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Samara

Capítulo 21 – Samara

Cena 1 – Alencar (Noite). Delegacia.
João: Você queria a verdade, não é? Aqui está. – Diz ele ao delegado com uma faca cheia de sangue.
Delegado: O que significa isso? Você surtou?
João: Fui eu quem matou o Augusto. E agora acabei de matar outra pessoa.
Delegado: E por que está me dizendo isso só agora?
João: Porque já não tenho mais motivos para esconder isso de ninguém.
Delegado: E quais eram os seus motivos de antes?
João: Não vem ao caso. O senhor vai ou não me pretender logo de uma vez?

Cena 2 – Estrelar (Noite). Hotel.
Pedro: Mãe, fala comigo. – Ele pega o telefone e solicita uma ambulância. – Quem será que fez isso? – Ele pega a sacola novamente e tira de dentro a cabeça de Arnaldo. – Quem seria capaz de tamanha crueldade?

Cena 3 – Estrelar (Noite). Mansão Lamburgo.
Morgana: Onde é que a senhora estava?
Lúcia: Estava na cozinha preparando este delicioso lanche para você.
Morgana: Não como mais nada que venha de você. E… na cozinha você não estava, eu fui até lá e não te encontrei. Por que está mentindo?
Lúcia: Se você não quer comer não coma. – Ela derruba a bandeja no chão e sobe a escada.
Morgana: Por que será que ela está mentindo? Onde será que ela estava?

Cena 4 – Cajamar (Noite). Rua.
Roberto: Samara! Samara! – Ela passa e não fala com ele, parecendo não escutar. Samara entra na casa de Gilson.
Gilson: Tudo bem minha filha? Sua cara não está nada boa.
Samara: Talvez porque não esteja nada bem papai. O Pedro mentiu para mim, ele me traiu.
Gilson: Você foi tirar satisfação depois de ter visto ele com aqueles dois?
Samara: Eu não disse nada a ele, mas o que importa é que ele mentiu para mim. Eu não posso mais confiar nele.

Cena 5 – Alencar (Noite). Rua.
Raul: Amora? O que está fazendo aqui? Parece até que viu fantasma. – Diz ele ao ver a expressão de medo dela.
Amora: Por favor, não estou afim de conversar com ninguém.
Raul: Nem mesmo comigo? Sabe que gosto tanto de você, também sabe que pode contar comigo para o que precisar. – Irônico.
Amora: Estou com muito medo de ser presa. Muito medo mesmo.
Raul: O que foi que você aprontou hein!? – Ele a abraça. – Diz pra mim.

Cena 6 – Cajamar (Dia). Casa de Gilson.
Samara (Ao celular): Eu desaprovo o que você fez. Sei que precisava garantir isso, mas foi uma manobra muito arriscada. E se o tiro sair pela culatra? Ok! Obrigada, pois se você está se sacrificando tenho certeza que é para me ajudar.
Gilson: Era o Pedro? Já estão de bem novamente?
Samara: Não, não era o Pedro. – O telefone toca e Samara atende. – Alô. João? Você está aonde? Estou indo para ai agora. – Ela pega a bolsa e sai.
Gilson: O que será que aconteceu agora?

Cena 7 – Estrelar (Dia). Mansão Lamburgo.
Lúcia: Bom dia meus filhos queridos. – Diz ela com uma alegria resplandecente.
Morgana: Só queria saber o motivo de tanta alegria.
Lúcia: Não há nada melhor do que ser verdadeira com todos.
Morgana: Acho que não estou entendendo. A verdadeira de quem você está falando é você?
Marcelo: Acho meio difícil que ela esteja falando dela. Já que verdadeira ela não é.
Lúcia: Já disse a vocês sobre ficarem falando grosseiramente comigo, não falei?
Morgana: Tudo bem. Só me responda onde esteve ontem, só é isso que eu quero saber.
Lúcia: Quer saber? Eu estava com o João, satisfeita?
Morgana: Com o João? Ainda continuo a não acreditar, já que vocês não se dão muito bem.
Lúcia: Vocês me conhecem melhor do que ninguém. Eu fui atacá-lo… não é isso o que faço de melhor?
Morgana: Atacá-lo? Com o que? Matou uma pessoa e foi ameaçar ele dizendo que o culparia pelo crime?
Lúcia: Se você estiver se referindo ao assassinato do seu pai… eu não matei ninguém.
Morgana: Ok. Não quer falar, não fala. – Ela se levanta.

Cena 8 – Alencar (Dia). Delegacia.
Pedro: Como assim o senhor já prendeu o culpado?
Delegado: Não se preocupe, quem fez isso com o seu pai já está devidamente preso.
Silvia: Como o senhor pode ter tanta certeza? Pode ser que esteja confundindo as coisas.
Delegado: A descrição bate. Está tudo perfeitamente encaixado. Só preciso de uma foto do seu pai. – Silvia tira de sua bolsa e o entrega.

Cena 9 – Cajamar (Dia). Casa de Gilson.
Marcelo: Se não me falha a memória o senhor está me devendo algumas explicações.
Gilson: Você deve está falando daquele dia no Jocks Bar. Olha só… sua mãe e eu tivemos um caso no passado. O que levou ela a pensar que você fosse o meu filho, mas não é.
Marcelo: Mas se não sou seu filho, nem do Augusto. Quem é o meu pai então?
Gilson: Essa pergunta não deveria ser feita a mim e sim a Lúcia.

Cena 10 – Estrelar (Dia). Hotel.
Silvia: Um maníaco. Isso não me convenceu. Ele pode ter confirmado que matou o Arnaldo e tudo, mas eu não engoli a história que ele contou de ser maníaco.
Pedro: Como é que ele era? Você viu a cara dele?
Silvia: Eu estava por um lado do vidro e ele pelo outro, era um vidro fumê, vi bem o rosto dele.
Pedro: Não o reconheceu?
Silvia: Não, mas ele com certeza também está envolvido nesta acusações falsas feitas contra a boate. – Ela mente sobre as acusações serem falsas.
Pedro: Chega de mentiras mãe. Eu sei que você e o papai traficavam pessoas para trabalhar lá na boate. E foi por isso que eu resolvi ir trabalhar lá. Para ajudar aquelas mulheres. – Ela se surpreende.

Cena 11 – Alencar (Dia). Cadeia – Sala de visitas.
Samara: Por que você fez isso João?
João: Eu estou bem Samara. Se eu fiz o que fiz foi por livre e espontânea vontade.
Samara: Já não bastou você ficar preso durante toda sua adolescência por um crime que você não cometeu?
João: Valeu sim, pois assim não tive que presenciar a Lúcia se dando bem na vida depois de tudo que ela fez.
Samara: E será que você está aqui mais uma vez, atrás dessas grades, por culpa dela? Ela te disse alguma coisa?
João: Você é a única pessoa que posso confiar Samara. Que posso contar tudo sem medo. Sabe o Sérgio Amaro que eu havia lhe contado?
Samara: É até difícil esquecer este nome. Claro que me lembro.
João: Ele era meu pai. – Ela se surpreende. – E a Lúcia dizia que o havia matado por ele ter trocado propositalmente o remédio da minha mãe, Lucimara, levando-a a morte.
Samara: Mas o que é que a Lúcia tem a ver com isso? Ela era tão amiga assim da sua mãe?
João: Ontem ela confessou a mim que na verdade… ela tinha trocado os remédios, que ela matou os dois, pois os dois deixaram de enxergar ela, que eles tinham olhos apenas para mim.
Samara: Então… ela os matou por ciúmes? Mas você não é o filho deles? Essa história está muito confusa. Qual é a relação da Lúcia nisso tudo? Por que ela se incomodou tanto com os seus pais dando mais atenção para você do que para ela?
João: Você ainda não entendeu que nós somos irmãos? A Lúcia é minha irmã, a primogênita. – Samara fica estupefata.

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Rodrigomes

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