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Filho Amado

Capítulo 37 – Filho Amado

Filho Amado.

 

Capítulo 37.

 


 

Betânia atira…Mas não há nenhuma bala na arma.

 

Belarmino pega a arma: Eu tirei as balas, querida, sou mais esperto do que você pensa-Ele a empurra pra fora do quarto- Agora vá assistir tv ou tricotar e me deixe em paz, só não vá sair querida, ah, esqueci que você não pode- Ele mostra as chaves e fecha a porta.

 

Betânia, inconformada: Desgraçado! Eu tenho que sair daqui!

 

Casa de Éssio…

 

Anna, horrorizada: Como assim você matou o Zézão?

 

Éssio, ofegante: Mãe, eu estava bêbado, agi por impulso foi isso que aconteceu, e de alguma forma o Josué está me ameaçando, agora dei dinheiro pra calar a boca dele, mas na festa ele jurava que tinha provas contra mim, pensei em mata-lo e…Acabei matando o Figaro por engano!

 

Anna, perplexa: Éssio, como você pode? Se alguém descobrir isso sua candidatura vai ser caçada, seu sonho de ser vice prefeito vai acabar!Por quê você fez isso?

 

Éssio, chorando: Impulso, pressão, foi tudo muito de repente e ainda me sinto muito culpado, eu não sou um assassino e você sabe disso, não é?

 

Anna o acaricia: Eu te entendo filho, mas vamos manter esse assunto longe do seu pai, só entre nós, eu te amo e jamais vou deixar ninguém te acusar, você é inocente, só cometeu um errinho-Ela o beija.

 

Casa nova de Noronha…

 

Noronha, curioso: Jamais iria imaginar que papai teve outra mulher, eu sabia que tinha caroço nesse angu, detetive, continue investigando e tentando descobrir o máximo que puder, depois de concluirmos essa investigação você passará pra outra, a da morte de Chico Branco!

 

Jasmine entra no quarto: Noronha, preciso falar com você.

 

Noronha: Tenho que ir na prefeitura, até mais detetive- Ele fecha a porta do quarto- Depois conversamos, Jasmine, tenho que tomar banho e…

 

Jasmine, impaciente: Depois nada, vamos conversar agora, as coisas não podem ser só no seu tempo! Eu preciso falar que vou embora daqui! Estava só esperando o enterro do tio Figaro!

 

Noronha tenta não olhar para a esposa: Se você prefere assim, tudo bem, só não leve nenhum dos meus perfumes franceses, e nada que me pertence, ou eu mando te caçarem.

 

Jasmine, indignada: Então assim acaba o nosso casamento?

 

Noronha: É assim que você quer, pode ir com a sua tia, mas o Caio fica.

 

Jasmine: O Caio é somente meu filho, você não vive esfregando isso na minha cara? Pois eu vou leva-lo!

 

Noronha a segura pelo braço: Nem tente, ou eu abro um processo e suborno loucamente o juiz pra conseguir a guarda do garoto, eu falsifico quantos exames de DNA forem preciso, eu sei que o Caio não é meu filho, ele nem é fruto de amor, é fruto de uma noite de sexo sujo que você fez com aquele senador pra dar o golpe da barriga nele, e conseguiu com  a minha ajuda, lembrada?

 

Jasmine começa a chorar: Sem o Caio eu não vou!

 

Noronha: Então não vá, fique comigo Jasmine, é o melhor pra você, eu te garanto- Ele entra no banheiro.

 

Jasmine fica chorando na cama: Ele está usando o Caio pra tentar me prender aqui, mas não será assim pra sempre!

 

Prefeitura…

 

Bravejo: Sinto muito não poder ter ido na festa e nem no enterro, mas eu tinha compromissos na capital!

 

Noronha, feliz: Não tem problemas, foi uma fatalidade com o pobre Figaro que já está sendo investigada pela policia daqui. Vamos falar de coisas boas, temos que começar a pensar na nossa campanha!

 

Bravejo, contente: Já tenho tudo planejado, faltam dois meses pras eleições, mas eu vou fazer nesses dois meses tudo o que não fiz em todos os meus mandatos! A começar com as iluminações, e a construção do poupa-tempo, o asfaltamento de todas as ruas.

 

Noronha: Eu banco tudo isso, tudo!- E pensa pra si mesmo- Tudo pra derrotar o Éssio.

 

Bruno e Helder chegam.

 

Noronha: E eles dois vão nos ajudar, não é mesmo?

 

Helder, contente: Sim faço tudo pra sua vitória Coronel Bravejo!

 

Bravejo: Você não era o dono da fábrica de sabão que explodiu há uns anos atrás?

 

Helder sorri: Eu mesmo, mas vamos esquecer o passado, a partir de agora eu sou o  seu ajudante!

 

Mansão de José do Gado…

 

Aurora pega sua bolsa no quarto, quando Marinez chega.

 

Marinez, feliz: Que bom te ver de volta a vida de novo, você deve esquecer essa história com o Clécio e tentar seguir o seu caminho!

 

Aurora: É isso que vou fazer, inclusive aquele projeto da ONG que eu estava desenvolvendo com a minha amiga vai ser reativado, vou falar com ela agora, é a Regina, ela trabalha na pré escola!

 

Marinez, feliz: Ótimo, filha! Te apoio totalmente nisso!

 

Aurora: Então eu vou indo…

 

Lavoura…A noitinha…

 

Bento conversa com um lavoureiro.

 

Bento entrega um papel: Aqui está o relatório desse trimestre, Moreira, só vim aqui pra te entregar isso, vou voltar pra casa agora- Ele vai saindo quando é interrompido.

 

Josué chega, com uma roupa toda elegante: Eu vou contigo, Bento, já troquei de roupa e estou indo pra balada!

 

Bento dá uma fraca risada: Vida de solteiro é assim mesmo, aproveita- Ele analisa o lavoureiro- Que roupas são essas? Comprou com o salário que recebe aqui?

 

Josué, irônico: Bento, Bento, como sou seu amigo te darei um conselho, é bom ficar atento em quem nos cerca, podem parecer mais perigosos do que parecem- Ele sai andando.

 

Bento fica atiçado: O que você quer dizer com isso?

 

Josué, já longe, acena: Boa noite, Bento!

 

Quarto do detetive Américo/ Casa de Noronha.

 

Américo analisa fotos: Durante apresentação do musical As Quatro Estações, a casa onde a orquestra tocava pegou fogo misteriosamente, entre os feridos estavam a dupla de violinistas, Benedito Dávila e Belarmino Prestes-Ele pega sua lupa- Eu conheço esses dois- Ele analisa a foto-Bingo!

 

Lá embaixo, Josélia bebe vinho sozinha na sala…

 

Josélia olha para um porta retrato: Figaro, você ia gostar tanto dessa casa,e principalmente da piscina, é uma pena mesmo…

 

Caio chega: Tudo bem, titia Groselha?

 

Josélia não responde nada, está melancólica.

 

Caio se aproxima dela: Eu queria te falar uma coisa, queria te pedir pra senhora não ficar triste, o tio Figaro tá lá no céu olhando por todos nós, e provavelmente rindo porque ele adorava rir, e ele ia gostar que você estivesse rindo também. Não fica com esse baixo astral!- Ele a abraça.

 

Os olhos de Josélia se enchem de água: Obrigado Caio, nunca pensei que um abraço seu fosse me consolar desse jeito, era tudo o que eu precisava-Ela dá um beijo em sua testa- Sei que as vezes sou meio chata contigo, mas gosto muito de você também – Ela o abraça.

 

Caio: Eu vou dormir com você, e te fazer companhia- Ele alisa os cabelos da tia.

 

Prefeitura…

 

Bravejo acende um cigarro: Então é isso, na reunião de amanhã vamos discutir um pouco mais sobre o tema principal da campanha esse ano, estão todos liberados…

 

Noronha se levanta: Eu vou dar uma circulada pelo bairro, comprei um carro que chega hoje, eles entregam lá no posto de gasolina, e preciso espera-lo, está previsto pra chegar as oito- Ele ajeita seu terno- Bom resto de noite a todos!

 

Bruno corre com ele: Espere amigo, eu vou com você.

 

Nas ruas do centro…

 

Noronha, rindo: Eu me lembro que sempre andávamos por aqui pra comprar sorvete na sorveteria da esquina, naquela época era tudo muito tranquilo e seguro…

 

Bruno, melancólico: Nós nunca nos desgrudávamos, você até hoje é um dos meus únicos amigos, Noronha, quando a policia chegou naquela igreja e te acusou de assassinato eu fiquei chocado… Inclusive fui preso como seu cúmplice.

 

Noronha: Você não acha que fui eu, certo?

 

Bruno jura: Nunca. Você podia até ter descontroles naquela época, mas sei que jamais seria capaz de cometer assassinato nenhum!

 

Noronha para de andar: Obrigado pela confiança, Bruno, já que você vai ser meu ajudante nessas eleições eu pretendo te pedir uns favores, todos com retribuição, claro.

 

Bruno: Farei tudo, afinal sou seu contratado, Noronha, digo, chefe.

 

Noronha, feliz: Pra você apenas Noronha- Ele tira algo da carteira- Agora vá na sorveteria e pegue dois picolés, o meu sabor você ainda lembra?

 

Bruno pega o dinheiro: Limão!- Ele entra na sorveteria…

 

Na porta da pré-escola.

 

Regina e Aurora conversam.

 

Regina boceja: Então amanhã conversaremos sobre nosso projeto, pode vir as três da tarde, no horário do recreio dos meninos- Ela dá dois beijos na bochecha da amiga- Tchau, amiga, e cuidado, não é bom ficar andando sozinha pela noite.

 

Aurora: Eu já liguei pro meu pai vir me buscar, Rê, vou só na sorveteria antes- Ela sai andando.

 

Ao chegar na esquina da sorveteria, Aurora é surpreendida.

 

Clécio a pega pelo braço: Precisamos conversar, e muito seriamente, você não ache que engoli todas as suas acusações! Vamos para a minha casa, que é aquela ali!

 

Aurora se recusa: Me larga, não quero mais saber de você, seu nojento!-Ela cospe nele.

 

Clécio dá um tapa em Aurora, que acaba caindo no chão: Não repita isso, eu não permito.

 

De repente Noronha chega: O que significa isso daqui?

 

Aurora se levanta, toda descabelada, e vai pra perto dele: Me ajuda, Noronha, por favor.

 


 

Termina o capítulo 37.

Victor Morais

Escrevi as webs novelas Beira-Mar e Filho Amado que foram publicadas no portal. Atualmente escrevo " Ser Humano", que se passa nos anos 80 e trata da relação complicada entre mãe e filha. Drama, emoções, cotidiano, conflitos familiares...Esse é o meu estilo.

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