Aquele Amor – Capítulo 10

Capítulo DEZ

Roteiro
Wagner Nascimento

Cena 1- Revista Modelo / Sala de Marie / Manhã

Continuação imediata do capítulo anterior…

Ariela sorri: Então não era apenas uma invenção minha. Acho que já posso me ingressar na carreira de vidente porque essa até mesmo eu tiro o chapéu pra mim! – ela sai. 

Marie empurra Francis: O que foi isso!

Francis: Um beijo!

Marie: Um beijo que não devia ter acontecido jamais, nós somos divorciados e você está casado com a Marcela que aliás é uma ótima mulher!

Francis: Desculpe, isso não devia ter acontecido mesmo. Eu agir por impulso, não sei o que deu em mim!

Marie: Eu também não sei. Mas vamos esquecer isso que aconteceu aqui, certo? Deixa eu levar isso aos editores! Com licença! – ela sai.
Francis fica pasmo.

Cena 2- Hospital San Lorenzo / Quarto de Fernando / Manhã

Débora entra: Como está se sentindo?

Fernando: Internado! Quero sair daqui logo, eu não acredito que isso aconteceu!

Débora: Desculpe mas isso tudo é culpa da sua teimosia!

Fernando: Nem vem falar que eu só faço coisas perigosas. Isso é o que me move e você sabe disso!

Débora: Sei, mas não acha que está se arriscando demais não?

Fernando: Não, eu so estou vivendo minha vida. Eu não sei ficar preso em casa ou dentro de um escritório! Isso não é pra mim!

Débora pega na mão do marido: Eu tive medo de te perder! Eu sei que a gente briga muito mas… EU te amo Fernando!

Fernando serri: Não se preocupe porque você não vai se livrar de mim tão cedo!

Débora: Assim espero! – ela o beija.

Dário entra: Acho que cheguei na hora errada! – sorri – interrompi o momento do casal?

Fernando sorri: Que nada, pode entrar!

Débora: É,  que bom que você chegou. Eu preciso mesmo da uma saidinha?

Fernando: Vai pra revista?

Débora: Não, vou tomar um café! Até logo!- e sai.

Dário: Ainda vai praticar esportes depois dessa?

Fernando: Não vai ser um simples hematoma que vai me impedir!

Dário: Que bom escutar isso!

Fernando: O próximo passo é saltar de paraquedas. Ouviu?

Dário: Claro. Estarei sempre disposto!  – sorri.

Cena 3- Clínica de Soraia / Manhã

César: Você não tem noção, é isso Soraia?  Como foi que você veio montar a clínica logo aqui perto de casa. É uma armadilha, é isso?

Soraia: Claro que não meu amor! – ela o beija – eu so quero ficar mais próximo de você! E nada mais legal que vim ao menos trabalhar aqui perto de você!

César: Eu temo que a Josefa descubra tudo!

Soraia: Não se preocupe. Ela não vai descobrir nada. Eu e ela vamos até ser grandes amigas!

César: Não vai fazer isso!

Soraia: Eu posso ser a medica dela. Não é legal?

César a olha com desdém: Você é maluca em?

Soraia: Sou sim, e por isso estou junto com você!

César a beija, Soraia corresponde.

Cena 4- AP de Chease / Sala / Manhã

Chease sai do quarto, está apressada.

Chease: Meu pai, eu acabei dormindo demais! Mãe porque não me acordou?

Elsa: Você estava tão linda dormindo que resolvi não incomodar!

Chease: É, e por isso estou atrasada! – ela roda a maçaneta da porta mas ela não abre – mamãe, cadê a chaves da porta?

Elsa mostra a chave: Nós precisamos conversar a respeito daquele… HOMEM está aqui, em seu quarto naquele trajes!

Chease: Se a senhora quisesse mesmo falar comigo me acordaria cedo! Mas não fez isso, ao invés me deixou dormindo. Então me dê a chave que eu preciso trabalhar! – ela pega as chaves da mão de Elsa e sai.

Elsa: Meu Deus, essa vinda da minha filha pro Rio não a fez bem. Fizeram uma lavagem cerebral na minha filhota!

Cena 5- Revista Modelo / Sala de edição / Manhã

Chease chega quase que correndo.

Ariela: Nossa Chease, isso são horas pra chegar? Aqui é seu trabalho, não sua casa!

Chease: Eu me atrasei, culpa da minha mãe! Mas já estou aqui!

Ariela: A Marie está vindo ai para passar alguns anúncios a respeito da nova edição da revista!

Chease: Ah, e antes que eu me esqueça. Tem uma moça ai fora querendo falar com você!

Ariela: Uma moça? Mas que moça?

Chease: Eu não sei. Mas ela disse que queria falar com uma loira magra… E a única aqui que cabe nesses requisitos é você!

Ariela pensamento: Deve ser a jornalistazinha! – e sai.

Amadeu chega.

Chease o beija: Meu amor, que bom. Como você está!

Amadeu: Sua mãe é uma maluca isso sim!

Chease: Eu quem diga. Ela me falou que vinha um dia antes do casamento e me apronta uma dessa! Sabe que ela não queria me deixar sair de casa!

Amadeu: Eu tive que sair correndo apenas de… De cueca! Que vergonha!

Chease: Eu sei! – ela sorri – mas foi bastante cômico!

Amadeu: Eu não achei graça. E não volto mais na sua casa enquanto a sua mãe estiver lá!

Chease: Até eu tenho vontade de não voltar mais pra lá!

Rayne chega: Bom dia gente. A Marie já voltou com a nova pauta?

Chease: Não, a Ariela disse que ela estava chegando!

Rayne: Sendo assim,vamos esperar!

Matheus chega: Olá… – ele se aproxima de Rayne – olá!

Rayne: Oi!

Matheus: Depois eu quero falar com você!

Rayne: Sobre?

Matheus: Sobre o que aconteceu na festa!

Rayne: Não precisa! Está tudo bem!

Matheus: Mas eu insisto!

Rayne: Está bem! Eu vou está na praia.  Sempre passo lá pra ver o pôr do sol!

Matheus: Ok!

Logo Marie, Francis e Micael chegam. Micael sorri ao ver Rayne, ela retribui.

Na portaria…

Ariela sai e encontra Scheila.

Ariela: Você esta maluca de vim me procurar aqui? Quer colocar tudo a perder?

Scheila: Eu não tive escolhas. Você disse que ia me ajudar, até agora não fez nada, não me ligou…

Ariela olha para um lado e para o outro: Eu sei, mas é que eu ainda estou buscando algo que possa nos ajudar. Mas espere mais um pouco que logo, logo eu vou poder te ajudar! Agora vai embora daqui porque ninguém pode te ver!

Scheila: Eu vou está te esperando. E não ouse me decepcionar! – e sai.

Ariela: Essa jornalistazinha de meia pacata ainda vai me dar trabalho! – ela fecha a mão – mas ela ainda será muito favorável a mim. Agora que eu descobrir o caso entre Francis e Marie, é só colocar isso ma mídia e tudo vai explodir! – sorri e depois entra.

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Cena 6- Casa de Josefa / Quarto de Pedro / Tarde

Mostra-se um frasco de whisky no chão, está vazio. Mais a frente está um copo vazio e caído ao chão.
Em sua cama Pedro está deitado e adormecido.

Josefa entra secando as mãos num guardanapo: Pedro, eu… – ela fica pasma com a cena – Meu Deus! Pedro… – uma lágrima desce de seu olhar  – Meu filho!

Ela começa a sacudir o filho: Pedro, Pedro. Acorda! PEDRO!

Pedro desperta: Hã!?

Josefa em lágrimas: O que está acontecendo aqui meu filho?

Pedro: … Eu quero dormir!

Josefa motivada pelo ódio momentâneo bate forte na cara do filho: Pedro! Acorda! Olha isso! – ela pega o frasco e o copo que estão no chão.

Pedro senta na cama ainda embreagado: Mãe! – ele põe a mão no rosto.

Josefa: Você está acabando com sua vida Pedro, olha isso. E ainda pegou o whisky de seu pai!

Pedro: Eu… Eu não consigo mãe. Eu sou um fracassado! – ele chora. 

Josefa o sacode: Para com isso Pedro, não diz isso. Você consegue sim. Por favor meu filho para com isso!

Pedro: Eu não consigo mãe, é mais forte do que eu!

Josefa abraça o filho: O que aconteceu, Pedro?

Pedro: Eu não sei, eu achei que alguém poderia gostar de mim… Ninguém mãe, ninguém gosta de mim!

Josefa: Não filho. Isso é coisa de sua cabeça! Eu gosto de você sua irmã gosta de você!

Pedro: Mas ela não!

Josefa: Ela quem Pedro?

Pedro: A Emília mãe, ela saiu com ele. Aquele garoto que quer desgraçar a minha vida. E eu achei que ela gostava de mim!

Josefa: Não fale assim filho, você não pode está se equivocando? Para com isso! – ela abraça o filho que chora em seus braços.

Josefa fica mexida com o estado do filho.

Chega à noite…

Cena 7- Praia de Copacabana / Lanchonete / Noite

Emília está sentada a uma mesa sozinha, ela olha no relógio depois olha pra porta, Eleandro já vai entrando. Ela sorri.

Eleandro senta a mesa: Desculpe o atraso estava resolvendo alguns assuntos sobre a universidade!

Emília: Achei que nem vinha mais!

Eleandro: Eu preciso conversar com alguém que me entenda. Desabafar é tudo que eu mais quero!

Emília: Bem, eu estou disposta a ouvir tudo que tens a me dizer. Mas pra começar eu quero saber sobre sua namorada!

Eleandro: Falar da Anne é difícil pra mim. Ela era uma pessoa iluminada e muito feliz, o motivo da minha vida. Eu e ela sempre divertíamos muito. Dela só tenho boas e eternas lembranças!

Emília: Pela forma que você fala dela, tenha a impressão de que ela realmente era muito importante pra você!

Eleandro: Você não tem noção do quanto! Ela era a única pessoa importante na minha trágica vida, mas a coitada teve a vida ceifada da forma mais trágica! – ele começa a chorar – aquela cena de horror não sai dos meus olhos. Toda noite que eu tentava dormir me vinha a mente ela morta sobre aquele carro! É muito doloroso pra mim!

Emília: So de você falar já me emociono. Eu de alguma forma sinto vivendo os horrores que você viveu e ainda vive!

Eleandro seca as lágrimas: Então você entende o motivo de minha revolta! Não é?

Emília pega na mão dele: Claro que entendo, e é sempre bom ouvir os dois lados da história!

Eleandro: Você esta falando daquele garoto não é?

Emília: Sim e por mais que você não se importe com isso, ele também tem uma história muito trágica atrás dele. Sei que isso não explica o que houve com você e nem tira o peso das costas dele. Mas acho que de alguma maneira vocês tem algo em comum!

Eleandro: Realmente isso não explica a atitude irresponsável que ele fez. Isso custou a vida de uma pessoa e muito importante pra mim! Nada justifica e nada vai calar esse grito que sufoca meu peito e eu só irei me sentir bem quando ele pagar pelo que me fez! Eu não vou descansar enquanto não conseguir isso!

Emília: Eu te entendo. Mas acho que seria bem melhor se vocês dois sentasse juntos e conversassem para por as cartas a mesa!

Eleandro: Eu prefiro evitar isso, ou não consigo controlar meus sentimentos!

Emília: Como quiser, só fiz uma sugestão! – sorri – eu amei conversar com você Eleandro, vai ser difícil pra você viver sem a Anne, mas eu torço para que você consiga se superar e encontrar algo que lhe palheie a dor dessa monstruosa perda!

Eleandro: Obrigado, Emília. Eu quem quero agradecer a você. Eu precisava mesmo de alguém para me ouvir, precisava desabafar com alguém e ninguém seria melhor que você!  – sorri.

Emília: Então, vamos?

Eleandro: Vamos!

Emília: Está a pé?

Eleandro: Eu vivo a pé.  Mas não se preocupe eu pego um ônibus!

Emília: Nada disso. Vem comigo eu te dou uma carona!

Os dois saem.

Cena 8- Praia de Copacabana / Noite

Matheus e Rayne passeiam juntos pela areia. A praia está bastante iluminada pelas luzes que tem ali perto.

Matheus: Que bom que você aceitou falar comigo. Eu precisava disso depois do que fiz na festa ou eu ia ficar bastante culpado!

Rayne: Eu não sei o que te dizer, confesso que não esperava aquela atitude vinda de você!

Matheus: Eu sei, fui muito precipitado e agir por impulso! Por isso queria muito te pedir desculpas!

Rayne: Não me leve a mau Matheus mas… Eu… Eu não sinto nada por você a não ser um sentimento de amizade. Espero que você entenda isso! De você eu quero apenas amizade!

Matheus: Você gosta de outra pessoa não é? Ou eu posso ter apenas uma esperança?

Rayne: Eu não quero te machucar, mas acho que se não for pra ser-mos amigos. É melhor romper esse nosso laço!

Matheus: Rayne por favor, me responda: Você gosta de outro!

Rayne desvia o olhar: Gosto sim de outro, Matheus. Na verdade eu estou apaixonada, e por isso acho melhor você me esquecer! Me entenda por favor! – ela tanta se aproximar dele mas ele se esquiva.

Matheus: Não faça isso, por favor! Eu… Eu te amo. Estou sofrendo! – ele da as costas – Vai embora!

Rayne fica comovido com a situação do rapaz. Mas mesmo assim ela respeita a decisão dele e sai.

Matheus chora, ele passa as mãos sobre o cabelo e sai chutando a areia a fim de destilar sua raiva.

Cena 9- Revista / Saída / Noite

Marie vai saindo quando dois homens começam a segui-la, ela apressa os passos a fim de fugir deles mas é em vão. Eles a abordam.

Marie se desespera. Os dois homens fica frente a frente a ela.

Foco no olhar desesperado de Marie.

Continua…