Capítulo 13 – Samara
Silvia: Levem ela para o alojamento imediatamente. – Diz ela ao ver os seguranças se aproximando.
Samara: Antes me responda… é ele o seu marido? – Os seguranças pegam pelos braços de Samara e a levam para o alojamento.
Arnaldo: O que foi que a Amora fez. – Diz ele preocupado. – Trouxe logo ela.
Silvia: Que eu mal lhe pergunte, quem é ela? De onde vocês se conhecem?
Arnaldo: Ela é a nora do Augusto. A noiva do Marcelo.
Silvia: Fica tranquilo meu amor, o Augusto já morreu mesmo.
Arnaldo: Mas o Marcelo não e se ele descobrir que nós traficamos a noiva dele… temos que fazer alguma coisa.
Silvia: Logo, logo, ele esquece ela e fica tudo resolvido. Assim que aparecer outra ele rapidamente irá se esquecer que ela existe.
Arnaldo: Tá ai. Já sei até quem pode ser essa outra. Foi ela quem deu início a tudo isso, então ela que resolva.
Silvia: Você vai mandar a Amora para o Brasil novamente?
Arnaldo: E ela ficará por lá até que o Marcelo esqueça essa garota.
Cena 2 – Alencar (Noite). Restaurante.
Lúcia: Nem uma pista até agora seu Delegado?
Delegado: Até agora nada. Nem ao menos um fio de cabelo para contar a história.
Lúcia: Eu sei que não deveria dar palpites assim, sem ter provas, mas… estou passando a desconfiar de outra pessoa.
Delegado: A sua observação com o seu genro foi muito boa. Foi realmente suspeito ele querer fugir assim repentinamente.
Lúcia: Confesso que a pessoa que tenho em mente agora também deve ter os seus passos muito bem observados. Ficou sabendo que o Augusto havia levado dois tiros em uma festa que teve aqui em casa?
Delegado: Isso foi a capa das revistas durante dias. Sem contar das manchetes nos jornais.
Lúcia: Eu descobri quem foi esta pessoa. E tenho quase certeza que ela veio acabar com o que havia começado.
Delegado: E quem é? Preciso saber para investigar melhor.
Lúcia: O nome dele é… João. – Os olhos dela brilham, maliciosos.
Delegado: Irei investigá-lo, mas agora eu tenho que ir.
Lúcia: Antes de o senhor ir… disse algo rápido sobre o seu filho, ele voltou para o Brasil depois de ter se separado, é isso?
Delegado: Ah! Sim. Ele está completamente perdido, não quer falar com ninguém, muito desanimado.
Lúcia: Acho que encontrei uma solução tanto para o seu filho quanto para a minha filha.
Delegado: Você quer aproximar os nossos filhos? – Diz ele, sério.
Lúcia: Eles vão se dar bem, confie em mim. Os dois estão nos piores momentos de suas vidas.
Delegado: Pois é… você está certa. E como vamos fazer para que eles se aproximem?
Cena 3 – Alexandria (Noite). Red Night.
Samara fica surpresa ao ver Arnaldo entrando no alojamento.
Arnaldo: Sei que sou a ultima pessoa que você queria ver na sua frente. Mas eu preciso muito falar com você.
Samara: Eu não tenho nada para falar com você. Aliás, eu tenho pena de você.
Arnaldo: Pena de mim? Acho que eu deveria ter pena de você.
Samara: A sua mulher vive sorrindo para as cartinhas anônimas que ela recebe. Sinto um cheiro de traição no ar. Quem é que deve ter pena de quem mesmo?
Arnaldo: Você está blefando, ela nunca faria isso comigo. E tem mais… como sabe que ela recebe cartas se vive aqui trancada?
Samara: Não importa como sei… o que importa é que todos os dias, neste horário ela recebe uma carta.
Arnaldo: Não fique inventando coisas, isso é feio. – Ele sai. Ela se levanta de onde estava sentada e tira cuidadosamente algo que estava engenhosamente escondido em seu traje de dança.
Cena 4 – Estrelar (noite). Mansão Lamburgo.
Lúcia: Já disse que não matei o seu pai. E se eu te dei aquele chá, te tirei daquele aeroporto a força… foi para o seu bem.
Morgana: Meu bem? Não te pedi para que me protegesse de nada.
Marcelo: Eu não consigo mais te amar mãe. Não enquanto eu desconhecer quem você realmente é.
Lúcia: Você sabe muito bem quem sou. Sabe que geralmente desaprovo os namoros de vocês, sabe minhas preferências, minhas qualidades.
Marcelo: Qualidades? Me diga uma, pois até agora não consegui encontrar uma se quer.
Lúcia: Eu carreguei vocês na minha barriga durante meses para que vocês me agradecessem assim? – Seus olhos enchem de lágrimas.
Morgana: Talvez você esteja pagando pelo que fez no seu passado.
Lúcia: Você não sabe nada sobre o meu passado garota.
Morgana: Sei o suficiente… tenho uma assassina como mãe. – Lúcia dá um tapa em sua cara.
Lúcia: Nunca mais repita isso. Nunca mais. – Ela sobe a escada.
Cena 5 – Alexandria (Noite). Red Night.
Silvia: Uma carta para mim? Que surpresa, mas quem foi que a enviou. – O menino aparentemente muito sujo, entrega a carta e sem responder nada vai embora. – Quem será que me mandou isso? – Ela observa a carta antes de decidir abri-la. – Não custa nada dar uma olhadinha..
Arnaldo: Mais uma de suas cartas? Então ela estava certa. – Diz ele pegando a carta da mão de Silvia.
Silvia: Como assim mais uma das minhas cartas? – Ele começa a andar por entre a multidão e ela vai atrás até chegarem no balcão.
Arnaldo: Vamos ver do que se trata. – Ele percebe que a carta foi feita com letras cortadas de revistas. – Olha só! Está pessoa é muito esperta, não quer correr o risco de ter sua letra reconhecida. – Ele se prepara para começar a ler. – “Querida Silvia, já devo estar lhe cansando com tantas cartas, mas você não respondeu nenhuma outra que te
enviei, então venho por meio desta, que será a ultima, te pedir para que você me conte como está o nosso filho, o nosso querido Pedro. Assinado: você sabe quem.”
Silvia: O que significa isso?
Arnaldo: Eu que te pergunto, aliás não há nada para te perguntar. Tudo está mais do que esclarecido. O Pedro não é meu filho, você me traiu Silvia e mentiu para mim durante todos esses anos.