Avidez – Capítulo 1
AVIDEZ
PRIMEIRO CAPÍTULO
-São Paulo, 1997. É madrugada na capital paulista e o tempo está frio e nublado, é possível observar que as ruas estão totalmente desertas, mas entre a solidão encontrada nas vias de São Paulo, um homem anda pelas ruas aparentemente muito bêbado e mal vestido. Tal homem é Manoel Vilaça e este carrega uma garrafa de cerveja-
-Manoel Vilaça chega em casa e grita pela esposa-
CENA 1: CASA DE MANOEL/NOITE
Manoel: Amor, Amor? Hoje tive um dia desgraçado, fui demitido, mas que droga de vida. – diz com tom de bêbado, jogando a garrafa de cerveja no chão.
– A esposa de Manoel não responde-
-Manoel olha para o chão e observa rastros de sangue-
Manoel: Que droga é essa? Será que eu estou tão bêbado assim? – ele ri.
-Manoel escuta de repente choros vindos do banheiro da casa-
Manoel: Não é possível, devo estar tendo alucinações.
-Manoel abre a porta do banheiro devagar na esperança de que seja somente um delírio. No entanto, o rapaz fica frente a frente da esposa morta, cheia de cortes e hematomas. Ela tinha acabado de dá a luz a duas crianças-
-Manoel dá um grito de desespero. Nesse contexto de agonia, ele se euforia mais ao observar na parede um texto escrito com sangue: “Existe justiça e acho que ela foi paga, o próximo será você ou suas filhas”.
-Manoel bate uma foto da frase, pega as duas filhas, limpa elas e as coloca em um pano, com muita dificuldade-
-Manoel sai correndo pelas ruas desesperado, evitando quase sempre cair, já que, estava bêbado-
-Manoel se lembra que deixou seu cordão de ouro em forma de coração em casa-
-Manoel volta para casa e pega o cordão chorando muito-
-Manoel percebe que está complicado sair com as duas meninas no colo, então ele decide deixar uma delas. Então ele deixou a que mais chorava-
-Manoel sai com uma das meninas no braço até um orfanato mais próximo-
-Pouco tempo passa e Manoel encontra o orfanato procurado e deixa a menina lá-
-Manoel sai correndo desesperado-
Manoel: Quem fez isso, meu Deus, quem?
-Um grande questionamento vem à tona. Nesse sentindo, é verídico ressaltar o fato de no passado a família Vilaça e Martins se enfrentarem por um motivo que Manoel desconhece e só Rafael conhece, logo, Rafael se torna o principal suspeito, já que sempre desejou vingança. No entanto, por que Manoel ficou pobre? Qual a origem do cordão em forma de coração? Será que o objeto tem causa para o assassinato?
AMANHECE NA CIDADE PAULISTA
CENA 2: ORFANATO/MANHÃ
-O sol acaba de nascer-
-A diretora do orfanato, Laura, chega e se depara com um bebê enrolado em um pano, o qual aparentemente parece está morto ou dormindo-
-Laura se choca-
Laura: Meu Deus, o que é isso?
-Laura pega a criança imediatamente e entra no orfanato-
-Laura grita pela funcionária do local, a senhora Magali-
Laura: Magali, Magali, cadê você?
-Todos ainda estão dormindo, então Laura decide ir até o quarto de Magali-
-Laura entra no quarto com a criança no colo-
Laura: Magali, pelo amor de Deus acorda!
-Magali toma um susto-
Magali: Senhora? Que escândalo é este?
Laura: Magali, eu acabei de chegar e me encontrei com essa criança no portão do orfanato. Acho que ela está morta.
-Magali verifica se a criança está viva-
Magali: Não não, ela está apenas dormindo, mas vem cá, ela foi encontrada sozinha no portão?
Laura: Sim, por isso estou desesperada, porém o pior de tudo é que não deixaram nada para ela, talvez ela deve ter chorado muito o tempo que passou lá.
Magali: Quem seria o desnaturado que fez uma calamidade com essa “criançinha”.
Laura: É uma menininha, tadinha deve ter sofrido muito.
Magali: Temos que ficar com ela, eu sou a principal funcionária do orfanato e prometo que ela vai ser prioridade aqui.
Laura: Magali se não fosse por você, essa crianças daqui não seriam felizes!
Magali: Fico grata pelo reconhecimento, já que, você sabe que eu não posso ter filhos, nunca tive uma família, ninguém nunca me amou de verdade, logo, para mim não ficar sozinha eu deposito todo meu amor nessas crianças, inclusive nesta garotinha linda que acabou de chegar bem de repente e de uma forma tão terrível. –diz acariciando a cabeça da bebê.
CENA 3: MANSÃO DOS MARTINS/MANHÃ
-Todos tomam café na mesa-
-Entre todos está Rafael, sua esposa Cintia e a irmã de Rafael, Jaqueline-
Jaqueline: Sou muita agradecida Rafael, pela hospedagem em sua casa.
Rafael: Você sabe que toda a família está preocupada com você, esse seu vício com álcool sempre foi problema.
Cintia: Mas agora está tudo sob controle, eu e Rafael nos casamos e agora estou grávida.
Jaqueline: Isso foi um grande presente de Deus. Mas eu fico extremamente triste por ser impossibilitada de engravidar.
Cintia: Você já pensou em ir a um orfanato?
Jaqueline: Com certeza, mas eu sinto que nunca serei uma boa mãe.
Cintia: Quando engravidei, eu também pensei na mesma coisa, mas depois que você observa a barriga crescer e a criança bater em você, logo logo a gente sente que temos uma missão a ser cumprida: a de fazer de tudo para que o nosso filho seja feliz.
Rafael: Escute a sua cunhada.
-Os três riem-
Cintia: Bom, vou me retirar, estou indo ao médico.
Rafael: Tchau amor, tome cuidado.
Cintia: Tomo sim.
-Cintia e Rafael se beijam-
-Cintia sai de cena-
Rafael: Vou te dá um papo reto, quando tu quiser vim com essa palhaçada de drogas pro meu lado, eu juro que na minha casa tu não entra mais.
Jaqueline: Drogas essas que você sempre vendeu e fez questão de me viciar e viciar tantos outros, você e aquele desgraçado do Sapão.
Rafael: Quer dizer que você e Sapão não estão mais juntos?
Jaqueline: Claro que não, aquele desgraçado nunca me amou, ele me traiu com uma tal de Laura.
Rafael: Ok, mas agora quero que você disfarce o máximo possível os nossos envolvimentos com a máfia, já que, a Cintia nunca soube disso
-Rafael pega o queixo de Jaqueline com força-
Rafael: ENTENDEU?
-Rafael solta Jaqueline-
Jaqueline: Mas pra eu me calar de verdade, eu quero que você me arranje um bebê, recém nascido de preferência.
CENA 4: ORFANATO/SALA DE DIRETORIA/MANHÃ
-Laura senta em sua cadeira e respira bem fundo-
-Ela liga a televisão-
-Um noticiário está sendo transmitido, o qual noticia a morte de uma mulher chamada Silmara, além do abandono de uma menina no local do assassinato e que Manoel Vilaça, conhecido de Laura, está perdido-
Laura: Não acredito! Silmara?
-Laura sai correndo-
-Laura pega seu carro e sai sem avisar ninguém-
-Laura pega seu celular e liga para Sapão, seu namorado atual-
Laura: Alô? Sapão?
Sapão: Fala gatinha, que que ta pegando?
Laura: Quem fez aquilo com a Silmara?
Sapão: Eu que não fui ué.
Laura: Sapão, você nunca gostou do Manoel que sempre foi meu amigo, nem da esposa dele, você me contou tudo o que aconteceu com os Vilaça e os Martins, e eu nunca dedurei ninguém, mas isso é uma brutalidade, ela tava grávida, ela teve gêmeas, uma das meninas está no meu orfanato e eu tenho que encontrar a outra, então fala pra mim seu idiota, quem fez isso?
Sapão: Não foi eu! Eu não faço idéia de quem seja o culpado, eu sou traficante, mas não sou psicopata, caramba!
Laura: Foi o Rafael não foi?
Sapão: Se foi não é problema meu. A única coisa que me deixou com muita raiva foi o fato do Manoel nunca ter me pagado o que deve, caso você não sabe, além dele ser cachaceiro, ele era usuário de drogas, e ele me deve muito, mas dei um prazo pra ele e o prazo ainda não venceu.
Laura: Mas isso torna você suspeito.
-Laura desliga o celular e começa a chorar-
-Depois de um tempo dirigindo, Laura chega na casa de Manoel e se depara com uma multidão-
-Laura se apresenta aos policiais e diz que quer a menina no orfanato, ela apresenta o documento que comprova ser diretora da instituição e leva a criança depois de muita euforia e tumulto-
-Laura coloca a criança no carro e vai junta de um policial-
CENA 5: MANSÃO DOS MARTINS/MANHÃ
-Rafael coloca sua gravata e se prepara para ir trabalhar-
-Rafael tem um surto de repente e chuta uma mesa-
-Cintia ouve o escândalo do marido e vai até ele-
Cintia: O que houve homem?
Rafael: Eu nunca vou aceitar o fato do nosso cordão de ouro ter sido roubado. Esse objeto era orgulho para o meu pai e seria repassado para as futuras gerações dos Martins.
Cintia: Rafael, chega dessa história, eu sei que esse cordão era extremamente importante para os Martins, mas infelizmente ele se foi, acabou!
Rafael: Ele sumiu quando te conheci, foi o Manoel, eu sei que foi ele.
Cintia: Você não tem provas!
Rafael: Mas mesmo depois da briga que a minha família e a dele tivemos, eu reencontrei ele, ele também era empresário e se apaixonou por você. Eu estava com aquele cordão pronto para te entregar e quando eu percebi, ele sumiu e o Manoel sumiu também.
Cintia: Já chega desse assunto, eu não queria que você me lembrasse disso, porque a mulher dele me odiava por isso, me odiava muito.
-Rafael sai de cena-
-Cai uma lágrima dos olhos de Cintia-
Cintia: O que eu fiz foi por amor Rafael, tudo o que fiz só foi por amor a você.
-O que Cintia fez de tão especial?-
CENA 6: ORFANATO/TARDE
-Laura chega ao orfanato com a nova criança, irmã da outra menina-
-Magali aparece-
Magali: Laura, pelo amor de Deus, procurei você por toda parte, estamos atolados de papéis de adoção.
Laura: Eu sei quem são os pais dessas duas meninas.
Magali: Duas meninas do que você está falando? Quem é esse bebê nos seus braços?
Laura: Esse bebê é irmã da outra menina que chegou aqui hoje de manhã.
Magali: Não é possível, onde você a encontrou?
Laura: Por ironia do destino, eu sei quem são os pais delas, porém uma tragédia separou a família, a mãe morreu e o pai fugiu.
Magali: MINHA NOSSA, então quer dizer que a família que passou no noticiário é a família dessas duas garotinhas?
Laura: Sim e eu estou arrasada por saber que a mãe delas está morta.
-Magali pega a criança no colo-
Laura: Eu tenho que organizar minha mente, respirar fundo, estou em estado de choque.
Magali: Ok Laura, eu fico com o bebê.
-De repente um homem, aparentemente um mendigo, entra no orfanato-
Magali: Senhor? Deseja alguma coisa?
-O suposto mendigo é na verdade Manoel-
Manoel: Eu não matei minha mulher, não sei quem fez isso.
-Manoel desmaia-
Magali: Por favor alguém me ajude aqui? Enfermaria?
-Manoel é atendido na enfermaria do orfanato, lhe dão remédios e comida-
-Magali vai até Manoel, que se encontra em um quarto do orfanato-
Magali: Moço, eu preciso saber quem você é, o que faz aqui em um orfanato?
Manoel: Eu quero as minhas duas filhas de volta, eu deixei uma menina aqui ontem e quero ela.
Magali: Você é o pai das duas meninas que chegaram hoje?
Manoel: Eu deixei apenas uma aqui.
Magali: Ok, mas a diretora encontrou uma outra menina na sua suposta casa com sua suposta esposa morta.
Manoel: Ela está aqui?
Magali: Sim senhor.
Manoel: Quero ver as duas.
Magali: Estão dormindo senhor.
Manoel: Chama logo!
-Magali vai até a diretoria encontrar Laura-
-Magali entra na sala de Laura-
Magali: Licença Laura, mas é que eu preciso falar urgentemente com você.
Laura: Tem que ser agora?
Magali: Sim senhora.
Laura: Pode entrar.
Magali: Parece que o pai das duas meninas está aqui, ele se chama Manoel e quer ver as filhas.
-Laura fica surpresa-
Laura: Nós temos que mandar ele embora.
Magali: Como assim?
Laura: Eu conheço o Manoel, realmente ele é o pai das meninas, mas ninguém sabe quem matou a Silmara, provavelmente pode ter sido ele.
Magali: Você está se precipitando, esse homem chegou aqui muito abalado, ele está desesperado.
Laura: Bom, talvez ele deve ter se arrependido do que fez.
Magali: O que faremos agora?
Laura: Quero ele longe das meninas.
-Manoel entra na sala de Laura sem bater-
Manoel: Eu trouxe as minhas filhas para esse orfanato porque eu confio em você Laura, sei que somos amigos!
-Manoel tira o cordão de ouro do bolso-
Manoel: Por esse objeto e por tudo o que ele representa, quero as minhas filhas, me devolva elas para não se meter em problemas.
Laura: O que é isso Manoel, sai daqui! Foi você que matou a Silmara.
Manoel: Tinha rastros de sangue na parede da minha casa, e nesses rastros continha uma frase, e a letra daquela frase não é minha, pode observar na foto.
-Laura pega a câmera de Manoel-
-Laura fica chocada-
Laura: Não é possível.
Manoel: Por favor me deixe ficar com as minhas filhas, quero me manter protegido.
Laura: Se acalma, nada vai acontecer com vocês, eu vou dá abrigo pra você, Magali vai te ajudar.
ANOITECE NA CIDADE PAULISTA
CENA 7: EMPRESA DE RAFAEL/SALA/NOITE
-Rafael arruma suas coisas após um dia cansativo de trabalho-
-Ele pega um jornal e se depara com a notícia do assassinato de Silmara-
Rafael: NÃO É POSSÍVEL- diz rindo maquiavelicamente
Rafael: A justiça não tarda a chegar, agora vou fazer da vida do Manoel e das filhas dele um inferno, vou até esse orfanato pegar uma dessas meninas.
-Rafael liga para Jaqueline-
Rafael: Alô? Jaqueline?
Jaqueline: Oi Rafael.
Rafael: Já tenho uma adoção garantida pra você.
Jaqueline: Como assim?
Rafael: Tem a ver com o Manoel e com o assassinato daquela vagabunda.
Jaqueline: Vingança obtida com sucesso não é mesmo?
Rafael: O show só começa agora.
-Jaqueline desliga o telefone e pensa na possibilidade de ser feliz com um filho-
AMANHECE EM SÃO PAULO
CENA 8: ORFANATO/QUARTO/MANHÃ
-Manoel acorda no orfanato e pega um jornal que está com um funcionário dormindo-
-Manoel começa a ler o jornal e se depara com a notícia do assassinato de sua esposa, porém a notícia informa o local onde as duas meninas estão, no caso, no orfanato-
-Manoel sai do quarto desesperado-
-Manoel encontra Magali no corredor que vai para os banheiros-
Magali: Bom dia Manoel.
Manoel: Bom dia Magali, sabe me dizer se a Laura está aqui?
Magali: Sim, ela chega muito cedo, talvez ela esteja na sala dela.
Manoel: Vou tomar um banho e depois falar com ela.
Magali: Ok então, as roupas que nós lhe demos serviram?
Manoel: Com certeza, eu agradeço demais pela hospedagem, eu ainda estou traumatizado com tudo o que aconteceu e tenho que ter tempo para organizar a minha vida.
Magali: Eu entendo.
-Manoel abraça Magali. Ela fica comovida-
-Manoel entra no banheiro e pega o cordão de ouro, que está em seu bolso-
Manoel: Eu tenho que esconder isso muito bem, afinal é de ouro.
-Manoel tem um pequeno mal estar e fica tonto-
-Manoel olha para o espelho do banheiro e ver sua esposa, Silmara, cheia de sangue-
Silmara: Manoel, você me abandonou, você é o culpado pelo o que aconteceu, você, você, você.
-Manoel coloca as mãos na orelha e se agacha-
Silmara: Você, você, você, você, você!
-Manoel começa a transpirar muito-
Manoel: Para, para, eu sei que isso não é real- diz implorando
Silmara: O cordão de ouro matou a gente, os traficantes mataram a gente, os Martins mataram a gente, VOCÊ matou a gente!!
Manoel: CALA A BOCAAAAAAAAA- grita.
-Manoel desmaia-
CENA 9: CASA DE SAPÃO/SALA/MANHÃ
-Sapão conversa com vários traficantes-
-Sapão conhece toda a história de Rafael e a briga dele com os Martins-
-A família de Sapão que trouxe os Martins para o mundo das drogas, devido a eles estarem em uma pobreza extrema, a qual foi resultado da briga com os Vilaça-
Sapão: Aí galera, a parada é a seguinte, parece que o cordão de ouro do Rafael não apareceu mais, a gente tem que procurar esse cordão, quem tiver com ele vai se dá muito mal. Se algum de vocês acharem primeiro, tratem de mandar pro nosso setor, ou, o pau vai comer em. Ninguém fala pro Rafael que eu to atrás dele, porque ele pensa que eu quero achar esse cordão pra dá para os Martins que pensam que esse cordão tá com o Manoel, mas depois da parada que teve com a vadia da mulher dele, tá complicado de encontrar esse cordão maldito. Fechou?
CENA 10: MANSÃO DOS MARTINS/MANHÃ
-Cintia está na cama-
-Cintia lembra de quando conheceu Manoel em uma festa e ele lhe entregou o cordão de ouro pertencente aos Martins. Na época ela estava namorando Rafael e ouvia muito falar desse cordão pelos Martins, mas ela não fazia ideia de que o cordão dado para ela, era o que Rafael procurava. Cintia não sabe nada da briga dos Martins com os Vilaça, ela apenas acredita que a rivalidade deles era pelo fato do caso que ela teve com Manoel, pelo qual ela era muito apaixonada. Cintia se casou com Rafael por obrigação, ela nunca o amou de verdade. Sendo assim, pelo fato de o cordão ser parecido com os Martins, ela devolveu o cordão para Manoel e não falou nada disso para Rafael, porém mesmo assim ele acredita que foi Manoel quem roubou o cordão.
-Rafael entra no quarto-
Rafael: Cintia?
Cintia: Oi Amor.
Rafael: Estou com um advogado na sala de estar e estou indo com ele até o orfanato adotar o bebê de Jaqueline.
Cintia: Que bom meu amor, espero que tudo fique bem. Estou torcendo por vocês.
Rafael: Obrigado. No entanto, vim te trazer um jornal. Leia ele e se surpreenda.
-Rafael joga o jornal na cama onde está Cintia-
Rafael: Até logo.
Cintia: Até.
-Cintia pega o jornal-
-Ela se depara com a notícia de Manoel. Nesse contexto, ela ler tudo e fica chocada ao saber que as duas filhas de Manoel estão no orfanato-
-Cintia levanta da cama com o jornal e sai do quarto-
-Cintia passa pelo corredor da casa, desce as escadas e se encontra com Jaqueline-
-Cintia encontra Jaqueline-
Cintia: O Manoel já foi?
Jaqueline: Já sim.
Cintia: Pegue esse jornal, leia o nome desse orfanato e me diga se é o mesmo onde Rafael vai adotar seu filho?
Jaqueline: Sim é esse mesmo.
Cintia: Jaqueline, raciocina, essa notícia é sobre o Manoel, o principal rival do Rafael, ele vai querer adotar a filha dele.
Jaqueline: Sim e o que isso tem de mais?
Cintia: O jornal ta falando que ele está lá.
-Jaqueline ri-
Jaqueline: Espero que ele seja preso, afinal é o principal suspeito.
Cintia: Isso é horrível, o Rafael vai adotar a filha dele, para poder se vingar entende?
Jaqueline: Olha, maltratar esse bebê ele nunca vai, eu jamais irei deixar, mas eu aceito isso, afinal o Manoel dava em cima de você, ele era arrogante. Mereceu o fim que teve, a miséria.
-Jaqueline vai embora-
CENA 11: ORFANATO/MANHÃ/SALA PRINCIPAL
-Magali recebe novos jornais e percebe que no jornal noticiam onde Manoel se encontra-
Magali: Ai meu Deus, esse homem vai ser preso, realmente existem funcionários aqui que são dedo duro.
Funcionária: Licença Magali, mas tem um homem desmaiado no banheiro, creio que seja o rapaz da notícia sobre a morte de uma mulher. Quis falar com você por ser a funcionária chefe.
Magali: Fez bem, estou indo lá.
-Rafael chega ao orfanato com o advogado-
Rafael: Licença, gostaria de resolver um processo de adoção, para onde serei direcionado?
Funcionária: Para a sala da senhora Laura Azevedo.
-Rafael ri-
Rafael: Laurinha!
CENA 12: ORFANATO/SALA DA DIRETORIA/MANHÃ
-Batem na porta da sala de Laura-
-Laura se levanta e abre a porta-
Funcionária: Licença senhora Azevedo, tem dois homens querendo falar com a senhora, é sobre adoção.
Laura: Pode chamá-los
-Rafael e o advogado aparecem para Laura-
Rafael: Bom dia, Laurinha, que tal adotar uma das bastardas do Manoel?
-Laura se surpreende-
Laura: Não acredito!
Rafael: Não vai deixar eu entrar?
Laura: Claro, podem entrar.
-O advogado e Rafael se sentam-
Laura: Bom dia, acredito que você senhor Rafael Martins, está prestes a tomar uma grande decisão, a de adotar uma criança.
Rafael: Sim senhora
Advogado: Licença, esse processo é de uma mulher chamada Jaqueline Martins, ela será a mãe.
-Laura, o advogado e Rafael conversam bastante-
-Rafael escolhe uma das filhas de Manoel-
-Laura começa a chorar discretamente-
Laura: Lembre-se que a criança deve ser bem cuidada, nunca maltratada, ouviu, NUNCA maltratada.
-Rafael entende a preocupação de Laura-
Rafael: Eu não sou o Sapão.
Laura: O que disse?
Rafael: Nada!
-Rafael pega a criança-
-Todos são surpreendidos por uma grande multidão-
-A polícia está no local-
-Manoel está sendo levado com os policiais-
-Rafael se aproxima-
Rafael: Manoel?
-Manoel olha para Rafael que está com a sua filha nos braços-
-Rafael sorri maquiavelicamente-
Manoel: NÃO! Devolve a minha filha! DEVOLVE!