Capítulo 16 -Formas de Amar

Capítulo 16.

Continuação do capítulo anterior…

Cena 1.

Cesar se aproxima de J.P

Cesar: Eu vou te lembrar então.

Cesar da um soco no rosto de J.P, com o impacto do soco J.P dá dois passos pra trás e apoia a mão direita no chão pra não cair. J.P levanta e passa a mão esquerda na boca e a vê suja de sangue.

J.P: Percebo que você perdeu completamente a vontade de viver.

J.P vai pra cima de Cesar, e acerta dois socos diretos no rosto no rosto dele. Cesar tenta revidar com outro soco, mas J.P se defende com o antebraço e acerta mais três socos no estomago de Cesar. J.P pega Cesar pela gola da camisa e o joga contra a parede, pressionado seu antebraço no pescoço de Cesar. J.P tira o canivete do bolso de trás da calça e o coloca no pescoço de Cesar.

J.P: E agora moleque? Você sabe rezar?

Cesar desesperado encara J.P.

J.P: O que aconteceu com a pose de machão, está todo covarde agora.

Cesar: Quer me matar então mata, coloca mais um crime nas suas costas.

J.P: Assim só piora sua situação.

O celular de Cesar toca.

Cesar: Ta ouvindo? Minha mãe ligando, ela sabe que eu vim atrás de você, a policia deve estar a caminho já, e você vai preso.

J.P: Acha mesmo que eu vou cair no seu plano?

Cesar: Vai depender do quanto você quer ir pra cadeia.

J.P encara Cesar, e o solta. Cesar respira com dificuldade.

J.P: Eu vou deixar você ir, em nome da nossa amizade, mas não entre no meu caminho nunca mais, pode ser bem pior da próxima vez.

J.P sai caminhando da rua escura.

Cena 2.

No apartamento de Cesar.

Laura em pé na sala com o celular na orelha.

Laura: Por que esse menino não atende? Onde ele foi se meter?

Cena 3.

No apartamento de Joice e Edu.

Joice e Maria conversam no sofá.

Maria: E depois desse dia que ele me sujou na festa nos tivemos encontros e desencontros, milhares.

Joice: Até que você ficou presa dentro do elevador com ele e se beijaram, e Ricardo te flagrou e percebeu que você é uma periguete.

Maria: Periguete não.

Joice: Estou brincando, só uma safadinha. Mas seja sincera comigo, você ia casar com o Ricardo pensando no Cesar?

Maria: Sim, não, Talvez.

Joice: Se decida mulher.

Maria: Eu não sei, eu não sei o que eu sentia, eu não sei o que eu sinto agora, eu estou muito confusa. Eu tenho certeza do amor do Ricardo por mim, e do meu amor por ele. Mas de repente o Cesar chega e me bagunça tudo.

Joice: Quem dera eu ter dois boys pra mim. Tenho só aquele encosto do Edu pra me atazanar.

Maria: Eu to falando serio.

Joice: Você sabe diferenciar os sentimentos de um e do outro? Ou melhor, você sabe qual sentimento é o mais forte?

Maria: Não tem como medir, não tem como eu te falar qual é o mais forte e o mais fraco. São dois sentimentos completamente diferentes. O Ricardo é um adulto, um homem sério, trabalhador cheio de responsabilidades, com uma carreira. Ele me põe no eixo, no caminho certo. Já o Cesar é um meninão, que acha que é o cara, quer curtir a vida, peitar todo mundo resolver as coisas no braço, acha que só ele tem razão, ele me faz querer viver uma vida diferente, algo que ás vezes eu não sou, mas que eu quero ser.

Joice: Eu pegava os dois.

As duas começam a rir.

Cena 4.

No restaurante D’gust.

Tânia e Nazaré conversam à mesa.

Tânia: Acho que nesse prêmio dos melhores do ano, nós vamos ganhar de novo, eu lembro que ano passado você e o diretor daquela fabrica de papel ficaram de flerte.

Nazaré: Desculpa amiga, você pode ate me chamar de cobrinha, mas  que você esta fazendo de tudo pra não olhar pro Julio você tá, e ele não tira o olho daqui.

Tânia: Eu não quero saber disso, eu entendi que ele nunca vai mudar e como ele fez antes vai fazer agora, me decepcionar é isso que ele sempre faz.

Do outro lado do restaurante, sentados à mesa, Luana conversa com Julio, mas ele não da atenção.

Luana: E eu estava muito querendo esse trabalho, mas deram pra Aline fazer. No inicio eu achei que era marcação comigo, ou que a Tânia tava de vingançinha comigo, mas depois eu parei pra analisar e a campanha é a cara da Aline mesmo, não tinha nada comigo. Eu só queria saber quando que você vai começar a prestar atenção em mim e vai parar de ficar olhando pra mesa da Tânia?

Luana bate a bolsa na mesa e Julio olha pra ela.

Julio: Eu não estava olhando pra Tânia. Desculpa, não foi uma boa ideia termos vindo aqui, eu não estou bem hoje.

Luana: Talvez seja a campainha. Talvez eu devesse trocar de lugar com a Tânia, mas pode deixar que eu vou resolver isso agora.

Luana levanta e caminha ate a mesa de Tânia.

Nazaré: Segura o carão que a Luana ta vindo aqui.

Tânia: O que?

Luana chega á mesa.

Luana: Oi, boa noite. Desculpa incomodar o jantar de vocês, mas é porque eu estava ali jantando com um cara que eu achava que era legal, um cara bacana, que realmente queria estar ali comigo, mas ele não é. Esse tempo todo que nos estamos aqui no restaurante, ele só soube olhar pra cá, pra sua mesa, especificamente pra você Tânia. Eu acho… Eu tenho certeza que ele preferiria estar ali jantando com você, então se você puder, se você quiser, por favor, vá ate a mesa dele, ou ele que venha a sua mesa, tanto faz, eu já não me importo com mais nada.

Luana sai andando, e passa em frente de Julio.

Luana: Pronto, o caminho já esta livre pra você.

Luana sai do restaurante.

Nazaré: Menina o que foi isso?

Tânia: Eu estou boba ate agora.

Nazaré: Eu devia ter filmado pra postar no Instagram.

Julio sem graça: Garçom trás a conta.

Cena 5.

No apartamento de Paula.

Paula abre a porta e vê Rodrigo.

Rodrigo: Oi, eu acho que na hora que eu deixei as suas caixas ai, eu deixei junto uma sacola junto, eu estava precisando dela.

Paula: Sacola?

Rodrigo: É, tinha um macarrão instantâneo dentro. Desculpa incomodar é porque não fiz compra ainda e é meu jantar.

Paula: Era seu? Eu achei a sacola sim, até estranhei que eu lembrava que eu tinha comprado, mas acabei fazendo ele. Desculpa.

Rodrigo: Sem problema, era só um macarrão mesmo.

Paula: Eu ainda não jantei, entra e janta comigo. O macarrão é seu mesmo.

Rodrigo: Não preciso, eu faço alguma coisinha lá em casa e como.

Paulo: Para de drama e entra.

Cena 6.

No apartamento de Paula.

Ricardo sentado no carpete encostado no sofá olha o prato de macarrão instantâneo elaborado em cima da mesinha de centro da sala.

Ricardo: Uau, como você conseguiu deixar um macarrão instantâneo parecendo prato de restaurante italiano?

Paula chega à sala com uma garrafa de vinho e duas taças.

Paula: Quando se mora muito sozinha e faz muito desses macarrões, você começa a aprender elaborar mais o macarrão. Espero que você não se importe, mas eu ainda estou sem mesa.

Ricardo: Claro que eu não iria importar com isso.

Paula: E eu nunca dispenso um vinho, se você não quiser beber tudo bem, mas eu irei beber.

Ricardo: Também gosto de vinho.

Paula: Que ótimo. Então abre que isso eu não consigo.

Cena 7.

No apartamento de Cesar.

Cesar entra no apartamento.

Laura: Ate que enfim você chegou.

Laura vê Cesar com o rosto ferido.

Laura: O que aconteceu? Quem fez isso com você? Eu no aguento mais essa vida não Cesar você quer é me matar.

Cesar: Relaxa mãe, isso aqui foi só o necessário.

Laura: Necessário?

Cesar: Foi o J.P quem invadiu sua casa, eu fui acertar as contas com ele.

Laura: Ele que fez isso com você?

Cesar: Foi, mas eu o acertei também. Só o primeiro soco na verdade, mas eu acertei.

Laura: Isso não é hora de fazer piadas. Eu vou ligar pra policia e eles vão cuidar disso.

Cesar: Claro que não, se a policia for envolvida nos dois vamos presos.

Laura: Eu vou passar um remédio nesses machucados, senta ai no sofá.

Cena 8.

No apartamento de Paula.

Paula e Ricardo conversam enquanto jantam.

Paula: E você flagrou os dois?

Ricardo: Sim, no elevador.

Paula: Elevador é bem clichê.

Ricardo: clichê foi meu chifre, mas a vida é assim, agora é bola pra frente. Eu acho que eu bebi um pouco a mais da conta.

Paula: Você que é fraco pra bebida, estamos na segunda taça. Ele era bonito? O cara que pegou sua noiva era bonitão?

Ricardo: Eu posso estar um pouco bêbado mais eu sei muito bem que eu não acho homens bonitos.

Paula: Ele tem que ser muito lindo, porque você é muito gato.

Ricardo fica sem graça e bebe vinho.

Cena 9.

No quarto de hospital de Jonas.

Ana conversa no celular.

Ana: Pode ficar tranquila filha, eu to bem… Comi na lanchonete do hospital… Sofazinho aqui não é dos melhores, mas eu vou ficar bem… Não precisa vim amanha cedo, eu estou bem… Você quem sabe então. Boa noite beijo.

Cena 10.

No apartamento de Paula.

Na porta do apartamento. Paula do lado de dentro do apartamento e Ricardo do lado de fora.

Ricardo: Obrigado pelo jantar, estava muito bom.

Paula: Eu que agradeço, se você não tivesse esquecido o macarrão…

Ricardo: Eu passei da conta no álcool me desculpa qualquer coisa.

Paula: Você é muito fraco pra bebidas, nem tomamos a garrafa inteira. Você podia parar de se desculpar das coisas, isso é chato.

Ricardo: Desculpa, eu não queria te chatear. Desculpa pelas desculpas.

Paula começa a rir: Eu não vou te desculpar se você não fizer o que você tem que fazer.

Ricardo: Nem eu vou me desculpa se eu não fizer isso.

Ricardo beija Paula.