Capítulo 29 – Cantiga de Amor
Cena 01: Povoado das Hortaliças.
Adelmo – Agnella, minha Agnella! Eu te encontrei! Eu te encontrei!
Adelmo, ainda um pouco distante, guia o cavalo em direção a ela.
Adelmo – Agnella! Que bom que eu te achei!
Agnella ouve seu nome. Ao ver Adelmo, ela corre e entra na floresta novamente.
Agnella – Ele não pode me ver aqui! Ele não pode me ver aqui!
Gregório e Valentina, que vinham na floresta em sua direção, param.
Gregório – O que aconteceu, Agnella?
Valentina – Ainda bem que tu desististe de sair desse esconderijo, porque…
Agnella – Escondam-se! Eu fui vista por Adelmo!
Valentina e Gregório também começam a correr, e entram em uma parte mais fechada da floresta. Quando Agnella está para entrar no mesmo lugar, ouve, mais uma vez, seu nome.
Adelmo – Agnella! Não adianta fugir de mim! Eu já te vi!
Agnella se vira para ele. Ele caminha ao seu encontro.
Agnella – O que queres, Adelmo? Eu não conversarei um segundo contigo. Só te digo uma coisa: esquece que me viste aqui. Eu sairei agora. Tchau.
Ela dá as costas para ele.
Adelmo – Agnella, por favor, me escuta! Eu te amo, tu sabes que eu te amo! Eu… Não pretendo fazer-te nenhum mal… Deixa-me falar contigo, ao menos por um minuto…
Agnella – Não, Adelmo. Vá embora.
Adelmo – Se eu sair agora, eu contarei a todo o mundo que tu estás aqui.
Agnella se vira novamente para ele.
Agnella – Tu não terás coragem de fazer isso. Se descobrirem onde eu estou, me internarão de novo no convento… (Olha para baixo) E a minha chance de reencontrar Gustavo se irá novamente…
Adelmo – (Um pouco irritado) Gustavo, Gustavo! Pelo visto tu te encantaste por esse homem! Sabe-se lá o que ele teria feito contigo se ele não tivesse ido embora, e se tu não tivesse ido para o convento… Se estas foram as linhas tortas que Deus usou para não permitir que tu e ele fizessem nada de errado, que bom!
Agnella – Se o que tu sabes apenas me criticar, e falar mal de Gustavo, por que estás aqui? Para me entregar para a irmã Francisca?
Adelmo – Não! Pelo amor de Deus! Eu não permitiria que isso acontecesse! Olha só, Agnella, eu te prometo que não contarei a ninguém sobre ti. Mas eu só farei isso sob uma condição: a de que tu me aceites ao teu lado.
Agnella – Como? Aceitar ficar contigo? Casar contigo, é isso? De forma alguma! Meu lugar é ao lado de Gustavo! E mesmo se tu fores falar com os meus pais, tenho certeza de que eles preferirão me ver no convento, em vez de casada contigo. Porque foi isso que eles fizeram, quando estiveste de cama.
Adelmo – Eu não acredito em ti. Mas eu te darei uma chance, Agnella, porque eu te amo. Olha só: eu te esperarei. Eu te darei dois dias para pensares em voltar para casa e para mim, por vontade própria. Talvez eu te dê até mais do que isso. Se não aceitares, eu revelarei à tua família o lugar em que te escondes. Mas, de qualquer forma, eu conversarei com teus pais e os convencerei de que o melhor para ti é ser minha esposa.
Adelmo segura a mão de Agnella.
Adelmo – Podes confiar em mim. Eu estou à tua espera.
Agnella não olha mais o rosto de Adelmo, permanecendo calada.
Adelmo – Tudo bem se não queres falar nada. Eu te entendo. Até mais, minha amada. Até mais.
Cena 02: Termes. Casa de Giancarlo. Quarto de Gustavo.
Cecília – Tu disseste que te apaixonaste por outra mulher? (Ela fica envergonhada) Oh, me perdoe. Me perdoe, por favor. Eu não me preparei para isso, claro. Se tu quiseres, eu sairei agora, e te deixarei a sós.
Gustavo – Não, não. Não precisas. Eu também gostaria de te dizer isso. Nós nos surpreendemos muitas vezes com os sentimentos que criamos; e eu não esperava que isso fosse acontecer. Mas aconteceu… Só que aí eu… Tive que vir para cá. E é por isso que eu me sinto um pouco confuso, um pouco indeciso, sabe? Eu estou ciente do compromisso que fiz a… Digo, da promessa de nos casarmos. E do tesouro. Porém meu coração ainda não esqueceu a mulher que eu amei… Só que agora eu não me sentiria bem em te desapontar.
Cecília – De modo nenhum. Cada pessoa trilha um caminho diferente dos caminhos dos outros, e do caminho que os outros querem que cada pessoa trilhe. Eu confesso que a esperança de ser feliz, casando, mas também conseguindo o tesouro, era a minha esperança, e eu a alimentei desde sempre. Entretanto não é a minha intenção interferir na história de ninguém… (Ela abaixa a cabeça)
Gustavo – (Levantando a cabeça dela) Cecília, em nenhum momento eu disse que estavas interferindo na minha história. De um modo ou de outro, a minha história também está aqui, não é? Eu apenas… Não sei se o próximo passo que estou dando é o certo.
Cecília – Será que não haverá outra maneira de conseguirmos esse tesouro? Ele não é nosso por direito? Não foram de nossos avós, e eles não prometeram que ficaríamos com ele?
Gustavo – (Engole saliva; gagueja) Sim.
Cecília – (Os olhos voltam a brilhar) Então… Vamos falar com meu pai. Quem sabe ele não nos ajuda a encontrar uma nova saída para isso. Mas olha só: se isso não for possível, eu não serei egoísta. Da mesma maneira que eu quero ser feliz, eu também quero que as pessoas que estão ao meu redor sejam. E isso também te inclui. Por mais que seja uma atitude que eu não achei que teria que tomar, eu abro mão de tesouro, abro mão de herança, para que sejas feliz. E eu encontrarei uma nova felicidade. Estou ciente de que existem várias.
Cecília sorri. Gustavo retribui.
Gustavo – Eu não sei como te agradecer por isso. Tu estás sendo uma pessoa bastante boa. E, por que não dizer, surpreendente.
Cecília – Imagina. Tu que és bastante agradável em teus modos. Eu irei agora. Meu pai não gostará de me ver aqui. Com licença, cavalheiro, até o jantar.
Gustavo – Até.
Cena 03: Termes. Quarto de uma pequena estalagem.
Marlete – Eu ouvi bem? O senhor está afirmando que Gustavo não é a pessoa que afirma ser? Isso é impossível! Como pode dizer uma coisa dessas?
Brás – Eu estou afirmando o que eu sei. E eu sei porque eu vi.
Marlete – Ai, meu Deus, as coisas que o senhor fala não possuem nexo. Gustavo mostrou o colar que pertenceu ao seu avô e que era o sinal que Giancarlo esperava encontrar no legítimo herdeiro do tesouro!
Brás – Um colar! Algo tão fácil de ser obtido!
Marlete – O senhor quer dizer que… Ele roubou o colar? E o está usando para nos enganar? Certo, mas nesse caso o verdadeiro dono deve vir reivindicá-lo. E será ele quem terá acesso ao tesouro, e mais ninguém. Nem eu, muito menos tu.
Brás – A senhorita tira conclusões muito rapidamente. Porém a história ainda não acabou. Eu não expliquei como ele conseguiu o tal colar. (Brás se levanta e começa a passear pelo quarto) Bem, conforme eu havia dito, ele conseguiu o colar, mas não foi por meio de um simples roubo. Ele matou o homem que o estava usando.
Marlete – (Muito surpresa) O quê? Essa história está, está, ficando fantasiosa demais! Como ele matou, se é que isso é verdade?
Brás – Não foi propriamente uma morte. Ele foi negligente. Ao ver que o homem estava passando mal, o deixou morrer, assumindo a sua identidade e vindo buscar algo que não lhe pertence.
Marlete – E como o senhor pode me provar a veracidade disso? Como eu saberei que isso não é apenas uma invenção de sua cabeça para angariar um tesouro? Tesouro do qual, aliás, nunca ouviste falar, tenho certeza.
Brás – É, isso é fato. Só tomei conhecimento dele por meio desse Gustavo e do verdadeiro herdeiro. E me interessei por ele. Afinal, quem não gostaria de enriquecer de maneira fácil? Por isso eu estou contando à senhorita aquilo que eu vi, não que eu inventei. Para impedir que um charlatão ludibrie um homem de bem e assuma o que não é seu.
Marlete – E como o senhor, caro Magno, tem a certeza de que conseguirá uma parte desse tesouro?
Brás – Aí é que está a questão. Eu não tenho certeza. É por isso que preciso da senhorita para pôr em prática meu plano. Eu sei que também almeja essa riqueza. Então, eu repito à senhorita: não largarei do seu pé enquanto eu não conseguir o que eu quero, porque é só assim que eu terei a chance de transformar-me um homem rico.
Marlete – Pois bem. O senhor está tão veemente em sua fala, que eu aceitarei sua história, mas com ressalvas também.
Brás – Então irá me ajudar a torná-la pública?
Marlete – Vou pensar. No mais, cavalheiro, essa conversa foi de grande valia.
Eles se dirigem á porta. Brás a abre, e Marlete sai.
Marlete – Ah, e talvez, só talvez, eu o procurarei amanhã. E o senhor, por favor, não me importune mais, principalmente perto de casa. Não quero ser vista com o senhor. És… Repugnante.
Brás – Tsc, tsc, tsc. Não será fácil se livrar de mim, senhorita Marlete. Pode estar certa disso.
Cena 04: Termes. Casa de Giancarlo. Dia seguinte. Manhã.
Os quatro acabaram de sair da mesa do café da manhã. Gustavo e Giancarlo estão na sala de jantar.
Giancarlo – Rapaz, me perdoe. Tu me disseste ontem que querias conversar comigo, mas eu esqueci completamente. Estava tão cansado que a única coisa em que consegui pensar foi em dormir. Mas agora eu posso te ouvir melhor.
Gustavo – Tudo bem. Eu compreendo o senhor. Porém eu não poderia deixar esse assunto para depois. Ele é importante para mim.
Giancarlo – Pois não…
Gustavo – Talvez seja um grande atrevimento de minha parte, mas… (Ele olha para baixo) É difícil dizer isso… (Volta novamente a olhar para ele) Mas eu preciso confessar que eu não estou pronto para me casar com sua filha. Que talvez isso não seja o melhor a se fazer…
Giancarlo – (Surpreso, em um primeiro momento) Como?
Gustavo – Não me julgues mal, por favor. Não tenho nada contra o senhor, nem contra Cecília. O problema está em mim. Acontece… Que eu deixei um amor para trás antes de vir para cá. Eu me apaixonei por outra mulher antes de… Tomar o destino dessa cidade.
Giancarlo – (Começa a se enraivecer) E o que pretendes ao me falar isso? Por acaso irás abdicar de um acordo feito entre tua família e minha família? De um acordo feito para que tu mesmo ganhes um tesouro e fiques rico? Queres ficar rico, não é, Gustavo? Não tens poder para isso!
Gustavo – Eu gostaria apenas de sugerir que… Que talvez não fosse preciso que eu casasse com Cecília. Se os nossos… Avós, se eles reservaram essa herança para nós dois, talvez o simples fato de nos reencontrarmos seja suficiente para consegui-la, não? Ou, se for preciso um compromisso, que seja algo diferente de um passo tão sério quanto um casamento… Mas, como eu disse, isso é apenas uma… Sugestão…
Nesse momento, Cecília chega.
Cecília – Pai, se o senhor me permite… Eu não pude deixar de ouvir o que Gustavo disse. E eu acho que eu concordo com ele. Não seria possível que não nos fosse necessário casar para conseguirmos a herança dos nossos avós?
Giancarlo – (Veemente) Não! Não era isso que esse homem, o seu avô, queria. Nunca foi isso que ele quis! Essa não é uma decisão simples. Foi um compromisso feito entre dois homens de palavra, cuja decisão tem que ser respeitada, porque suas palavras têm que alcançar o efeito certo! Se o meu pai queria que Cecília e o neto de seu amigo se casassem, você, que só pode ser esse homem, e Cecília se casarão!
Cecília – Pai, mas e o amor que ele diz sentir por outra mulher? Não tens compaixão por ele? E se fosse entre o senhor e minha mãe?
Giancarlo – Não ponha o nome de sua mãe na história! Ela não tem nada a ver com esse erro que estás pensando em cometer. E quanto a ti, rapaz, eu realmente fico sentido por isso. Mas palavra é palavra.
Ele vai saindo, mas decide voltar.
Giancarlo – E no que diz respeito ao tesouro, quero deixar uma coisa bem clara: por uma questão de segurança, somente meu pai sabia onde estava o tesouro. Antes de morrer, ele me confiou a sua localização por meio de uma espécie de mapa, o qual eu escondi para evitar confusão. E, para respeitar o desejo de meu pai e de seu amigo, só trarei à tona esse mapa quando os dois estiverem casados. Então, esse assunto termina aqui. Agora, deixem-me ir para o trabalho.
Giancarlo sai mal-humorado. Antes de chegar à porta, passa por Marlete, que estava na sala de estar, e sai de casa.
Marlete – (Sorrindo) Um mapa… Sempre desconfiei. Um mapa…
Cena 05: Povoado das Hortaliças. Casa de Simone.
Simone – Mal chegaste, e já irás sair, filha?
Inês – Sim, mãe, eu passei aqui apenas para dar-te um bom dia. Onde está Adelmo?
Simone – Foi ao rio, buscar água. Ele não cismou que voltará a trabalhar ainda hoje? Mas eu não sei se permito. Ainda estou com medo.
Inês – Eu acho que não precisamos mais ter medo. Quem sabe o trabalho não o ajuda a se recuperar? Ele sempre foi um homem trabalhador, responsável…
Simone – É, podes ser que estejas certa. Aonde vais agora?
Inês – Eu? Eu vou… Passear. Digo, vou para casa.
Simone – Filha…
Inês – Não te preocupes, mãe. Não estou fazendo nada de errado. Beijo.
Inês sai.
Simone – Os filhos crescem, mas continuam nos dando preocupações… Como Adelmo estará agora, meu Deus?
Cena 06: Povoado das Hortaliças.
Inês saiu da casa de sua mãe. Não percebeu quando Leonor dobrou a esquina.
Leonor – Hum… Quer dizer que Inês irá fazer uma de suas caminhadas misteriosas… Será hoje que eu descobrirei o que ela esconde!
Inês pegou o caminho para a casa de Pero sem saber que estava sendo seguida por Leonor. Ao chegar lá, deu duas batidas em sua porta, e partiu em direção à floresta. Instantes depois, Pero saiu de casa e foi ao encontro da amada. De longe, Leonor observou todo o movimento.
Leonor – Então é isso! Inês está se encontrando com (fala com desprezo) esse camponês! Mas quanto desgosto sua mãe terá ao tomar conhecimento disso…
Cena 07: Termes. Casa de Giancarlo. Exterior.
Gustavo está sentado à sombra de uma árvore em frente à casa de Giancarlo. Cecília se aproxima.
Cecília – Posso me sentar ao teu lado? Ou preferes ficar sozinho?
Gustavo – (Sorri) Sem problemas. Podes sentar.
Ela se senta.
Gustavo – (Suspira) Acho que depois da grande negativa que ouvimos hoje, não há mais escapatória, não é?
Cecília – Talvez não. Talvez sim. De qualquer forma, ainda acho que a palavra de nossos avôs não era tão rígida. Eles nem sabiam se seríamos um homem e uma mulher…
Gustavo – É uma pena que teu pai não entenda assim.
Cecília – Sabe, Gustavo, às vezes eu fico pensando… Como eram nossos avôs? Digo, naquele tempo? Meu avô Sandro morreu quando eu tinha doze anos, mas ele nunca me contou muita coisa do seu passado, a não ser o fato de ter encontrado o tesouro…
Um pássaro aparece em frente a Gustavo, e ele fica concentrado no animal.
Cecília – Mas ele nunca me disse como, e nem mesmo o nome do amigo dele. No caso… O teu avô. Como é mesmo o nome de teu avô, Gustavo?
Gustavo – (Um pouco disperso) Edetto…
O pássaro vai embora. Gustavo volta a prestar mais atenção a Cecília.
Cecília – Edetto… Um pouco diferente o nome de teu avô, não acha?
Gustavo – (Se dá conta do erro) Edetto? Não, não! Quer dizer, Edetto era o segundo nome dele! O nome dele era E… Emiliano. Emiliano Edetto.
Cecília – Mas e então? Como era teu avô? Tu sabes muito da vida dele? Conta! Eu gosto de ouvir histórias assim.
Gustavo fica apreensivo.
Cena 08: Rio dos Campos.
Adelmo chega ao rio. Após encher seu balde de água, ele decide voltar. Quando está entrando na floresta, no caminho para casa, o balde cai de sua mão, derramando a água. Ele desce do cavalo, apanha o balde e resolve ir novamente ao rio. Nesse momento, sua visão pousa, despropositadamente, em uma árvore. Sua cabeça começa a doer muito. Ele leva a mão até ela.
Adelmo – Ai, minha cabeça! Ai, que dor é essa que eu nunca havia sentido?
A dor o faz se ajoelhar. Ele volta a olhar para a árvore. As folhas embaixo dela voam. Seus olhos começam a doer. Sua visão se encandeia. Ele fecha os olhos. Nesse momento, imagens começam a se formar, desconexas.
Um homem e uma mulher, de feições indefinidas. Uma árvore. O rio. Depois, um lugar parecido com uma sala. Um objeto marrom. Água, roupa molhada? Outra árvore. Ou seria a mesma?
Palavras também vêm à sua mente, frases soltas.
Voz masculina – “Linda”
Voz feminina – “Te amo. Muito.”
Ele? – “Pecado gravíssimo…”
Outra voz masculina – “Podes contar o que quiseres.”
Voz feminina – “Vim oferecer a ele um pouco de água.”
Até que uma imagem se forma claramente em sua cabeça, e vem acompanhada do som de um baque seco.
Adelmo – Então foi assim que eu me acidentei… Mas… Por quê? Ai!
Ele volta a fechar os olhos. As outras palavras e imagens começam a se tornar mais nítidas e se encaixam como em um quebra-cabeça. Adelmo abre os olhos, que começam a ficar marejados.
Adelmo – Meu Deus! Não permita que isso seja verdade! Não permita que isso tenha acontecido de fato! (Uma lágrima cai do seu rosto) Agnella não pode ter cometido esse pecado! Também não foi ela que me causou o acidente… (Ele se levanta) Mas, se tiver sido, meu Deus, dá-me coragem. Eu preciso contar isso a seus pais. Talvez só assim eu consiga proteger minha Agnella dos perigos da vida e tê-la para mim, ao mesmo tempo… (Ele se dirige ao rio) Deus, Nossa Senhora, me ajudem, me perdoem, e perdoem também a Agnella. Eu tenho certeza de que eu sou o homem certo, o destino certo para esta tua pobre e inocente filha! (Se ajoelha à beira do rio. A água molha sua calça.) Somente eu!
Agora que percebi, essa história, meio que parece, a de Romeu e Julieta. Só espero, que não tenha um final trágico.
Confesso que não foi uma inspiração, acho que eu nunca nem cheguei a associar a história de Shakespeare a essa. Mas, realmente, quando se trata de amores impossíveis, pessoas que por imposições sociais não podem ficar juntas, Romeu e Julieta é uma referência. Finais trágicos nem sempre são ruins, mas o final de Cantiga não está definido, não. Conto com seus comentários daqui para a frente, pois serão muito importantes para a trama!
Obrigado! 😀
As memórias do Adelmo voltou, e agora, o que ele fará? Vish vem mais por aí JESUS!!!
Giancarlo não gostou nada da proposta feita por Gustavo e Cecília, a coisa se complica mais r mais.
Brás e Martele estão mesmo disposto a pegar o tesouro, e agora que ela sabe do mapa não vai sussegar até pega-lo, credo, a coisa tá ficando PRETA!!!! 🙂
Talvez Adelmo queira dar prosseguimento ao que ele não fez por causa do acidente… O próximo capítulo traz a resposta pra sua pergunta.
Gustavo recebeu uma missão bem complicada. Esse tesouro, se ele quiser conquistar, exigirá dele que abra mão de algumas coisas. No momento, Cecília, sem perceber, colocou Gustavo em apreensão – porque ele está mentindo para todos.
Quanto a Marlete e Brás: será que eles conseguirão achar o mapa? Ou será que alguém não o achará primeiro?
😉