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Ela Veste Preto, mas o Baile é Cor de Rosa

Capítulo 18 – Ela Veste Preto, Mas o Baile é Cor de Rosa

Toc – Toc!

– Dejavú! Vai ser assim todos os dias? – pergunta Romeu ao atender a porta.

– Não, meu amigo! Hoje foi melhor! Ela ficou comigo! – conta Alonso rindo e chacoalhando os ombros do outro.

– Já tava me preocupando de novo! Quase liguei pros seus pais… Você tá diferente! Tem certeza que essa garota vale a pena?

– Ai! Lá vem você de novo, Romeu! Sempre tão desconfiado… Pode ter certeza, dessa vez será diferente. Eu sei me cuidar! – termina indo para o quarto.

De lá, recomeçou a conversa gritando.

– Ah! E tem mais, hoje à noite você vai conhecê-la!

– Conhecê-la? Como assim? Alonso o que você tá aprontando?

– Nada! Só pensei em fazer um jantar romântico onde você estará de saída, assim que ela chegar, aí poderá conhecê-la. Quando a ver vai mudar essa cara de receio e passar a ser fã.

– Tanto assim? Acho que não, meu nome não é Alonso. Valeu cara, mas sou vacinado nesse negócio de amor. – diz olhando pela janela, se achando o mais esperto dos homens.

– E como você vai explicar esse lugar pra ela? Afinal de contas é meio diferente do resto do bairro! – pergunta Romeu rodando com os braços esticados mostrando o sobrado.

– Vou dizer que é seu!

– Como? – indaga o amigo quase tendo um ataque de pânico.

– Calma, Romeu! Vou dizer que você ganhou de herança de um pai rico que abandonou sua mãe grávida e que nós dois trabalhamos duro pra manter essa casa e quase não conseguimos.

– Pronto! Tinha que meter minha mãe e meu pai no meio, né! Tava demorando! Se minha mãe descobre o que você tá inventando sobre ela e meu pai…

– É por isso que a Dora precisa te ver aqui, pra ter certeza que eu não inventei nada.

– Cedo ou tarde ela vai acabar descobrindo sobre isso aqui, e se ela for metade do que você me contou, vai acabar muito mal.

– Não vai, não! Tudo se resolverá a seu tempo! Vou ligar pra ela agora.

Alonso ligou para Dora que atendeu ainda desanimada com o cartão e fotos mandados por R. Ela tentou disfarçar, mas sem saída, aceitou o convite para jantar.

– Mal posso esperar pra chegar de noite e a gente se encontrar de novo. Afinal, já faz algumas horas que não brigamos, o universo perderá seu equilíbrio desse jeito.

Ela riu nervosa. Até que Alonso perguntou.

– O que foi Dora, um jantar te assusta? Não se preocupe, não sou nenhum tarado serial killer, é só um jantar. Além do mais meu amigo estará aqui e ele é bem medroso.

– Não! Imagina! Tudo bem… Até a noite então! – diz anotando o endereço e desligando em seguida.

– Ai, meu Deus! O que eu faço agora? Sigo o que o R quer e me submeto a esse idiota ou vou e acabo colocando Alonso em perigo!

Camila Oliveira Santos

Camila Oliveira Santos - Pseudônimo Mila Olivier. Tem 30 anos, mas sua cabeça não tem idade. Escreveu a vida toda, porém só percebeu que gostava aos 17 anos, quando queria dar novos rumos aos filmes e séries que assistia, sua outra paixão. Estudante de Produção Multimídia, formada em Processamento de Dados e Pós Graduada em Docência para o Ensino Superior que adora escrever. Sendo publicada em jornais e antologias de São Paulo e Sorocaba. Fase Regional do Mapa Cultural Paulista 2013/2014, Antologia de Apoio à APAE de São Paulo 2013, 2° Concurso Literário Cruzeiro do Sul 2011, 2º Lugar no Concurso Literário da Universidade de Sorocaba 2014 (Modalidade – Causos), entre outros ao longo de 10 anos de carreira. Aguarda ansiosamente a finalização da publicação do primeiro livro “Madame Cage – A Mulher que Colecionava Jovens” pela editora Buriti. Participa de muitos concursos e oficinas literárias visando agregar cada vez mais conhecimento desse mundo infinito que é o literário, têm ideias e inventa moda toda hora, entretanto gosta mesmo é de criar histórias.

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Camila Oliveira Santos - Pseudônimo Mila Olivier. Tem 30 anos, mas sua cabeça não tem idade. Escreveu a vida toda, porém só percebeu que gostava aos 17 anos, quando queria dar novos rumos aos filmes e séries que assistia, sua outra paixão. Estudante de Produção Multimídia, formada em Processamento de Dados e Pós Graduada em Docência para o Ensino Superior que adora escrever. Sendo publicada em jornais e antologias de São Paulo e Sorocaba. Fase Regional do Mapa Cultural Paulista 2013/2014, Antologia de Apoio à APAE de São Paulo 2013, 2° Concurso Literário Cruzeiro do Sul 2011, 2º Lugar no Concurso Literário da Universidade de Sorocaba 2014 (Modalidade – Causos), entre outros ao longo de 10 anos de carreira. Aguarda ansiosamente a finalização da publicação do primeiro livro “Madame Cage – A Mulher que Colecionava Jovens” pela editora Buriti. Participa de muitos concursos e oficinas literárias visando agregar cada vez mais conhecimento desse mundo infinito que é o literário, têm ideias e inventa moda toda hora, entretanto gosta mesmo é de criar histórias.

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