Capítulo 10 – Paixão Fatal
PAIXÃO FATAL – CAPÍTULO 10
Por fim, a morte
Continuação do capítulo anterior…
ERNESTO — Wanda, como é que você invade assim, o meu escritório?
WANDA — Por que a desconfiança? Por acaso tem medo que eu descubra os seus segredos?
ERNESTO — Eu não tenho nenhum que você não saiba.
WANDA — Tem sim. Essa mulher que acabou de sair daqui. O que ela queria com você? Se não estou enganada, era a assassina da Alice e Susana.
ERNESTO — Você está enganada, Wanda. O que ela poderia querer comigo? Por favor, me deixe só, eu preciso trabalhar.
WANDA — Você não vai me contar, não é? Tudo bem.
Ela sai e fecha a porta. Encontra o filho na escada.
WANDA — Bruno, meu querido, onde você estava? Fiquei tão preocupada.
BRUNO — Não precisa mãe, eu estava bem. Mãe, eu preciso que você faça algo por mim.
WANDA — Claro, meu querido, eu faço tudo por você. O que aconteceu?
BRUNO — Eu preciso de um flat.
CENA 1. M. VILLAÇA/SALA/DIA.
MADÁ — Odete, a porta, sua inútil.
Odete abre a porta pra Tânia.
TÂNIA — Olá, bom dia, o Artur está?
ODETE — Sim, no quarto dele.
Tânia sobe, mas ouve sussurros.
MADÁ — Afinal, esses dois tem algum futuro?
SAULO — Não faço a mínima.
MADÁ — Quem é ela, não tem família, casa?
CENA 2. Jornal DE JUDITH/DIA.
JUDITH — Um acidente, onde? Com quem?
VANESSA — No centro. Já mandamos uma equipe colher informações. Aqui, vejam. A notícia já se espalhou pela internet.
Judith vê a notícia e se surpreende.
JUDITH — Meu Deus, era a Marina, que tragédia.
CENA 3. Jornal/SALA DE DANTE/DIA.
Judith entra bruscamente na sala de Dante.
JUDITH — Dante, você já tá sabendo?
Dante está vidrado na tela do computador, incrédulo.
DANTE — Não pode ser ela. É mentira.
JUDITH — Eu sinto muito, Dante. Você quer que eu ligue para a Cristina?
DANTE — Não, obrigado. Eu tenho que fazer isso.
Dante sai de sua sala.
CENA 4. M. Villaça/COZINHA/DIA.
ODETE — Meu Deus, coitado do Artur, ele nunca conseguiu esquecer isso.
LAVINIA — Coitado, por que mãe?
ODETE — Lavínia, eu não quero falar sobre isso com você. A dona Madá proibiu qualquer um que fale sobre o assassinato da Alice e Susana.
LAVÍNIA — Isso não me interessa mesmo. Eu tenho outras coisas pra fazer.
ODETE — Tipo o que? O que você está aprontando, Lavínia?
Ela sorri descaradamente.
CENA 5. M. Santelli/SALA/DIA.
WANDA — Um flat? Por quê? A nossa casa é tão grande.
BRUNO — Mãe, você mais do que ninguém sabe o quanto o papai não me suporta. Ele quer que eu siga os passos dele e não é isso que eu quero. Eu não sou escravo do meu pai. Mãe, você precisa fazer isso por mim.
WANDA — Tudo bem, meu filho. Não era isso o que eu queria para a nossa família.
BRUNO — Isso é tudo culpa dele, mãe.
CENA 6. M. Villaça/QUARTO DE ARTUR/DIA.
Artur está encarando uma foto de Marina quando Tânia entra no quarto.
TÂNIA — Artur? O que você está fazendo aí no chão? Por que você está chorando? O que aconteceu?
ARTUR — Por favor, chega de perguntas.
TÂNIA — Tudo bem, me desculpa.
Ela percebe os recortes e fotografias.
TÂNIA — Mas essa não é a assassina da Alice e Susana?
ARTUR — Não Tânia, ela não teria coragem de ter feito aquilo.
TÂNIA — Como não, se encontraram a arma na mão dela?
ARTUR — Eu preciso ficar sozinho, Tânia.
TÂNIA — Não, eu vou cuidar de você. O que está acontecendo, Artur?
CENA 7. CASA DE CRISTINA/COZINHA/DIA.
CRISTINA — Não sei Lídia, eu tô com um pressentimento muito ruim. Uma sensação estranha.
LÍDIA — Era a decisão dela, minha amiga. Se é isso o que ela quer. Você não pode fazer nada.
CRISTINA — A Marina está fora de si. Eu não sei de onde veio essa maldita ideia de se vingar dos Villaça.
LÍDIA — Bem, ela foi presa injustamente. Ninguém merece ficar presa por 15 anos sem ter cometido nenhum crime.
CENA 8. M. Villaça/SALA/DIA.
Odete abre a porta para Altino. Saulo percebe-o.
SAULO — Altino, algum problema?
ALTINO — Pra você, eu acho que não.
MADÁ — Vamos, diga alguma coisa. O que aconteceu?
ALTINO — A Marina.
SAULO — O que tem ela? O que foi que ela aprontou?
ALTINO — Ela morreu hoje num trágico acidente.
SAULO — Ufa! Que alívio.
Saulo senta-se no sofá.
MADÁ — Até que enfim um fim pra esse assunto.
OLAVO — Agora temos mais um motivo para comemorarmos na Luxury.
CENA 9. CASA DE CRISTINA/COZINHA/DIA.
Lídia e Cristina escutam bater na porta.
CRISTINA — Oh meu Deus, tomara que seja a Marina. Que ela tenha esquecido de vez essa história de vingança.
Lídia e Cristina vão para a sala. Cristina se decepciona ao ver Dante.
DANTE — Oi Cristina, tudo bem?
CRISTINA — Ficaria melhor se a Marina estivesse aqui e esquecesse de uma vez por todas essa história de vingança. Eu não aguento mais saber que ela pode correr um grande perigo se metendo com aquela gente.
DANTE — É exatamente sobre ela que vim aqui.
CRISTINA — O que foi que aconteceu, Dante?
DANTE — Acho melhor você se sentar, Cristina.
CRISTINA — Dante, o que foi que aconteceu com a Marina? Fala.
Cristina já está com os olhos marejados.
DANTE — A Marina, Cristina. Ela… Sofreu um acidente e não pode mais estar entre nós.
LÍDIA — Ai meu Deus.
CRISTINA — Você não pode estar falando sério, Dante.
DANTE — Calma, Cristina. Ela estava num táxi e num descontrole o táxi capotou.
CRISTINA — Não, minha irmã, não. Não pode ser.
Cristina cai lentamente e desmaia.
Marina foi ousada em tomar essa atitude. Ela sabe o que faz. (Será?) 😀
Marina morreu 😮 nossa (quer dizer, é o que todos dizem, mas a verdade ninguém sab). Cristina não aguentou a idéia da irmã ter morrido e desmaiou 🙁
Artur, ainda não acredita que a Marina possa ser matado sua irmã e sua mãe 🙂