Capítulo 08 – Paixão Fatal

PAIXÃO FATAL – CAPÍTULO 08
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Continuação do capítulo anterior…
Madá sorri e pega a taça de champanhe, enquanto aprecia o corpo do amante.
MADÁ — Eu só posso estar nas nuvens.
Ela bebe a champanhe. Bruno tira a gravata e derreia a cueca aos poucos.
MADÁ — Deixe que eu faça isso.
BRUNO — Eu já não aguentava mais ficar longe de você.
Eles se beijam, apaixonadamente.

CENA 1. CASA DE CRISTINA/QUARTO DE MARINA/NOITE.
MARINA — Não posso te contar nada, Cristina. Faz parte do meu plano. Eu só quero que você tenha uma certeza: jamais vou esquecer de você. Eu prometo que eu volto triunfante.
Cristina derrama lágrimas.
CRISTINA — Pela última vez/
MARINA — Não fale mais nada. Eu te amo, minha irmã.
As duas se abraçam.

CENA 2. AP DE DANTE/SALA/NOITE.
JUDITH — Eu não sabia que você cozinhava tão bem.
DANTE — É mais uma das minhas artimanhas.
Ela sorri.
JUDITH — Mais uma vez obrigada, Dante.
Ele pega na mão dela.
DANTE — Pode contar comigo sempre.
Eles se abraçam.
JUDITH — Eu preciso ir. O jantar estava uma delícia.
DANTE — Espero que vocês consigam reatar aquele casamento.
JUDITH — Não sei se é isso que eu quero mais.
Ela sai e fecha a porta.

CENA 3. MOTEL/QUARTO/NOITE.
Altino entra no quarto e vê Tânia sobre a cama deprimida.
ALTINO — Me desculpe, por ter feito esperar. Estava tratando de negócios.
Ele se deita e tenta beijá-la, mas ela impede.
ALTINO — O que está acontecendo?
TÂNIA — Eu não posso fazer isso com o Artur.
ALTINO — Ah não pode? Não seja hipócrita Tânia, você só está com aquele idiota por causa da fortuna dele.
Ela tapeia o rosto esquerdo dele.
TÂNIA — Nunca mais diga uma coisa dessas, seu monstro. Eu amo o Artur.
ALTINO — Mas se deita com outros. Você é uma prostituta, garota. Ele nunca vai te perdoar quando souber disso.
TÂNIA — E não vai mesmo. E é por isso que eu tenho parar com isso. Eu tenho nojo de você.
Ele segura firmemente em seus braços.
ALTINO — Você não vai fazer nada, Tânia. Você é minha vadia.

CENA 4. BOATE/PISTA/NOITE.
Danilo se aproxima carinhosamente de Sofia. Eles se beijam.
SOFIA — Não gostei nem um pouco do jeito que você estava dançando com a Vanessa.
DANILO — Corta essa, Sofia. Espero que você não esteja com ciúmes da sua amiga.
SOFIA — Eu? Com ciúmes? Jamais. Eu nunca me compararia a Vanessa. Ela é apenas uma mera jornalista. E eu sou filha de Saulo Villaça. Seu futuro sogro.
DANILO — Minha loirinha.
Eles se beijam e dançam.
CENA 5. BOATE LUXURY/PISTA/NOITE.
Olavo aprecia seus clientes do alto de uma escada e se preocupa com o pouco volume. Sinval, o gerente, se aproxima.
SINVAL — Cada vez menos a boate está deixando de ser frequentada.
OLAVO — Eu tenho que resolver isso agora. Demita aqueles DJs, Sinval. Amanhã faremos uma nova reabertura. Mande convites para todos os meus outros clientes. Amanhã teremos uma nova DJ.
SINVAL — Sim, senhor.

CENA 6. M. VILLAÇA/QUARTO DE JUDITH/NOITE.
Assim que Judith fecha a porta, sua mãe entra velozmente.
EVA — Judith, posso saber onde você estava até essa hora?
JUDITH — Mãe, eu preciso dormir. Amanhã será um longo dia, e eu tenho que estar relaxada.
EVA — Foi procurar aquele jornalistazinho, não foi?
JUDITH — Do que você está falando?
EVA — Está na sua cara, Judith. Não adianta me esconder. Você está apaixonada por ele, desde o maldito dia em que ele entrou naquele jornal. Você só está esperando uma bomba vinda do Olavo pra se separar e correr para os braços dele.
JUDITH — Mãe, já chega. Eu preciso dormir. Você não sabe do que está falando.
Judith fecha a porta na cara de Eva.

CENA 7. MOTEL/QUARTO/NOITE.
Madá está deitada sobre o peitoral de Bruno.
MADÁ — Você é maravilhoso, meu amor.
BRUNO — Não dá mais pra viver no mesmo teto que o meu pai.
MADÁ — Como assim? O que aconteceu?
BRUNO — Ele está cada vez mais insuportável. Eu quero me mudar de casa. Eu preciso de um flat, Madá. Assim, não temos mais que nos arriscar vindo para um motel.
MADÁ — Meu amor, eu não posso fazer isso. O Saulo desconfiaria de mim. E aí seria o nosso fim.
Bruno derreia-se sobre Madá, beijando-a.
BRUNO — Com você, eu ficaria em qualquer lugar. Até debaixo da ponte.
MADÁ — Isso nunca vai acontecer. Eu tenho um mega hotel que será inaugurado.
Eles se beijam mais uma vez.
CENA 8. AMANHECE/CASA DE CRISTINA/DIA.
Cristina termina de preparar o café e vai ao quarto de Marina. Bate na porta.
CRISTINA — Marina, o que café já está pronto… Marina, você está aí?
Sem respostas, ela abre a porta e encontra o quarto intacto.
CRISTINA — Marina, cadê você?
Ela procura por todos os cantos do quarto e não a encontra. A porta se abre e ela corre para a sala.
CRISTINA — Marina, é você?
LÍDIA — Não, sou eu a Lídia. Eu vi quando a Marina saiu bem cedo. Ela não te disse para onde ia?
CRISTINA — Oh meu Deus, tome conta da minha irmã.
LÍDIA — O que aconteceu, Cristina?

CENA 9. M. SANTELLI/ESCRITÓRIO/DIA.
ERNESTO — É um prazer revê-la Marina.
Ernesto está sorridente.
ERNESTO — Nunca pensei que o seu pai fosse capaz de criar filhas tão lindas.
MARINA — Vamos deixar o meu pai de fora disso. Ele não pode mais estar entre nós.
ERNESTO — Pelo visto a cadeia não te fez bem. O que aconteceu com o seu rosto?
MARINA — Não foi sobre isso que vim falar com você.
ERNESTO — Só estava tentando pôr os papos em dias. Então se sente e me diga tudo.
MARINA — Eu preciso de muito dinheiro pra me vingar do Saulo Villaça.
ERNESTO — Hum, que interessante. Como você pretende fazer isso? Não creio que vá conseguir desse jeito. Eu conheço aquele verme. Ele pode acabar com você em dois minutos.
MARINA — É o que todos me dizem, mas eu vou acabar com ele primeiro. Eu só preciso me tornar numa outra pessoa.
ERNESTO — E como você acha que eu posso te ajudar?
MARINA — Com o óbvio, não é toa que você é um banqueiro. Eu preciso de dinheiro, de muito dinheiro… Você era amigo do meu pai, foi a única pessoa que eu lembrei e que pode me ajudar.
ERNESTO — E o que você me dará em troca?
MARINA — Depois que eu acabar com o Saulo, eu vou herdar tudo dele. E aí eu poderei pagar minha dívida com você.
Ernesto gargalha, incrédulo.
MARINA — Por acaso disse uma piada?
ERNESTO — Você está brincando comigo, Marina… Quem me garante que você vá conseguir tudo isso?
MARINA — Eu dou minha palavra.
ERNESTO — Eu te ajudo em tudo, mas com uma condição. Se você aceitar a minha proposta não me pagará por mais nada.
MARINA — E o que você quer em troca?
ERNESTO — Está preparada para o que eu vou dizer?
Ela afirma com a cabeça.
ERNESTO — Uma noite de muito amor.

João David Alves

Nunca reveles com facilidade o teu pensamento, nem executes nunca o que bem não tenhas ponderado. - William Shakespeare

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