Capítulo 17 – Samara
Pedro: Samara… lindo o seu nome, assim como você. – Ela fica envergonhada. – O meu é Pedro.
Samara: Eu posso te fazer uma pergunta? É que eu estou muito ansiosa agora que você irá me ajudar a sair daqui.
Pedro: Pergunte o que quiser. – Ele é gentil.
Samara: Como é que você pretende fazer isso? Quando?
Pedro: Prepare-se pois vou te tirar daqui amanhã, mas por enquanto somente você.
Cena 2 – Alencar (Noite). Restaurante.
Raul: Pensei que não ia vir. Está quinze minutos atrasada. – Diz ele olhando o relógio.
Amora: Não sou de dar bolo em ninguém. – Ela se senta. – O que é que você quer propôr a mim?
Raul: Não sei se você percebeu, mas nós estamos envolvidos com pessoas que são da família mais rica do estado, quem sabe até do país.
Amora: Eu sei muito bem do poder financeiro que os Lamburgo tem.
Raul: E presumo que, assim como eu, não está envolvida com o Marcelo porque… ama ele.
Amora: Certamente. Mas será que dá pra você ser mais claro?
Raul: Quando o meu pai me disse que queria me levar para a mansão dos Lamburgo com ele, nem pensei duas vezes antes de aceitar.
Amora: Você quer dar um golpe neles. É isso?
Cena 3 – Estrelar (Noite). Mansão Lamburgo.
Delegado: Ao que me parece sua relação com o seu filho não é muito boa.
Lúcia: O que fez o senhor chegar a esta conclusão? – Ela sorri.
Delegado: Digo isso por experiência própria. Filhos são muito difíceis de lidar.
Lúcia: Não no meu caso. Me dou super bem com os meus filhos. – Ele percebe que ela está mentindo e então se levanta do sofá.
Delegado: Creio eu que a senhora saiba muito bem que… fica impossível de se resolver um caso baseado em mentiras.
Lúcia: Por que o senhor está dizendo isso?
Delegado: Estou apenas alertando, pois se estiver escondendo algo de mim, se estiver mentindo… nada será resolvido.
Lúcia: Confie em mim. Tudo que estou lhe dizendo é verdade. A mais pura verdade.
Cena 4 – Alencar (Noite). Restaurante.
Raul: Sim. Pena que não sou capaz de fazer isso sozinho. – Ele finge estar triste com o fato.
Amora: Isso é um convite para os seus planos?
Raul: Teríamos muito dinheiro se fizéssemos isso, não acha?
Amora: Não, eu não acho. Tenho certeza. Aliás… nem preciso pensar muito, é claro que aceito o seu convite.
Raul: E que tal uma possível reconciliação? – Ele aproxima seu rosto do dela.
Amora: Desculpa, mas eu sou daquelas que… não aderem figurinhas repetidas, já que elas não completam álbuns! – Ela se levanta e vai embora.
Raul: Não se pode ter tudo. – Ele diz a si mesmo.
Cena 5 – Alexandria (Noite). Red Night.
Pedro: Eu posso te pedir uma coisa agora?
Samara: Depende do que irá me pedir. – Ele pega na mão dela e acaricia.
Pedro: Não mereço nem um beijo? Vou te ajudar amanhã.
Samara: E está fazendo isso por interesse? Pensei que estava querendo me ajudar… de verdade.
Pedro: Desculpa. Não quis soar interesseiro, mas eu tô aqui conversando com você faz tempo sobre o que vai acontecer amanhã e… a sua boca… me dá um desejo tão grande.
Samara: Ainda não. Por enquanto é melhor ficarmos apenas na amizade.
Pedro: Você me hipnotizou Samara, estou completamente apaixonado por você.
Samara: Confesso que de início te achei um grosseiro, maluco. Mas agora minha opinião mudou.
Pedro: Fico até com vergonha por ter feito aquilo com você… mas eu vou te ajudar, vou te tirar daqui pra ao menos recompensar por parte do que fiz.
Samara: Acho que nós já estamos dando bandeira demais. É melhor você ir trabalhar.
Pedro: Está querendo que eu vá embora? Tudo bem.
Samara: Não, não foi isso que eu quis dizer. – Ela pega no braço dele. – Me entenda, estou apenas alertando…
Pedro: Não precisa me explicar nada, eu entendi o seu recado. – Ele sorri. – Até amanhã… Samara. – Ele desaparece em meio a multidão.
Samara: Ó meu Deus. Nenhum homem, exceto o Marcelo, mexeu tanto com os meus sentimento, me deixou com o coração na mão. – Ela sorri, nervosa. – Pedro. O nome dele é Pedro.
Cena 6 – Cajamar (Noite). Casa de Gilson.
Gilson: Marcelo? Você por aqui? Que honra. Entre. – Marcelo entra. – Senta ai, fica a vontade.
Marcelo: Sei que é estranho… eu o ex da sua filha vir até aqui, mas… pensei em algo que o senhor vai gostar muito.
Gilson: Não tem nada de estranho nisso. Diz ai o que foi que você pensou.
Marcelo: Sei que está sendo difícil para o senhor… cuidar de três crianças. Ainda mais que uma tem apenas dois anos ainda.
Gilson: Sim, está sendo difícil, mas não impossível.
Marcelo: Vim aqui com a proposta de levar o menino comigo. Levar ele para perto da família dele.
Gilson: Mas aqui ele já está em família. – A expressão dele muda de feliz para sério. – Você não vai levar o Gabriel daqui. Minha filha errou feio em se envolver com o seu pai.
Marcelo: Entenda seu Gilson, será melhor tanto para o senhor quanto para ele. E eles dois erraram em não ter contado para mim sobre isso. Deve ter sido uma surpresa e tanta para a Samara quando ela descobriu que estava namorando o filho do Augusto.
Gilson: Não tem mais nem meio mais. Daqui o Gabriel não sai, só por cima do meu cadáver. E sim, ela realmente ficou muito surpresa, mas ela estava cegamente apaixonada por você e… não deixou que isso a abalasse por isso ela resolveu enfrentar o Augusto.
Marcelo: Eu não vim aqui para discutir com o senhor. Foi apenas…
Gilson: Já disse o que tinha de dizer? Agora… por favor. – Ele aponta para a porta.
Marcelo: Espero não ter magoado o senhor com a minha proposta. – Ele sai.
Cena 7 – Alexandria (Dia). Red Night.
Pedro: Meu pai pediu para que eu buscasse uma das garotas, parece que ela pode ter contraído alguma doença sexual e… preciso levar ela ao médico.
Segurança: Sim, senhor. Qual o nome da garota?
Pedro: Se não me falha a memória, ele disse… Samara. A garota se chama Samara. – O segurança vai até ao alojamento e volta com Samara.
Segurança: É essa senhor?
Pedro: Deve ser. Muito obrigado. – Ele pega no braço dela com força. – Vai entra no carro. – Ele abre a porta do passageiro e joga ela, logo em seguida ele vai para o banco do motorista.
Samara: Não consigo acreditar. Foi tão fácil assim?
Pedro: Tem sorte por ter conhecido o… – Ele percebe que não contou a ela que era filho de Arnaldo. – funcionário mais confiável do dono da boate. Marquei o nosso voo para hoje a tarde. O que acha?
Samara: Tanto faz, só quero ir embora deste país. Agora… estou morrendo de sede e também estou com muita fome.
Pedro: Pena que eu não trouxe nada, mas eu vou fazer uma paradinha ali em frente e compro algo para você.
Samara: Tudo bem. – Ela pega na coxa dele e aperta levemente em forma de agradecimento. – Estou adorando o seu lado bondoso.
Pedro: E eu adoraria se você me recompensasse por isso.
Samara: Te recompensar? E como você sugere que eu faça isso?
Pedro: Me beija. – Ele para o carro.
Samara: Pedro, por favor. – Ela sorri envergonhada.
Pedro: Ok, ok. – Ele abre a porta e sai.
Samara: Para onde você vai? – Ela se espanta com a ação dele. – Vai me deixar aqui sozinha?
Pedro: Calma moça. Não me pediu para comprar alimentos para você? Então… – Ele caminha.
Samara: Chegou a hora. – Ela pega o celular dele e começa a discar. – Alô? Droga! Eles não falam português. – Ela passa o endereço da boate, mesmo sabendo que o policial pode não entender nada do que ela está falando. – O senhor tem que ir para lá. Estão precisando muito da sua ajuda. – Ela desliga. – O endereço ao menos ele deve ter entendido. Agora é rezar para que tudo dê certo. Você vai ser preso Arnaldo… você e a sua esposa, assim como todos os outros que estão juntos nessa com vocês. Preciso de uma garantia que isso vai mesmo acontecer, que nada vai dar errado. – Ela pega o celular novamente e disca outro número. -Alô! Desculpa é que depois daquele dia que te liguei, todos os meus créditos acabaram e estou ligando para dizer que eu tô livre, mas… preciso de mais um favor seu. – Ela pede para que a pessoa vá até a polícia e denuncie Arnaldo e Silvia. – Conto com você, não vá me decepcionar. Agora eles estão em suas mãos. – Ela desliga.