Capítulo 2 – Saber Viver
Capítulo 2|| SABER VIVER
ESCRITO POR: EDUARDO SANTOS
O sol nasce radiante e aos poucos vai perdendo seu brilho, então as estrelas vai tomando conta de todo o céu. A lua está perfeita, e mais brilhante do que nunca. Os 29 anos atrás acontecem. O sol então nasce com pouco brilho. As mais belas ruas de Santo Cristo é tomada pelas flores rosas e brancas de toda a cidade. Então a primavera da a luz e é mais comemorativa do que nunca. Finalmente, é dia.
29 ANOS ATRÁS…
CENA 1. RIO DE JANEIRO/SANTO CRISTO – CASA DA SEVERINA/DIA
Telma e Enzo estão no quarto e Severina bate na porta.
SEVERINA Será que atrapalho? – pergunta, batendo na porta.
ENZO Não mãe, entra.
SEVERINA Só para avisar que o café da manhã já está na mesa, não vão descer?
JUNTOS Já estamos indo! – sorriem, olhando um para o outro.
SEVERINA Devo esperar vocês, ou posso me adiantar?
ENZO Mãe, você ainda vai trabalhar, pode se adiantar, já iremos descer.
SEVERINA Tudo bem. Até mais. – fala, fechando a porta.
Severina fecha à porta e deixa Enzo e Telma à vontade.
TELMA Sua mãe é uma fofa, a minha vem sempre com aquela ignorância.
ENZO Ignorância que eu já até me acostumei. – fala, rindo.
TELMA Espero que nossos filhos não pensem isso da gente. – gargalha.
Algumas horas depois…
CENA 2. RIO DE JANEIRO/SANTO CRISTO – RUA/TARDE
Enzo e Telma estão na rua e se deparam com Edu e Alice.
ALICE Bom dia, Enzo! – cumprimenta.
TELMA Só viu ele aqui? – brinca, debochada.
ALICE Perdão, Telma. Você está muito magra, quase foi impossível te notar. – fala, ironicamente.
TELMA Irônica. – fala, com cara de nojo.
Alice e Edu vão andando e Edu repreende o jeito de Alice.
EDU Que antipatia com a menina. – fala.
ALICE Não gosto dela, muito sem graça, sente a dona do Enzo.
Edu fica cismado.
EDU São namorados, não está certo? – pergunta,
ALICE Não começa, por favor. – pede.
Alguns meses depois…
CENA 3. RIO DE JANEIRO/SANTO CRISTO – CASA DA SEVERINA/DIA
Severina e Enzo estão sentados na mesa da cozinha conversando.
SEVERINA Meu filho, já está na hora de contar para a Telma que você tem um caso com Alice, não acha? – pergunta.
ENZO Mãe! – fala, assustado, se engasgando.
SEVERINA Meu filho, é a mais pura realidade. Não quero que você fique fazendo a moça sofrer, seu pai me fez sofrer muito, me traía mais que tudo, não quero que ela passe pelo mesmo.
ENZO Mãe, eu vou contar… só preciso escolher a hora certa.
SEVERINA Ontem você passou à noite com essa menina né? – pergunta.
ENZO Passei. Por que está perguntando? – pergunta, desconfiado.
SEVERINA Percebi que chegou tarde. Mas deixa isso de lado. – fala.
CENA 4. RIO DE JANEIRO/SANTO CRISTO – CASA DA CELESTE/DIA
CELESTE Alice, Edu chegou, está aqui embaixo. – grita.
Alice está no quarto.
ALICE Pede ele para subir. – grita.
Edu sobe as escadas correndo e acaba tropeçando, mas não se machuca.
CELESTE Cuidado aí hein, essa escada é perigosa! – brinca, rindo.
Edu entra no quarto de Alice e vai direto ao seu encontro.
EDU Estou com saudades! – fala, beijando o pescoço de Alice.
Alice fica sem jeito mas afasta Edu.
EDU Está acontecendo alguma coisa? – interrompe o beijo e fixa seu olhar em Alice.
ALICE Edu, eu… eu preciso terminar com você.
EDU Quê?! – pergunta, indignado.
ALICE Edu, eu não aguento mais as provocações da Cristina. E tem outra coisa que eu preciso te contar.
EDU Pera aí, pera aí! Você vai se deixar levar por provocações de Cristina?
ALICE Eduardo, eu estou grávida, eu estou esperando um filho… seu! – fala, de cabeça baixa.
Edu fica sem ação e sem o que dizer.
CENA 5. RIO DE JANEIRO/SANTO CRISTO – CASA DA MEIRA/DIA
MEIRA Chega, chega e chega! Eu não aguento mais você fazendo essas maldades contra uma garota que nunca fez nada para você. – grita.
CRISTINA Roubou o homem que é meu, meu e meu! – berra.
MEIRA Abaixa esse tom, você não está falando com suas coleguinhas, está falando com sua mãe. – grita, apontando o dedo na cara de Cristina.
CRISTINA Quem quer exemplo, que dê exemplo! – fala, debochada.
Meira dá um tapa na cara de Cristina.
MEIRA Você me respeita garota! Me respeita! – grita.
Cristina fica indignada com o tapa que levou de Meira.
CENA 5. RIO DE JANEIRO/SANTO CRISTO – CASA DA CELESTE/DIA
EDU Deixa eu te ajudar a criar o meu filho, meu filho. – implora.
ALICE Edu, eu quero você longe dessa Cristina, entendeu? Longe! – fala.
EDU Tudo bem, tudo bem. Tem algo que eu possa fazer para te ajudar? – pergunta, chorando.
ALICE Vá embora, me deixa hoje aqui, sozinha, por favor… te peço. – pede, passando a mão no cabelo de Edu.
EDU Tudo bem, eu volto amanhã. – se despede, dando um beijo em Alice.
CENA 6. RIO DE JANEIRO/SANTO CRISTO – CASA DA SEVERINA/NOITE
Alice bate na porta do quarto de Enzo e pede para conversar com ele.
ALICE Será que podemos conversar? – pergunta.
ENZO Claro, entra. – fala, se levantando da cama e sentando na mesma.
ALICE Enzo, eu quero te dizer que não podemos mais continuar a ter o caso.
Enzo fica desconfiado
ENZO O que aconteceu? – pergunta, desconfiado.
ALICE Enzo, eu estou grávida… do Edu. – fala.
ENZO E como pode ter certeza que esse filho não é meu?
ALICE A mãe sempre sabe quem é o pai do filho. Me perdoe! – ela sai do quarto correndo, chorando.
ENZO Alice! Alice! – grita, passando a mão entre o cabelo.
CENA 7. RIO DE JANEIRO/SANTO CRISTO – CASA DA CELESTE/NOITE
Há passagem de mês em mês ao acompanhamento da gravidez de Alice. Mostra cada mês da gravidez e sua respectiva barriga.
9° mês de gestação…
ALICE Nem acredito que em breve terei meu filho, ou melhor, nosso filho. – fala para Edu, alisando sua barriga.
Dias depois…
CENA 8. RIO DE JANEIRO/SANTO CRISTO – MATERNIDADE/TARDE
Alice está em trabalho de parto e Edu está apreensivo do seu lado.
MÉDICO Alice, vou precisar que você faça força, muita força. – fala.
ALICE A-A-A-A-A-A-AH! – grita.
Alice aperta as mãos de Edu forte e ele sente dor.
MÉDICO Mais força Alice, você consegue, força.
ALICE A-A-A-A-A-A-AH! – grita.
Alguns minutos depois…
MÉDICO Nasceu Alice, é um menino, um lindo menino. – fala.
EDU Parabéns para nós amor! – fala, beijando ela.
Dias depois…
CENA 9. RIO DE JANEIRO/SANTO CRISTO – CASA DA CELESTE/DIA
Alice acorda e não vê seu bebê no berço, supõe que Celeste o pegou.
ALICE Minha mãe nem para avisar que vai pegar o bebê. – fala, rindo.
Alice desce as escadas chamando pelo nome de Celeste.
ALICE Mãe?! Mãe?! – chama.
Alice para na escada e fica chocada com a cena que vê.
ALICE A-A-A-A-A-AH! – grita, trémula e chorando.
FIM DO 2° CAPÍTULO!