst”.
Roberta sai de dentro do carro, logo sai Alana e o Padre Ottero;
Roberta fecha os olhos e respira o ar logo os três entram na igreja;
Roberta- Pode parecer tolice da minha parte, mas Manolo se atreveu em ir me visitar um dia ele veio me trazer esta medalha.
Padre Ottero- Mas esta é Nossa Senhora da Medalha Milagrosa! Santo Deus!… (Padre Ottero se aproxima perto do pescoço de Roberta onde se encontra a medalha este toca na e faz o sinal da cruz).
Roberta- Logo após seu retorno de São Paulo, dei a Manolo esta medalha para protege lo e confortá-lo, diante disso ele me levou a de volta disse que este momento seria eu a pessoa a precisar da medalha, talvez muitos nem desconfie, mas Manolo se mostrou meu amigo, assim como Cida ambos faziam visitas sem que a família soubesse…
Padre Ottero- E então o que vai fazer daqui em diante? Quero que saiba que aqui será seu lar ate que tudo se normalize em sua vida.
Roberta- Obrigada Padre, quero reconquistar minha vida, quero não só isso… (Super Close em Roberta de frente para a Câmera, Fundo Musical de: “Murder Scary Song/ Bernard Herrmann em 5:34 segundos da trilha sonora). …Quero fazer o culpado pagar por tudo que passei naquela Penitenciaria, eu quero fazer todos sentirem na pele cada tapa! Cada surra! Eu quero muito mais do que isso! Eu quero ver esta Família ao pó! (Roberta assopra assustadoramente o pó que repousa em suas mãos em Câmera Lenta, Padre Ottero fica atônito, é medo é preocupação com a atitude fria de Roberta).
(Encerramento com a música Internacional de Carmela e Romano por: “What I Miss About You/ Katie Melua”).
EBA, começa enfim a trajetória de Roberta em busca do verdadeiro culpado.
Só espero que ela mantenha a cabeça fria e não cometa excessos como Noronha em “Filho Amado”. Espero que ela execute sua vingança como Marimar, hehehe, vingativa mas sem perder a classe.
Tudo nos indica que ela vai terminar o serviço da Lúcia, hahaha!