Capítulo 26 – Saber Viver
Capítulo 26, Saber Viver
CENA 1. RIO DE JANEIRO/ PETRÓPOLIS – EMPRESA DAN QUADROS/TARDE
Alice vai para a rua chorando e encontra com Diego.
DIEGO Alice?
ALICE Eu. – fala, limpando o rosto. – Você quem é?! – ela o analisa.
DIEGO Sou o delegado da DPC – Delegacia de Polícia Central –, e eu estou aqui a trabalho. Antes que eu vá, deixa eu te perguntar: Você conhece o Stefano Marcone?!
Alice gela, mas não demonstra, mas continua paralisada.
DIEGO Viu fantasma? – pergunta.
ALICE Conheci, conheci sim. – ela se enrola. – Há muito tempo atrás e faz um tempinho que não encontro com ele. Qual o motivo?
DIEGO Eu te espero amanhã na delegacia. – fala, sem responder à pergunta de Alice. – Até mais. – ele entrega uma carta para ela e sai.
ALICE Tudo bem. – fala, abrindo o envelope que envolve a carta.
Diego sai e Alice abre a carta para ler.
ALICE A casa caiu. – ela diz, enquanto lê a carta.
CENA 2. RIO DE JANEIRO/ RECREIO – APT. DA VALENTINA/TARDE
Lorenzo vai embora e Valentina tira o homem misterioso do guarda-roupa.
HOMEM Ninguém merece ficar ouvindo seus gemidos com aquele cara.
VALENTINA Foi só para impressionar ele. – ela gargalha.
HOMEM Espero que ele não tenha desconfiado de nada.
VALENTINA Você não fez barulho né?
HOMEM Quem fez barulho foi vocês, já estava me embrulhando.
Valentina sorri.
HOMEM Agora é a minha vez. – fala, rindo.
Ele a pega no colo e a joga na cama.
CENA 3. RIO DE JANEIRO/ BARRA – BARRA SHOPPING/TARDE
Aline, Madalena e Carolina estão almoçando no shopping.
ALINE Amanhã eu faço a prova do vestido, só de imaginar que daqui a 1 mês eu vou me casar novamente, já fico ansiosa.
MADALENA Quem dera eu casar pelo menos uma vez. – ela gargalha.
CAROLINA Uma hora chega amiga. – ela gargalha.
ALINE Gente, eu não estou me sentindo bem, vamos? – fala, mexendo na bolsa.
MADALENA Que foi? Aconteceu alguma coisa?
ALINE Me deu ânsia de vômito. – fala, tampando a boca.
CAROLINA Vamos! Deixa eu só pagar a conta.
Carolina paga a conta e sai com as meninas.
Algumas horas depois…
CENA 4. RIO DE JANEIRO/ PETRÓPOLIS – APT. DO GABRIEL/NOITE
Alice chega para falar com Gabriel.
ALICE Posso entrar? – pergunta.
GABRIEL Não veio acompanhada do marido? – pergunta, debochado.
ALICE Não! – responde, grosseiramente.
Ela entra e senta no sofá para conversar com Gabriel.
GABRIEL Achei que depois do vexame de hoje de manhã você não viria mais aqui.
ALICE Exatamente isso o que eu vim fazer aqui. – ela se levanta. – Gabriel, eu estou acabando tudo entre nós.
GABRIEL Eu já imaginava. É só isso? Se for já pode ir embora. Alice, eu cansei de ser brinquedo, eu quero uma mulher que me valorize, que fique comigo para sempre, que ao contrário de você vem aqui e depois vai embora. Me trata como se fosse minha amiga, a verdade é que você tem vergonha de mim. – pergunta.
ALICE Você sabe que isso não é verdade. Eu sempre quis me divorciar do idiota do Enzo, mas eu não posso sair com uma mão na frente outra trás. Você não parece estar triste.
GABRIEL Aliviado… aliviado em saber que você foi mulher suficiente para vir aqui e terminar tudo. Claro, o dinheiro falando mais alto. Não sou nenhum rico, mas podíamos recomeçar a vida muito bem, mas tudo bem, tudo bem. Eu vou superar!
ALICE Eu espero que você supere, eu espero. Eu gosto muito de você. E eu tenho que ir para casa, aposto que o Enzo já está armando o terreno para contar tudo para os meninos e eu preciso me defender perante aos meu filhos.
GABRIEL Claro, fazendo papel de mãe de família. – ele sorri, irônico.
ALICE Não seja irônico, Gabriel!
GABRIEL Realista! – ele a corta.
ALICE Foi bom enquanto durou…
Alice vira as costas e Gabriel a chama.
GABRIEL Alice.
Ela fica de frente para Gabriel.
GABRIEL Obrigado por me fazer de trouxa esse tempo todo. Um brinde a você! – ele deixa escorrer algumas lágrimas.
Alice vai embora e deixa Gabriel falando sozinho.
Na porta do apartamento…
Alice aperta o botão para “chamar” o elevador e chora.
ALICE Como eu fui burra, burra! – chora, dando tapas na cabeça.
CENA 5. RIO DE JANEIRO/ BARRA – APT. DO EDU/NOITE
Edu está perambulando pela casa tentando falar com Alice.
EDU Atende, Alice. – fala.
Ele joga o celular no sofá com raiva.
EDU INFERNO! – grita. – No momento que eu preciso contar para ele sobre nosso filho ela não atende a praga desse telefone.
Ele vai até a cozinha, pega um copo d’água e volta para a sala. Ele se senta no sofá.
EDU Uma hora você vai atender esse telefone. – ele fala, colocando o copo em cima da mesinha de centro e deitando no sofá.
CENA 6. RIO DE JANEIRO/ PETRÓPOLIS – CASA DO ENZO/NOITE
Aline sai do banheiro com o teste de gravidez na mão.
ALINE Se eu estiver grávida o que eu vou falar para o Heitor? Ele me disse que não pode ter filhos. – fala, tensa.
Ela olha o resultado, ela deixa o teste cair no chão.
ALINE Não pode ser! – fala, desesperada, se sentando na cama.
Heitor entra na hora.
HEITOR O quê que não pode ser, Aline? – pergunta, desconfiado olhando para o teste no chão.
Aline se levanta e gela.
Foca em Aline, que está tensa.
Foca em Aline, que está tensa.
FIM DO 26° CAPÍTULO!