Capítulo 14 – Pupilos

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No dia seguinte na saída da Escola um rapaz apareceu na frente do portão com uma arma, segurando o braço de Agatha, a maioria dos alunos assistiam a cena:
– Estou no teu bico garota! Aonde você for, eu estarei presente! Dizia o rapaz.
– Larga ela!dizia Lari
– Chamem a policia gente Dizia Rafaela
– Esse cara é um bandido! Falava Ramon.
– Por favor não me machuque! Suplicava Agatha.
– To no teu bico! Eu volto!!
Jogou Agatha com toda força no chão!
Todos da escola foram em direção tentando ajudá-la.

Os colegas ficaram apavorados com o ocorrido.Rafaela buscava um copo de água para Agatha, que ainda ficava em estado de choque com o ocorrido:
– Toma fica calma! Ele já foi! Rafaela trazia o copo de água.
– Obrigado Rafaela! Ainda bem que estavam todos vocês aqui! Falava Agatha ainda preocupada.
– Que banditismo se tornou essa cidade! Tem bandidos até no portão da escola! Disse Rafaela!
– Eu li no jornal gente que o índice de violência na cidade aumentou significativamente, disse Lari
– Você está bem Agatha? Perguntou Ramon.
– Estou melhor! Foi um susto! Disse ela.
– Susto nada menina! Foi tenso! Quando digo que temos que barrar esse molequinhos de merda acham que estou louca, vai saber se não fizeram isso com Ana! Disse Rafaela.
– Ta tudo bem gente! Obrigado pelo apoio. Agradecia Agatha.
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Longe da confusão James encontrou Tomi na parada de ônibus:
– Eu vi uma gritaria na escola você ouviu Tomi? Perguntou James.
– Ouvi sim ! Sei lá o que pode ser! Disse Tomi intrigado.
– Bom eu vou seguindo..
James se virava de costas e percebeu que o olho de Tomi estava roxo e perguntou:
– Algum problema? Apontava para seu olho.
– Ah! Você deve ter reparado no meu olho né.. Dizia Tomi envergonhado.
– Você brigou?! Perguntou James.
– Na verdade brigaram comigo! Disse Tomi.
– Quem fez isso!? Indagou James.
– Meu pai! Disse Tomi.
– Mas Tomi isso não é brincadeira, ele bebe ?
– Não ele trai minha mãe e ta sacando que eu to sabendo de tudo! Então me agride! Disse Tomi de cabeça baixa sem jeito.
– E sua mãe o que pensa disso? Perguntava James.
– Minha mãe é doente James! Sofre de depressão e ama perdidamente meu pai! Eu realmente não sei o que faço! Dizia Tomi triste.
– Olha nem sei o que te dizer! Mas não deixe ele te bater e conversa com ele abertamente de pai pra filho! Aconselhava James.
– Não é tão simples assim ! Mas obrigado! Suspirava Tomi.
O ônibus que Tomi aguardava estava chegando, finalizando o papo. Tomi se despedia.

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Algumas horas se passaram Rose atendeu a porta e era James a procura de Agatha:
– James? Dizia Espantada Rose.
– Tia Rose?! Lembrou James.
– Garoto como você cresceu! Olhava James dos pés a cabeça.
– Você é mãe da Agatha?! Perguntou James entusiasmado.
– Sim! Não acredito que estudam juntos! Disse Rose feliz.
Agatha se aproximava e exclamava:
– Vocês se conhecem?
– Conheci esse moleque desde criança, no meu trabalho como assistente social! Vou deixar vocês conversarem! Dizia Rose.
– James como soube onde eu moro? Perguntou Agatha.
– Eu pedi pra Paula nossa colega.. Eu soube que hoje te atacaram! Dizia ele preocupado.
– Fala baixo eu não falei pra minha mãe, pra não deixa-lá preocupada! Pedia ela.
– Você acredita que tenha a ver com as perseguições?Perguntou James.
– Era exatamente o cara que eu via me seguindo! Explicava ela.
– O que ele quer com você? Perguntou James.
– Eu não sei! Eu achei que eu ia morrer! Disse Agatha lembrando com medo.
– Eu fiquei preocupado! Beto me falou do ocorrido e vim assim que pude! Disse James.
– Está tudo bem agora? Perguntou ele.
-Valeu pela preocupação sorria Agatha.
– Eu estou aqui! Já passei por muita coisa nessa vida, sei do perigo das ruas, da violência.. Você não ta sozinha.. Segurava a mão de Agatha
Logo interrompia Rose com um convite:
– Agatha porque não convida seu colega pra jantar amanhã conosco?! Eu comprei umas massas de pizzas e pretendo fazer um rodízio amanhã ! Sugeria Rose.
– Eu amo Pizza dona Rose! Exclamou James.
– Então você vem?! Sorria Agatha.
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A noite prof.Madalena ficava até tarde terminando a correção das provas na sala de estar, foi quando foi interrompida pelo filho Vitor:
– Mãe, só vim te dar boa noite! Dizia Vitor com sono.
– Obrigado meu filho! Vou terminar essas correções e dormir também ! Dizia ela.
– A senhora trabalha demais!
– E necessário não é.. Dizia ela.
– Mãe eu queria comprar um tênis muito maneiro custa 400 reais, você consegue tirar um pra mim! Pedia Vitor empolgado.
– Claro que não Vitor! 400 reais é quase o aluguel da nossa casa! Eu não tenho grana! Afirmava ela.
– A senhora leciona em três turnos e nunca tem dinheiro! Reclamava Vitor.
– Contesta isso para o governo! Você sabe que o salário de professor é baixo.. E além do mais temos muitas outras coisas como prioridades e não tênis caros! Falava a professora.
– Você tem que sofre mesmo até tarde corrigindo provas! É bem feito pra você mesmo! Daí o teu filho tem que anda que nem um mulambo na escola! Dizia Vitor em tom agressivo.
– Não diz isso Vitor ! Mal agradecido, você tem tudo de mim! Argumentava Madalena.
– Boa noite fica com tuas provinhas ai ! Se afastava Vitor com rebeldia.
Assim que saiu da sala Madalena não se conteve e chorou.
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James se despedia de dona Beti e senhor Paulo para ir para escola e percebeu que estava sendo seguido novamente:
– Então você tem um lar! Quem te viu quem te vê! Um rapaz gritava próximo a James.
– Nóia?! Se surpreendeu James.
– Sou eu mesmo em carne e osso! Dizia Nóia.
– Achei que tivesse em outro estado e preso ! Disse James.
– To livre! E não to gostando nadinha do meu ex colega de rua andar com aquela garota! Dizia Nóia.
– Qual garota?! Perguntou James.
– A que fez meu irmão se matar!! Disse Nóia olhando fixamente nos olhos de James.
– Foi um acidente, deixa Agatha em paz! Dizia James.
– Eu já dei um susto nela!! E acho melhor você ter bons motivos pra mim não acaba com ela. Ameaçava Nóia.
James ficava preocupado, pois sabia que Nóia era um sujeito perigoso.

Continua..

Luan Ribeiro