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Armadilha

Armadilha – Capítulo Sete

 

Escrito por Douglas Oliveira

ARMADILHA

Durante minha vida, assassinei 21 seres humanos. Eu cometi milhares de arrombamentos, furtos, roubos, incêndios criminosos e, por último mas não menos importante, pratiquei sodomia com mil homens. Eu não tenho o mínimo arrependimento por tudo isso – Carl Panzram

Imagens noturnas de Copacabana….

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Cena 01-noite/inter(quarto)/apartamento de Pedro

Aline- Pedro, eu não sei o que está acontecendo e também não quero discutir com você. Mas eu preciso saber, você tem outra?

Pedro- Essa mulher veio colocar coisa em sua mente, você não vai acreditar nela.

Aline- Eu não sei, estou muito confusa. As coisas estão tomando rumos diferentes, então se você não se abrir e falar o que estar acontecendo, nosso casamento chegará ao fim. Se é que eu posso chamar nossa relação de casamento. Eu sinto inverdades, eu preciso saber.

Pedro- Eu acho que você não suportaria a verdade! E o pior é quê isso é mais forte do que eu.

Aline- Mas eu preciso saber, não vai dar para continuar do jeito que estar. Ou você me conta ou amanhã bem cedo estarei bem longe daqui! Por nosso filho, me conte o que você esconde?

Pedro- Se eu te contar não terá volta.

Aline- Não importa, eu preciso saber pra poder me tranquilizar. Só assim acho que terei um pouco de paz.

Pedro- Que saber?! Essas mortes que vem ocorrendo fui eu que causei. Eu sou o assassino que a polícia tá procurando. Todas as noites fora de casa, era uma vitima!

Aline- Não é verdade, não, não e não. Você está mentindo. Eu não quero acreditar nisso.

Pedro- Você queria tanto saber, agora aguente! Eu sou o serial killer que a polícia procura, todas os corpos encontrados são das minhas vítimas. O pior é que não sinto remorsos. Eu não sei que tipo de pessoa eu sou.

Aline- Seu lixo, você é muito podre! Meu deus, como não percebi!? Agora tá explicado, a mancha vermelha na sua roupa, era sangue. Como pode dormir com uma coisa dessas?

Pedro- Eu fico pensando o como aquele momento foi especial. Meu coração acelera, meu sangue ferve e meu instinto pede que eu mate. É um misto de sensações que me dão prazer.

Aline- Olha como você fala, com a maior frieza. Seu doente, vai se tratar. Eu não quero mais saber de você, saia daqui agora seu doente, vou te denunciar. Você não pensou no seu filho? (chorando)

Pedro- Você não vai me denunciar, você queria saber? Agora você faz parte do meu mundo. Eu dito as regras, não brinque comigo, pois agora você já sabe quem de verdade eu sou!

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Cena 02- noite/inter(sala de jantar)/apartamento de Inês

Afonso- Você tem certeza que vai fazer o que falou lá na construtora?

Inês- Toda certeza, Pedro mexeu com a pessoa errada. Vamos dar o que a polícia quer,  ele como o culpado pelas mortes.

Afonso- Sei não, isso pode acabar dando errado se eles descobrirem de onde veio a denuncia.

Inês- Não se preocupe, já está tudo planejado. Após a denuncia damos um jeito de se livrar do aparelho.

Afonso- E quando vai fazer isso?

Inês- Agora! Me dar seu celular, depois você compra outro.

Afonso- Isso não vai terminar bem. (entrega o celular)

(Inês começa ligar)

Diálogo da denuncia (intercalando com a delegacia)

Atendente- Delegacia boa noite?

Inês- Boa noite! Gostaria de fazer uma denuncia.

Atendente- Pois não, pode começar a falar que iremos registrar.

Inês- Então, quero denunciar o assassino que causou a morte das prostitutas.

Atendente- Só um momento, essa é uma denuncia muito grave, tem certeza que quer dar prosseguimento?

Inês- Claro, fiquei sabendo das investigações e resolvi ajudar, o assassino que vocês procuram se chama Pedro, ele mora no bairro de Copacabana. Anote o endereço…

Atendente- Pode falar, estamos anotando tudo… Muito obrigada, iremos verificar.

Inês- Boa Noite.(fala desligando o celular)

….

Afonso- Você é louca!

Inês- Tome o celular,quebre e se livre dele. Pedro vai ter uma grande surpresa.

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Cena 03- noite/intern(delegacia)

Atendente- Delegada Adriana, acabamos de receber uma denuncia anônima muito grave.

Adriana- Denuncia é o que mais recebemos aqui! Diga logo do que se trata.

Atendente- É a respeito do misterioso serial killer, a mulher que ligou nos deu o nome e endereço.

Adriana- Temos que verificar já essa denuncia. Vou entrar agora com o pedido de busca e apreensão. Muito obrigada. Vou avisar agora mesmo a Gustavo. (pegando o celular)

(falando com Gustavo pelo celular)

Adriana- A coisa ficou muito séria! Recebemos uma ligação que pode por fim a nossa investigação.

Gustavo- Como assim? Não estou entendendo!

Adriana- Recebemos uma denuncia anônima contando quem é o assassino.

Gustavo- E qual a veracidade dessa denuncia? Vou me preparar e já estou indo ai para averiguarmos .

Adriana- Vou te aguardar. (desliga o celular)

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Cena 04- noite/intern(quarto)/apartamento de Pedro

Pedro- O que você pensa que está fazendo? (flagra a mulher arrumando as roupas)

Aline- Vou embora daqui! Acabou tudo entre nós.

Pedro- Você não vai a lugar nenhum. Eu te contei tudo, não posso correr nenhum risco. Você vai ficar aqui comigo ou então eu te mato! (fala enquanto desfaz as malas de Aline)

Aline- Eu não tenho medo de ameaça sua, e é para o bem do nosso filho. Você não pensou nele? Imagina o desgosto dele ao saber que o pai é um assassino. Como essa criança vai crescer desse jeito?

Pedro- Ele não vai saber, vamos agir como nada tivesse acontecido! Aline, eu não estou brincando, agora pare de bobagem e desfaça o resto das malas. Não precisa ter medo meu amor, nada vai acontecer.

Aline- Eu tenho nojo de você. Não me chame de amor e nunca mais toque no meu filho.(começa a chorar)

Pedro- Pode chorar a vontade, mas não pense em fazer burrada.

Aline- Saia do meu quarto, agora, saia seu merda!(avança pra cima de Pedro)

Pedro- Eu vou sair, mas pense no que eu te falei.

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Cena 05- noite/inter(delegacia)

Gustavo- Quero todas as informações coletadas durante a ligação agora!

Adriana- Estão aqui todas prontas.(entrega uma folha com as informações)

Gustavo- E como anda o pedido de busca e apreensão? Já foi expedido?

Adriana- Sim, já foi encaminhado o pedido.

Gustavo- Espera aí, isso não pode ser verdade!

Adriana- Algum problema?

Gustavo- Esse endereço é do apartamento do meu irmão.

Adriana- Foi o que recebemos através da denuncia.

Gustavo- Eu não quero acreditar que isso seja verdade, meu irmão não seria capaz disso! Tentaram rastrear de onde veio a ligação?

Adriana- Não conseguimos rastrear. Temos que averiguar essa denuncia, independente de quem seja esse assassino.

Gustavo- Claro, vamos só esperar a ordem do juiz sair.

Atendente- Licença senhor. A respeito do pedido de busca e apreensão o juiz só liberou para amanhã de manhã.

Gustavo- Obrigado, agora só nos resta esperar amanhecer. Vou tirar o plantão com você, amanhã bem cedo iremos no endereço.

(cenas noturnas de Copacabana/ pontos turísticos…)

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Cena 06-dia/intern(sala)/apartamento de Pedro

Pedro- Preparei esse belo café pra nós. A nossa vida vai continuar normalmente minha amada.

Aline- Eu me recuso a sentar com você!

Pedro- É muito feio fazer desfeita, me obedeça e sente agora!

Aline- Por que você não some da minha vida? Você acha que vai ficar quanto tempo escondendo quem realmente você é?

Pedro- Sua curiosidade fez com que você se prendesse a mim. Eu te contei coisas quem ninguém sabia, agora arque com as consequências.

(umas batidas começa a ser ouvidas na porta)

Pedro- O que você estar esperando pra ir atender? Levante-se e vá atender.

Aline- Faça isso você, vou ver o que nosso filho quer.

Pedro- Desse jeito eu vou ter quer agir com você. Irei relevar dessa vez e vou atender, não faça mais isso e da próxima vez me obedeça. (se levanta e vai atender a porta)

….

Pedro- Algum problema? (abrindo a porta e se deparando com o irmão)

Gustavo- Temos uma ordem de busca e apreensão contra você.

Pedro- Posso saber do que se trata?

Gustavo- Você está sendo acusado de ser o assassino das garotas de programa.

Continua…

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