Capítulo 30 – Três Jogadas: SÓ FALTAVA VOCÊ
Três Jogadas.
Capítulo 30: SÓ FALTAVA VOCÊ
“Quem confiou os seus segredos a outra pessoa, fez-se escravo dela.”
Baltasar Gracián y Morales
Cena 1. Rio de Janeiro – Gávea / Salão de Festa de Luxo Topázio / Noite
Continuação imediata da cena anterior.
Alice ajeita a bolsa e sai. Quando Alice sai do corredor do banheiro, Clarice se ergue e corre apressada para pegar Alice. Ela empurra Alice longe e os convidados se assustam. Alice se levanta rapidamente do chão e parte para cima de Alice. As duas se estapeiam e cai no chão. Alice sobe em cima de Clarice.
Alice furiosa: VAGABUNDA! – ela dá um tapa. – IMBECIL! – e da outro. – DESGRAÇADA! – e dá mais um tapa. – ISSO AQUI É SÓ O COMEÇO! – e dá outro.
Uma aglomerado de gente se forma em volta delas. Luigi de longe vê a cena e vai correndo. Ele entra no meio da multidão.
Luigi puxa Alice: PARA VOCÊS DUAS! SERÁ QUE ALGUÉM PODE ME EXPLICAR O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI?!
Júlia vem correndo: Que cena patética essa de vocês! Será que alguém pode explicar o motivo dessa briga infantil?
Clima tenso. Os quatro se entreolham.
Perto dali…
Jordan sentado em uma poltrona. Ele alisa o peito, do lado em que levou o tiro.
Eliane se ajoelha, com um copo de água: Tá melhor?
Jordan com falta de ar: Um pouco. Tá me dando uma pressão no peito.
Eliane alisa o cabelo do homem: Quer que eu te leve ao hospital? Você está pálido.
Jordan bebendo a água: Não precisa. – ele sorri. – Eu vou melhorar.
Os dois se encaram, sorrindo. Eles ficam um tempo se olhando. Eliane sem graça.
Eliane sorri: Obrigada por me defender. Eu só fiquei mal em saber que você acabou sua amizade com o Tiago.
Jordan sorri: Eu não podia o deixar continuar com o teatro. Tudo tem um limite.
Eliane: Eu vou ser grata a você. Obrigada. Mesmo! – ela lhe dá um beijo no canto da boca.
Eliane se levanta. Um garçom vem correndo, apressado.
Garçom bufando: Dona Eliane, está uma confusão enorme no salão. Acho melhor à senhora ir lá verificar isso.
Eliane furiosa: Eu não acredito que o Tiago voltou.
Garçom cansado: Dessa vez não é homem. Duas mulheres estão brigando.
Eliane apressada: Deixa-me ir lá resolver isso.
Eliane sai apressada.
Cena 2. Rio de Janeiro – Gávea / Perto do Salão de Festa / Noite
Igor ajuda Paloma a sentar na grade do lago, perto do Salão. Ele entra no meio dela e os dois se olham, sorrindo.
Paloma sorri: E finalmente sozinhos. Gosto dessa calmaria.
Igor ajeita o cabelo dela: Também. – ele sorri. – Melhor do que aquelas bate-estacas sem letra infernizando nossos ouvidos.
Paloma coloca a mão no rosto de Igor: É tão bom ficar com você. Sozinhos. Sem ninguém para atrapalhar.
Igor sorri: Eu sei que é bom ficar comigo.
Paloma lhe bate de leve: Bobo! Finalmente conseguimos driblar a dona Kiara e conseguimos ficar juntos. Queria ter essa sorte sempre. – eles ficam em silêncio por um tempo. – Igor, eu preciso te contar uma coisa.
Igor não entende: Aconteceu alguma coisa?
Paloma: Eu gosto de você. De um jeito diferente. Quando eu fico perto de você meu coração dispara e eu começo a tremer, como se nunca tivesse visto antes e tudo isso fosse novidade. Como uma adolescente, que se apaixonou pela primeira vez. Talvez você possa parecer loucura da minha mente, mas eu sinto a sensação que você consegue me acalmar e me fazer esquecer-se de todos os problemas. É como se quando eu estivesse com ao seu lado, da mesma forma que estamos aqui, eu entrasse em outro modo e passasse a viver um planeta diferente. Você me faz sentir especial. – ela abaixa a cabeça. – Pronto, falei!
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Igor ri.
Paloma ergue a cabeça, furiosa: Eu não acredito que você está rindo. – ela desce da grade. – Eu sou uma burra mesmo. Antes eu tivesse guardado comigo isso. Idiota!
Paloma vai saindo. Igor lhe puxa.
Igor a segurando: Eu não estou rindo porque você me contou isso. É de nervosismo. É que eu sinto a mesma coisa. E tudo o que eu não tive coragem de contar, você disse agora. Conseguiu expressar o meu sentimento, que pelo visto é recíproco. Eu só quero falar uma coisa que você não disse, mas que pode ser o ideal para resumir tudo.
Paloma se solta: Diz!
Igor, próximo ao ouvido de Paloma, sussurra: Eu te amo!
Paloma sorri apaixonada: Então grita. Grita pro mundo inteiro conhecer o nosso amor. Grita assim: EU TE AMO IGOR! – ela grita e Igor lhe pega no colo.
Igor ergue a cabeça: EU TE AMO PALOMA!
Os dois se beijam apaixonados.
Cena 3. Rio de Janeiro – Gávea / Salão de Festa de Luxo Topázio / Noite
Júlia furiosa: SERÁ QUE DÁ PRA ALGUÉM EXPLICAR?! QUE BRIGA É ESSA DE VOCÊS?!
Eliane chega correndo. Kiara logo atrás. Gisele, no jardim, olha tudo, gargalhando.
Kiara puxa Clarice: Vamos! Deixa essa mulher para trás. Ela não merece a nossa atenção.
Clarice se solta: Me solta! ME SOLTA! EU VOU FICAR. – ela olha para Alice. – VAI FALA PRA TODO MUNDO O MOTIVO DA NOSSA BRIGA.
Kiara tentando puxar Clarice: VAMOS EMBORA DAQUI! PARA DE ARRUMAR CONFUSÃO, CLARICE.
Clarice se debatendo: ME SOLTA! ESSA DESGRAÇADA MERECE APANHAR. EU VOU COLOCAR ELA NO LUGAR EM QUE ELA TEM QUE FICAR!
Júlia olha para Clarice: Sai daqui!
Clarice sem entender: Eu não vou acreditar que você vai ficar do lado dessa desgraçada.
Júlia furiosa: SAI DAQUI! É MELHOR PRA TODO MUNDO. NÃO ESTRAGA UMA FESTA QUE NEM SUA É.
Kiara continua puxando Clarice: Escuta sua filha. Para de ser orgulhosa. Vamos embora daqui!
Clarice furiosa: Você me paga Alice! Você me paga!
Kiara consegue puxar Clarice, que sai humilhada.
Luigi segura Alice: Que vexame foi esse? Você não cansa de passar vergonha?!
Alice descabelada: Não percebe que estou mal? Para de me julgar e me ajuda pelo menos.
Luigi furioso: Você merece o meu desprezo ao invés da minha ajuda. Eu tenho nojo de você. NOJO!
Júlia abraça o namorado: Menos Luigi. Não é hora para julgar ninguém.
Luigi desencosta de Júlia e se aproxima ainda mais de Alice: Que desprezo imenso de ser teu filho! Olha ao seu redor: todo mundo olhando pra você, rindo da sua cara, vendo você passar essa vergonha.
Alice chorando: Para de me julgar! Me acolhe, filho. – ela tenta abraçar Luigi.
Luigi a empurra: NÃO ME CHAMA DE FILHO! EU NÃO ME CONSIDERO MAIS TEU FILHO. ISSO HOJE FOI O FIM PRA MIM. CHEGA! – ele tenta se acalmar, Alice chora ainda mais. – Eu vou tirar minhas coisas de casa ainda hoje e você, por favor, não me procure nunca mais. Um dia você tentou tirar de mim um pingo de amor possível por você e a única coisa que conseguiu até hoje foi o desprezo, o nojo, o ódio, o rancor. Uma pena ter esse laço tão forte que nos une.
Alice não aguenta as humilhações e sai correndo.
Na portaria…
Alice passa pela portaria, atormentada. Com pensamentos vagos, Alice desce a pequena escada do salão, completamente louca. Do outro lado da rua, Clarice e Kiara sentadas no banco. Com a última tentando acalmar a irmã. Alice para na calçada. Ela começa a olhar para os lados e todo mundo lhe olhando, rindo.
Lá no saguão…
Júlia encara Luigi: Por que você fez isso?! Você conseguiu deixar a Alice pior do que ela já estava.
Luigi furioso: PARA DE DEFENDER ESSA BANDIDA. EU NÃO SOU OBRIGADO A AGUENTAR ISSO!
Júlia furiosa: VOCÊ TEM NOÇÃO DO QUE VOCÊ DISSE?! BABACA!
Júlia sai apressada, atrás de Alice. Luigi olha o pessoal, ao seu redor.
Eliane se aproxima: Vai atrás dela. Eu vou encerrar a festa. O que tinha para ser uma comemoração se tornou um inferno… Um caos. Chega de confusão por hoje. Vai.
Luigi ouve Eliane e vai atrás.
Na portaria…
Júlia desce a escada apressada: ALICE! ALICE!
A mulher vira-se e percebe a garota descendo a escada apressada. Alice corre para o meio da rua. De longe, um caminho acende o farol no máximo e buzina forte. Alice, que estava de costas, se vira e vê o caminho vindo em sua direção. Ela abre os braços. Júlia corre. Luigi aparece na portaria, desespero ao perceber ao vê o que está acontecendo.
Júlia correndo: ALICEEEEEEEEEEEEEE!
Kiara e Clarice percebem o grito e se levantam. Elas correm para vê o que está acontecendo. O caminhão cada vez mais próximo. Luigi desce a escada. As pessoas da portaria se desesperam. Júlia entra no meio da rua e empurra Alice. O caminhão passa e bate na lateral de Júlia, lhe jogando longe.
Luigi apavorado: JÚLIAAAAAAAAAAAAAAAAA!
Alice caída no chão vê à cena desesperada. Kiara e Clarice se entreolham apavorada. O caminhão vai embora, sem prestar socorro. O som abafa e ouve-se somente a respiração ofegante de Júlia, que tenta buscar ar. Barulho do coração palpitando acelerado. Esse vai parando aos poucos, dando lugar para outro barulho de palpitação, que vai acelerando e aumentando a intensidade. Júlia toca na barriga e geme de dor. O chão sujo de sangue.
Clarice se desespera e se ajoelha, tentando socorrer a filha.
Clarice apavorada: Júlia fala comigo! – ela dá uns tapas de leve no rosto da filha. – Júlia! ALGUÉM LIGA PARA A AMBULÂNCIA!
Luigi corre desesperado: Júlia me responde. JÚLIAAAAA!
Júlia com dor: Chama a ambulância. Não me deixem morrer aqui! – ela fecha o olho e uma lágrima escorre o seu rosto. Ela apaga.
Alice observa tudo de longe, chorando. Kiara se ajoelha e tenta ajudar a irmã, que está desesperada. Clarice, chorando, apavorada, sacudindo a filha. Kiara tenta puxar a irmã, que apoia a cabeça no chão, desesperada. A ambulância chega e a rua, que estava escura, recebe as cores da sirene. Corte descontínuo.
Dentro da ambulância, a caminho do hospital…
Júlia deitada na maca, respirando com ajuda dos aparelhos. Clarice continua chorando, alisando o rosto da filha, que dorme. Enquanto Luigi segura a mãe da jovem.
Perto do Salão de Festa…
Paloma e Igor tomam sorvete, sentados na pracinha. O telefone de Igor toca.
Igor atende ao telefone: Pai!
Leandro, ao telefone: Igor. Você está perto da sua mãe? Preciso falar com ela.
Igor, ao telefone: Não. Eu não estou no Salão. Eu vim numa pracinha perto do salão. Eu posso ir lá levar o celular pra ela. Quer?
Leandro, ao telefone: Não. Escuta: aquele convite sobrando ainda está aqui em casa? Eu vou aí pessoalmente.
Igor, ao telefone: No quarto dela. Procura lá que você acha.
Leandro, ao telefone: Tudo bem. Tchau. Até daqui a pouco.
Igor, ao telefone: Tchau pai.
Ele desliga o telefone, estranhando.
Paloma estranha: Aconteceu alguma coisa?
Igor sorri: Acho que não. – ele guarda o telefone e pega o sorvete. – Deixa tomar logo isso antes que derreta.
Silêncio. Os dois continuam tomando o sorvete, até que Paloma quebra o silêncio.
Paloma sorrindo: Essa é a melhor noite da minha vida. Estou me sentindo tão bem. Você me faz bem.
Igor: Quanto a tempo a gente passou se privando desse amor. Acho que já estava na hora mesmo de nos entregarmos e declararmos esse amor que sentimos um pelo outro. Não deve fazer bem se privar do amor.
Paloma: “Ainda que eu falasse a língua dos homens e falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria”. O amor é imprevisível… Intocável… Invisível. A gente só sente. E eu tenho muito orgulho de sentir esse amor por você.
Igor termina o sorvete: Você é um sonho! – ele sorri. – Por falar em sonho: você já começou a pesquisar os cursos que queria?
Paloma: Ainda não. Eu não sei que quero continuar. É tanta coisa acontecendo. De uns tempos pra cá nossa casa virou alvo de guerra. Não sei nem se tenho mais ânimo pra isso.
Igor segura as mãos de Paloma: E se eu disser que quero te ajudar?
Paloma sorri surpresa: Você?! Mas você sempre foi contra. Inclusive quando eu e a Júlia criamos o blog, que por sinal está abandonado, você disse que não daria certo.
Igor ri: É… Talvez eu tenha mudado. Mas é sério. Deixa eu te ajudar. Eu quero fazer parte do seu sonho.
Os dois se encaram, sorrindo.
Perto dali…
Kiara procura os dois desesperados. Ela chega à praça e de longe observa os dois. Ela vai apressada. Paloma vê a mulher, vindo em sua direção e retira a mão.
Igor se assusta: O que foi?! Aconteceu alguma coisa? Eu falei alguma coisa errada?
Kiara chega: Que linda cena do casal. Será que algum de vocês pode me explicar o que está acontecendo aqui?
Igor e Paloma se entreolham, com medo.
No hospital… Sala de exames.
Júlia é submetida a alguns exames.
No hospital… Recepção.
Luigi e Clarice esperam ansiosos e nervosos.
Luigi joga o copo de água fora: Não aguento mais esperar. Essa espera é uma tortura.
Clarice senta apreensiva: Eu não estou aguentando mais. – ela se levanta. – Será que eu vou lá pra tentar alguma notícia dela?
Luigi: Melhor não. Daqui a pouco o médico vem falar alguma coisa. Doutor Hélio é muito competente e eu sei que a Júlia está em boas mãos.
Clarice apreensiva: Deus te ouça. Eu vou ao toalete. Qualquer coisa peça para o doutor me esperar. Eu preciso ter notícias da minha filha.
Luigi se senta: Tudo bem.
Clarice sai.
Alice chega apressada e encontra Luigi, ela se ajoelha: Meu filho! E a minha nora, como ela está? Fala Luigi. Eu preciso de alguma notícia dela.
Luigi se enfurece: O que você está fazendo aqui? Você é a culpada disso tudo. Já não basta o inferno que você causou? Precisa piorar?!
Alice triste: Não fala assim comigo. Eu não tive culpa de nada. Eu não queria que nada disso tivesse acontecido.
Luigi se levanta: Mas aconteceu! E a culpa disso tudo é sua. Se acontecer alguma coisa com a Júlia ou com o meu filho eu não te perdoar nunca mais. Nunca mais! Você entendeu?
Alice se levanta: Para de me colocar como a culpada da história. Eu gosto da Júlia e nunca vou querer o mal dela e muito menos do meu neto.
Clarice chega: O quê que essa desgraçada está fazendo aqui? Já não basta o que você causou na festa? Veio causar um furacão aqui agora?
Alice a olha: Isso tudo só está acontecendo por culpa sua. Você causou tudo isso.
Clarice furiosa: Do que você está falando?!
Luigi entra no meio das duas: Isso não é hora pra discussão. Depois vocês resolvem isso da maneira que bem entender. Será que vocês conseguem respeitar?!
Alice tenta se acalmar: Desculpa meu filho. É que eu estou realmente preocupada com meu neto e com a minha nora.
Clarice sorri: Filho… Neto… Isso são palavras que você jamais vai entender o real significado, Alice.
Alice sem entender: Eu não sei do que você está falando.
Clarice: Eu achei que você já tivesse contado pro Luigi que a mãe biológica dele morreu. Coitado, quando sofrimento, Luigi. Primeiro perdeu a mãe, depois foi parar nas mãos dessa daí.
Luigi sem entender, segura Alice pelos braços: Do que ela está falando?
Alice se solta: Ela está inventando isso. Como sempre, querendo minar uma discórdia entre as pessoas.
Clarice sorri: Não seja cínica, Alice. Você sabe muito bem. Conta logo pro menino que você não tem filhos e acaba logo de uma vez por todas com essa história.
Luigi e Alice se encaram. Clima tenso predomina.
Perto do Salão de Festa…
Paloma se levanta: Estamos aqui tomando sorvete. Estávamos com calor e decidimos vir aqui.
Kiara pega Paloma pelo braço: Saiba que eu não gostei.
Igor se levanta: Você está nervosa, tia. Aconteceu alguma coisa?
Kiara é direta: Sua irmã Luigi. A Júlia foi atropelada e está no hospital.
Igor se desespera: Ela está bem?! Aconteceu alguma coisa com ela ou com o bebê?
Kiara solta Paloma: Eu não sei. Eu perdi meu tempo procurando vocês e não consegui ir para o hospital. Eu estou com pressa. Anda logo.
Igor: Espera. O meu pai. Ele ficou de vir aqui. Ele não deve saber do acontecido.
Kiara puxa Paloma: Lá no hospital a gente fala com ele. Ou alguém do salão avisa o que aconteceu. Anda Igor.
Os três saem apressados.
Cena 4. Rio de Janeiro – Urca / Casa da Vanessa / Noite
Vanessa abre a porta: Meu Deus! O que é isso Tiago?
Tiago todo sujo, com a roupa rasgada e com várias cortes e manchas roxas pelo rosto.
Tiago acabado: Me ajuda. Eu preciso de um abrigo. Olha o meu estado. – ele se ajoelha. – Vanessa, por favor. Não me desmerece.
Vanessa puxa Tiago e fecha a porta: Olha o seu estado. Você está destruído. E fedendo!
Tiago se cheira: Eu estou morando na rua. Querer que eu aparecesse aqui cheirando o melhor perfume é demais. – ele se senta no sofá.
Vanessa o puxa: Pelo amor de Deus, sai do meu sofá. Foi caríssimo e cheiro ruim impregna e não sai nunca mais.
Conforme Vanessa o puxa, Tiago coloca mais força e a puxa. Ela cai por cima dele e ele o agarra.
Tiago a cheirando: Vamos fazer aquilo que a gente faz de melhor quando estamos juntos.
Vanessa lhe estapeando: Me solta! Eu não estou brincando Tiago. – ele a solta. – Eu não vou fazer nada com você. Nem que me pagassem.
Tiago se levanta furioso: Quando eu estava bonito e cheiroso prestava. Agora não mais?
Vanessa: Sim! E isso não serve só pra você. Podia ser até o Cauã Reymond no seu lugar. Não!
Tiago: Tudo bem. Tem quem queira.
Vanessa ri: Quem?! Uma mendiga de rua? Cai na real. Você está acabado. Sem nada no bolso. Fedendo. Só que como eu sou uma pessoa muito boazinha eu vou te ajudar. Vou pegar uma toalha pra você tomar banho.
Tiago sorri: Sabia que você não ia deixar de me ajudar. E roupa?
Vanessa: Fica de toalha por enquanto. Daqui a pouco eu vou à loja ali e compro uma bermuda e uma blusa.
Pouco depois…
Vanessa chega com uma sacola. Tiago espera no sofá, enrolada na toalha.
Tiago se levanta: Finalmente. Estou melhor agora?
Vanessa sorri: Mais agradável, eu diria. E esses machucados aí? Arrumou briga? – ela entrega a sacola.
Tiago pega a sacola e a joga longe: Pra quê falar disso agora? – ele se aproxima de Vanessa. – Eu quero te fazer um pedido. – ele agarra Vanessa.
Vanessa sorri: Um pedido? Dá última vez que você me fez um pedido deu essa confusão toda.
Tiago se ajoelha: Casa comigo.
Vanessa se afasta e ri: Você não pode está falando sério. Que brincadeira é essa?
Tiago ainda ajoelhado: Claro que estou falando sério. Casa comigo. Agora nada mais impede a gente de ser feliz.
Os dois se encaram. Vanessa sem saber o que responder.
Cena 5. Rio de Janeiro – Gávea / Salão de Festa de Luxo Topázio / Noite
Leandro desce do carro e entrega a chave para o manobrista. Ele entrega o convite na portaria e entra.
Leandro vê que a festa está vazia: Será que cheguei tarde demais? Cadê o povo dessa festa. Bem fez o Igor de ter saído daqui.
Jordan vê Leandro na portaria. Ele larga a taça no balcão do bar e vai até o homem.
Jordan: Leandro! – o homem vira-se – Procurando alguém?
Leandro sorri e cumprimenta Jordan: Oi Jordan. Não. Quer dizer, estou. Minha mulher. Mas ela deve ter ido para casa e a gente acabou se desencontrando. A festa já acabou?
Jordan: Digamos que sim. Hoje foi um dia terrível. A festa só se resumiu em confusão. Amanhã você compra qualquer revista e leia a matéria completa.
Leandro sorri: Pelo visto foi sério. Mas e você está melhor?
Jordan: Vamos ali pro bar, ainda está aberto. – os dois saem e se sentam no bar, um de frente para o outro. – Estou sentindo ainda umas pontadas, mas é raro, geralmente sinto quando me estresso.
Eliane chega: Oi meninos. Desculpa atrapalhar a conversa de vocês. – ela olha para Jordan. – Eu vou ajudar a levar o que tem aqui pra revista. Depois eu volto para pagar o restante do salão.
Jordan pega a carteira: Vou te dá um papel pra você entregar a Leila. Ela vai saber o que fazer com esse papel. É pra ela ligar para esse homem do telefone para fechar negócio com uma revista importante. Vai ser a chance da nossa revista se reerguer. É um desfile famoso em São Paulo. Entrega o papel. Ela vai saber o que fazer.
Jordan puxa o papel e vê a identidade de Luana. Ele entrega o papel e pega à identidade também.
Eliane pega o papel: Tudo bem. Só que a Leila não está na Revista. Nem na festa ela veio. Vou deixar na pasta dela. Amanhã ela faz isso.
Jordan sorri: Tudo bem. – Eliane sai. – Eu queria te entregar uma coisa. Ficou comigo da vez que você foi na revista. – ele entrega a identidade.
Leandro pega a identidade: Meu Deus. Eu estava feito um louco procurando essa identidade. Ainda bem que eu não perdi. Ela é muito importante pra mim.
Jordan: Leandro eu acho que temos um problema.
Leandro guarda a identidade: Não sei do que você está falando.
Jordan: Essa mulher da foto é a Luana Diniz. Gêmea da minha ex noiva. A que eu te disse.
Leandro confuso: Eu continuo em entender.
Jordan: Eu fui noivo de uma Clarice. Eu já devo ter te contado essa história. E ela tinha uma irmã gêmea: Luana Diniz.
Leandro perplexo: Se eu estiver certo, a minha esposa, a Clarice, já foi a sua noiva? Agora faz sentido o porquê ela nunca aceitou nossa amizade.
Jordan: Esse não é o motivo dela não aceitar a amizade. Se tivéssemos sido apenas ex noivos ela teria superado e não teria nada contra. O meu noivado só acabou por um único motivo: A Clarice morreu!
Leandro se levanta: Impossível. Então você está dizendo que a Luana está se passando pela Clarice, é isso?
Jordan se levanta também: Me responde uma coisa: dos seus dois filhos, quem é o mais velho?
Leandro: A Júlia. Ela é a mais velha.
Jordan sorri: Era o que eu esperava. As duas engravidaram na mesma época. Teriam o bebê no mesmo mês. Só uma coisa diferenciava: a Clarice estava grávida de uma menina, a Luana de um menino. Eu fui enganado esse tempo todo. Quem morreu foi a Luana e não a Clarice. Leandro, eu tenho uma filha com a Clarice!
Leandro perplexo: O quê?!
Cena 6. Rio de Janeiro – Laranjeiras / Hospital Santo André / Noite
Luigi furioso: Que história é essa? Será que alguém pode me explicar.
Alice com ódio: Cala a boca. CALA A BOCA DESGRAÇADA!
Clarice: Abaixa o tom! Essa sua história de vingança já passou dos limites. Chegou a hora de o teu filho conhecer quem você é de verdade.
Alice a segura: Você fala de mim como se sua vida servisse de exemplo para alguma coisa. Tão suja quanto eu!
Clarice se solta: Vai querer competir comigo? Você não tem forças pra isso.
Luigi furioso: Para com essa briga idiota de vocês duas! Agora eu entendo essa rivalidade de vocês duas. Que vingança é essa? ALGUÉM ME FALA. É SOBRE MIM. EU TENHO O DIREITO DE SABER!
Alice chorando: Você não é meu filho. Você é adotado, Luigi.
Clarice furiosa: Adotado não! Conta à história direito. Se você não conta: eu conto! Você é filho de uma ex modelo: Aurora. A mulher por quem sua mãe sentiu mais ódio na vida.
Alice chorando, furiosa: Chega! Para! Eu não quero reviver esse passado. CHEGA DE ME TORTURAR SUA MALDITA.
Clarice não dá ideia: Ela sabia que ia perder a apresentação no Teatro Municipal e junto com seus capangas incendiou o teatro, para tentar matar sua mãe. Ela era invejosa e estava tendo um caso com o meu primo, o Enrico. – Alice se senta humilhada, chorando. – Não suportava ser a outra da história. Queria sempre ser o destaque, o centro da atenção, como é até hoje. Ela incendiou o teatro e ainda atirou na pobre da Aurora, que deve ter morrido. Foi quando eu cheguei em São Paulo, logo depois e ela ainda estava casada com o Enrico. Eu fiquei hospedada na casa do meu primo, onde descobri tudo. E isso a fez ter mais ódio ainda de mim. Esse ódio gratuito que eu não sei onde ela tira. Ela era louca por dinheiro e tinha um amante: Nelson. Eu nunca vou esquecer desse nome. Foi com a ajuda desse homem que matou o meu primo Enrico. Por puro capricho, pra conseguir ficar com você, pegar toda a sua herança e depois se livrar.
Alice chorando, cabisbaixa: Me perdoa filho! Eu me arrependi.
Luigi apavorado, chorando: CALA A BOCA! COMO É QUE VOCÊ TEVE CORAGEM DE TANTA CRUELDADE? Eu sempre desconfiei que você tivesse matado o meu pai e agora percebo que estava certo. Ou melhor, mais que certo. Já não bastasse me causar a dor de me separar do meu pai você causou um ferimento maior: ME SEPAROU DA MINHA MÃE POR DINHEIRO!
Alice soluçando: Mas eu sou sua mãe!
Luigi furioso levanta a cabeça da mulher: Você nunca vai ser minha mãe. Eu já tinha nojo de você e agora esse nojo aumenta. Ele tomou conta de mim e eu não sei se consigo mais olhar na sua cara. Antes você tivesse feito o que queria. Por que não me largou?! Eu tenho certeza que seria mais feliz sozinho a ter que conviver com você.
Clarice: Ela não conseguiu concluir o plano dela. Eu descobri tudo, inclusive que ela tinha matado o meu primo.
FLASHBACK / ALGUNS ANOS ATRÁS
Clarice furiosa: Desgraçada você matou meu primo. Você destruiu a minha família pra nada. Você vai pagar caro por isso.
Alice a enfrentando: Eu quero ver se você vai ser mulher suficiente pra isso. Olha pra você e olha pra mim. Eu sou muito superior. Você não é páreo pra mim.
Corte descontínuo.
Clarice abrindo uma mala: Anda Kiara! Me ajuda aqui. É muito dinheiro. Eu não vou deixar essa desgraçada acabar com a herança do Emerson.
Clarice e Kiara pegam todo o dinheiro e guardam na maleta.
FIM DO FLASHBACK
Clarice: Você se chamava Emerson. Esse foi o nome que meu primo escolheu pra você. Até a Alice falsificar seus documentos, para conseguir a herança e alterou seu nome para Luigi. Eu guardei esse dinheiro comigo por um bom tempo e logo depois entreguei o dinheiro para uma mulher chamada Sônia, que trabalhava na mansão que vocês moravam à custa do velho que essa daí deu o golpe.
Luigi abismado: Essa Sônia cuidava de mim. As duas eram confidentes uma da outra. Ela se fez de amiga para conseguir o dinheiro e entregar para essa mulher que arruinou a minha vida.
Alice enxuga as lágrimas: Eu conheci a Sônia numa boate. Na época que eu fazia programa pra colocar comida dentro de casa. Ela era amiga da Start e nós três decidimos dar golpe nos empresários que era nossos clientes. Só que eu sempre fui esperta. Além do dinheiro do velho que eu dei o golpe, eu roubei o da Start. Ela estava casada com um homem chamado Orlando, um velho imbecil que só pensava em sexo. Ela se enfureceu e eu a denunciei para a polícia federal. Ela é americana, tinha vindo pra cá se prostituir. Foi deportada e depois disso nunca mais a vi.
Luigi enxugando as lágrimas: E esse tal de Nelson? O seu amante, que te ajudou a matar o meu pai.
Alice: Depois que eu comecei a me prostituir eu não o vi nunca mais. – ela se levanta. – Está satisfeita?! Você arruinou a minha vida pela segunda vez, só que dessa vez eu não vou perdoar!
Luigi a segura: Não culpa a Clarice pelo monstro que você é. Eu agradeço ela por ter me contado isso. Agora eu sei tudo o que você já fez de ruim na vida e continua fazendo.
Alice chorando, se solta: Eu passei fome por causa dela. E você também. Ao invés de me julgar, devia me apoiar. Ficamos dias morando na rua. Eu tendo que pedir comida em bar pra te alimentar, passando fome. Ingrato!
Luigi furioso: Eu não admito que ninguém me chame de ingrato. Você teve o que mereceu. Acabou com sonhos, destruiu vidas por mero capricho. Engatou na sua mentira e fez dela uma bola de neve. E VOCÊ SABE QUE EU ODEIO MENTIRA! – eles se encaram por um tempo. – EU TE ODEIO!
Luigi sai correndo e Alice vai atrás, chorando, desesperada. Clarice se senta, cansada.
Hélio chegando: Dona Clarice! – a mulher se levanta. – Tenho notícias da Júlia.
Clarice apreensiva: Fala doutor. Eu já não aguento mais esperar. Fala de uma vez. Aconteceu alguma coisa com a minha filha?
Hélio: Com a Júlia não. Mas com o bebê sim. A Júlia sofreu um aborto e fizemos o procedimento de curetagem nela. É um procedimento simples, nada que comprometa a saúde dela. Fizemos raios-X em toda parte do corpo e não encontramos nada. Ao que me parece o caminho lhe atingiu na lateral e não provocou nenhum dano ao seu corpo. Ela está em observação por enquanto. Mas logo será liberada. A gente só precisa que ela se recupere da anestesia.
Clarice preocupada: Mas ela vai conseguir andar normal? Eu não quero que minha filha sofra mais. Ela vai ficar transtornada quando souber desse aborto.
Hélio: Ela já sabe e já fizemos tudo necessário, para ela se acalmar. Sua filha está pronta para ir pra casa. Não deixou nenhuma pendência, a não ser o fato da anestesia. Se ela não melhorar do efeito, eu vou pedir que ela continue internada até amanhã, para o bem dela.
Clarice sorri: Obrigada por ter salvado a vida da minha filha doutor. Quando eu vi ela caída desmaiada, eu achei que nunca mais veria ela novamente.
Hélio: Os desmaios e as tonturas seguidos de um sangramento são casos normais em caso de aborto. Ela está muito bem de saúde. Agora eu preciso ir, tenho milhões de coisas para resolver. Até logo.
Clarice aliviada: Até! – ela se senta novamente.
Clarice pega o telefone e envia uma mensagem para Kiara.
Cena 7. Rio de Janeiro – Catete / Apt. da Adriana/ Noite
Adriana estuda uns processos. Stacy aparece com uma bandeja de lanche.
Stacy coloca na mesa de Adriana: Fiz um lanche pra você. Não para de trabalhar. Achei que estivesse com fome.
Adriana tira o óculos: Pior que estou mesmo. É tanto trabalho. Tanto problema pra resolver. Essa vida de advogada não é fácil.
Stacy se senta, aos poucos: E foi uma forma de te pedir desculpa pelas perguntas que fiz mais cedo. Eu não queria ser inconveniente.
Adriana sorri: Você nunca vai ser inconveniente. Mas eu me senti mal com essas desconfianças. Eu não gosto de falar do passado. É doloroso.
Stacy sorri: Eu prometo que não vou mais tocar nesse assunto. Eu vi que ele não te faz bem.
Adriana afasta os processos: Quando eu lembro desse meu passado eu só lembro da dor que eu causei nas pessoas que eu mais amava. Eu luto todo dia pra esquecer isso. Não gosto de ficar lembrando.
Stacy: Prometo que não toco mais nesse assunto. Se você tenta esquecer, eu vou te ajudar. – elas sorriem. – Eu estou um pouco preocupada com a Nanda. O que foi que deu nela?
Adriana fecha a tela do notebook: Não sei. A morte da tia Branca e do tio Tóta mexeu com ela. A Fernanda era muito apegada a eles. E essa culpa de ter matado eles, não vai sair dela nunca mais. Grudou, sabe?
Stacy: E isso não te preocupa?
Adriana: Claro que sim. Tenho muito medo das proporções que essas visões assustadoras que ela tem com a tia Branca podem tomar. Eu nunca vi a Fernanda desse jeito. Sempre foi calma, dócil. Ela está irreconhecível.
Stacy: A gente só precisa se manter ao lado dela. Ela precisa da gente mais do que nunca.
Adriana sorri: Você é um anjo. É tão bom te ter por perto. Se arrependimento matasse… Eu jamais teria te largado.
Stacy ri: Sem falar do passado. Lembra?!
Adriana pega a bandeja: Ih, verdade. – ela sorri. – Vou comer antes que esfrie.
As duas continuam conversando, rindo.
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Mais tarde…
Cena 8. Rio de Janeiro – Laranjeiras / Hospital Santo André / Noite
A recepção está vazia. Sheyla aparece misteriosa. Ela percebe que Hélio está vindo e se esconde atrás de uma pilastra.
Hélio sorrindo: Vê se cuida, Júlia. Sem esforços. Evitar aborrecimentos e sem fazer qualquer tipo de exercício físico. Pelo menos essa semana.
Clarice abraça a filha: Isso vai ser um grande problema, doutor. Júlia é toda hiperativa. Não consegue ficar parada.
Júlia apoiada em Clarice: Para de me dedurar, mãe. Também não é pra tanto. Eu prometo que ficarei parada, doutor.
Hélio ri: É bom assim. É para a sua própria recuperação. O seu útero está magoado. Você passou por uma curetagem, um processo agressivo. Por isso você precisa descansar. Eu não vou deixar você passar uma noite aqui. O efeito da anestesia já passou. Agora eu preciso ir. Tenho vários outros casos para resolver. Boa recuperação!
Júlia sorri: Obrigada! – Hélio sai. – Cadê Luigi, mãe? Ele não vem?
Clarice a olha: Ele precisou resolver uns problemas com a Alice. Mas tenho certeza que depois irá te encontrar. Vamos? Hoje quem vai dirigindo sou eu.
Júlia ri: Eu sou muito nova para morrer. Vai com calma.
Clarice sorri: Chegar em casa fazer um curativo nesse braço. Ainda bem que não ralou muito.
Clarice ajuda Júlia, que anda com dificuldade e calmamente. Sheyla aproveita que a recepção está vazia e pega o elevador. A mulher vai para o quarto de Stênio.
No quarto de Stênio…
O homem deitado, com a ajuda de alguns aparelhos, dorme. Sheyla fecha a porta calmamente.
Sheyla sorri: É fraco até na hora de morrer. Vai logo de uma vez por todas e para de ficar enrolando. – ela sorri e alisa o rosto do homem. – Essa doença veio num ótimo momento. Eu já não te aguentava mais mesmo. Não gosto de gente fraca.
Na recepção…
Gustavo: Stênio! – ele entrega os documentos à recepcionista.
Recepcionista: Stênio Gusmão?
Gustavo pega os documentos de volta: Isso mesmo. Eu sou acompanhante dele. Vou dormir aqui.
Recepcionista: Tudo bem. – ela cola um adesivo de acompanhante em Gustavo. – Quarto 208, primeiro corredor à esquerda.
Gustavo guarda a carteira: Obrigado.
No quarto de Stênio…
Sheyla tira a máscara de Stênio: Você não precisa disso. Chega de viver Stênio. Fazer hora extra pra quê?! Já está fazendo serão na terra, querido.
Ela se aproxima dos aparelhos de Stênio. Gustavo abre a porta lentamente e Sheyla vira-se, apavorada.
Gustavo perplexo: O que você está fazendo aqui?! O que você fez com o meu irmão? – ele olha para Stênio. – Você tirou a máscara do Stênio?! Assassina!
Cena 9. Rio de Janeiro – Leme / Apt. Da Clarice / Noite
Júlia entra com Clarice. As duas chegam rindo, conversando. Clarice ajudando Júlia, que anda com dificuldade. Na sala estão Jordan, Leandro, Kiara, Alice, Luigi, Paloma e Igor reunidos, a espera de Clarice. As duas chegam na sala e se espantam.
Clarice não entende: Eu posso saber o que está acontecendo aqui?
Alice se levanta, sorrindo: Que bom que você chegou amiga. Estava conversando com os meninos sobre o nosso passado e só faltava você para a festa começar. Então… Podemos?
Fim do Capítulo 30!
Adorei ver o envolvimento de Jordan e Eliane, ao que parece os dois engatarão em um romance… é o que espero, pois a Eliane merece, ainda mais depois de tudo de ruim que viveu com o Tiago 😀
Igor e Paloma fazendo declaração de amor, são tão fofuxos. Mas Kiara não gostou nada, nada, dessa história. Vamos ver se esse romance ente os dois sai ou não.
Senhor, o que foi isso? Então quer dizer que Alice não é a mãe biológica do Luigi? A Célia é a mãe do rapaz? Gente, perplexo estou.
Tadinha da Júlia… a Alice não merecia tanto!! Você sacrificou o seu próprio filho por aquela megera: não gostei.
Essa relação de Stacy e Adriana está me dando tanto orgulho, estou gostando de ver a aproximação das duas. Porém, creio que a Drica esteja escondendo algo da filha… e isto eu não aprovo.
Jordan logo matou a charada e abriu os olhos de Leandro, será que a Clarice é um anjo? Ou está mais para um demônio?
Vanessa já vai se deixar envolver pelo Tiago novamente, estou até prevendo isso. Tem gente que nasce para ser trouxa mesmo viu u.u essa história de casamento aí não cola.
Sheyla é uma vacaaaaaaa e agora Gustavo já sabe disso (o que me conforta), espero que o rapaz faça algo contra essa cobra urgentemente.
Lá vem mais bomba… o que Alice quer conversar sobre o passado de Clarice? 😯
Capítulo fantástico. cheio de revelações e muita confusão. Coitada da Júlia que foi acidentada e acabou perdendo o bebe 🙁
Que grande segredo esse entre Jordan, Clarice e Alice. A guerra entre eles estão literalmente travada.as parece que agora é a vez dos segredos de Clarice serem revelados.
Parabéns pelo capítulo Biel 🙂 😉