Capítulo 22 – Paixão Fatal
PAIXÃO FATAL – CAPÍTULO 22
Artur pede Tânia em casamento
Continuação do capítulo anterior…
Madá entra bruscamente na cozinha.
MADÁ — Eu pago a vocês para nos servirem e não pra baterem papo. Esse café é pra hoje ou para semana que vem, Odete?
ODETE — Me desculpe, dona Madá, já está tudo pronto. Já vou servir.
Odete sai. Madá fuzila Lavínia com os olhos.
LAVÍNIA — Você já viu o estado daquela cama e daquele closet, pois é. Quero aquele quarto um brinco, ok? Ah, só mais uma coisinha. Eu preciso de um vestido para a inauguração, e da Melina Lemos de Sá.
MADÁ — Isso não vai ficar assim, sua vadia.
Lavínia sai sorrindo.
CENA 1/JOALHERIA/DIA.
Artur está conversando com uma das vendedoras.
ARTUR — Eu quero o anel mais bonito da joalheria. É para uma pessoa muito especial.
VENDEDORA — Humm, pelo visto você está mesmo disposto a viver com ela, estou certa?
ARTUR — Sim. Eu vou pedi-la em casamento.
VENDEDORA — Meus parabéns.
CENA 2/MOTEL/QUARTO/DIA.
Altino está deitado observando Tânia se vestindo.
ALTINO — Eu não mereço nem um beijo de bom dia?
TÂNIA — Seu nojento. Você não merece nada, você merece a sarjeta.
ALTINO — Te espero hoje novamente.
TÂNIA — Não vai dá, eu tenho um jantar com o Artur. Eu prometi que estaria com ele.
Altino suspira.
ALTINO — Quero ver até quando vai durar esse conto de fadas.
CENA 3/M. SANTELLI/SUÍTE MASTER/DIA.
Piero abre as cortinas das janelas. Wanda já está acordada.
PIERO — Bom dia, milady. Dormiu o sono dos deuses?
WANDA — Não, Piero, não consegui depois do que eu fiz.
PIERO — Não compreendo, milady.
WANDA — Eu cometi um pecado, Piero. Eu me deitei com outro homem.
PIERO — Acalme-se milady. Não podemos desfazer o que aconteceu. Se me permite, eu a aconselho esquecer isso, e nunca deixar que milorde Ernesto desconfie ou venha saber disso.
WANDA — Eu me senti tão só, o Ernesto me abandonou há muito tempo. Eu não significo nada pra ele. E os meus filhos onde estão?
PIERO — O Danilo ainda está dormindo e o senhor Bruno já se mudou para o flat.
CENA 4/FLAT/QUARTO/DIA.
Bruno joga as malas no chão e pula na cama se deitando.
BRUNO — Não via a hora desse dia chegar. Agora sim, eu não preciso mais ficar no mesmo teto que o meu pai. A Madá precisa ver essa belezura.
CENA 5/M. VILLAÇA/PISCINA/DIA.
Olavo está nadando quando submerge vê a imagem de Lavínia. Ela sorri quando ele fica surpreso.
LAVÍNIA — Não precisa ficar com essa cara, eu não vou aprontar dessa vez.
OLAVO — O que você quer então?
LAVÍNIA — Conversar com você.
OLAVO — Me poupe, eu não tenho nada que conversar com você.
LAVÍNIA — Nem sobre tomar o lugar do sonso do Artur?
OLAVO — Do que você está falando?
LAVÍNIA — Nas histórias é sempre assim, um irmão querendo passar a perna no outro, e vocês não são diferentes. É obvio demais. Se você quer mesmo destruir qualquer chance do Artur assumir os negócios da família, pesquise mais sobre a namorada dele. Pelo visto ninguém a conhece, ninguém sabe se ela tem família, de onde vem. Já parou pra pensar nisso?
OLAVO — E o que você quer em troca?
LAVÍNIA — Rápido você.
OLAVO — Eu sou empresário, se você não sabe.
LAVÍNIA — Empresário ilegal, não é?
OLAVO — Olha aqui garota/
LAVÍNIA — Eu não vou te dedurar, gato. O que eu quero é dinheiro, e depois você.
Ela sai.
CENA 6/VENEZA/RUAS/DIA.
Bibi e Marina passeiam com sacolas nas mãos.
BIBI — E o Ernesto?
MARINA — Infelizmente ele não pode vim, ficou no hotel. Ele prefere não atrapalhar as compras das mulheres.
BIBI — Bom pra nós duas. Eu vou te mostrar as belezas de Veneza antes de voltarmos para o Brasil.
MARINA — É uma honra.
BIBI — E então, você e o Ernesto estão tendo alguma coisa?
MARINA — Não, não, imagina. Nunca me passou pela cabeça, o Ernesto me ajudou muito. Ele é como um irmão pra mim.
BIBI — Me desculpe se a constrangi. A gente sabe que a maioria dos homens são infiéis.
CENA 7/M. VILLAÇA/SALA/DIA.
Saulo se despede de Madá e Sofia.
SAULO — Tchau meus amores. Eu volto logo.
SOFIA — Tchau papai. O senhor está um gato.
SAULO — Oh minha querida, são os seus olhos.
Ele sai e logo encontra Danilo.
DANILO — Bom dia, seu Saulo. Eu vim falar com a Sofia.
Saulo sai sem se importar.
SOFIA — Espero que você tenha um bom motivo pra me convencer.
MADÁ — Eu vou deixar vocês a sós. Mas antes, cuidado rapaz, você não encontrará outra garota assim com a minha Sofia.
SOFIA — É claro, mamãe. Eu sou insubstituível.
DANILO — Por favor, Sofia. Eu me ajoelho aos seus pés.
SOFIA — É pouco.
DANILO — Então tá, vem aqui fora.
Sofia sai e vê uma Ferrari rosa.
DANILO — E então?
SOFIA — É lindo, Dan. Perfeito. Você é o namorado mais perfeito do mundo.
Ela sorri e o beija.
CENA 8/MOTEL/QUARTO/DIA.
Tânia acaba de beijar Artur.
TÂNIA — Você me disse que tinha uma surpresa depois do jantar. O que você aprontou, Artur?
ARTUR — Algo que eu queria há muito tempo. Eu te amo, Tânia.
TÂNIA — Oh Artur, eu também.
Ele pega uma caixinha e mostra pra Tânia. Ela fica tensa.
TÂNIA — O que é isso, Artur?
ARTUR — Eu quero simbolizar o nosso amor, Tânia. Está mais do que na hora. Você aceita se casar comigo? Eu prometo te fazer a mulher mais feliz do mundo.
Tânia fica tensa, oberva o rosto inocente de Artur e o anel. Ela não consegue falar nada.