Capítulo 10 – Por Você (Último Capítulo)

– Oi? – disse Júlia surpresa.
– É isso mesmo que você ouviu – responde Diego cabisbaixo.
– Não pode ser, você estava com a gente quando recebemos a notícia – Júlia replica sem entender direito o que estava acontecendo.
– Com essa declaração a senhorita Júlia se livra da acusação. Mas me responda uma coisa, o que você estava fazendo na casa do Sérgio naquele dia?
– Bem, eu havia recebido uma ligação do Sérgio naquele dia. Ele contou que estava muito arrependido e que queria falar comigo. No começo eu relatei, mas depois pensei que ele realmente estivesse falando a verdade. Quando falei com ele pelo telefone, percebi que ele estava com voz de choro e fui à casa dele para saber se ele realmente estava falando a verdade. Chegando lá, entrei na casa dele e ele me atendeu bem, mas começou a ficar assanhado e quando vi ele já estava passando a mão em mim. Desgrudei na hora e dei um tapa na cara dele, disse que ele não tinha mudado e que continuava o mesmo cafajeste de sempre, então voltei pra casa.
– Isso parece verídico, então foi nessa hora que a moça aqui viu você saindo da casa do Sérgio – disse o delegado.
– É, foi isso mesmo – disse a moça que foi identificar a Júlia.
– Agora me diga Diego, o que você foi fazer na casa do Sérgio naquele mesmo dia? – perguntou o delegado.
– Bom, já que não tenho mais saída é melhor contar logo toda a verdade. – disse Diego
– Isso mesmo – respondeu o delegado.
– Naquele dia, eu fui à casa da Júlia, mas quando é ia saindo do carro eu a vi saindo de casa e entrando no carro dela, sua aparência estava carregada, como se estivesse preocupada. Então, resolvi segui-la. Chegando na casa do Sérgio ela parou e desceu do carro e entrou naquela casa. Fiquei esperando ela sair e vi que ela agora estava triste, então resolvi entrar naquela casa e descobrir quem o quê havia feito ela chorar assim. Entrei na casa e me deparei com o Sérgio. Parti pra cima dele e ele revidou me dando outro soco. Em um momento de raiva, peguei uma faca e furei ele. O Sérgio saiu cambaleando e caiu no chão da cozinha. Peguei a faca que ainda estava dentro dele e levei comigo pra casa. Depois voltei pra casa e fingi que nada havia acontecido.
– Aí meu Deus – Júlia começou a chorar – Como é que você pode?
– Eu sinto muito, amor.

Italo Silva

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