Capítulo 1 – Salamandra
Salamandra
De: Wilson Bernardo
1° capítulo/ 1° Fase
1° parte:
Manhã-. Externo-. Grande Plano Geral…
O sol então nasce dando lugar a luz onde tudo era breu e vai se alastrando sob toda região de Gramado uma belíssima cidade que mantém a cultura gaúcha, as pétalas das flores deixam cair o gelo onde se formam durante a madrugada fria e gélida serrana.
Neste instante renasce varias flores de todos os tipos e tamanhos, a famosa “Rua Coberta”, que antes era vazia agora esta repleta de pessoas agasalhadas com um estilo europeu e elegantes, os carros vão dando lugar as avenidas principais formando um pequeno trânsito, grandes chalanas de madeiras, o sol esta agora radiante no céu limpo e toma o grande vale verde ao fundo musical de “Maria Rita/ Minha Alma”. Efeito no letreiro de 1993/ Gramado, Câmera Aérea- Plano Geral sobrevoa em volta da grande empresa aérea do país, três grandes bandeiras saúda a potente CTA a primeira bandeira representa o brasão da cidade de Gramado a segunda bandeira é a do meio e a maior entre as duas representando o Brasil e terceira representando o símbolo da CTA “Companhia de Transporte Aéreo”. Corta Para:
Manhã-. Interno-. Plano Geral-. Galpão da “CTA”…
Salão lotado por vários funcionários e fotógrafos vários flashes, aplausos fortes, Cesar sorri ao lado da jornalista Silvia Romani que esta segurando o prêmio:
Silvia Romani- Primeiramente gostaria de parabenizar ao Buffet Leon Clube que preparou todo este evento magnífico e rico e claro a uma empresa que visa aos seus passageiros todo o conforto, toda praticidade com equipamentos de primeira linha poltronas confortáveis. Que vem atuando no mercado brasileiro há 50 anos uma companhia com equipes eficientes de uma organização de primeira classe, de uma grande família de italianos que na época da imigração tinha um sonho um dilema uma força… (Enquanto Silvia Romani palestrava a estadia da CTA Gerald se aproxima de Emanuelle e lhe doa uma taça de champanhe diz):
Gerald- Mulherzinha chata esta em amor? Cesar deve ter pagado um bom roteirista para fazer a pobre dialogar tanto. (risos).
Emanuelle- Receio que sim, pois é todo certinho, olha esta gente, olha a cara dos funcionários? (sorri maquiavelicamente). Não entende que essa loira burra foi contratada por ele e que levou meses estudando e roteirizando um livro de um belíssimo discurso, quanto na realidade ela nunca andou nos aviões da CTA muito menos sabe que roupa é aquela na qual esta usando parecendo uma perua assada. (Emanuelle toma uma taça de champanhe).
Gerald- Seria melhor se tomar um maravilhoso poncho o que acha? Pois a champanhe é coisa de pobre não nos ficara bem amor. (Emanuelle o olha com uma expressão sensual provocando seu homem, Gerald retira seu cigarrete o acende traga e esfumaça para o alto fazendo pose).
Emanuelle- Seria bom se estivéssemos fazendo amor agora… Banhados por uma hidro muito espumante brindando ao poncho na vitória de você no cargo da presidência e esmagando essa família de hipócritas. (Troca de olhares Gerald traga sua cigarrete, Emanuelle bebe de uma única vez a champanhe deixando as marcas de batom sobre a taça, este porem passa lhe a mão direita sobre as pernas de Emanuelle não resistem fogem dali ao fundo musical de “Deborah Blando/ Gata”, no banheiro se agarram se beijam muita química retiram em desespero suas roupas, beijos sedentos de excitação troca de olhares se perdem no desejo que os embriaga).
Gerald- Sua cachorra olha o que me fez fazer no banheiro das mulheres, diz que é minha diz cadela? Diz que precisa de um homem para curar sua falta diz? (Gerald puxa o cabelo de Emanuelle esta que sorri adorando, ele ergue seu vestido e roça sua face sobre os cabelos cheirosos desta que de costa para seu amado esta és puxada de encontro ao peito de Gerald que lambe seu pescoço).
Emanuelle- Sou sua escrava, sim sou sua cadela perigosa sou sua vadia, estou molhada… Beija-me, me ame, me tenha. (No banheiro dos funcionários os risos flertes deste casal sedentos pelo perigo se ecoam sobre os azulejos e espelhos).
2° parte:
Aplausos todos de pé na entrada do salão ao fundo musical de “James Newton Howard/ Hieroglyphics”, entra em cena uma cadeira de rodas sendo conduzida por um homem, bem vestida não consegue disfarçar o amargor da vida, seus olhos fundos e tristes, quem a olha sente a frieza de como passa por entre os convidados. Romano prossegue empurrando a cadeira de rodas onde Angelina esta sentada:
Angelina- Não me vai dizer que vai subir no palco com Cesar para dizer para o mundo inteiro que tem uma mulher invalida? (Romano balança a cabeça discordando).
Romano- O que acha esse prêmio também é fruto de todo meu trabalho para com esta família, é vários anos de dedicação de frustração por parte da Annetta que sempre humilhou a todos menos o Cesar.
Angelina- E acha que por causa de um capricho seu vou subir ao palco para sair na primeira capa da coluna social “Prestes”? O que você tem nesta cabeça oca Romano? Você acha que vou me expor desta forma assim desprovida e uma pobre coitada aos olhos desta imundície deste mundo sórdido?
Romano- Francamente Angelina! Nem aqui você consegue se contiver dos seus frenéticos venenos? Você precisa aceitar que no seu caso é ir…
Angelina- Calado Romano nem mais uma palavra sobre isto não sou obrigada a ficar escutando seus insultos nesta festa horrorosa, sem sal e sem açúcar. (Romano sorri desconfortado).
Romano- Não precisa você dizer uma só palavra apenas sua sombria presença já diz, “Chegou à depressão”! (se irrita e a deixa para traz).
Angelina- Volta aqui Romano seu imprestável maldito! Maldito! (Aplausos da plateia e Angelina atônita, solta uma fria lagrima sobre seu rosto borrando a maquiagem em sua face esta seca lhe com total raiva).
Angelina- Ele nunca vai ser feliz vou ser sua sombra, sempre! Sempre! (Romano cumprimenta Cesar com aperto de mãos se abraçam).
Cesar- Muito feliz com o resultado de muito esforço e que pouco a pouco a CTA vem ocupando a frente das grandes concorrentes aéreos e por falar nisto onde esta Angelina?
Romano- Ali em baixo não se sente bem por estar na cadeira de rodas muito geniosa sabe como é… E a propósito onde esta Roberta, Annetta… Carmela? (Cesar sorri)
Cesar- Bom! A tia Carmela esta no camarote ali em cima com a tia Annetta. (Os dois olham para o camarote Annetta sorri orgulhosa saudando com as mãos).
Cesar- Mas confesso que estou preocupado com minha esposa ate agora não apareceu já liguei na Mansão e ninguém atende não posso sair daqui.
Romano- Bom… Se eu não estivesse na companhia de Angelina me prontificaria de ir ate lá. (No camarote)
Carmela- O que você aprontou com a Roberta Annetta? (Annetta sorri desolada com a atitude preocupante de Carmela).
Annetta- O que isso minha querida irmã? Virou a defensora das pobres e nobres famílias quer dizer da Jaca podre? Sabe o que eu penso? Que você ao contrario de mim deveria ter sido abortada quando nasceu. (Annetta sorri debochando de Carmela).
Carmela- Sabia que tinha feito algo, sua cara não nega… Porque justo esta mulher minha irmã? E por que me destrata tanto? (Annetta fica olhando para Cesar)
Annetta- Precisava ver como ela foi ingênua… Apenas dei um copo de suco da Tang. E veja você ela adormeceu como a branca de neve… (Annetta sorri diabolicamente para a cara de assustada de Carmela).
Annetta- O que foi Carmela? Ela esta viva, apenas coloquei oras, um litro, (sorri friamente) veja você, todo o vidrinho de sonífero e o inevitável ela dormiu e não me arrependo, ela suja a imagem dos Pellegrini, desde quando esta vaca entrou em nossas vidas Cesar pouco a pouco se esquece de sua verdadeira família e de mim que tem um apreço muito forte.
Carmela- Ele o ama… (subitamente interrompida por Annetta).
Annetta- Cala esta boca de peixe bagre Carmela, você é uma cruz que a mamãe me deixou em vida e infelizmente eu tenho que tolerar suas “chacrinhas”, por que você sempre será um erro humano. Olha ali esta vendo a cara da Angelina na cadeira de rodas, todos podem esconder os fatos, mas você foi a principal causadora do acidente da vagabunda e pistoleira Angelina e mais se faz de santa quanto na realidade você minha cara é pior do que eu uma cobra peçonhenta.
Esta pensando que eu sou cega caríssima? (sorri) Você nunca me engana barôla. (Carmela não se contém, chora).
Annetta- Se chorar faz bem para a alma então chore, chore mesmo, adoro um teatro de uma personagem, esta me surpreendendo em minha cara irmã… Agora para com este teatro e faça como eu sorria, finja estar tudo bem, ao menos que… (Carmela se apavora)
Carmela- Não! Não! Não! Por favor, não me torture mais… (Annetta suspira).
Annetta- então para com essa choradeira e para de ficar me criticando porque esta família ainda é um nome nas capas de revistas e colunas sociais, é graças a mim por que sou a única normal e que luta democraticamente em prol a tantos percalços. Eu por mim matava a Roberta com veneno de rato e se livrar desta cruz para sempre, que ela sumisse como um pó.
3° parte:
O sol ilumina a sombria Mansão dos Pellegrini onde a força dos ventos faz os enormes pinheiros na entrada da Mansão um barulho como se estivesse soprando sombrio ao fundo musical de “James Newton Howard/ Carrying Audrey”, Roberta esta adormecida sobre sua cama, respira calma uma pequena brisa invade seu quarto fazendo as cortinas balançarem sobre sua mesinha um copo pouca iluminação. Corta Para:
Na CTA Annetta se aproxima de Cesar e sorri feliz:
Cesar- Estou preocupado o que será que houve com minha esposa? Você estava na Mansão antes de vir para cá? (Pergunta Cesar com uma expressão preocupada)
Annetta- Ela me parecia muito bem, mas Cesar pense que hoje a empresa esta recebendo um grande premio e tente sorrir para as câmeras fotográficas não fica bem um grande empresário com este ar de preocupação. E depois noticias ruim chegam rápidas, certo? (Cesar respira e).
Cesar- É… Tem razão tenho que me concentrar na festa, o que faria sem você em tia? (ambos riem).
Annetta- Estarei ao seu lado meu sobrinho, pronta para te ajudar no que for preciso, sempre tive você como meu filho a qual tenho um eterno… Amor e faço ate o impossível para te ver feliz. (Cesar abraça Annetta que sorri maquiavelicamente).
Silvia Romani- Venham agora é a hora de entregar o premio os melhores do ano. (Vários Flashes sobre a família Pellegrini todos estão no palco, Silvia Romani ajusta o microfone e em suas mãos o premio literalmente em ouro o quadro brilha fazendo reflexos sobre o salão e chama a tenção de todos inclusive de Gerald que ergue a sobrancelha direita para cima.
Este momento é prestigiado pela musica “Tanto Tempo/ Bebel Gilberto”.
Silvia Romani- É com muita honra que aqui em minhas mãos nos reflexos deste maravilhoso prêmio onde tenho um grande prazer de entregar para um grande empresário que tem a saga de uma companhia aérea de transformações e crises uma batalha de vários anos de superações e faz parte não só do cotidiano brasileiro, mas que vem fazendo sucesso no exterior… Com funcionários capacitados de primeira elite agora e para sempre este prêmio é fruto de uma toda vida, seu Cesar… (Aplausos e Silvia Romani entrega o quadro onde se pode ler “Destaque da Cidade de Gramado… Os Melhores Do Ano 2013”, Romano estoura uma champanhe Annetta faz poses ao lado de Cesar, Carmela se aproxima de Annetta e diz).
Carmela- Annetta se controla assim todos vão perceber…
Annetta- Que culpa tem se você é uma pobre coitada? E os homens não se interessam por você e depois ele é meu sobrinho, queridinha faço parte da vida dele sou a única que o ajuda por que todos são uns imprestáveis começando por você claro. (Carmela balança a cabeça discordando da situação e Cesar ergue o prêmio para o alto).
Cesar- Muito obrigado a todos, muito feliz, é gratificante dividir este prêmio não só com os executivos, mas sim com os funcionários da CTA que deixam seus lares acordam cedo se empenham para fazer da CTA o reflexo deste maravilhoso prêmio como destaque de 1993, este prêmio não apenas é um simbolismo, mas uma trajetória também da família Pellegrini.
Gostaria de pedir que todos os funcionários subissem no palco porque quero que todos saibam a importância que tem uma verdadeira equipe. (Gerald se engasga tossindo).
Gerald- Não!… Que ele com essa alma de “Jesus Cristo salva a humanidade”, vai fazer esse Zé Povinho subir aqui? (Este então ajusta sua gravata).
Emanuelle- Coisas do Brasil meu querido, esse pais de pessoas tristes e preguiçosas, ai amor vamos voltar para meu país para Paris país este onde as pessoas sabem se prosar e se vestem com certo charme e elegância.
Gerald- Olha esta gente triste, se tiver dois modelos autênticos por aqui é muito tirando o nosso porque bem se vê essas roupinhas compradas em brechó. (Gerald e Emanuelle caem na gargalhada).
Emanuelle- E os homens de sociedade?… Feio maltratado não olha as roupas tristes mais parece uma candelária. Não quero ser chicória no roteiro da primeira página da coluna Prestes não me cairia bem não amor? (Gerald se aproxima de Cesar).
Gerald- Cesar adoraria ficar mais no evento, mas Emanuelle esta um tanto com a pressão baixa sabe como são as mulheres né são cheias de artimanhas.
Cesar- Nossa, mas já agora que estava ficando bom vamos tirar uma foto para a coluna Prestes com todos da equipe não cairia bem ate porque você é meu sócio.
Gerald- Podemos depois, amanhã pode ser? Tiramos uma foto e reeditam na coluna, é só ligar para Andréa… (Emanuelle se aproxima e abraça Gerald).
Emanuelle- Amor! Por favor, estou passando mal, Cesar te imploro preciso sair, esse não sabe, será a fumaça? Se eu ficar mais um minuto aqui acho que vou desmaiar não vai ficar bem na coluna Prestes uma dama esposa de um dos maiores advogados do país desmaiada no palco da companhia CTA. (Cesar suspira).
Cesar- Não tem alternativa afinal você passando mal se desmaiar com certeza vai ganhar audiência publica em especial a da coluna Prestes que adora uma chicória como bem você vive a dizer. (se despedem)
Gerald- Por pouco ele ai me obrigar a ficar ali no palco com ele.
Emanuelle- Nada te obriga meu caro, se quiser fique se não ele não pode nada.
Gerald- Ai que você se engana, ele tem 50% das ações contra 10% das minhas, mas como tenho uma mulher com a cabeça fabulosa, então tudo fica mais fácil. (Entra no carro Gerald da à partida e o carro se vai saindo do gigantesco estacionamento subterrâneo).
4° parte:
O sol vai se pondo, lentamente e aos poucos a Mansão Pellegrini vai se tornando sombria sobre a vasta vegetação de pinheiros e árvores de dar medo ao fundo musical de “James Newton Howard/ School Nurse”, Manolo o segurança da Mansão abre o gigantesco portão de ferro, Cesar agradece adentra a avenida dirigindo seu carro.
Cesar- Manolo pode guardar meu carro não vou sair hoje, você viu minha esposa hoje ela saiu?
Manolo- Não senhor ela não saiu da Mansão hoje seu Cesar. (Cesar olha para sacada do quarto de Roberta entra dentro da sombria e pouco iluminada Mansão, sobe as escadas, Annetta e Carmela saem de dentro do carro espera por Manolo).
Annetta- Que demora Manolo te pagamos para ser mais ágil ou não?
Manolo- Guarda seu carro dona Annetta. (Annetta o olha como se fosse triturá-lo)
Annetta- Todos os dias você me pergunta sempre a mesma coisa e todos os dias eu te respondo a mesma coisa, idiota!
Carmela- Não seja tão insensível minha irmã é a função dele perguntar.
Annetta- O que você entende de ministrar funcionários Carmela? Poupe-me de seus comentários gentis e vamos entrar que já esta ficando um gelo aqui fora e, por favor, retire este batom esta parecendo uma prostituta de boate americana.
Carmela- Eu ganhei de presente da Roberta pensei que fosse gostar da cor. (Annetta sorri sarcasticamente).
Annetta- Ah Por favor, Carmela sua caipira. Vamos entrar. (Entram na Mansão). Será que Cesar já esta com aquela suburbana de brechó? (Cesar entra no quarto e vê Roberta dormindo senta ao lado de sua amada e segura em sua mão direita beijando- a ela acorda se espreguiçando).
Roberta- Não! Estou atrasada para o evento comemorativo, onde estou que horas são?
Cesar- Calma! Amor você adormeceu apenas. (Annetta se aproxima da porta e escuta a conversa). Mas esta tudo bem o evento foi um maior sucesso olha que lindo o quadro.
Roberta- Nossa! Muito lindo mesmo, e então se divertiu?
Cesar- Sem você nada tem graça às horas eram intermináveis e eu confesso que estava muito nervoso e preocupado com você e a tia Annetta tentou me acalmar, mas mesmo assim não via a hora de estar aos seus braços amor. (Surge então um beijo apaixonado entre Cesar e Roberta ao fundo musical de “Roberta Miranda/ Teu a Deus”, Annetta espreme a própria mão e pensa ela).
Annetta- Maldita! Roberta sempre consegue desfazer os maus entendidos, mas um dia eu acerto, ela esta na minha mira e ninguém vai conseguir desfazer este percalço ela não pode ficar com meu sobrinho nunca, ela é uma aproveitadora de quinta de viela.
Roberta- Não sei de fato o que houve, Annetta me trouxe um suco e adormeci não será este frio? Bom! Estou feliz por você amor você só merece o melhor sabe que sempre estarei torcendo por seu sucesso.
Cesar- É por isso que eu amo muito você Roberta minha vida não tem sentido sem você aqui ao meu lado e por falar em vida onde esta nosso filho lindo?
Roberta- Aqui do meu lado dormindo veja. (Lucas esta fingindo estar dormindo sorri). Ele esta dormindo muito não acha Cesar? (Ambos sorriem)
Cesar- Receio que sim Roberta vá ter que acordar este garotinho lindo. (Cesar puxa o lençol e Lucas da varias gargalhadas para felicidade de Roberta e Cesar que caem na bagunça à guerra de travesseiros).
Lucas- Eu sou o Capitão America, e vou destruir com minhas meras travesseiradas, toma avante. (Cesar segura Lucas e ambos caem sobre a cama e riem).
Roberta- Calma criançada, vocês vão se machucar ai meu Deus agora tem duas lindas crianças e uma grande bagunça. (Roberta sorri na sala Carmela esta se aquecendo sentada lendo um livro em frente à ladeira a campainha toca três vezes).
Carmela- Quem será esta hora? Será Manolo? Não! Não seria… (Carmela abre a porta e ao fundo musical da musica misteriosa de “James Newton Howard/ Blindsided”, foco em três vezes em câmera lenta fica frente a frente com Lucia Venturini que chora desolada Annetta chega e fica ao lado de Carmela também não acredita em ver Lucia e fica com os olhos arregalados de raiva).
Annetta- O que esta vagabunda esta fazendo aqui na Mansão Carmela? (Annetta com a ira nos olhos, Carmela atônita, Lucia chorando a segurar um lenço).
(Encerramento com a música “Marina Lima/ Pierrot”).