Capítulo 2- Perigosos Acasos
Capítulo 2
Cena 1. Casa de Gertrudes. Quarto/ Sala
Magdalena: Ulisses.
A câmera foca no olhar surpreso de Magdalena e na felicidade de Ulisses em reencontrar seu grande amor.
Ulisses: Oi meu amor.
Magdalena: O que fazes aqui?
Ulisses: Calma, amor.
Ulisses senta na cama ao lado de Magdalena e começa á acariciar o rosto dela.
Magdalena: E o que aconteceu para você voltar assim de uma hora para a outra?
Magdalena retira a mão de Ulisses do seu rosto.
Ulisses: Não gostou que eu voltei? Não sentiu falta de mim?
Magdalena: Você me abandonou aqui, sem me dar satisfações e agora, volta como um cachorro abandonado como se nada estivesse acontecido. O que achavas que iria fazer quando eu te vesse? Achava que eu ia te beijar e te abraçar?
Ulisses: Eu nunca te abandonei apenas saí da cidade para cuidar de negócios e não te avisei para não fazer você sofrer.
Magdalena: Eu sofri sem saber aonde você estava, fiquei esse tempo todo preocupada contigo e o sentimento que eu sentia por você se transformou em lágrimas.
Ulisses: Se você quiser podemos reatar a nossa relação, afinal, estamos solteiros e ainda estamos apaixonados um pelo outro.
Magdalena: Realmente ainda estou apaixonada por você e devemos sim reatar esse relacionamento.
Hermínia escuta a conversa e interrompe-a, entrando no quarto.
Hermínia: Com licença, Magdalena, eu já organizei o velório e as pessoas já estão chegando para ver o rosto de Dona Gertrudes pela última vez, peço que vá recepcioná-las.
Magdalena se levanta da cama.
Magdalena: Obrigado, Hermínia. Posso saber como deixou esse homem entrar aqui?
Hermínia: Ah ele falou que estava aqui pelo velório e eu deixei entrar.
Magdalena: Boa explicação e se ele fosse um bandido? Não faça mais isso, Hermínia só permita a entrada de pessoas conhecidas e as pessoas que não conhece chame a mim para atendê-las tá.
Hermínia: Se a senhorita quiser, posso mandar retirá-lo daqui.
Magdalena: Não precisa mais, já me entendi com ele.
Hermínia: Então, vamos senhorita. As pessoas estão te esperando.
Magdalena: Vamos sim.
Magdalena, Hermínia e Ulisses saem do quarto em direção á sala, porém quando chegam são surpreendidos por uma mulher.
Mulher: Olá, lembram de mim?
Magdalena fica espantada com a presença da tal mulher.
Cena 2.Casa de Miguel. Banheiro
Rogério está tomando banho, começa á lembrar do estupro e a sentir um tesão que ele não conseguia controlar. Rogério então pega no pênis e começa á se masturbar, até que Teresa se aproxima do banheiro, abre a porta lentamente e vê tudo.
Teresa: O que você está fazendo, Rogério?
Rogério se assusta e para de se masturbar.
Rogério: Amor, eu posso explicar. Faz tempo, que você não transa comigo e minha vontade só aumenta, então só posso sentir prazer se masturbando.
Teresa: Mas, meu amor. Nós não estamos transando por que você está chegando muito tarde.
Rogério: Então, vamos resolver essa situação. Amanhã vou tentar chegar mais cedo e vamos ter uma noite de prazer como nos velhos tempos.
Teresa se alegra.
Rogério: Agora, deixe-me terminar de tomar banho, querida.
Teresa: Tá bom, garanhão. (Risos).
Teresa sai do banheiro e Rogério fecha a porta.
Rogério(p/si): Ai amanhã vou ter que transar com essa velha rabugenta, que merda. Não estou mais aguentando essa mulher, preciso me livrar dela.
A câmera foca no olhar sombrio de Rogério.
Cena 3. Casa de Elisa. Quarto de Magnólia
Magnólia está lendo a Bíblia, até que é surpreendida com o barulho do celular ela se levanta e atende-o.
Magnólia: Alô, quem está falando?
Anônimo: Dona Magnólia. A senhora esqueceu da dívida que fez aqui?
Magnólia: Não esqueci não.
Anônimo: Então, se você não pagar essa dívida até amanhã, eu vou tomar a sua casa.
Magnólia: Não faça isso, Eu sei que não tem essa coragem toda.
Anônimo: Ah eu farei sim, mas, se duvida tanto assim espere até amanhã e verás com teus próprios olhos.
Magnólia desliga o telefone.
Magnólia(P/SI): Eu vou ter que ir embora daqui, não quero que a minha filha presencie isso.
Cena 4. Casa de Gertrudes. Sala
Magdalena: Marisa.
Marisa abraça Magdalena.
Hermínia: Não vai me abraçar não, Marisa?
Marisa solta Magdalena e deixa Hermínia no vácuo com os braços abertos.
Marisa: Olá, eu voltei após saber da morte de vovó.
Magdalena: E como ficou sabendo?
Hermínia fica apreensiva.
Marisa: a Hermínia que me ligou avisando, que morte trágica né. (Risos)
Magdalena: Não sei o que estás fazendo aqui, você nunca ligou para vovó e até a desprezava de vez em quando.
Marisa: Esquece o passado, priminha. Mas, me diga quem é aquele lindo ali- Apontando para Ulisses.
Magdalena: Ai aquele ali é meu namorado.
Marisa (p/si): Se essa imbecil acha que vai ficar com esse bonitão aí ela está muito enganada, eu vou seduzi-lo até ficar com ele.
Cena 5.Casa de Miguel. Sala de estar
Miguel está sentado no sofá
Miguel(P/SI): Meu pai está muito estranho ultimamente, será que ele está mentindo para nós, inventando que estava numa reunião, mas na verdade estava com uma amante, eu vou descobrir isso agora vou ligar para o Henrique e perguntar que horas o pai dele chegou hoje e vou tirar a minha conclusão sobre isso.
Miguel pega o telefone, liga para Henrique e Henrique atende.
Henrique: oi, quem está falando?
Miguel: Sou eu, Miguel.
Henrique: Oi, Miguel. O que desejas meu amigo?
Miguel: Henrique me responda que horas seu pai chegou em casa hoje?
Henrique: Ele chegou umas 18h30. Mas, para que você quer saber sobre meu pai?
Miguel: antes me responda, Seu pai falou alguma coisa com você sobre uma reunião na empresa?
Henrique: Meu pai falou que hoje foi um dia normal. E se tivesse reunião ele tinha falado comigo.
Miguel: Estou achando que meu pai está traindo a minha mãe.
Henrique: Porque estás achando isso?
Miguel: Ele está com um comportamento estranho, está chegando tarde em casa, mentindo para minha mãe e esses dias eu vi ele conversando com uma mulher em um restaurante.
Henrique: Isso realmente é estranho!
Miguel: Por isso, agora eu tirarei essa história à limpo, porque eu jamais vou permitir que meu pai traia a minha mãe, jamais! Boa noite amigo.
Henrique: Boa noite.
Miguel desliga o telefone e sai da sala indo em direção ao quarto de Rogério.
Cena 6.Casa de Gertrudes. Sala
Hermínia se aproxima de Magdalena e de Marisa.
Hermínia: Magdalena, uma grande amiga de sua avó dona Louise Cardoso está te esperando no jardim.
Magdalena: Eu já vou, Hermínia.
Hermínia: Ande rápido.
Hermínia sai da sala.
Magdalena: Prima, vou ali tá e Fique á vontade.
Marisa: Você fala assim, como se a casa fosse sua.
Magdalena: E quem falou que não é.
Marisa: Você só pode estar brincando né?
Magdalena: Me dê licença, tá.
Magdalena sai da sala em direção ao jardim.
Marisa(P/SI): Será que aquela velha deu toda a herança para Magdalena?
Cena 7. Casa de Miguel. Quarto de Rogério.
Miguel está em frente ao quarto de seus pais, abre a porta e entra rapidamente.
Miguel: Pai, me explica que história é essa que não teve reunião na sua empresa hoje.
Rogério fica nervoso e apreensivo.
Teresa: Não teve reunião? E aonde você estava, Rogério?
Rogério: E quem te falou isso, Miguel.
Miguel: Eu liguei para Henrique e ele me afirmou que seu pai não falou nada sobre nenhuma reunião hoje. E não adianta inventar desculpas esfarrapadas para tentar nos convencer do contrário, mas agora nos responda aonde o senhor estava hein?
Rogério: Na verdade, eu estava em uma joalheria encomendando um anel para comemorar as nossas bodas de porcelana. Eu não revelei, pois, era uma surpresa e inventei essa história para ninguém desconfiar, mas, agora você estragou a surpresa Miguel.
Tereza: Você lembrou das nossas bodas, amor.
Miguel: Ah para mãe não acredite nessa historinha, pois não tem como ele ter demorado tanto para escolher um anel, né.
Rogério: Eu demorei pois queria escolher o melhor anel para dar para a sua mãe, pois, ela merece o melhor.
Miguel: Tá bom, mas aonde o senhor encontrou uma joalheria aberta meia noite?
Rogério: Como todos sabem, eu tenho muitos amigos e o dono da joalheria é um deles. Mas, não devo satisfações para você, moleque abusado.
Tereza: Pare de ficar importunando seu pai, Miguel, Saia de nosso quarto e deixe nos sozinhos.
Miguel: O senhor pode até enganar minha mãe, mas á mim ninguém engana não viu, pai.
Tereza: Saia daqui.
Tereza empurra Miguel para fora do quarto e fecha a porta.
Cena 8. Amanhece…
Cena 9. Casa de Elisa. Quarto de Elisa. Int.
Elisa após perceber que o dia amanheceu abre os olhos lentamente, Magnólia começa a bater na porta sem parar, até que Elisa é surpreendida pelo barulho da porta.
Elisa(P/SI) Que barulho é esse?
Magnólia: Abre a porta, Elisa.
Elisa se levanta e vai em direção á porta e a abre.
Elisa: O que desejas tão cedo, mãe?
Magnólia: Eu decidi que vamos embora daqui, iremos para a cidade grande.
Elisa: Mas, mãe o que levou a senhora a decidir sair daqui.
Magnólia: O seu pai saiu da cadeia, filha e em breve vai vim aqui para nos importunar.
Elisa: Mas, mãe.
Magnólia: Mas, nada. E para sua alegria eu levarei a Milena para fazer companhia para você, já até falei com a tia dela e ela autorizou.
Elisa: É pelo menos não vou precisar me separar de minha grande amiga.
Magnólia: agora, vá logo se ajeitar que nós vamos para a cidade hoje mesmo.
Elisa sai do quarto e vai em direção ao banheiro.
Magnólia(P/SI):Se ela soubesse o verdadeiro motivo da nossa saída daqui, acho que jamais me perdoaria.
Cena 10. Casa de Gertrudes. Sala
Marisa(P/SI): Ai estou morta de sono mas, todos da família estão aqui no velório chorando eu não posso fazer a desfeita de ir dormir, que saco! Ah mais pelo menos, Ulisses está ali sozinho e eu posso começar a seduzi-lo.
Marisa anda em direção á Ulisses.
Marisa: Olá.
Ulisses: Oi, quem é você?
Marisa: sou a prima de Magdalena.
Ulisses: atá.
Marisa: Como você consegue namorar com aquela sonsa da Magdalena?
Ulisses: Eu a amo e não aceito que ninguém fale mal dela na minha frente.
Marisa: Ok, senhor apaixonado mas, se você quisesse nós poderíamos fazer amor de vez em quando e Magdalena nem saberia, afinal, ela é uma sonsa.
Magdalena se aproxima de Marisa.
Magdalena: O que? Você quer ser amante do meu namorado?
Magdalena dá uma bofetada em Marisa, que fica revoltada.
Continua …
Olha eu aqui de novo! Espero que você não ache chato eu opinar tanto, haha. Bem, eu continuo achando Magdalena uma mulher de pouca emoção. Ulisses também não me pareceu nada sensível em relação à morte da avó da “amada”. Eu compreendo que Marisa não dê a mínima para a situação, mas Magdalena foi meio seca. Desde reatar o relacionamento repentinamente até não dar tanta confiança ao velório de Gertrudes. Procure ser mais cuidadoso na pontuação, nas falas e nos sentimentos de cada personagem! Às vezes as reações não condiziam com a situação, tente intensificá-las. Bem, é apenas mais uma dica. E outra coisa… Ulisses não me passa essa confiança toda. Como ele sabia que ela estava solteira? Como Magdalena aceita ele assim sem mais nem menos? Ele sumiu e apareceu do nada! Isso é, no mínimo, suspeito.
Eu tenho lido com um enorme receio da história não passar nenhuma mensagem construtiva. Será que vai? Porque, por enquanto, só estão acontecendo coisas desgostosas.
Magdalena foi meio rude com Hermínia, mas mesmo assim não parece que ela será a antagonista.
Rogério é um homem simplesmente asqueroso. Eu almejo justiça. Espero ter mais explicações sobre o comportamento desagradável desse homem, porque por enquanto parece muito ponto sem nó. Você pode construir uma questão bem legal nesta parte. Tomara que ele seja devidamente punido ao longo da trama. Eu não acho muito legal descrever tanto cenas com abordagens sexuais tão nojentas, mas você é o autor, você que sabe… Só cuidado para não soar artificial e omitir as atrocidades que são os atos cometidos por ele. Espero que você não se esqueça dos valores humanos enquanto escreve esse tipo de cena. Miguel não parece ser um menino idiota, desconfiança das pessoas às vezes é sistema de defesa.
Enquanto isso, Marisa é a típica interesseira, mas eu achei meio forçado ela falar que vai seduzir Ulisses. Que tipo de mulher pensa dessa forma? Acho que pensar muito assim não ficou natural, tudo bem que ela gostaria de conquistá-lo, coisa e tal, mas ela pareceu mesmo robótica se oferecendo para ser amante. Tome mais cuidado com as emoções, como eu já disse, além de atentar para a pontuação. Às vezes coisas escritas erroneamente que deveriam transmitir dor acabam transmitindo outras coisas.
Magnólia parece que será expulsa da casa mesmo… Mas a situação deu um ar de mistério. Ela parece não ser realmente convertida, tanto que chega a maltratar a filha e ser injusta por causa de uma fofoca. Isso não é ser cristão, porque ela sequer quis ouvir os dois lados da história devidamente. Elisa poderia ter sido castigada por mentir, mas não diretamente por “estar se prostituindo”.
Cuidado ao elaborar as falas de cada personagem. Contudo, de acordo com certas coisas que já vi, acredito que exercitando você possa aprimorar. Tomara que você faça bom uso desta história que, assim como qualquer outra, é um ótimo instrumento para transmitir boas mensagens e reflexões. Até mais ver!
Mais uma vez amei a sua crítica, percebo que estás achando tudo muito misterioso e artificial, mas nada está acontecendo por acaso não, pelo contrário está tudo bem esquematizado (por mim), nos próximos capítulos tudo será resolvido e tudo que está “sem pé, nem cabeça´´ começará a fazer sentido, Pelo amor de Deus, continue lendo esses capítulos e fazendo suas críticas tão bem colocadas, e adoro, beijos e continue criticando.
O título soa irônico, sabe? Eu realmente não acredito em acaso! Eu acredito em você na questão disso tudo ter um objetivo mais profundo, por isso me interessei em continuar lendo. Eu fico muito aliviada mesmo de ver que você não fica aborrecido com as críticas, às vezes alguns pontos partem apenas da minha opinião e não de uma análise geral, afinal, sou uma leitora! Obrigada por responder carinhosamente, muito sucesso!
Obrigado minha flor, eu acho que as crítica não são um meio de ofender uma obra e sim ajudar o autor à aprimorar a sua trama e torná-la ainda melhor. E a suas opiniões são tão bem colocadas que acabo acatando tudo, risos, mas fique tranquila continue comentando, porque eu adoro.