Capítulo 25 | O Que Faz Aqui? – No Rumo da Vida
https://www.youtube.com/watch?v=N7TNAu3-_HM
[CENÁRIO 01 – HOTEL (SÃO PAULO)/ Q. DAS MENINAS/ DIA]
FERNANDA – Porque você fez isso? (o empurra interrompendo o beijo)
CLÁUDIO – Queria ter certeza de que você não sente nada por mim!
FERNANDA – Não pode haver nada entre nós, Cláudio. Será que você não ver isso?
CLÁUDIO – Não, eu não vejo Fernanda. Até você me contar a verdade. (a segura pelo braço e a olha bem nos olhos) Seja sincera comigo, você realmente não me ama?
FERNANDA – (sem titubear) Não. Não, eu não te amo. (se solta dele e se afasta) Será que preciso dizer quantas vezes para você entender que não pode haver nenhum sentimento entre a gente. (pega sua mala e caminha até a porta) Eu vou perder meu voo! Se a Vitoria voltar, diga á ela que ela vai sozinha agora! Adeus, Cláudio. (e vai embora)
CLÁUDIO – Adeus.
[CENÁRIO 02 – CASA DO FELIPE/Q. DO FELIPE/ DIA]
(Luana está deitada em seu quarto e pensa em Sérgio. Seu pensamento termina e ela começa passar a mão em sua barriga. Viviane bate na porta)
VIVIANE – Oi, posso entrar?
LUANA – Claro!
VIVIANE – Eu trouxe algo para você comer. (coloca a bandeja ao lado dela) Já que não desceu pra tomar café.
LUANA – Não precisava, eu estou sem fome.
VIVIANE – Você não pode ficar sem comer filha. Toma pelo menos esse suco. E porque você não abriu essas janelas ainda… (caminha em direção a janela e as abre) …entrar um pouco de ar nesse quarto. (volta pra perto dela) O que foi filha? Parece triste? Está sentido falta do Felipe? Eu sei que ele passa o dia todo naquela empresa, mas ele gosta de você e dessa criança que você esta esperando.
LUANA – Não tem haver com Felipe.
VIVIANE – Então qual é problema?
LUANA – Nada, só acordei um pouco indisposta mesmo.
VIVIANE – Tem certeza filha? Tem certeza que não é nada?
LUANA – Tenho.
VIVIANE – Então vamos levantar, nem pense que eu vou deixar você passar o dia inteiro nessa cama. Vai fazer mal pra criança. Anda (puxa as cobertas e a tenta tirar da cama) Levanta, vai para o banheiro, tome um bom banho…
[CENÁRIO 03 – CASA DA ROSÁRIO (SÃO PAULO)/ Q. DE HOSPEDES/ DIA]
(Carla e Camila conversam no quarto)
CARLA – Eu falei com a Roberta, ela vai marcar uma consulta para mim.
CAMILA – Para quando?
CARLA – Eu não sei. Quando ela chegar, disse que vai me conta os detalhes.
CAMILA – Será que ela não vai contar pra ninguém?
CARLA – Acredito que não, mesmo assim, daqui a pouco todos vão saber que eu estou grávida mesmo.
CAMILA – Se bem que falta só sua madrinha né!
CARLA – Verdade! Me sinto mal por não ter contado pra ela ainda.
CAMILA – E porque você não conta? Quem sabe ela não pode ajudar?
CARLA – Acho que tá na hora dela saber, né? Mas primeiro quero saber o sexo dele ou dela.
CAMILA – Se for menina você prefere dar que nome?
CARLA – Não pensei ainda. Isso é bom com a presença de um pai! (seu celular toca) É o Miguel. Alô!
MIGUEL PELO TELEFONE – Oi. Eu te novo, liguei cedo demais?
CARLA – Não, porque?
MIGUEL PELO TELEFONE – É porque… queria saber se hoje você está disponível para o nosso passeio?
CARLA – É… infelizmente hoje não vai dar. Minha amiga está aqui, e ela não conhece nada em São Paulo, então não posso deixá-la sozinha.
MIGUEL PELO TELEFONE – Entendo. Então, deixa para uma próxima.
CARLA – Tchau. (desliga e fica pensativa olhando para o celular)
CAMILA – Ficou arrependida em não ter aceitado?
CARLA – Não posso. Não posso deixar você sozinha.
CAMILA – Eu já estou bem grandinha e não preciso de nenhuma baba. Vai fazer bem pra você sair um pouco, conhecer pessoas novas, vai te distrair desses seus problemas.
CARLA – Ele disse que marcaríamos outro dia!
CAMILA – Paciente ele, né? Duas vezes que você o dispensa e ainda ele vai esperar. Se não fosse seu “amigo”, diria que ele gosta de você.
CARLA – Ele é só um amigo. Nada mais que isso, viu sua mente fértil.
[CENÁRIO 04 – EMPRESA DE FREDERICO/ SALA DE FREDERICO/ DIA]
THOMAS – Aqui está as planilhas que te pedir ontem.
FREDERICO – Pode deixar aí. Depois eu vejo.
THOMAS – Veio cedo hoje. O que foi? Não queria olhar para minha cara depois do que eu descobri de você?
FREDERICO – Do que você está falando?
THOMAS – Agora vai se fazer de esquecido? Sabe que se você não resolver logo essa situação, minha irmã vai ficar sabendo de tudo.
FREDERICO – Eu já te pedi um tempo.
THOMAS – E o seu tempo está correndo. (sai da sala e Frederico pega o celular)
FREDERICO – Oi! Eu sei que você disse para eu não te ligar, mas o assunto é sério. Precisamos nós encontrar. Pode ser naquele mesmo lugar! Ok, daqui uma hora eu te encontro lá.
[CENÁRIO 05 – CASA DA LUANA/ SALA/ DIA]
(Cláudio chega em casa e é bem “recepcionado” pela sua mãe)
VERÔNICA – Finalmente chegou? Engraçado que nós mães, damos nossas vidas para cuidar dos filhos e quando eles crescem, se tornam ingratos com a gente.
CLÁUDIO – Não quero discutir, mamãe.
VERÔNICA – Não tem ninguém discutindo aqui querido, filho! Então, você agora pode me dizer o que foi fazer em São Paulo?
CLÁUDIO – Já que a senhora quer tanto saber, eu conto! Eu fui atrás das meninas. Da Fernanda e da Vitoria. Depois que a Fernanda sumiu daqui, a Vitoria foi atrás dela. A Fernanda acabou indo pra São Paulo. A Vitoria me ligou, avisando que elas estavam hospedadas em um hotel por lá. Eu fui lá apenas, entender porque ela tinha fugido de casa e tentar chamá-las de volta.
VERÔNICA – Não acredito que você foi atrás daquelas duas, pedido ainda para que elas voltem para minha casa?
CLÁUDIO – Elas são suas sobrinhas mamãe, não devia falar assim.
VERÔNICA – Por isso aquela outra veio aqui pedindo abrigo.
CLÁUDIO – Quem?
VERÔNICA – A Vitoria. Ela veio aqui ontem a noite, batendo na minha porta, me pedido para que eu deixe-a ficar!
CLÁUDIO – A Vitoria está aqui?
VERÔNICA – Não! Eu não a deixei entrar, disse que aqui ela não volta mais. Que se ela quiser, ela que durma na rua.
CLÁUDIO – Eu não acredito que a senhora fez isso? Colocou sua própria sobrinha para dormir na rua?
VERÔNICA – Ela foge da minha casa e a culpa é minha? Se ela quisesse ficar aqui, não teria fugido!
CLÁUDIO – Quem fugiu foi á irmã dela, ela só foi atrás. E mesmo assim, a senhora não devia ter feito isso. (deixa a mochila em cima do sofá e corre para porta)
VERÔNICA – Vai sair de novo?
CLÁUDIO – Vou. Vou ver se encontro ela por ai.
VERÔNICA – Espero que já tenha sido pega por alguém e levada para bem longe.
[CENÁRIO 06 – CASA DO MIGUEL (SÃO PAULO)/ SALA/ DIA]
(depois de ser dispensado mais uma vez pela Carla, Miguel ficou em casa vendo TV. Karina e Lucas vem descendo as escadas bem juntinhos)
MIGUEL – Não vai pra empresa hoje, irmãzinha?
LUCAS – Hoje não cunhado. Temos planos melhores do que ficar naquela empresa. (beija ela)
MIGUEL – Só você mesmo para conseguir tirar a Karina de dentro daquele escritório.
KARINA – Não é verdade. Hoje, o pessoal dar conta sem mim lá. E mesmo assim, estou precisando de um tempinho com meu marido.
MIGUEL – E eu posso saber onde o casal perfeito vai?
LUCAS – É surpresa ainda. Mas ela vai adorar.
KARINA – Sabe que eu não gosto de surpresa, mas… como você disse que eu vou gostar. Eu confio em você.
LUCAS – Então vamos. Tchau cunhado. E não espere a gente
KARINA – Tchau irmão.
MIGUEL – Tchau, e divirtam-se! (Karina e Lucas saem aos beijos, Miguel volta a ver TV)
[CENÁRIO 07 – PRAÇA/ DIA]
(Frederico está sentado em um banco, ansioso, olhando para o relógio do braço. Afinal, ele saiu da empresa, escondido de Thomas. Viviane chega)
FREDERICO – Que bom que você veio?
VIVIANE – Eu não posso demorar. Então qual é o problema?
FREDERICO – O meu cunhado viu o teste de paternidade!
VIVIANE – (surpresa) Como você permitiu isso, Frederico? A verônica estava certa, eu não devia ter confiado em você e ter mantido essa dúvida só comigo.
FREDERICO – Calma Viviane. Ele me deu um tempo. Eu consegui inventar uma história pra ele e acabei conseguido com que ele me desse um tempo antes de contar para Beatriz.
VIVIANE – Mesmo assim Frederico, o Felipe não pode descobrir que não é filho do Fernando. Se seu cunhado conta pra sua esposa, logo ela vai atrás dele e até de mim.
FREDERICO – Ele não vai contar porque eu já sei como resolver isso. Não se preocupa, ninguém vai saber dessa historia. Confia em mim?
VIVIANE – Depois dessa, eu não sei se consigo confiar mais em você.
FREDERICO – Eu vou resolver isso, tá bem. Não se preocupa. Eu marquei esse encontro, porque eu queria encontrar com o Felipe e queria sua permissão.
VIVIANE – Nem pensar, não antes que você resolva essa burrada que você fez.
FREDERICO – Pode deixar, eu vou pensar em uma forma de fugir dele.
VIVIANE – Então, depois a gente pode pensar em um encontro entre vocês. (vai embora, deixando Frederico pensativo)
[CENÁRIO 08 – CASA DO FELIPE/ SALA/ DIA]
VERÔNICA – Você e o Felipe já escolheram o nome da criança?
LUANA – Não sabemos nem o sexo do bebe ainda mamãe.
VERÔNICA – E o que você está esperando pra resolver isso?
LUANA – Ainda é cedo, na verdade ainda nem toquei isso com ele. Felipe tem me tratado tão friamente.
VERÔNICA – Mas, você está tentando conquistá-lo, não está?
LUANA – Tenho mamãe, mas não tem mais tido efeito. Parece que Felipe realmente não me ama mais.
VERÔNICA – Não se preocupa, filha. Deixa essa criança nascer, você ter o seu corpo de volta, que te ajudarei a reconquista-lo. Cadê a Viviane?
LUANA – Não sei, deve ter saído. Ela tem saído todos os dias cedo, diz que é recomendação do médico. (Verônica fica desconfiada)
VERÔNICA – Ela sai todos os dias e não avisa à ninguém pra onde vai?
LUANA – Ela diz que vai caminhar. Agora não sei aonde? (Viviane chega em casa)
VERÔNICA – Estava caminhando Viviane?
VIVIANE – É… (diz meio surpresa com a pergunta) São recomendações médicas. O que faz aqui Verônica?
VERÔNICA – Vim ver minha filha.
VIVIANE – O Paulo está em casa, Luana?
LUANA – Não. Ele não chegou deste ontem?
VIVIANE – Chegou, é que ele voltou a sair novamente. Bom, se vocês me dão licença, vou tomar um banho.
LUANA – Claro! (Viviane sobe para o quarto)
VERÔNICA – Está acontecendo alguma coisa com o Paulo?
LUANA – A senhora nem sabe, mamãe. Ele e o Felipe estão brigando quase toda hora. Não conseguem mais se entender. Essa já é a segunda vez que ele sai de casa e não avisa ninguém para onde vai.
VERÔNICA – Depois que o Fernando morreu, essa família tem ficando uma bagunça. Ele era o único que colocava as pessoas dessa casa nos trilhos.
[CENÁRIO 09 – APARTAMENTO DO SÉRGIO/ SALA/ DIA]
ADRIANO – Está lembrado que o aniversário do Felipe é nesta quinta né!
ROBERTO – Sim, vamos planejar alguma coisa.
ADRIANO – Até que podemos planejar algo, mas saber se ele vai topar, é outra história. (campainha toca) Quem será? (abre e encontra uma surpresa) Sérgio, como assim cara? (se abraçam)
SÉRGIO – É, eu decidi voltar um pouco antes. Queria saber com vocês estavam sobrevivendo, sem mim. (Sérgio entra. Roberto também o abraça)
ROBERTO – Como pode ver, estamos bem.
SÉRGIO – Estou vendo, nenhum cômodo com manha de incêndio, nenhuma marcar de explosão…
ADRIANO – Engraçadinho. Passa uma semana fora e pensa que já era pra termos feito uma reforma completa no apartamento.
ROBERTO – Antes de você chegar, estávamos falando que o aniversário do Felipe é na quinta, e estamos pensando se faremos ou não alguma coisa para ele.
ADRIANO – Como o melhor festeiro chegou, o que você acha Sérgio?
SÉRGIO – É, boa ideia.
ROBERTO – Mas, e aquela história entre você e a Luana? (Sérgio fica pensativo)
ADRIANO – É, afinal ele está casado com a Luana, se fazermos uma festa para ele, ela provavelmente virá junto.
ROBERTO – E Felipe ainda não sabe que você e a Luana…
SÉRGIO – Sem problema, irei agir normalmente entre eles.
ADRIANO – Você gosta da Luana?
SÉRGIO – Não, claro que não. Tivemos só um caso.
ADRIANO – Você não acha que esse é o momento de contar para ele?
SÉRGIO – Eu não posso chegar nele e falar que estava tendo um caso com a noiva dele, vespara do seu casamento.
ADRIANO – Está com medo do Felipe deixa de ser seu amigo?
SÉRGIO – Não é só isso. Dele também terminar o casamento por minha causa. Eu não quero ser o responsável pelo os dois se separarem.
ROBERTO – Até que eu te entendo o Sérgio, e olhando por esse lado, realmente é melhor não contar nada ainda. E o que você pensa em fazer? (Sérgio volta a ficar pensativo)
SÉRGIO – Eu vou até casa dele. (caminha em direção á porta)
ADRIANO – Mas você acabou de chegar, cara?
SÉRGIO – Eu sei, mas eu preciso resolver isso. (sai)
[CENÁRIO 10 – PRAIA/ DIA]
(Paulo está sentado na areia. Ao lado dele, está Bianca, só que ele não sabe quem é ela)
PAULO – Meu irmão faz com minha mãe a mesma coisa que meu pai fazia. Ela está cega e não ver que cada dia o Felipe está mais parecido com ele. Minha mãe gosta de ficar sendo humilhada por esses homens. Primeiro o papai, agora o Felipe.
BIANCA – Mas você não é assim né, querido? (passando a mão em seu cabelo)
PAULO – Obrigado. Você tem sido uma grande amiga, eu não estava aguentando mais segurar isso dentro de mim.
BIANCA – Sempre que você quiser se abrir com alguém, pode contar sempre comigo, viu querido. (continua passando a mão na cabeça dele)
PAULO – Tá na hora deu ir. Obrigado por me ouvir. (ele beija o rosto dela e vai embora. Ele não percebe, mas Bianca está com alguns fios de cabelo dele em suas mãos)
BIANCA – De nada querido. Eu que agradeço pelo presente! (olhando para os fios de cabelo na mão)
[CENÁRIO 11 – CASA DO FELIPE/ SALA/ DIA]
(Verônica e Luana continuam conversando na sala)
VERÔNICA – Que horas o Felipe volta da empresa?
LUANA – Isso se ele voltar pra almoçar, mas não deve demorar! (campainha toca. A empregada vai atender a porta)
SÉRGIO – Bom dia, o Felipe está?
EMPREGADA – Ele está na empresa, mas deve está chegando.
SÉRGIO – Posso entrar pra esperar ele? (ela o deixar entrar) O que eu tenho pra falar com ele não pode ser adiado. (Luana reconhece a voz e logo ver quem é)
LUANA – (levantando do sofá, surpresa) O que você está fazendo aqui?
Continua no Capítulo 26…