Capítulo 20 – Saber Viver
Capítulo 20, Saber Viver
CENA 1. RIO DE JANEIRO/ PETRÓPOLIS – EMPRESA DAN QUADROS/DIA
DAVI Pai, eu venho comunicar que a Empresa Dan Quadros, vai realizar mais uma coleção de quadros. – fala, rindo.
Enzo se levanta da cadeira revoltado.
ENZO Como é que é? – pergunta, revoltado.
DAVI É isso mesmo que você ouviu, pai. A Dan Quadros vai fazer uma coleção nova de quadros.
ENZO Com que direito você teve de fazer isso?
DAVI Como diretor da empresa. Já era pai, a data já está até marcada. Para daqui alguns meses.
PIETRO Davi, eu também sou diretor dessa empresa e a empresa não está vendendo muito para conseguir montar uma exposição.
DAVI Pietro você é um bostinha, e eu sou o diretor maior. Como eu disse, a data já está até marcada.
ENZO Você não fez isso.
DAVI Pior que fiz. E tem mais a empresa vai homenagear meu querido avô: Dan. Era um pintor de mão cheia.
ENZO A reunião está encerrada. Davi você fica. – fala.
Todos saem da sala de reunião, somente Davi fica.
DAVI O que você quer comigo? – pergunta, debochado.
ENZO Quem te deu o direito de fazer essa coleção de quadros em à minha autorização?
DAVI Eu já disse. Sou diretor dessa empresa. Agora dá licença.
Davi vai até a porta e Enzo fala com ele.
ENZO Você está me desafiando? – pergunta.
DAVI Já desafiei. – fala.
Davi sai e Enzo fica revoltado.
FLASHBACK – 1982 – SANTO CRISTO
DAN Meu filho, os filhos mentem, querem voar, o dia em que você for pai, vai me entender. Eles te desafiam, te fazem acreditar que você perdeu totalmente o domínio sobre eles. Mais o nosso amor jamais mudará.
VOLTA A CENA
ENZO Meu velho pai… meu velho Dan. – fala, deixando escorrer uma lágrima dos seus olhos.
CENA 2. RIO DE JANEIRO/ TAQUARA – CASA DA CRISTINA/DIA
Telma chega em casa com sacolas de supermercados.
TELMA Cheguei. – fala, sorrindo.
Vítor coloca as mãos para trás, ele esconde algo.
TELMA Vítor, o que foi isso que você escondeu? – pergunta, desconfiada.
VÍTOR Nada não, irmã. – fala, assustado.
TELMA VÍTOR ME DÁ ISSO. AGORA! – grita.
Ele tenta esconder mas Telma pega da sua mão.
TELMA USANDO DROGAS, VÍTOR? DENTRO DE CASA? – grita, furiosa.
VÍTOR Me perdoa, eu não queria. – fala, chorando.
Telma pega Vítor pelos braços, ela tira o cinto da bermuda.
VÍTOR O que você vai fazer com esse cinto? – pergunta, assustado.
Telma o joga no sofá e ele fica assustado.
TELMA Fazer o que você está merecendo a muito tempo. – fala, com raiva.
Ela começa a bater nele e ele grita.
VÍTOR Para, me solta, por favor, está me machucando. – implora, chorando.
TELMA É para machucar. Isso aqui é para você aprender a nunca mais trazer – fala. – DROGAS AQUI PARA CASA. – grita, com raiva.
Ela continua batendo no Vítor que grita, pedindo socorro.
CENA 3. RIO DE JANEIRO/ PETRÓPOLIS – CASA DA REBECA/DIA
Alice chega na casa de Rebeca e Daniel abre a porta.
DANIEL Entra, Alice. – fala.
ALICE E a Rebeca, continua na sala?
DANIEL No mesmo estado de ontem. – fala.
ALICE Meu Deus. Ela nem se alimentou? – pergunta.
DANIEL Ainda não.
Alice vai até a cozinha, pega um biscoito e vai até Rebeca.
ALICE Filha! Filha! – sussurra, balançando-a.
REBECA Mãe? – fala em baixo tom.
ALICE Eu peguei um biscoito para você. Se alimenta um pouco. – fala.
REBECA Eu não quero comer mãe.
ALICE Você precisa se alimentar. – fala.
Alice abre a boca de Rebeca e coloca o biscoito na boca dela, que vomita tudo.
REBECA Não mãe, eu não quero. – fala.
Rebeca vomita tudo em um canto e pede Alice para ir embora.
REBECA Mãe, vai embora, me deixa em paz. Deixa eu ficar aqui.
ALICE Eu vou, mas eu não vou desistir de você minha filha. Fica bem. – fala.
Alice vai embora e Daniel a acompanha até a porta.
DANIEL Espero que ela melhore o quanto antes.
ALICE Ajeita logo as coisas. Quero ela lá em casa o quanto antes.
DANIEL Tudo bem.
ALICE Até mais.
CENA 4. RIO DE JANEIRO/ TAQUARA – CASA DA CRISTINA/DIA
Telma está sentada no sofá chorando.
TELMA Onde foi que eu errei, Deus? Me diga. – fala, chorando.
Ela coloca as mãos na cabeça.
TELMA Eu não posso me sentir culpada pelo o que ele é. Em breve meu irmão vai sair dessa. Ele vai, tenho fé. – ela se levanta e vai sobe a escada.
CENA 5. RIO DE JANEIRO/ BARRA – APT. DO EDU/DIA
Edu está sentado no sofá vendo televisão quando a campainha toca.
EDU Já vai. – fala.
Ele abre a porta e se depara com Cristina.
EDU Você? Aqui? Como descobriu meu apartamento? – pergunta.
CRISTINA Isso só conto quando me deixar entrar. – fala, rindo.
Foca em Cristina, que está rindo de deboche.
FIM DO 20° CAPÍTULO!