Capítulo 13 – Para Todo o Sempre
CENA 1. CAMPO DE FLORES. EXT. DIA
Continuação imediata da cena do capítulo anterior, com Daniela falando para Alexandre ir para o castelo.
DANIELA – Sim. Isso mesmo, ele precisa de cuidados especiais. No castelo ele poderá ser cuidado em tempo integral pelo Dr. Fernando.
Alice tem uma reação estranha.
ALICE – NÃO! Ele não pode ir para lá!
Todos ficam espantados com a reação da rainha.
AUGUSTO – Meu amor, o que é isso?
ALICE – É… é… o nosso castelo está cheio. Não…
DANIELA – (corta) Ora, faça-me o favor. O castelo tem inúmeros quartos desativados. Eu já pensava que você era mesquinha mas nunca pensei que era a esse ponto.
AUGUSTO – Francamente, Alice. Você acha mesmo que vou deixar esse rapaz sem cuidados?
ALICE – Mas…
AUGUSTO – (corta) Está decidido. Ele vai para o castelo. Acho que já podemos ir agora. Podemos?
DANIELA – Podemos.
MARIA – Vamos juntos?
DANIELA – Acho que não é muito apropriado para a recuperação do Alexandre ficar muita gente em volta.
Daniela e Maria se encaram. Maria resolve ficar por cima.
MARIA – Tudo bem, mas preciso me despedir dele antes. Com licença.
E tasca um beijão de cinema em Alexandre.
CENA 2. COZINHA DO CASTELO. INT. DIA
Alfredo continuava contando as fofocas para Fátima.
ALFREDO – Eu ouvi dizer que essa rainha ronca mais que uma porca.
FÁTIMA – Não! É mesmo? Esse castelo vai virar de cabeça para baixo.
ALFREDO – Eu não vou tolerar essa metidinha francesa crescer pra cima da minha rainha Alice.
FÁTIMA – A nossa rainha já não é uma flor de pessoa, mas essa aí é difícil de engolir.
ALFREDO – Por favor. Não insulte a soberana do reino.
Fátima revira os olhos e neste momento ouve-se um sino tocando.
FÁTIMA – Está te chamando, querido.
ALFREDO – Eu não sou obrigado a servir pessoas de fora.
FÁTIMA – Acho melhor ir, não vai querer que o rei se zangue com você.
Alfredo faz uma careta e vai para o quarto atender Carlota.
CENA 3. QUARTO DE CARLOTA E ROGÉRIO. INT. DIA
Alfredo chega ao quarto.
ALFREDO – Chamou, senhora?
CARLOTA – Rainha você quis dizer, não é?
ALFREDO – (falso) Desculpe, majestade. Eu sou um idiota.
CARLOTA – Que bom que reconhece.
ALFREDO – Hum… mas então… o que deseja?
CARLOTA – Estou com fome. Quero alguma coisa para comer. Sofisticada, por favor.
ROGÉRIO – E eu quero um suco de morango com pistache. Não posso passar um dia sem meu suco.
ALFREDO – Vou providenciar.
Quando sai, revira os olhos e mostra língua.
CENA 4. CASTELO. ENTRADA
A carruagem chega com Alexandre, Daniela, Augusto, Alice e Dr. Fernando.
Eles instalam Alexandre em um quarto no primeiro andar do castelo, para não precisar subir escadas.
DR. FERNANDO – Ele precisa descansar. Não pode sofrer emoções fortes. Vou ficar de prontidão e vou elaborar o horário da medicação. Agora vamos todos.
DANIELA – Eu vou só trocar umas palavrinhas com ele, doutor.
Todos saem. Ficam só Daniela e Alexandre. Ele, que não havia falado até então, resolveu começar o assunto.
ALEXANDRE – Eu… eu agradeço muito o cuidado que vocês tiveram comigo, eu…
DANIELA – Shhhhhh (cala a boca dele com o dedo). Você não pode fazer muito esforço.
Silêncio. Daniela não aguenta e pergunta.
DANIELA – Você vai se casar mesmo com aquela Maria?
ALEXANDRE – Eu… tenho que casar com ela.
DANIELA – Mas você a ama?
Outro silêncio. Os dois se olham. A química daquele olhar era incrível. Tudo estava favorecendo para o que aconteceria a seguir. Alexandre e Daniela se beijam com ternura.
CENA 5
Anoitece e amanhece em Veseli.
CENA 6. POVOADO. FACHADA DA CASA DE ODETE. DIA
No dia seguinte a todos os acontecimentos, Odete estava apreensiva. Tinha ficado combinado que a carruagem real viria apanhá-la para ela ir visitar o filho no castelo, mas estava atrasada.
Com meia hora de atraso, a carruagem chegou.
ODETE – Finalmente!
Odete vê Maria do outro lado da rua. Apesar de não gostar dela, imaginou que ela deveria querer ir também visitar o noivo.
ODETE – Maria, a carruagem está indo agora para visitar o castelo. Você quer ir também visitar Alexandre?
MARIA – Hoje não, obrigada.
ODETE – Não?
MARIA – É… eu tenho roupas para lavar.
Odete acha estranho, mas decide não falar nada.
ODETE – Tudo bem. Até mais.
Quando a carruagem vira a esquina, Maria vai correndo até a casa de Odete. Pula a janela.
MARIA – Hoje eu descubro seu segredo, sogrinha. Se for o que eu estou imaginando…
Ela vai direto para o quarto de Odete.
MARIA – Vamos ver, vamos ver…
Revira tudo. Tudo mesmo, mas não encontra nada.
MARIA – Droga, essa era a minha chance. Vou embora antes que ela volte.
Quando estava saindo, percebe uma coisa diferente. Dentro do guarda-roupa, havia algo parecido com…
MARIA – Um fundo falso! Peguei você.
Ela abre. O que estava lá ela não poderia imaginar nem nos melhores sonhos. Dentro do fundo falso tinha um baú. Dentro desse baú havia o maior tesouro que Maria viu em toda a sua vida. Estava abarrotado de moedas de ouro, joias de rubis, diamantes, esmeraldas e pedras preciosas. Uma verdadeira fortuna!