Capítulo 11 – Os Contos de Hysteria
Os Contos de Hysteria
Capitulo 11: A Canção Permanece a Mesma
Aria acordou em sua cama após de uma bela noite de sono. Depois de duas semanas dormindo na jaula dura e nojenta de Harmos, qualquer tempo passado em sua cama era precioso. Ela coçou os olhos e espreguiçou-se, mas foi interrompida pelo som de cordas de um violão e o inicio de uma canção.
“Eu estou apaixonado pela garota de quem vivo falando,
Eu estou apaixonado pela garota sem a qual não posso viver,
Eu estou apaixonado, e estou certo que escolhi um tempo bom
Para se apaixonar.”
Ela olhou encantada em direção ao menino que pronunciava as palavras de maneira tão doce. Max entrou no quarto de Aria tocando o violão e trajando roupas novas, provavelmente feitas sobmedida para ele. Fazia uma semana desde a breve luta com Harmos e desde então não houve um sinal sequer do Deus.
Aria sorriu para ele, cruzando as pernas e sentando-se em sua cama conforme o menino se aproximava. — Bom dia, meu amor. – ela disse quando ele finalmente sentou-se, colocando o instrumento de lado e lhe deu um curto beijo nos lábios. — Você está arrumado…
— Ah! Você gostou? A sua mãe pediu pra fazerem especialmente pra mim. Ela disse que seria perfeito para a celebração de hoje. – Max respondeu parecendo animado. Ele lentamente, embora jamais fosse esquecer-se das coisas que viveu durante sua jornada, voltava a ser o velho Maxwell Starr.
A princesa não podia evitar sorrir com o comportamento de seu namorado. Ela estava acostumada com roupas feitas sobmedidas, presenças em grandes celebrações do reino… Fazia isso desde que usava fraldas. Claramente a vida de Max fora diferente e tudo aquilo era novo para ele, por isso era compreensível que ele estivesse tão ansioso. — É claro que gostei Max. Sabe que fica lindo de qualquer jeito pra mim. – ela inclinou-se para beijá-lo na testa e os dois se encararam por alguns segundos, mas seu clima fora cortado por suaves batidas na porta. — Acho melhor eu me levantar. Também preciso me arrumar.
Aria mexeu falsamente nos cabelos como se quisesse bancar a chique, o que fez Max rir suavemente e se afastar. A princesa levantou-se e caminhou para fora do quarto onde sua dama de companhia a esperava. Antes de ir completamente, mandou um último beijo para Max que esticou a mão fingindo pegá-lo alegremente enquanto a via sair. Segundos depois, o menino levantou-se caminhando até a sacada do castelo, onde tinha uma visão privilegiada de toda a Capital. Podia ver a praça central sendo decorada para o evento do dia e um grande pano cobrindo uma enorme peça, que deveria ser uma nova estátua.
Na última semana, Vinyl, Mary e Max haviam recebido medalhas de honra pelos serviços prestados à Hysteria e tanto a família Vinyl, como a família Vintage, pela coragem de seus filhos haviam recebido uma boa quantidade em ouro como recompensa. O jovem anão jamais esqueceria a expressão surpresa e orgulhosa do velho Pop ao ouvir tudo o que o rei tinha a dizer quando levou os meninos de volta para casa, o que fora suficiente para fazê-lo esquecer-se quase que completamente que seu filho havia fugido em direção a morte certa deixando apenas uma carta. Pop pensava em reformar a cabana com parte do dinheiro, deixando-a maior e mais confortável.
Mary havia retornado à Vila Hard Rock um dia depois da retirada de Harmos, para tranquilizar os pais e os amigos de que estava bem e que eles haviam conseguido. Porém ela retornaria com a família à Capital para a celebração na praça, a qual sua presença era requisitada. Passara a semana e toda a viagem de volta lendo livros sobre Harmos e as outras lendas de Hysteria, pois ainda existiam peças daquele quebra-cabeça que não se encaixavam dentro de sua mente. Max se perguntava se ela já estaria chegando.
Ele foi puxado de seus pensamentos quando o rei tocou-lhe o ombro suavemente. Ele virou-se para Reed. — Majestade. – ele disse curvando a cabeça suavemente em respeito o que sempre fazia o rei rir abafado.
— Já disse que não precisa me chamar assim Max. Eu lhe devo muito mais respeito do que o contrário. – Reed deu um suspiro vendo o garoto erguer-se para mirá-lo novamente. — Aposto que foi ideia da Scarlett essas suas roupas novas, estou certo?
— Foram… – Max respondeu um pouco nervoso. — Ela disse que…
— Ela disse que um príncipe deve se vestir como um? – Reed sorria como se aquilo lhe remetesse a coisas de seu passado. Max lembrou-se que o rei já fora um camponês como ele um dia, um pobre rapaz que fez a princesa apaixonar-se. Talvez aqueles dois tivessem muito em comum no fim das contas. — Ela é muito boa com as palavras… Mas o que você acha?
Max ergueu uma sobrancelha, não entendendo bem a pergunta do pai de Aria. — O que eu acho? O que acho do que senhor? – ele perguntou confuso. Reed abriu um largo sorriso ao ouvir a pergunta do rapaz.
— Ser um príncipe! Digo, você venceu o desafio no fim das contas. E eu acho que ficou claro para todos que você está à altura da Aria e de governar Hysteria ao lado dela. – o rei, ainda com a mão no ombro de Max, começou a encaminhá-lo em direção ao interior do castelo novamente. — Poderíamos providenciar a sua mudança para o castelo imediatamente, e seus treinamentos podem começar assim que você estiver pronto.
— E-Eu…? Um príncipe? Mas… Eu não sei, eu acabei de herdar a cabana da minha mãe e não fiz nada disso porque queria ser rei e… – Max gaguejava nervoso já que não esperava que a oferta viesse naquele momento especifico. Ele parou de falar, entretanto quando escutou passos em direção à sala do trono onde estava com o rei. Aria entrou usando um belíssimo vestido bege com detalhes dourados que fez com que os pensamentos de Max se perdessem sendo substituídos apenas pela visão da menina. Viver no castelo ao lado dela parecia uma boa ideia, de fato. É claro que ele ficaria nervoso com o fardo de ser o futuro rei, mas o que ele esperava se quisesse se casar com Aria um dia? — Um príncipe…? Bem, eu poderia viver com isso. – ele concluiu sorrindo, sem tirar os olhos da menina.
Horas depois, estavam todos reunidos na praça central, já completamente decorada. Um tablado de madeira havia sido montado em frente à estátua coberta pelo pano, para que o rei discursasse. Todos os cidadãos da Capital estavam presentes, mas a primeira fila estava reservada especialmente para Vincent Vinyl, Mary Vintage e Maxwell Starr, além de quem mais lhes fossem próximos. O rei Reed subiu no tablado fazendo com que todos o observassem calados. Ele fizera seu discurso em homenagem aos garotos que haviam arriscado suas vidas para salvar Aria e, consequentemente, toda Hysteria. Os garotos já esperavam que essas fossem as suas palavras, já que eles haviam narrado todos os acontecimentos à vossa majestade nas últimas tardes. O que não esperavam era que rei terminasse contando sobre Jack, que tinha sacrificado sua vida na tentativa de manter Max e os outros seguros.
O jovem rapaz segurou-se para não mostrar sua emoção, mas não conseguiu evitar que uma lágrima escorresse quando o pano foi retirado revelando uma grande estátua de bronze, de quase três metros de altura, de Jack. As palavras “Thunderbird. Um coração gigante” estavam gravadas ao pé da estátua. Começou a ouvir as pessoas levantando-se de seus assentos e aplaudindo, o que o fez tomar a mesma atitude, trocando olhares com seus amigos. Estava feliz que a bravura de Jack jamais seria esquecida e, que embora ele tivesse vivido tão pouco tempo, poderia viver eternamente naquela praça e na memória de quem o havia conhecido.
Após a cerimônia na praça, as pessoas se encaminharam para o salão de festas real, onde uma grande festa havia sido preparada. Os quatro garotos estavam reunidos em uma mesa, bebendo e comendo enquanto a música rolava e algumas pessoas se divertiam na pista. Vinyl estava comendo um pedaço de bolo como se o mundo fosse acabar, ato que não combinava com o seu terno de gala. Mary estava se segurando para não rir na cara de seu pequeno amigo enquanto Max e Aria, sentados bem próximos e de mãos dadas o olhavam perplexos. Algumas pessoas paravam para cumprimentá-los e até mesmo agradecê-los, o que para os três ainda era bastante esquisito.
— Parece até que somos alguma coisa agora. – Mary disse em meio a um riso abafado quando um homem que havia acabado de agradecer pelo que haviam feito se afastou.
— Nós somos heróis! – o anão respondeu com a boca cheia de bolo erguendo as mãos no ar. — É uma pena que alguns de nós tenha que morar tão longe, não é mesmo Max?
— Carinha… Porque não experimenta engolir antes de falar?
Vinyl engoliu e limpou a boca rapidamente antes de abri-la novamente. — O que eu quero dizer é que heróis sempre trabalham juntos e… – ele começou dizendo, tentando se autoexplicar, mas fora interrompido por Mary, cujo cotovelo esquerdo estava apoiado na mesa, suportando sua cabeça, enquanto ela o olhava.
— E você queria que eu pudesse ficar aqui. – ele confirmou timidamente com a cabeça, fazendo-a sentar-se propriamente com um suspiro. — Bem, sobre isso… Hoje, quando eu cheguei, foi sua mãe quem me recebeu Aria. Eu fui cumprimentá-la e ela disse que queria falar comigo a sós.
Max deu um risinho abafado quando percebeu na expressão de Aria que ela não fazia ideia de que a mãe tinha falado com Mary. — Parece que seus pais tem uma certa tendência a discutir assuntos importantes com seus amigos sem o seu conhecimento, Aria. – ele disse o que a fez encará-lo curiosa. Ele ainda não tinha explicado todos os detalhes de sua conversa com o rei horas atrás, achando que poderia surpreendê-la. — Mais tarde eu explico. Mas o que era, Mary?
— Ela me ofereceu moradia no castelo. – ela deu uma pequena pausa antes de continuar. — Disse que eu poderia treinar com outros arqueiros do palácio e que eu poderia trazer toda a minha família e quem eu mais quisesse comigo.
Os três permaneceram em silêncio absoluto durante alguns segundos antes de Max exibir um largo sorriso inclinando-se levemente sobre a mesa, agitado com a noticia. — Mas isso é ótimo!
— Bem…? Você vai aceitar, não é? – Vinyl perguntou calmamente estreitando as sobrancelhas em direção a elfa, o que a fez tornar-se para ele nervosamente.
— Ora, eu não sei! Já disse como seria difícil deixar a Vila, eu vivi lá a minha vida toda! É só que…
— O que? – perguntou Max, de maneira quase inocente.
— Tudo o que houve… – ela disse olhando para baixo levemente embaraçada. — Passamos por tudo aquilo juntos. As coisas alcançaram um ponto em que ficou difícil deixar vocês também. E com a oportunidade de trazer a minha família junto colocada na balança… – ela movimentou os braços como se fosse uma balança equilibrada. — Digamos que estou considerando a oferta.
Os outros três pareceram satisfeitos, mesmo que resposta tivesse sido apenas um “Talvez”. Uma música animada começou a tocar e todos os convidados pareciam se divertir. Mary e Vinyl, que agora tinha acabado seu pedaço de bolo, levantaram-se para acompanhá-los, deixando Aria e Max a sós na mesa. Ele lentamente se levantou, apanhando a mão dela e os dois caminharam novamente em direção à varanda. Podiam enxergar tanto a festa quanto o ambiente ao ar livre lá fora.
O garoto achava que a celebração fosse grande e bonita demais para três crianças como ele e seus amigos, não importava o quanto de fato tivessem sido corajosos. Ele inconscientemente olhou para o céu, em direção as estrelas que brilhavam no véu negro da noite e por algum motivo a música dentro do salão só fazia parecer que elas brilhavam mais. Aria tocou-lhe suavemente a mão, e ele tornou a observá-la.
— Papai disse que vai abolir a lei do silêncio. Disse que Harmos está fraco demais para castigar alguém desde… Bem, você sabe. – ela disse claramente referindo-se ao último dia da missão.
— Isso é bom… Nunca fez muito sentido de qualquer forma. Se bem que se ela não existisse, eu não teria conhecido você, não é?
Aria sorriu ruborizada, desviando o olhar por um segundo antes de voltar-se a ele novamente. Seus olhos eram tão bonitos como as estrelas lá em cima. Max a admirava quase que perplexo quase não podendo acreditar que eles de fato estavam juntos. Era surreal demais pensar que meses atrás ele sonhava com ela, tendo a visto apenas uma vez caminhando com a corte pelo Dia do Boom. Ela colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha, mordendo o lábio suavemente. — Algum problema…?
— Uh…? Não! Não… Não é nada. – ele respondeu sacudindo a cabeça. — É só que… Bem, você é bonita. Bonita demais.
Ela deu um riso abafado agarrando-se em seu braço e apoiando sua cabeça no ombro dele. Ele sorriu com a ação da menina, apoiando-se nela também. — Max, o que estava conversando com meu pai hoje de manhã?
Ah sim! A conversa. Max quase havia se esquecido de que precisava contar a Aria sobre sua decisão de mudar-se para o castelo. Explicou tudo o que foi discutido com o rei: Treinamentos, mudança e um futuro reinado. É claro que poderia ser algo muito precipitado, mas ele sabia que queria ficar ao lado daquela garota pelo resto de sua vida. Ele riu nervosamente quando terminou, já que os olhos da menina o observavam alarmados. — Isso se você realmente quiser que eu seja seu rei. Eu não quero forçá-la a…
Aria jogou seus braços ao redor do pescoço de Max, puxando-o para um beijo caloroso que durou um tempo considerável. Quando seus lábios se afastaram, os dois estavam corados, porém sorrindo em direção um ao outro.
— Acho que isso é um sim, certo? – ele disse tendo certeza de que parecia idiota. Era apenas impressão ou sua voz saiu mais aguda do que no normal naquela pergunta? Aria riu e lhe deu um empurrão amigável.
— Está brincando? É claro que sim!
Nesse exato momento as pessoas começaram a entrar no espaço da varanda, com expressões eufóricas no rosto, incluindo Mary e Vinyl que se dispuseram ao lado deles. Os dois se entreolharam confusos, mas logo sua dúvida foi respondida pelo show de fogos de artifício que começou no céu adiante. Eles sorriram e, assim como o restante, também começaram a assistir a explosão de cores à sua frente.
Mary passou a noite no castelo, hospedada. Ainda não tinha tomado sua decisão final em relação a ficar, mas sabia que ainda ficaria alguns dias com seus novos amigos. Tinha conversado um pouco com seus pais na noite passada, mas a festa havia acabado tarde e, portanto, não haviam chegado numa conclusão. Na manhã seguinte, a elfa caminhou em direção ao pub predileto de Vinyl e Max onde imaginou que os dois estariam relaxando. Voltaria para a Vila naquela tarde, então pensou que seria uma boa ideia passar as últimas horas de sua viagem com seus amigos.
Ela realmente os encontrou lá, e Aria estava sentada com eles também. Max contou aos dois amigos a novidade sobre sua mudança para o castelo e o inicio de seu treinamento. Eles pareceram felizes ao ouvir que o garoto estava melhor e se recuperando a cada dia. O acompanharam tão deprimido durante a missão que era bom vê-lo sorrir. As coisas finalmente pareciam caminhar bem e tudo estava dando certo, mas ao mesmo tempo nenhum deles conseguia evitar a sensação de que tudo estava bem demais. Harmos não havia dado sinal desde o último encontro na sala do trono.
Foi nesse momento que Vinyl decidiu abrir-se em relação a algo que o incomodara durante toda a última semana. Ele esfregava uma mão contra a outra como sempre fazia quando estava nervoso para dizer algo. — Max… Eu sei que não vem ao caso, mas… Aquele campo de força. Você não se pergunta da onde ele veio?
Max pareceu nervoso com aquele assunto voltando à tona. Era óbvio que ele se perguntava da onde tinha surgido o campo de força, não sabia nem ao certo se era ele mesmo quem tinha o produzido. Não imaginava que um simples menino como ele fosse capaz de realizar algo tão poderoso.
— Carinha, eu não faço ideia… – ele disse em tom confuso e sério ao mesmo tempo. — E depois de tudo o que houve… Eu não tenho certeza se quero descobrir.
— Max, as nossas vidas foram mudadas por causa do que Harmos fez. Não tem como voltar atrás e, sendo sincera, aquilo foi bem estranho. Talvez responda o porquê você foi o escolhido? – Mary disse mexendo no copo de água que estava em sua frente. — Acho que estamos tratando a missão como um passado muito distante, como se fosse algo que jamais vai se repetir.
— O que quer dizer com isso, Mary? – a princesa perguntou intrigada, já que quase enfrentou a morte na última circunstância.
— Ela quer dizer que tem muitos buracos nessa história. – Max completou olhando em direção a elfa. — Eu não gosto do fato de não conseguir explicar o que houve. Harmos deveria ter acabado comigo naquele dia se não fosse por aquela força saindo de mim. Mary tem razão, estamos tratando tudo isso como um final de livro.
Os garotos se entreolharam quase como se conseguissem ler os pensamentos uns dos outros. Vinyl franziu o cenho seriamente em direção ao seu melhor amigo. — Você acha que ainda não acabou.
— Não. – Max fez uma pausa antes de retribuir o mesmo olhar sério e amadurecido do anão. — Alias, acho que está longe de terminar.
Fim
Notas Finais do Capítulo e do Livro:
O capítulo “A Canção Permanece a Mesma” fecha o primeiro livro dos Contos de Hysteria (Os Artefatos Mágicos), e as ações ocorridas no mesmo foram baseadas na música de mesmo nome (“The Song Remains The Same”) da banda Led Zeppelin. O capítulo se inicia uma semana depois do último encontro entre Harmos e Max, embora alguns flashbacks explicando acontecimentos dos últimos dias tenham espaço aqui.
Durante a festa, quando Mary e Vinyl levantam-se para se divertir deixando Max e Aria a sós, a música que está tocando é “Firework” da cantora Katy Perry, que embora não seja uma canção de Rock, eu considerei que combinava muito com cena descrita.
O livro completo também está disponível em www.seriesdeweb.com/series/webs-em-exibicao/contosdehysteria para leitura interativa.
Gostaria de agradecer imensamente a todos que dedicaram um tempo à leitura desta obra. Espero do fundo do meu coração que tenham gostado e lhes tenha sido útil, mesmo que apenas para desfrutar de algo divertido ou para procurar todas as referencias em músicas e estilos que aqui eu coloquei.
Termino essa primeira edição dos Contos de Hysteria em 2017, mas saibam que essa é uma história que começou muito antes. Uma história de uma menina apaixonada por música e aventuras fantásticas, que sempre sonhou expor as suas próprias para o mundo. Lembro-me de quando comecei a criar Hysteria, que nem sequer tinha esse nome, em 2014. Eu sempre utilizei a leitura como uma forma de remover o stress que a realidade pode trazer muitas vezes, então se eu gostava tanto de livros, porque não tentar criar um que fosse meu?
A ideia parecia interessante, ainda mais quando eu podia colocar todas as inspirações em gostos pessoais e valores que aprendi e que para mim eram importantes. Grande parte dessas inspirações vem de histórias como O Senhor dos Anéis, Harry Potter e as obras da Disney, por exemplo, e por isso os Contos de Hysteria possuem esse aspecto fantástico e surreal. Sempre acreditei na mensagem por trás de toda aventura e ação que essas obras trouxeram: Que no fim das contas, há esperança. O ser humano pode ser bom e que, por certas coisas, sempre vale a pena lutar.
Termino aqui dizendo que isso está longe de ser um fim de fato. Não… Estou apenas no começo!
Agradeço atenciosamente aos leitores!
Maitê Malvasi Ramos