Capitulo 24 – Formas de Amar

Capítulo 24

Continuação do capítulo anterior…

Cena 1

No apartamento de Cesar.

Ana entra no apartamento.

Cesar: A senhora veio trazer um recado da Maria?

Ana: Da Maria não. O recado é meu mesmo.

Cesar: Eu não entendi.

Ana: A Maria já sabe quem é você, do seu envolvimento com a polícia. Como vocês jovens dizem: A máscara caiu. Esta mais que na cara que a sua verdadeira intenção era conseguir mais dinheiro com a Maria. Vamos ser práticos então. Fala-me seu valor, me diz quanto você quer pra deixar minha filha em paz.

Cesar e Maria se encaram.

Cesar: Eu acho que a senhora esta confundindo as coisas.

Ana: Não estou confundindo nada. Estou sendo bem direta. Fala-me qual o seu preço? Eu vou fazer o cheque agora.

Laura vai ate a sala.

Laura: A senhora me desculpe, mas eu não vou admitir você vem até o nosso apartamento achando que pode comprar meu filho. Quem você pensa que é?

Ana: Você sabe melhor do que eu que seu filho não é um santo. Até passagem na policia ele tem.

Laura: Pegue esse seu talão de cheques, e sai daqui agora. Eu não vou deixar você vim ofender meu filho. E eu se fosse você sairia daqui rápido antes que eu mesmo te tire daqui.

Ana e Laura se encaram. Ana abre a porta e sai para o corredor.

Cesar: A senhora pode não acreditar, mas eu amo a sua filha. Como eu jamais amei mulher nenhuma.

Ana: Não me interessa. E eu quero você longe da minha filha, caso contrário eu chamo a policia.

Cena 2.

Na sala de Nazaré e Tânia.

Guto: Eu estou esperando pra me contarem.

Nazaré: Se eu acabei de dizer que você não pode saber, você acha mesmo que nos vamos te contar?

Guto: Dona Tânia, dona Tânia. O que você esta aprontando?

Tânia: Eu não estou aprontando nada. Que marcação. Parece que eu sou sua filha e não sua mãe.

Guto: Mas parece mesmo. Se deixando ser enganada por aquele tiozinho tarado que se acha o jovenzinho.

Nazaré: Você esta falando de quem? O Julio?

Guto: Esse mesmo. Espero que ele não tenha voltado aqui depois daquele dia.

Tânia: Não voltou se você quer saber. Mas o que aconteceu? Quando você vem aqui cedo assim é porque aconteceu alguma coisa.

Guto: Aconteceu sim. Ontem o João descobriu que a Isa o traia com o Daniel do restaurante.

Tânia: Eu não estou acreditando que a Isa tinha um caso com o Daniel. Ela ia casar amanhã.

Nazaré: Falando assim o bafão perde efeito. A safada da Isa colocava um par de chifres no João com o Daniel.

Tânia: E como ele está?

Guto: Péssimo. Muito arrasado mesmo. Eu até estranhei ele hoje de manhã. Mas eu não sei lidar com essas situações. Está em suas mãos.

Cena 3.

Na mansão dos Bordoni.

Jonas entra em casa e vê Cida o esperando na sala.

Cida: Bom dia. Eu sou a Cida. A Dona Ana me ligou e me passou todas as instruções. Ela me contou que o senhor perdeu a memória. É muito triste.

Jonas: É sim, infelizmente eu não me lembro de nada. Eu estou um pouco cansado, onde é meu quarto?

Cida: Lá em cima, eu mostro o senhor.

Jonas: Claro. A Ana disse se viria aqui?

Cida: Não, ela não disse nada não. O senhor quer que ligue pra ela?

Jonas: Não, não precisa. Só me mostre meu quarto mesmo.

Cida: Claro.

OS dois sobem as escadas.

Cena 4.

 Na Aromas/ Na sala do presidente.

Guto sentado à mesa lê um contrato.

Guto: Isso pode ser muito interessante pra mim. Devia ter pensado nisso antes.

Carlos bate na porta e entra na sala.

Carlos: Mandou me chamar.

Guto: Mandei sim. Sente-se aqui.

Carlos senta à mesa em frente Guto.

Guto: Bom, nunca fui de enrolação. Não vou ser agora, eu vou direto ao ponto. Você entregou um relatório ao meu tio onde foram descoberta alguns desvios de dinheiro que eu fiz.

Carlos: Sim, e eu sou um dos que acha muito absurdo você ocupar esse cargo que você está. Se ajudando seu tio você já roubou uma quantia tão grande como essa, imagina agora na presidência?

Guto: E o que isso muda na sua vida? Nada. Então trate de ficar quietinho sobre isso tudo que é melhor pra você.

Carlos: Eu imagino que o Jonas sofreu o acidente antes de tomar qualquer decisão em relação ao seu desvio e agora ele esta sem se lembrar de nada… Eu tenho ainda aquele relatório nos meus arquivos. Eu já deveria ter mostrado eles pra Ana há muito tempo, mas não quis incomodar com essa situação que ela estava vivendo. Mas agora o Jonas saiu do hospital eu já posso mostrar quem é você.

Guto: Eu se fosse você nem brincava em dizer uma coisa dessas… Mas eu não sou uma pessoa ruim. Eu posso te oferecer uma quantia muito boa pra você ficar quietinho. Ta vendo como o Guto é legal?

Carlos: Nenhum dinheiro no mundo vai me corromper. Eu não compactuo com essas coisas erradas que você faz. Assim que a Ana vier na empresa eu vou mostrar esse relatório a ela.

Carlos levanta e sai da sala. Guto pega o celular disca para J.P

Guto: Alo? Tenho mais um serviço pra você. Cortar o freio de um carro aqui da empresa. Toma cuidado pra não ser visto. Eu vou te passar os detalhes agora…

Cena 5./Noite.

 No apartamento de Maria.

Maria chega á sala com a bolsa na mão.

Ana: Vai sair?

Maria: Vou sim, eu preciso extravasar. Eu to com muita coisa na cabeça.

Ana: Cuidado. Não vai sozinha. Esse Cesar pode ser um perigo pra você.

Maria: Não acho que ele seja perigoso assim, mas se ele for eu sei me defender também.

Ana: Cuidado.

Maria: Pode deixar mãe.

Maria sai do apartamento e caminha pelo corredor e para em frente o elevador. A porta do elevador se abre e Maria vê Edu com os braços levantados e Joice tentando puxa-los para baixo.

Maria: Que isso?

Joice: Tivemos um pequeno contratempo lá em casa e o Edu pegou um mau jeito nos braços.

Maria: Mas ficar com eles assim pra cima ajuda?

Edu: Não Maria. Mas graças a sua amiga aqui eu não consigo abaixa-los. Já estou o dia inteiro assim.

Maria: Mas o que aconteceu?

Edu: Alguém tentou ser romântica, se embriagou de vinho, me prendeu na cama e dormiu.

Joice: Foi um acidente.

Maria: Olhe pelo lado bom, você pode trocar lâmpadas com mais facilidade agora.

Joice: Ótima ideia, a luz da despensa queimou. Vamos lá trocar.

Maria: Eu estava brincando.

Joice: Mas eu não, vamos lá Edu.

Edu: Mereço.

Edu e Joice saem do elevador e Maria entra.

Cena 6.

No apartamento de Ricardo.

Ricardo sai do quarto e vai para a sala com um livro nas mãos. Ricardo senta no sofá e abre o livro e uma foto dele com Maria no parque cai do livro. Ricardo pega a foto e lembra-se de Maria entrando no restaurante na noite passada, depois se lembra da conversa com Paula no corredor na noite passada.

Ricardo: Quando eu vou conseguir te esquecer de vez Maria?

Cena 7.

Na boate.

Maria entra na boate e caminha pelo ambiente.

Maria: O que eu vim fazer aqui, eu devia ter ficado em casa. Ambiente assim não é pra mim.

Paula caminhando na balada esbarra em Maria.

Paula: Desculpa.

As duas se olham.

Maria: Você aqui não, por favor. Eu vou pra casa não estou a fim de ver seu namorado.

Paula: Eu estou namorando? Alguém se esqueceu de me avisar.

Maria: O Ricardo. Não fingi de sonsa.

Paula: Eu e o Ricardo não namoramos. A gente fica.

Maria: Que moderno para o Ricardo. Ele não era assim.

Paula estende a mão para Maria.

Paula: Eu sei que você é a Maria. Eu sou a Paula.

Maria olha pra mão de Paula.

Paula: Pode pegar na minha mão, não vou te fazer nenhum mal.

Maria a cumprimenta apertando a sua mão.

Paula: Realmente você é linda. Agora eu entendo porque o Ricardo é louco com você. Mas sua cara está péssima. Você precisa de uma dose de tequila pra se soltar na balada. Vem.

Paula pega Maria pela mão e a leva pro o bar da boate.

Paula: Duas tequilas.

O barman coloca duas tequilas no balcão. Paula pega os dois copos short de tequila e entrega um pra Maria.

Paula: Vai bebe.

Paula vira o copo.

Paula: Bebe mulher. Vai dizer que não bebe álcool também?

Maria: Você é louca? Você estava jantando com o meu ex ontem e quer que eu beba com você aqui na balada? Era pra nós duas sermos inimigas, rivais.

Paula: Não.  Sem essa de que mulheres tem que ser rivais pra disputar homens. Amo homens, mas não são as coisas mais importantes do mundo. Se tivéssemos disputando um cargo de emprego, algo do tipo poderia até fazer um pouco de sentido o que você disse, mas nem nessa situação precisaríamos ser inimigas. Maria, você não esta com uma carinha boa, parece está precisando conversar com alguém, estamos em uma boate e você não deve conhecer ninguém aqui. Eu sou o mais próximo de amizade que você tem aqui. Eu to tentando ser legal com você, se você não quer tudo bem.

Maria vira o copo short de tequila.

Maria: Obrigado por você esta tentando ser legal.

Cena 8.

 Na mansão dos Bordoni.

Na sala de jantar, Cida prepara a mesa para o jantar e Jonas entra.

Jonas: Que mesa bonita.

Cida: Obrigada. O senhor não costumava ser gentil assim. Desculpe falar.

Jonas: Não tem problema. Estaria muito tarde pra eu pedir que você prepare um jantar especial?

Cida: Depende do que o senhor for pedir pra preparar.

Jonas: Eu não sei. Vamos fazer assim, você prepara o que você conseguir preparar bem rápido que eu vou dar um telefonema.

Cena 9.

Na sala do apartamento de Maria.

Ana com o telefone na orelha.

Ana: Deixa-me ver se eu entendi. Você esta me convidando pra jantar?

Cena 10.

Na boate.

Paula e Maria conversam no balcão.

Maria: Ver vocês dois ontem jantando juntos, brindando com aquela felicidade. Nossa, morri de ciúmes por dentro. Se eu tivesse uma arma naquela hora você não estaria aqui.

Paula: Que horror.

Maria: Eu estou brincando.

Paula: Eu sei. Mas o desconforto não foi exclusividade só sua. O Ricardo ficou bem mexido com a sua presença lá no restaurante.

Maria: Para. Olha para você. Linda. Quem ia ficar incomodado com a ex tendo um mulherão igual você na mesa.

Paula: O Ricardo. Ele é louco por você. Ele te ama de tal maneira que eu tenho um pouquinho de inveja. Mas só pouquinho. E da pra ver nos seus olhos que você também é louca com ele. Quer um conselho? Procura por ele.

Maria olha pra Paula sem entender.