Capítulo 32 – Menina Flor
Capítulo 32
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Melissa: Thomaz, você realmente tá interessado na porca da Malu?
Thomaz: Olha, eu admito que eu tô sim de olho nela, mas e daí?
Melissa: Pois eu tenho um plano pra que você consiga o que quer dela, conquistá-la e o Miguel se afastem.
Fernanda: Então diz logo!
Melissa: Eu quero que você sequestre a Malu!
Thomaz: O que?
Melissa: Exatamente!
Fernanda: Sequestro Melissa? Mas isso é um crime.
Melissa: Vocês vão me ouvir ou não?
Fernanda: Então fala.
Melissa: Thomaz, você sequestra a Malu e leva para uma casa isolada no meio da floresta, é velha e caindo aos pedaços, ninguém sabe onde fica. Você fica de máscara e disfarça a sua voz quando falar com ela. Você pede muito dinheiro em resgate.
Thomaz: Mas a família dela é pobre, eles não têm dinheiro pra pagar.
Melissa: Mas o Miguel tem e ele pode pagar.
Fernanda: E nós vamos ficar com o dinheiro?
Melissa: Lógico que não! Aí um dia você vai vendar os olhos dela e dizer que alguém está chegando. Aí você faz os dois papéis, faz o sequestrador e finge que está brigando com ele.
Thomaz: Como assim?
Melissa: Você se bate, se joga na parede pra parecer que estão brigando. Depois disso, você diz que o bandido fugiu e a salva como um herói, daí pra frente ela vai te admirar e ter uma dívida tão grande com você que vai ser obrigada a te aceitar.
Fernanda: É um bom plano, mas e se não der certo?
Melissa: Vai dar certo se fizermos direito. E como brinde Thomaz, você pode aproveitar que vocês estão lá sozinhos e ter a Malu só sua.
Thomaz: Quer dizer abusar dela?
Melissa: Por que não? Ela nunca vai saber que era você. Então, aceitam?
Thomaz e Fernanda, juntos: Aceitamos!
Lar Coração de Mãe. Sala. Lurdes está varrendo a sala quando para e tem uma lembrança.
FLASHBACK.
Noite em que Miguel foi expulso de casa. Quarto de Lurdes.
Lurdes repara em uma mancha na barriga de Miguel, abaixo do peitoral e acima do umbigo.
Lurdes: Você ainda tem essa marca?
Miguel: Que marca?
Lurdes: Essa aí na barriga.
Miguel: Ah, é tenho sim, não importa quantos banhos eu tome ela nunca sai, acho que deve ser de nascença.
Lurdes: Ou de família.
Noite seguinte. Quarto de Pedro.
Lurdes se ajoelha na frente de Pedro.
Lurdes: Vamos ver se você está ou não muito sujo, vamos ver essa barriguinha.
Lurdes levanta a camisa de Pedro e repara uma marca na barriga dele.
Lurdes: Essa marca?
Pedro: O que foi tia Lurdes?
Lurdes: Essa marca aqui Pedrinho, você sempre teve?
Pedro: Ah sim, sempre, eu juro que não é sujeira.
Volta ao presente.
Lurdes: Será que há algum parentesco entre essas manchas?
Fazenda Aguiar Cordeiro. Horas mais tarde. Amanda chega à fazenda.
Rafael: Amanda, a que devo sua ilustre presença aqui?
Amanda: Olá Rafael, como está?
Rafael: Vou bem. Sente-se melhor?
Amanda: Sim, com certeza! Eu gostaria de visitar a sua plantação de rosas, posso?
Rafael: O que você iria querer fazer na plantação?
Amanda: Eu vim pra Roseiral também pra relaxar, descontrair, sair daquele clima quente e pesado da cidade do Rio, quero fazer um passeio tranquilo e gostoso ao ar livre. E então, eu posso?
Rafael: Claro que pode, como não? Mas vamos ter que ir de cavalo.
Amanda: Ah querido, eu já fui chamada de Hipólita, a rainha das amazonas quando eu era jovem.
Rafael: Se você diz, então vamos.
Casa dos Figueiredo.
Melissa: Entendeu direitinho o que tem que fazer?
Thomaz: Sim senhora.
Melissa: Que fique bem claro, isso é só pra afastar aquela imunda do Miguel e daquela casa, se você quiser pode ficar com ela Thomaz, mas o dinheiro vocês dão pra mim, ok?
Fernanda: E quando vamos começar isso?
Melissa: Hoje à noite, quando a Maria Luísa estiver saindo da floricultura.
Plantação de rosas.
Amanda: Suas flores são tão lindas Rafael!
Rafael: Eu sei, eu lembro quando eu era criança e o meu pai me trazia pra esse terreno e dizia que aqui ia começar uma plantação de rosas dedicada especialmente pra minha mãe.
Amanda: E ele conseguiu.
Rafael: Sem dúvida, minha mãe amava essas flores e eu adorava correr descalço pela terra molhada depois de regarem as rosas, eu me sentia tão livre, quando somos crianças a vida é tão mais fácil.
Amanda, abanando-se com um leque: Eu sei. Lembro que quando éramos meninas, eu e Juliana costumávamos ir ao parque e brincar de pega-pega, éramos felizes, livres, mas com o tempo vieram os compromissos, responsabilidades, os homens…
Rafael: Homens? A Juliana teve namorados antes de mim?
Amanda: Um ou outro, mas nenhum suportava aquele gênio dela por muito tempo.
Rafael: (risos), eu compreendo.
Mauricio: Boa tarde senhor Rafael.
Rafael: Boa tarde. Amanda esse é o Maurício, um dos trabalhadores mais antigos da fazenda.
Mauricio, tirando seu chapéu: É um prazer conhecê-la senhora.
Amanda: O prazer é todo meu.
Rafael: Ele é o pai da Malu.
Amanda: O pai da Malu?
Mauricio: Sim, eu e minha esposa Dolores que cuidamos da Malu. A senhora já a conhece?
Amanda: Sim, sim, é uma menina encantadora. E eu gostaria de conhecer a sua casa, se não se importa.
Rafael: Conhecer a casa dele, mas por que isso agora?
Amanda: Eu achei sua filha tão linda, eu queria poder visita-los qualquer dia.
Mauricio: Poe ir sim, será muito bem-vinda senhora, mas a casa é humilde.
Amanda: Não se preocupe, eu não sou dessas peruas de cidade grande que não pode ver pobre que já fica com nojo.
Cidade. Noite. Thomaz e Fernanda estão num carro em frente à floricultura Botão de Rosa.
Fernanda: Você entendeu perfeitamente o que fazer, não é?
Thomaz: Entendi, mas eu ainda tô meio nervoso.
Fernanda: Para de ser frouxo, você que conquistar a Maria Luísa sim ou não?
Thomaz: Quero, quero sim.
Fernanda: Então vê se vira homem e não fraqueja.
Thomaz pega a máscara e a coloca no rosto: Tudo bem, eu estou pronto.
Fernanda: Ótimo, vamos aguardar.
Floricultura Botão de Rosa. Noite.
Fábio: Muito bem gente, eu acho que a gente já pode acabar por hoje.
Joana: Tá certo, Malu eu e o Fábio já vamos andando, ok?
Malu: Sem problema, eu vou só dar um jeitinho aqui em alguns vasos e já vou pra casa também.
Joana: Tudo bem, vamos Fábio.
Fábio: Tchau Malu, boa noite.
Fábio e Joana saem da loja.
Dentro do carro.
Thomaz: Os outros dois vendedores já saíram.
Fernanda entrega um trapo a Thomaz: Ótimo, se prepara porque é agora, eu paro o carro na frente da loja, você entra, coloca esse trapo na boca da Malu e aí quando ela desmaiar a gente foge, entendeu?
Thomaz: Entendi sim. Espera, tem alguém vindo ali.
Floricultura Botão de Rosa. Alguém entra na loja.
Malu, de costas: Joana? Fábio? Esqueceram alguma coisa?
Miguel: Não Malu, sou eu! Podemos conversar?
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