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Saber Viver

Capítulo 15 – Saber Viver

Capítulo 15|| SABER VIVER

ESCRITO POR: EDUARDO SANTOS

 

CENA 1. RIO DE JANEIRO/ TAQUARA – CASA DA CRISTINA/TARDE

Ela vai se aproximando do banheiro e percebe umas goteiras de sangue no chão do banheiro.
TELMA                    VÍTOR! VÍTOR, ABRE ESSA PORTA! – grita, desesperada.
Ele abre a porta e Telma se assusta com o que vê.
TELMA                    Vítor o que você fez? Que testa e mão cortada é essa? O que você fez?
Vítor fica sem reação e Telma percebe os vidros quebrados no chão.
VÍTOR                      Me perdoe! – fala, chorando. – ME PERDOA! – grita, soluçando.
TELMA                    Vítor, você está doido? Sai desse banheiro. – fala.
Ele demora para sair.
TELMA                    AGORA! ANDA, SAI! – grita.

TELMA                    AGORA! ANDA, SAI! – grita.

 

CENA 2. RIO DE JANEIRO/ RECREIO – APT. DA VALENTINA/TARDE

Lorenzo chega com Valentina.
VALENTINA           Obrigada por ter me trazido em casa. – ela sorri.
Valentina senta no sofá e em seguida Lorenzo senta ao seu lado.
LORENZO               Val, precisamos conversar.
VALENTINA           O que foi? Aconteceu alguma coisa? – pergunta, cismada.
LORENZO               Val, eu quero terminar com você.
VALENTINA           Quê?! – pergunta, indignada. Ela se levanta do sofá e fica de pé de frente para Lorenzo. – Só foi eu perder o bebê para você terminar comigo? Ele era uma forma de te prender a mim? – pergunta com os olhos cheios de lágrimas.
LORENZO               Eu não disse isso. Eu preciso de um tempo, só isso.
VALENTINA           Então você vai ter o seu tempo. – fala, com raiva. – Agora me faz um favor? Vaza daqui. Obrigada por ter me trazido, fico agradecida. – fala, ironicamente.
LORENZO               Tudo bem.
Ele vai para em direção a porta e ela chama ele.
VALENTINA           Lorenzo.
Ele vira para trás.
VALENTINA           Só não demora muito, o tempo passa e a fila anda. – fala.

Ele balança a forma de afirmação e vai embora.

Algumas horas depois…

CENA 3. RIO DE JANEIRO/ PETRÓPOLIS – CASA DO ENZO/NOITE

Enzo está sentado no sofá juntamente com Aline, quando Heitor e Lorenzo chegam.
CAROLINA             Amor! – fala, sorrindo e se levantando.
ENZO                        Lorenzo, deixa de ser mal educado, venha falar com o pai.
LORENZO               Vê se me erra pai. – fala, subindo a escada rápido.
ENZO                        Que mau humor.
HEITOR                   Boa noite para todos… estou sentindo falta da primeira dama, cadê?
ENZO                        Ainda não chegou. Não apareceu na empresa hoje, está sumida desde cedo.
HEITOR                   Que estranho.
ENZO                        Muito. – fala.
ALINE                      Vai para o quarto agora? Quero que você me conte tudo do primeiro dia de trabalho.
HEITOR                   Vamos comigo? – chama.
Aline e Heitor saem.
ENZO                        Alice, Alice, onde você está. – sussurra.

CENA 4. RIO DE JANEIRO/ PETRÓPOLIS – APT. DO GABRIEL/NOITE

Alice está se arrumando e Gabriel está sentado em uma poltrona.
ALICE                      Estou indo, meu falso marido deve estar me esperando em casa, eu estou sumida e ninguém tem notícias de mim.
GABRIEL                Ah não. Já vai?
ALICE                      Eu preciso ir. Aliás, estou indo. – fala.
GABRIEL                E volta quando? – pergunta.
ALICE                      O importante que eu volto, não importa o dia.

Ele a leva até a porta e ela desce de elevador.

PORTARIA/RUA…  

Edu está passando quando percebe Alice saindo do prédio arrumando o cabelo.
EDU                           Aquela dali é a Alice e ela não mora aqui. Ela estava na casa de quem. – fala para si mesmo.
Ele a espera sair e vai até a portaria.
EDU                           Essa mulher que saiu daqui agora se chama Alice?
PORTEIRO              Isso, isso. Ela é namorada do Gabriel, do 503.
EDU                           Gabriel? … do 503? – pergunta.
PORTEIRO              Isso, ela costuma vir aqui todo os dias.
EDU                           E em que horário?
PORTEIRO              Costuma vir de noite, mas hoje veio de tarde.
EDU                           Entendi. Valeu! – fala, saindo da portaria.
Ele vai andando até a beira da pista.
EDU                           Traindo o maridão, quem diria. – fala, rindo.

CENA 5. RIO DE JANEIRO/ PETRÓPOLIS – RUA/ NOITE

Alice anda pelas ruas e os homens passam a olhando.
ALICE                       É assim que eu gosto, estou velha mas não estou morta, ainda passo por cima de muita gente. – ela gargalha.
HOMEM                   GOSTOSA! – grita, do outro lado da calçada.
Alice para e fica de frente para o outro lado da calçada.

ALICE                       RESPEITO É BOM! – ela volta a andar. – E eu não gosto! – ela gargalha.

CENA 6. RIO DE JANEIRO/ PETRÓPOLIS – CASA DO ENZO/NOITE

Alice chega devagar em casa e leva um susto de Enzo.
ENZO                        Não adianta vir devagarzinho, eu estou te vendo. – fala.
ALICE                      A-A-A-A-AI! – grita. – Quer me matar do coração? – pergunta, assustada.
ENZO                        Estava aprontando alguma coisa? Está tão assustada.
ALICE                       Estava na casa de uma amiga, acabei perdendo a hora, já serviu à mesa?
ENZO                        Já até jantamos.
ALICE                      O quê?! Que família hein. Perdi até a fome. – fala.
Alice sobe a escada com pressa.

ENZO                        Levou um susto tão grande, alguma coisa aprontou. – sussurra.

No dia seguinte…

CENA 7. RIO DE JANEIRO/ CENTRO DO RIO – DELEGACIA/DIA

Diego e Heitor estão conversando na sala de Diego.
DIEGO                      Conseguiu averiguar algum caso daqueles?
HEITOR                   Ainda não, eu verifiquei alguns e já vi que são fáceis de ganhar, tenho que ver o resto.
DIEGO                      E você tem algum processo familiar para resolver? – pergunta.
HEITOR                   Por enquanto não, mas acho que mais para frente terei. – gargalha.
Diego fica cismado.
DIEGO                      Ué, por quê? – pergunta, desconfiado.
HEITOR                   Ué, a venda de quadros da empresa do Enzo foi ilegal, agora é esperar alguém processar. – gargalha, fazendo umas anotações no caderno.
DIEGO                      O quê? – pergunta, assustado.
HEITOR                   Meu Deus, falei demais. – fala, com a mão na cabeça.
Heitor se levanta e sai da sala de Diego, tenso.

DIEGO                      Enzo Tucker Bittencourt, chegou o teu fim. – fala.

CENA 8. RIO DE JANEIRO/ BARRA – RUA/DIA

Cristina está passando de cabeça baixa e acaba esbarrando com Edu.
EDU                           Olha para frente minha Senhora. – fala.
CRISTINA               Você que tem que olhar… – ela para e sorri – Edu, não acredito.
EDU                           Ah não pode ser, você aqui? Lugar de suburbana não é aqui. – fala, debochado.
CRISTINA               Preconceituoso! – fala, fazendo cara de nojo.
Edu vai embora e deixa Cristina falando sozinha.
CRISTINA               PRECONCEITUOSO, VOCÊ VAI VER SÓ. –grita.
Todos ficam olhando para Cristina.
CRISTINA               Estão olhando o quê? Gostaram? – fala alto.
 Ela sorri
CRISTINA               Ganhei meu dia. – gargalha.

Ela pega as bolsas e continua andando.

CENA 9. RIO DE JANEIRO/ JACARÉPAGUÁ – CASA DA MADALENA/DIA

Madalena e Lukas estão sentados no sofá assistindo televisão.
MADALENA                       Lukas, eu preciso te contar algo.
LUKAS                     Fala. – ele fala olhando para a televisão.
Ela desliga a televisão.
LUKAS                     Ou, eu estou assistindo. – reclama.
MADALENA                       Deixa eu contar antes que eu perca a coragem. Lukas, você não era filho da mãe. Você foi deixado aqui na porta de casa e minha mãe te criou. Você é filho adotivo. – fala, tensa.
Lukas fica sem reação e uma lágrima rola o seu rosto.

FIM DO 15° CAPÍTULO!

Gabriel Adams

O que é necessário para Ser Humano? Quais são as atitudes que devemos tomar em situações difíceis sem que possamos ferir ou machucar alguém? Será que Ser Humano é ser cruel? Ou é errar, acertar, errar tentando acertar...Afinal, o que é ser humano? Dia 23 de fevereiro, às 20hrs, estréia a web-novela SER HUMANO.

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