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A Cor do Pecado

A Cor do Pecado – Capítulo 40 (Emoções Finais)

CENA 01. Vale do Sol. Casa de Carlos. Sala. Interior. Noite.

Carlos leva Cecília e sua filha para sua casa.

Carlos: — Fica aí. Quieta.

Cecília chorando fala: — Não faz nada com minha filha, por favor. Faz o que quiser comigo, mas com ela não.

 

CENA 02. Vale do Sol. Fazenda de Cássio Mendes. Escadas. Interior. Noite.

Laura sente fortes dores.

Laura: — Ai! Socorro! Alguém me ajuda, por favor.

Laura cai da escada, mas logo Melissa chega para socorrê- la.

Melissa: — Mamãe! Mamãe!

A vilã bate no rosto da mãe e diz: — Acorda! Por favor. Acorda!

Após passar um tempo, desmaiada, Laura torna.

Laura: — O que está havendo? Lembro que estava na escada e dormi.

Melissa: — Você desmaiou mamãe. Mas tudo ficará bem.

Melissa grita: — EMPREGADA!

Empregada: — Sim, dona Melissa.

Melissa: — Leve mamãe até o quarto dela.

Laura: — Não precisa.

Melissa: — Precisa sim. Agora tchau. Tenho que sair.

 

CENA 03. Vale do Sol. Fazenda de Samuel. Sala. Interior. Noite.

Preocupado, Samuel decide ir atrás de Cecília.

Janaína: — O que houve Samuel? Por que você me chamou até aqui?

Samuel: — A sua filha, Janaína. A sua filha.

Janaína: — Ai meu Deus, o que é que tem minha filha?

Samuel: — Saiu com a Beatriz (filha recém- nascida do casal) para passear e até agora não voltou.

Janaína entra em desespero, dizendo: — Precisamos procurar minha filha. Não podemos ficar aqui parados.

Marcos: — Calma mamãe. Calma. Tudo se resolverá.

Janaína: — Como é que você quer que eu fique calma? Minha filha desaparecida e você quer que eu tenha calma? Por favor, Marcos.

Sérgio sussurra no ouvido de Marcos: — Não liga não. A mamãe está muito preocupada. É assim mesmo.

Marcos: — Eu sei! Entendo- a.

Samuel: — Já chega! Quem vai atrás da Cecília agora sou eu.

Janaína: — Eu vou junto.

Augusta: — Acalma- se dona Janaína. Tome esse pouco de água com açúcar. Vai te acalmar. É melhor você ficar aqui. Deixa o seu Samuel ir resolver isso.

Janaína: — Obrigada, Augusta. Não quero água com açúcar. Quero minha filha. Vamos Samuel!

Samuel: — Vamos!

Marcos e Sérgio: — Fica mamãe!

Janaína acaba não indo, e Samuel vai sozinho.

 

CENA 04. Vale do Sol. Casa de Janaína. Sala. Interior. Noite.

George vai visitar Olívia.

George: — Olá, garotas!

Olívia: — George?! Mas como você conseguiu entrar aqui?

Mônica: — Olívia, por favor. Seja mais educada com o moço.

Olívia: — Não tem como ser educada com esse tipo de gente.

George: — Vim aqui para te pedir perdão por tudo que já fiz a você. Perdoe- me, por favor. Aquilo com a Viviane foi só uma recaída. A verdadeira mulher da minha vida é você.

Olívia: — Não, não quero. Confiança é igual virgindade, perde- se apenas uma vez.

Mônica: — Perdoa ele, Olívia. Vai!

Olívia: — Não, Mônica. Quieta.

Mônica: — Tá. Prometo não me intrometer mais.

George tira aliança do bolso e diz: — Olívia, você quer casar comigo?

Mônica: — Aceita amiga. Vai!

Olívia: — Não. Eu não aceito. Pode ir embora.

Na hora que vai sair, George diz: — Precisamos conversar meu amor.

Olívia: — Não temos nada para conversar.

Ela fecha o portão na cara dele e diz: — Passar bem.

Mônica: — Mas Olívia, o que é isso? Por que você não aceitou?

Olívia: — Tava na cara que eu não iria aceitar né Mônica. Você viu o que passei por conta do George. Quero mudar. Quero coisa nova na minha vida.

 

CENA 05. Vale do Sol. A Cor do Pecado. Quarto. Interior. Noite.

Iara está quase aprendendo a ler.

Fábio: — E que palavra é essa?

Iara: — Bo… Bo- ne- ca. Boneca.

Fábio: — Muito bem. E essa?

Iara: — Fa- ro. Farofa.

Fábio: — Isso aí. Parabéns! Mais um pouquinho de treino ficará craque.

Iara: — Obrigada por tudo. Você é o homem que eu pedi a Deus.

Fábio: — Que nada! Você é a mulher da minha vida.

Os dois beijam- se e comemoram a felicidade.

 

CENA 06. Vale do Sol. Casa de D. Quitéria. Sala. Interior. Noite.

Andreia vai ver Dona Quitéria.

Dona Quitéria, cada vez mais louca, fala: — Andreia! Minha querida Andreia!

Dona Quitéria vai abraçá- la, mas logo é afastada pela moça.

Andreia: — Sai daqui! Não quero abraço seu.

Dona Quitéria: — Por que você não vem mais aqui? Por que me abandonou?

Andreia: — Tenho nojo de você sua velha desgraçada. Nojenta.

Dona Quitéria: — Mas por quê?

Andreia: — Não faça- se de desentendida. Você me explorou a vida inteira. Não sei como mantinha uma relação com você, sua nojenta. Eca!

Dona Quitéria: — Você gostava.

Andreia: — Eu? Nunca que eu gostava. Agora estou feliz. Descobri o que é felicidade ao lado de um homem. Desgraçada. Exploradora. Nojenta. Velha babaca. Agora preciso ir. Passar bem.

Dona Quitéria: — Não! Volte aqui Andreia!

Andreia: — Não tenho mais nada para falar com você.

Andreia sai e Dona Quitéria afunda- se no uísque.

 

CENA 07. Vale do Sol. Noite.

Capangas pegam Samuel.

Samuel desce do carro.

Capanga: — Olá, senhorzinho.

Capanga 02: — Olá!

Samuel: — Quem são vocês? O que estão fazendo aqui?

Capangas pegam Samuel, colocam no carro, e ele diz: — Soltem- me agora! SOLTEM- ME!

Capanga 02: — Acha mesmo que você falando para te soltar, nós vamos fazer isso? Nunca!

Samuel: — Digam- me pelo menos quem são vocês.

Capanga 02 amarra Samuel.

Capanga: — Posso seguir com o carro?

Capanga 02: — Só os últimos ajustes aqui na corda.

Samuel: — TIREM- ME DAQUI.

Capanga 02: — Cala a boca. Pode seguir.

Os dois levam Samuel amarrado dentro do carro.

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