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A Cor do Pecado

A Cor do Pecado – Capítulo 9

CENA 01. Vale do Sol. A Cor do Pecado. Porta do bordel. Exterior. Dia.

Melissa vai até o cabaré para falar com Cecília.

Melissa bate na porta do cabaré e quem sai lá de dentro é Viviane que fala: — O que é garota?

Melissa: — Não é nada que você tá pensando, tá bem? Sou uma garota de família.

Viviane: — E por que está aqui?

Melissa: — Quero falar com a dona dessa coisa.

Viviane: — Entre. Vá falar lá dentro.

Melissa: — Eu não. Ela que venha até aqui.

Viviane: — Jamais! A patroa não sai de seus aposentos para falar com ninguém, imagina com você. Se quiser vai ter que entrar.

 

CENA 02. Vale do Sol. A Cor do Pecado. Salão Principal. Interior. Dia.

Melissa vai falar com Cecília.

Cecília: — O que é que a madame faz aqui? Veio arranjar emprego por aqui, foi?

Melissa: — Olha o respeito comigo sua cachorra.

Cecília dá um tapa na cara de Melissa e diz: — Quem me deve respeito é você sua vagabunda. Quem é você perto de mim? Agora desembucha. Qual o motivo de sua vinda aqui?

Melissa fala bufando: — Vim tratar do meu noivo, Samuel.

Cecília: — Sim. Mas o que é que eu tenho haver com seu noivo?

Melissa: — Você está ficando com ele não é sua quenga?

Cecília dá um tapa no outro lado da cara de Melissa, e diz: — Você acha mesmo que eu iria estar ficando com ele? Meu amor olha pra mim: sou uma cafetina, eu não faço nada, apenas comando. Agora vá embora, que já cansei de suas coisas. Fresca. Vá.

Cecília leva Melissa até a porta e diz: — Da próxima vez que você vier até aqui, eu lhe quebro inteira para a cidade toda ficar sabendo. Já disse: vá embora.

Melissa vai embora enlouquecida e diz: — Aguarde- me! Aguarde- me! Você não perde por esperar.

 

CENA 03. Vale do Sol. Sorveteria. Dia.

Sérgio e Lorena se encontram.

Lorena: — O pai está cada vez mais pirado com a ideia de me casar com o professor. Não é ele que eu quero construir uma família. É com você que eu quero.

Sérgio: — Digo o mesmo minha amada. Segure mais um tempo essa história de casar. Sempre inventando novas coisas. Tenho que conquistar a confiança de seu pai.

Lorena: — Quando você foi pedir minha mão, ele falou que só queria um Coronel pra mim. Mas pelo visto mudou de opinião.

Sérgio: — Vou pedir sua mão a ele.

Lorena: — Tá louco? O que é que ele vai achar de mim? Que eu estou cometendo ‘’adultério’’. É pior ainda. Faz igual a sua irmã: me interna num convento.

 

CENA 04. Vale do Sol. Centro da cidade. Dia.

Coronel Teodoro Fonseca derruba as sacolas de Janaína e surge um clima.

Janaína vai andando com as compras e Coronel Teodoro Fonseca as derruba.

Teodoro Fonseca: — Desculpe- me. Foi sem querer.

Janaína: — Que nada! Distração minha.

E surge um clima entre os dois. Mas ela logo vai embora.

 

CENA 05. Vale do Sol. A Cor do Pecado. Salão Principal. Interior. Dia.

Samuel vai ao bordel falar pessoalmente com Cecília.

Cecília já chega falando: — Hoje as pessoas tiraram o dia para falar comigo. E o senhor, o que quer?

Samuel: — Quero falar com você.

Cecília: — Fale!

Samuel: — Desde a primeira vez que te vi, não consigo mais parar de pensar em você.

Cecília: — Quanta ilusão!

Samuel: — Estou falando sério. Quero me casar com você.

Cecília: — Não acredito que gastei três minutos de meu tempo pra você falar isso. Fora de meu bordel.

Samuel: — Mas…

Cecília: — Já falei! Fora. Vai embora.

 

CENA 06. Vale do Sol. Fazenda de Cássio Mendes. Quarto de Cássio Mendes. Interior. Dia.

Cássio fala, consigo mesmo: — Esses moderninhos vão se arrepender friamente. Eles não conhecem o verdadeiro Coronel Cássio Mendes. Agora vão pagar o preço de se meterem comigo. Vão ver! Eu não perdoo fácil. Muito menos se for por política, dou meu sangue, mas não saio do comando dessa cidade nunca. Nunca!

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