CENA 1. RIO DE JANEIRO/ PETRÓPOLIS – EMPRESA DAN QUADROS/TARDE
ANDERSON Como assim quase atropelada?! Quem faria isso.
VALENTINA Alguém que tem ódio, inveja de mim. Foi por pouco, o carro veio em uma velocidade, você tinha que ver. Chegou machucar um velho que estava passando.
ANDERSON Credo, Valentina. Velho?! – ele gargalha.
VALENTINA Ah, olho o defensor, um idoso! – ela debocha. – Eu vou descobri quem fez isso comigo, ah vou, e essa pessoa que me aguarde!
Valentina se senta na mesa, pensativa.
Paralelo a isso…
CENA 2. RIO DE JANEIRO/ PETRÓPOLIS – APT. DO GABRIEL/TARDE
Gabriel e Rafaela entram em casa rindo.
GABRIEL Você é doida. Podia ter matado alguém, o idoso chegou a se machucar coitado. Deu sorte que ninguém anotou a placa do carro, e que lá não tem câmera de segurança.
RAFAELA Deveria ter acelerado com mais força, ela deu muita sorte que o carro estava longe e ela conseguiu fugir. Essa vaca ainda me paga.
GABRIEL Eu não conhecia esse seu lado violenta. Você já não pode nem mais sair sozinha de casa. – ele sorri.
RAFAELA Capaz, capaz! – ela gargalha. – Se eu encontro essa idiota na rua, eu acabo com ela. A minha mão ainda coça para dar nela uma bela surra, e isso ainda vai acontecer, anota!
Gabriel senta no sofá, rindo.
CENA 3. RIO DE JANEIRO/ PETRÓPOLIS – EMPRESA DAN QUADROS/TARDE
EDU É isso mesmo que você ouviu, eu descobri onde nosso filho mora. Alice, eu encontrei o nosso filho.
ALICE Edu você está ficando maluco, o menino foi ROUBADO! Você vê qualquer um com olhos azuis e já vai achando que é teu filho? Ah, Edu, poupe-me.
EDU Alice, eu estou falando sério. Eu reencontrei o nosso filho.
ALICE Edu, você está ficando maluco. Primeiro foi a história da Rebeca, agora é essa?
EDU A Rebeca é outra, você sabe muito bem que a Rebeca é minha filha, mas você engana, engana por que tem medo. Sempre teve, tanto que disse que a Rebeca era filha do Enzo.
ALICE Você não esse direito, eu sei quem é e quem não é o pai da Rebeca, então por favor, sai daqui.
EDU Tudo bem, eu vou. Só que eu não vou desistir tão fácil, eu vou trazer O NOSSO filho até você, e você verá! – ele sai, furioso.
Alice entra para a empresa e vai de cabeça erguida.
CENA 4. RIO DE JANEIRO/ JACARÉPAGUÁ – CASA DA MADALENA/TARDE
Madalena bate na porta do quarto de Lukas, ele está deitado na cama.
MADALENA Lukas, posso entrar?
LUKAS Entra. – fala, grosseiramente.
Ela entra e se senta na cama, ao lado de Lukas.
MADALENA Eu sei que eu peguei pesado com você, eu quero te pedir desculpas. É que é tudo muito novo para mim, e eu ainda não me acostumei com a ideia de você encontrar teu pai.
LUKAS Tudo bem, eu acho até que você tinha razão. Eu estou ansioso, com medo. Eu não conheci o pai, a mãe dizia que o pai morreu quando eu tinha meses, e agora depois dessa confusão, reencontrar meu verdadeiro pai, é normal.
MADALENA Tudo o que eu faço é para te proteger. Eu quero que você vá em busca mesmo da sua felicidade, você tá certo. Me perdoa! – fala, alisando o rosto de Lukas.
Eles se abraçam e ela beija o rosto dele.
MADALENA Eu te amo muito, irmão. – ela sussurra.
CENA 5. RIO DE JANEIRO/ CENTRO DO RIO – DELEGACIA/TARDE
Carla pede para conversar com Diego.
CARLA Dá licença, posso entrar? – pergunta, batendo na porta.
DIEGO Claro, entre. – fala. – Você, quem é? – pergunta.
CARLA Carla. Eu sou uma médica, eu me desloquei de bem longe até aqui para fazer uma denúncia.
DIEGO Claro, senta-se. – fala. – E a denúncia é sobre quem? – pergunta, guardando uns papéis.
CARLA Valentina Fernandes de Farias. Uma assassina que está solta. – ela sorri, se sentando.
Diego ergue a cabeça na hora e fica boquiaberto.
CENA 6. RIO DE JANEIRO/ PETRÓPOLIS – CASA DO ENZO/TARDE
DANIEL É isso mesmo! Sempre foi fraca, nojenta, fracassada, burro foi eu de não t/ – ele é interrompido por um tapa na cara.
REBECA Some dessa casa, seu nojento. SOME! – ela grita, estapeando Daniel, que a segura pelos braços. – Você está me machucando, eu vou gritar. ME SOLTA, SOCORRO!
Daniel a joga na parede, com toda a força.
DANIEL Eu vou mesmo não aguentava mais você, foi fracassada, não me deu um filho. Terei que procurar outra milionária para enganar.
Rebeca cospe na cara de Daniel, que fica furioso. Ele corre e a segura pelo pescoço.
REBECA Eu tenho nojo de você! Vai aperta mais, me mata, seu assassino! – ela fala sem ar. Daniel à solta. – SOME DESSA CASA, SOME!
DANIEL Eu vou mesmo, só vou arrumar minhas coisas.
REBECA Arruma rápido, não quero te ver nem mais um minuto na minha casa. ANDA!
Alguns minutos depois… Na sala…
REBECA FORA! AGORA! ANDA, FORA! – ela grita, tacando um jarro na porta, por onde Daniel passa.
DANIEL Isso não vai ficar assim, não vai! Sua burra! – ele sai rindo.
ALINE É parece, que só tem acontecido grandes coisas ultimamente. A bruxa está solta! Rebeca, adorei sua atitude, corajosa. – ela sorri.
REBECA Não ferra, Aline!
CENA 7. RIO DE JANEIRO/ CENTRO DO RIO – DELEGACIA/TARDE
Carla está sentada, ela já contou parte da história.
DIEGO E o porquê você está fazendo isso? Não é sua amiga de trabalho? – pergunta, desconfiado.
CARLA Nunca foi. Ela cansou de cometer erros lá e sempre quem se ferrava era eu, agora que descobriram o que ela aprontou, eu resolvi colocar a boca no trombone. Eu quero ver essa idiota na cadeia, no xilindró.
DIEGO Então já pode começar. – fala, sorrindo.
CARLA Ela matou o nosso amigo de trabalho, Sandro. Eu vou te contar como foi. Anota cada detalhe, ele será útil!
FLASHBACK – 2014 – HOSPITAL DAS AMÉRICAS
Valentina está com uma faca apontada para Sandro, de longe Carla vê tudo.
VALENTINA Você sabe que foi eu que matei o Jorge naquela cirurgia e agora você quer me entregar. Confessa!
SANDRO Valentina, vamos conversar, eu sei que o Jorge não morreu por acaso, alguém tinha o matado. Mas eu juro que não vou contar nada, eu juro! – ele diz, trémulo.
VALENTINA Tarde demais. Adeus, Sandrinho! – ela diz, sorrindo.
Ela enfia a faca na barriga de Sandro, que cai no chão, morto.
VOLTA A CENA
CARLA Essa mulher é muito perigosa. Vocês não têm ideia. Só eu sei o que ela aprontou naquele hospital.
DIEGO Temos sim. Muito obrigado pelo seu depoimento, foi bem útil. Alguém do hospital tem essas imagens?
CARLA Eu apaguei do sistema, mas tenho a cópia em casa, eu posso entregar para vocês. Eu não quero que ninguém fique sabendo, apenas a polícia. Ela tinha amigos no hospital, podem contar para ela.
DIEGO Você foi muito esperta. Eu preciso dessas cópias o quanto antes.
CARLA Tudo bem. Eu preciso ir, ainda tenho plantão hoje, até mais!
DIEGO Até. – fala, sorrindo.
Carla se levanta e vai embora.
DIEGO É Valentina, parece que dessa vez você se encrencou de vez. Mas isso não é o suficiente, mesmo com esse vídeo ela pode ser solta pela fiança, o vídeo precisa chegar na justiça antes. Até lá ela arruma um trouxa que pague sua fiança e some do país!
Ele se senta, pensativo. Marcone entra na sala de Diego.
Marcone entra na sala de Diego.
MARCONE Eu vi que estava com visita e nem deu tempo de te perguntar. Desistiu de investigar a empresa do Enzo? Não chamou mais a Alice, aqui.
DIEGO Marcone eu não quero mais saber dessa investigação. Eu estou apaixonado pela Alice, nesses últimos dias que eu tive com ela, eu me apaixonei.
MARCONE Como Você tá doido? Um café em um restaurante, um almoço e uma janta e já está assim?
DIEGO Apaixonado? Sim, estou! Marcone, eu não quero saber disso. Eu quero focar na outra investigação.
MARCONE Você está louco? Essa gente é perigosa. – fala, colocando a mão na cabeça.
DIEGO Eu gosto de uma adrenalina. – ele sorri.
Marcone senta na cadeira bufando e com a mão na cabeça.
MARCONE E a operação da Valentina? Não seria hoje?
DIEGO Surgiu novas pistas, decidi adiar.
MARCONE Posso saber quais são?
DIEGO Eu vou te contar.
Diego conta todos os depoimentos que conseguiu.
CENA 8. RIO DE JANEIRO/ PETRÓPOLIS – CASA DO ENZO/TARDE
Rebeca passa pelo corredor da casa.
REBECA Achou que eu estava mal ainda? Se enganou meu bem. – fala, rindo.
CAROLINA Falando sozinha, querida?! Nossa, eu vi a sua briga com o Daniel, quanto confusão, hein! – ela provoca.
REBECA Carolina você não me provoca ou eu não respondo por mim!
CAROLINA Relaxa, Becca, somos apenas amigas. – ela gargalha, entrando no quarto.
Rebeca continua caminhando e entra no quarto.
Algumas horas depois…
CENA 9. RIO DE JANEIRO/ PETRÓPOLIS – APT. DO GABRIEL/NOITE
Gabriel e Rafaela estão sentados no sofá.
RAFAELA Eu devo estar sendo um incomodo para você, né? Eu vou arrumar um apart-hotel até o final de semana, prometo! – ela sorri.
GABRIEL Não precisa! Fique aqui o tempo que for preciso, eu gosto da sua companhia, você foi a única que apoiou minha decisão de fugir daquele lugar.
RAFAELA Que bom. – ela sorri. – Eu só vou ficar um tempo aqui, até acertar essas coisas da Valentina e depois eu vou embora de você.
GABRIEL Que isso, você sempre foi muito especial. – ele se ajeita e fica de frente para Rafaela. – Não precisa ir, fica!
RAFAELA Já que você insiste, eu não quero caus/
Gabriel a puxa e lhe dá um beijo.
Foca nos dois, que estão se beijando apaixonadamente.
O que é necessário para Ser Humano? Quais são as atitudes que devemos tomar em situações difíceis sem que possamos ferir ou machucar alguém? Será que Ser Humano é ser cruel? Ou é errar, acertar, errar tentando acertar...Afinal, o que é ser humano? Dia 23 de fevereiro, às 20hrs, estréia a web-novela SER HUMANO.
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